segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO INTRAEMPREENDEDORISMO NA GESTÃO EMPRESARIAL E A TRANSCENDÊNCIA DA LIDERANÇA NA SUSTENTABILIDADE


“A importância do intraempreendedorismo
        Foi-se o tempo em que o potencial empreendedor deveria obrigatoriamente deixar a organização em que trabalha para pôr em prática seus projetos inovadores. Atualmente, as empresas passaram a operar sob uma lógica mais moderna. Nesse contexto, os colaboradores passaram a ser estimulados a propor ideias que, muitas vezes, mudam os rumos do negócio. Esse fenômeno é conhecido como intraempreendedorismo.
         Criado na década de 80 pelo empreendedor e escritor Gifford Pinchot, o conceito se refere ao empreendedorismo que acontece dentro dos limites das empresas. Trata-se de projetos inovadores que podem ir de pequenas melhorias operacionais a grandes transformações no modelo de negócios. Tudo depende da disposição em assumir risco, oferecendo mais liberdade a seus funcionários.
         O Gmail é um dos mais famosos casos de intraempreendedorismo. O e-mail mais utilizado hoje em dia foi idealizado por um engenheiro do Google que, inicialmente, tinha o objetivo de melhorar a comunicação interna na empresa. Devido à elevada capacidade de armazenamento e velocidade, a ferramenta chegou ao mercado externo e ganhou o mundo, tornando-se um dos principais produtos do Google. Essa transformação só foi possível a uma postura de incentivo à inovação adotada pela empresa.
         O Google é considerado referência quando o assunto é fomentar o intraempreendedorismo. Além de dar liberdade aos colaboradores para buscar soluções criativas, ele promove capacitações internas para garantir que a equipe atinja seu potencial máximo. A estratégia é baseada em utilizar os funcionários, que conhecem bem o fluxo de trabalho e os desafios cotidianos da empresa, para solucionar problemas e propor caminhos alternativos para o aumento da produtividade.
         E não são somente as empresas que se beneficiam do intraempreendedorismo. Para o colaborador, é uma chance de se destacar e se desenvolver enquanto profissional, sem ter que abrir mão de uma carreira estável. Além do potencial para reposicionar a firma no mercado, como o que houve com o Google após o Gmail, a implantação dessa cultura não deixa de ser uma estratégia para retenção de talentos.
         Incentivar o intraempreendedorismo pode ser um atalho para a inovação, uma busca cada vez mais difundida entre as organizações modernas. Um atalho até mais rápido do que a aquisição de companhias menores ou os programas de aceleração. Além disso, essa atitude pode ser um modo de sobrevivência em longo prazo. Uma pesquisa publicada em 2017, da Amway Global Entrepreneurship Report em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, apontou que 82% dos brasileiros desejam abrir seus próprios negócios nos próximos cinco anos. Portanto, é preciso que os gestores enxerguem tal prática como um investimento. Afinal, é muito mais vantajoso ter um empreendedor interno do que mais um concorrente no mercado.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Ancham BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de dezembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 13 de dezembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Congratulações ao papa Francisco
A Festa de Santa Luzia, vivida dia 13 dezembro, em muitos lugares e de modo particular no Santuário Arquidiocesano Santa Luzia, em Santa Luzia, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, é ainda mais especial neste ano, quando se celebra o jubileu de ouro sacerdotal do papa Francisco. Meio século de ministério, em que se revela o verdadeiro “ouro” de Francisco. Muito além de simples contagem do tempo, esses 50 anos iluminam obscuridades humanas e institucionais, inspiram transformações nas diferentes dinâmicas do mundo que afrontam os valores do Evangelho. De modo singular, a trajetória de Francisco encoraja atitudes que vencem comodismos e mediocridades que se perpetuam sob o argumento de que “sempre foi assim”. A vida sacerdotal do papa mostra que o Evangelho, quando assumido no cotidiano, possibilita as mudanças tão necessárias à atualidade, a exemplo da urgente conversão ecológica.
Meio século de ministério sacerdotal – ouro moldado na vida religiosa jesuíta, com muitos serviços prestados, amor genuíno à Igreja e, de modo exemplar, aos mais pobres. Com o seu jeito de ser, o papa Francisco amorosamente ensina que a força maior não está na aparência, mas na interioridade de cada pessoa. Seu ministério é dom, oferta de sua vida, a partir do encontro transformador com Jesus Cristo, insubstituível experiência que precisa ser vivida por todos. No caminho indicado por Cristo, Francisco se faz servidor da humanidade, a partir do sacerdócio, da missão de bispo, na tradição dos apóstolos, especialmente na responsabilidade de conduzir a Igreja, ser sucessor do apóstolo Pedro. No seu modo de agir, o papa contribui para que todos compreendam: o mal da autorreferencialidade é curado a partir de dinâmicas que levem à liberdade interior.
Essa liberdade fundamenta-se na essencialidade mística da fé cristã católica, que interpela a humanidade a enxergar que o essencial não está nas posses – de bens, condecorações, carreira, poderes e prestígios. Vivida genuinamente, a fé é caminho para a autêntica liberdade. Sua busca pode incomodar, pois exige profundidade, autenticidade e o fiel testemunho dos valores cristãos.  Vivenciada em sua plenitude, a fé cristã é capaz de fazer surgir novo humanismo. Urgente é reconhecer e assumir o valor do testemunho coerente com aquilo que se professa, considerando que a dimensão conceitual, embora importante, é insuficiente para alcançar as indicações de Jesus.
A liberdade, a partir de compreensão lúcida, fundamentada nos princípios do Evangelho, destitui a idolatria das exterioridades – camuflagem das estreitezas, do que interiormente é apequenado. Passa-se a questionar as falsas seguranças, alicerçadas também na servidão ao dinheiro, nas lógicas do poder, sem a lucidez de um caminho honesto. O caminho dessa liberdade interior é ouro generoso da genuína vivência do cristianismo, que requer o cultivo de proximidades, dos diálogos e a eleição dos pobres como opção preferencial.
Celebrar meio século de vida sacerdotal do papa Francisco, jubileu de ouro, é oportunidade para cada pessoa seguir seu exemplo, assumir a simplicidade, o desapego, rejeitar hegemonias impostas pela sedução do dinheiro, fonte de injustiça social.  As orações e congratulações ao papa Francisco, com gratidão por seu ministério, contribuem para cultivar alegrias no coração e iluminar a mente, no sentido de tornar cotidianos os genuínos gestos proféticos e corajosos, inspirados na autêntica fé cristã católica. O mundo, com a riqueza do “ouro” de Francisco, pode, sim, se transformar.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



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