quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER DO ALIMENTO INTELECTUAL E ESPIRITUAL NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Surfar na onda da inovação

        Nunca se falou tanto em criatividade e disrupção como no ano passado. Se, por um lado, o avanço de uma pandemia provocou uma série de prejuízos para empresas em todo o mundo, além da crise de saúde, por outro, deu ênfase à importância da verdadeira transformação digital e potencializou a visibilidade das startups. O momento, portanto, é animador para o ecossistema e ideal para uma reflexão e ideal para uma reflexão sobre o assunto. Afinal, 2020 ficou marcado por uma importante mudança na mentalidade dos empresários da economia tradicional, que passaram a ter um olhar mais atento aos novos modelos de negócios e, consequentemente, aos investimentos direcionados a soluções que envolvam base tecnológica. Os reflexos aparecerão ainda mais agora, em 2021.

         É verdade que esse movimento vinha ganhando força gradativamente. Há cerca de quatro anos, havia poucos investidores nos estágios “pré seed” e “seed” no Brasil, por exemplo, e pouquíssimas grandes empresas tinham abertura para se relacionar com startups. Já em 2018 e 2019, os aportes em startups saltaram de US$1,9 bilhão para US$ 4,6 bilhões na América Latina. Naturalmente, o entusiasmo diminuiu no início de 2020, em função dos impactos da crise provocada pelo coronavírus e da quarentena, mas logo o apetite dos investidores pelas soluções inovadoras voltou a crescer, principalmente devido às oportunidades apresentadas pelos empreendedores.

         De janeiro a setembro, o volume investido em startups foi superior ao mesmo período do ano anterior – US$ 2,3 bilhões, em 2020, contra US$ 2,2 bilhões, em 2019. Em 2018, esse valor chegou apenas a US$ 440 milhões, de acordo com os dados do Distrito Dataminer, unidade de inteligência no mercado de open innovation. Esse desempenho demonstra a boa performance das startups em momentos de crise – são mais resilientes, se reinventam de forma ágil e, no atual cenário de incertezas, ofereceram, com rapidez, inúmeras soluções criativas para reduzir os impactos negativos.

         Além disso, evidencia, principalmente, que as grandes empresas foram forçadas a se inserir, efetivamente, na chamada “nova economia” e a buscar escalar seus negócios. Isso significa entender que não basta ter um e-commerce ou estar presente nas redes sociais para ser digital, muito menos disruptivos. A urgência por adaptações, provocada pela pandemia, destacou que a inovação é uma necessidade permanente e precisa estar inserida na cultura organizacional, envolvendo a produção e os processos. Antes, praticamente, as companhias mais visionárias tinham essa percepção e estavam investindo para digitalizar suas operações.

         Hoje, portanto, ficou claro que as startups, acostumadas a conexões, integrações e adequações ao mercado, não param de oferecer ferramentas para o enfrentamento dos desafios e a conquista dos resultados estratégicos, nos mais variados setores. Para os investidores, também são uma opção interessante em relação às atuais taxas de juros, que estão no menor nível da história. Sendo assim, é a hora de as empresas brasileiras efetivamente consolidarem a transformação digital, de acordo com as suas características e o DNA do seu negócio, e surfarem nessa onda da inovação. Buscar conhecimento e informações para entender melhor esse ecossistema e todas as possibilidades que ele oferece. Procurar apoio para encontrar as melhores opções, desenvolver projetos e até mesmo parcerias para investir.

         Potencial para ser explorado não falta. O Brasil, em 2019, foi o terceiro país do mundo com maior número de unicórnios, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos. Além disso, até 2011, por exemplo, apenas uma entre as cinco maiores empresas norte-americanas era de base tecnológica. Em 2017, todo o Top 5 já foi composto por elas: Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Facebook. Paralelamente, em agosto de 2020, o argentino Mercado Livre tornou-se a corporação mais valiosa da América Latina. E, agora, após tantas transformações, alguém arriscaria os nomes das companhias tecnológicas que serão as cinco maiores da região até 2026? Para responder, é hora de apurar o olhar empreendedor para as startups e acompanhar de perto as tendências e oportunidades.”.

(Rodolfo Santos. CEO do BMG UpTech, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 18. * BMG UpTech é o braço de inovação do Grupo BMG).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de fevereiro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Alimento espiritual

        Mais algumas gerações, e a época atual será lembrada pela imaturidade egoísta que ainda domina a sociedade. Nossos descendentes pensarão no legado recebido: “Como estavam atrasados nossos antepassados! Poderia ter vivido muito melhor”.

            Não há como se esperar em curto prazo uma saída desse penoso clima sociopolítico, afundado num nível ainda muito baixo de espiritualidade, que atrasa a colheita de um bem-estar ao alcance de uma nação, como a brasileira, aquinhoada de imensos recursos naturais, solo e espaços de rara fecundidade.

         Em nossos tempos predomina, abominavelmente, a lógica antissocial do proveito sem escrúpulo. Elites que deveriam dar o exemplo e se erguer como faróis na escuridão despejam sobre as massas atitudes abomináveis, contrárias ao que deveria ser praticado e demonstrado. Pior é quando figuras que, aliviadas pelos altos ganhos, salários e privilégios, portanto ao reparo de aparentes necessidades irrefreáveis e tentações, transgridem e infringem a ética e a probidade. Apenas um exaustivo trabalho de conscientização dos indivíduos, de bons exemplos e ações poderá persuadir e, assim, conquistar pessoa por pessoa para a benevolência. Por meio dos indivíduos melhorados, e apenas assim, numa democracia se transformará o conjunto da nação.

         Os usurpadores deixam a população no sofrimento, obviamente escondendo dos holofotes seus planos. Quanto maior o sofrimento das pessoas (parece que alguns partidos acreditam e agem dessa forma, abjeta e não confessada), mais fácil será provocar uma satisfação por meio de mínimos alívios.

         Dominar e se manter à frente de um rebanho miserável. Com pouco, pensam eles, se alcança uma mudança impactante. É mais feliz um pobre africano castigado pela seca ao receber alguns quilos de arroz ou de farinha que um alto funcionário ao receber uma gratificação de R$ 5.000, que compra mais de cem quilos de alimentos.

         As instituições públicas podem mudar a vida dos seres humanos governados, mas elas podem ser alteradas apenas por seres humanos evoluídos. Tudo isso requer esforços individuais, que têm contra si o tempo, as limitações humanas, o egoísmo. Até lá é trabalhar, sem desanimar, para desfazer a visão cruelmente materialista e implantar uma visão mais espiritualista da realidade e da continuidade humana.

         Imagino que a maioria dos políticos atuais, dos grandes operadores de finanças, neste momento interromperão a leitura deste texto. A espiritualidade não é uma ciência exata; permanece num horizonte indefinido para quase a totalidade das pessoas. Contudo, um ser convenientemente espiritualizado pode provocar milhões de espiritualizações, numa cadeia infindável de reações que vão além de sua vida, e contribuir com a evolução humana.

          Temos ainda um numero exagerado de figuras digladiando-se por vantagem pessoa efêmera, por vez velada de um interesse setorial, mas sub-repticiamente desprovidas de escrúpulos com as consequências deletérias e os prejuízos que as vantagens de uns poucos geram para muitos outros. Não há medida ou decisão que possa realmente ser considerada acertada quando não se considera o conjunto ou a integralidade social.

         Dando apenas pão, pode-se ajudar somente o indivíduo; só é possível ajudar uma integralidade de pessoas redimindo-as da forma e da brutalidade, ajudando-as a obter uma concepção (holística) do mundo, que pelas vias da espiritualidade se abre e penetra nas consciências individuais e as transforma permanentemente. De nada adianta fornecer apenas o pão a cada uma das pessoas, o resultado será que depois algum tempo muitos estarão de novo sem pão.

         A ação dos governos, e até aquela empresarial, chegará num prazo relativamente próximo, a compreender e providenciar, além da distribuição de recursos materiais, alimento intelectual e espiritual.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a estratosférica marca de 328,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 115,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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