quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO DESAPEGO E COMPAIXÃO NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da transparência na gestão empresarial

        O cenário incerto de 2020 fez com que muitas empresas tivessem que demitir colaboradores e, em muitos casos, o que deixou os funcionários inseguros em relação à gestão das organizações. A confiança dos colaboradores ficou abalada, o que afeta os resultados do trabalho. Por isso, é essencial o desenvolvimento da cultura da transparência nas empresas.

         É uma gestão na qual as informações necessárias para a condução da empresa são divididas com todos os componentes da equipe, o que permite um melhor entendimento das decisões tomadas e uma maior participação. Segundo o estudo realizado pela empresa de tecnologia Oracle, 78% dos brasileiros não confiam em seus chefes, e um dos maiores motivos é falta de transparência. Esses dados são preocupantes, já que um funcionário desconfiado dificilmente vai se engajar nos planos da empresa nem terá interesse em realizar novos projetos.

         Se a gestão não se mostra receptiva, é comum que os colaboradores se sintam limitados. Por isso, uma política de gestão transparente incentiva a troca e o diálogo aberto, além de promover mais confiança e respeito. A Intertox, empresa de consultoria em segurança química, investiu na transparência como forma de reter o seu time de colaboradores e promover uma participação mais efetiva. De acordo com dados divulgados pela organização, todos os funcionários participam de reuniões mensais para avaliar os resultados da empresa e, além disso, possuem acesso a um software de gestão interna em que podem encontrar informações e dados importantes relacionados ao funcionamento da instituição. Como resultado dessa ação, a empresa teve um crescimento geral de 10%.

         Implementar uma cultura de transparência na organização contribui para uma melhoria no controle de gastos. Uma vez que as questões financeiras são tratadas abertamente, fica mais fácil perceber pontos de gastos excessivos ou em que ponto o orçamento pode ser mais bem aproveitado. Se os colaboradores conhecem os reais valores, eles se tornam mais cuidadosos e criteriosos na hora de utilizar os recursos que estão à disposição.

         No entanto, estabelecer essa nova cultura na empresa pode ser uma tarefa complicada. Uma forma de começar é investir na gestão horizontal. Nesse modelo, as decisões são discutidas entre todos os integrantes, e os líderes incentivam a participação. A Netflix é um exemplo de empresa bem-sucedida e que tem esse modelo com parte de seus valores. As organizações também podem criar um canal de comunicação aberto, disponibilizando informações importantes aos colaboradores.

         A gestão transparente pode ser assustadora para os líderes acostumados com o modelo tradicional. Porém, com as constantes mudanças do mercado e a valorização das relações interpessoais, esse modelo se torna uma alternativa para melhorar o desenvolvimento empresarial.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15)

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1 de fevereiro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Primado dos números

        O indivíduo ganancioso procura aumentar a quantidade da sua fortuna e perde muitas vezes a oportunidade de conquistar a felicidade. O bilionário reio do petróleo, na década de 70, Jean Paul Getty, referindo-se ao dinheiro, disse: “Quando não se tem, pensa-se sempre nele. Quando se tem, pensa-se somente nele”. A quantidade, dessa forma, pode ser também um grave problema.

         Pouco conhecida é a vida das pessoas, não gananciosas, que atuam na missão de ajudar a evolução da humanidade e “se ocultam atrás de sua obra”. Mas não pensem que a falta de homenagens e badalações deixe o “místico” contrariado: é no silêncio que ele mais aproveita a felicidade de suas realizações.

         Quem é substancialmente materialista, o tipo mais comum entre os homens, precisa de ruídos; o místico, mesmo sem subir a montanha, é silenciosamente solitário, dinamicamente solidário, não procura notoriedade, tem a missão de aliviar sofrimentos onde lhe é possível, com inabalável compaixão.

         Já sabiam os antigos gregos que uma cadeia de insaciabilidade perturba o homem comum, sempre com renovados “desejos”, enquanto a águia dilacera de Prometeu o fígado, que não para de se regenerar.

         O mais incrível conflito é exatamente aquele que o homem traz dentro de si mesmo, entre o ego mental-materialista da sua personalidade e o eu espiritual da sua divina individualidade. Se o primeiro supera em importância o segundo, como é mais comum durante a vida terrestre, a existência humana passa a ser triste, impedindo ao indivíduo se encontrar com sua “divina eternidade”.

         Quem chegou a vislumbrar uma realidade superior, explica o sábio, está serenamente ao reparo de ataques. Ninguém pode prejudica-lo, ninguém pode ofendê-lo, ninguém pode empobrecê-lo, ninguém pode obrigá-lo a perder o que ele é interiormente, mesmo tirando-lhe as posses.

         Parece vã filosofia falar de paz para quem não teve oportunidade de experimentá-la. Fez notar o filósofo Ralph W. Emerson a quem falava de paz sem saber o que é: “Não posso ouvir o que dizes, porque aquilo que tu és troveja muito alto”.

         Quem não traz consigo a serenidade da paz interior não será um pacificador, apenas um semeador de desastres. Um perturbado que procura ficar alienado da realidade.

         Homens e mulheres que não suportam a solidão evitam estar a sós consigo, temem a si mesmos. Costumam com frequência se perder na irrealidade de entorpecentes e substâncias tóxicas para iludir a infelicidade.

         Os milionários da felicidade são, quase sempre, grandes anônimos, os “não existentes da história. Acabam invisíveis. Como disse Descartes: “Vive bem quem bem se esconde”. São os irmãos sem nome dos círculos mais evoluídos, que se eclipsam no anonimato da benevolência universal; indiferentes aos louvores como aos vitupérios, porque eles vivem na invisível e silenciosa verticalidade do bem, incompreendidos pelos habitantes da ruidosa e palpável horizontalidade do mal.

         O homem justo, ainda, precisa prestar atenção, pois sua presença “diz silenciosamente”: “Você deveria ser como eu sou, mas não é, e isso é culpa sua”. Vale dizer que a simples presença do justo é quase uma provocação para o injusto, o desnorteado.

         Dessa forma, quem não alcançou a honestidade moral rejeita a própria inferioridade. A presença de um sábio o irrita. Pode levar a escolher um Barrabás e rejeitar um redentor.

         É, assim, de incalculável mérito ajudar os indivíduos orgulhosos e não autênticos (que são os mais necessitados), usando, entretanto, a sábia prudência, já que “o homem- como define M. Yourcenar – é um empreendimento que tem contra si o tempo, a necessidade, a sorte e o imbecil e sempre crescente primado dos números”. A vida terrestre lhe é concedida exatamente para superar essas limitações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a estratosférica marca de 328,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 115,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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