“A importância da transparência na gestão empresarial
O
cenário incerto de 2020 fez com que muitas empresas tivessem que demitir
colaboradores e, em muitos casos, o que deixou os funcionários inseguros em
relação à gestão das organizações. A confiança dos colaboradores ficou abalada,
o que afeta os resultados do trabalho. Por isso, é essencial o desenvolvimento
da cultura da transparência nas empresas.
É uma
gestão na qual as informações necessárias para a condução da empresa são
divididas com todos os componentes da equipe, o que permite um melhor
entendimento das decisões tomadas e uma maior participação. Segundo o estudo
realizado pela empresa de tecnologia Oracle, 78% dos brasileiros não confiam em
seus chefes, e um dos maiores motivos é falta de transparência. Esses dados são
preocupantes, já que um funcionário desconfiado dificilmente vai se engajar nos
planos da empresa nem terá interesse em realizar novos projetos.
Se a
gestão não se mostra receptiva, é comum que os colaboradores se sintam
limitados. Por isso, uma política de gestão transparente incentiva a troca e o
diálogo aberto, além de promover mais confiança e respeito. A Intertox, empresa
de consultoria em segurança química, investiu na transparência como forma de
reter o seu time de colaboradores e promover uma participação mais efetiva. De
acordo com dados divulgados pela organização, todos os funcionários participam
de reuniões mensais para avaliar os resultados da empresa e, além disso,
possuem acesso a um software de gestão interna em que podem encontrar
informações e dados importantes relacionados ao funcionamento da instituição.
Como resultado dessa ação, a empresa teve um crescimento geral de 10%.
Implementar
uma cultura de transparência na organização contribui para uma melhoria no
controle de gastos. Uma vez que as questões financeiras são tratadas
abertamente, fica mais fácil perceber pontos de gastos excessivos ou em que
ponto o orçamento pode ser mais bem aproveitado. Se os colaboradores conhecem
os reais valores, eles se tornam mais cuidadosos e criteriosos na hora de utilizar
os recursos que estão à disposição.
No
entanto, estabelecer essa nova cultura na empresa pode ser uma tarefa
complicada. Uma forma de começar é investir na gestão horizontal. Nesse modelo,
as decisões são discutidas entre todos os integrantes, e os líderes incentivam
a participação. A Netflix é um exemplo de empresa bem-sucedida e que tem esse
modelo com parte de seus valores. As organizações também podem criar um canal
de comunicação aberto, disponibilizando informações importantes aos
colaboradores.
A gestão
transparente pode ser assustadora para os líderes acostumados com o modelo
tradicional. Porém, com as constantes mudanças do mercado e a valorização das
relações interpessoais, esse modelo se torna uma alternativa para melhorar o
desenvolvimento empresarial.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15)
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1 de fevereiro de 2021, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Primado dos números
O
indivíduo ganancioso procura aumentar a quantidade da sua fortuna e perde
muitas vezes a oportunidade de conquistar a felicidade. O bilionário reio do
petróleo, na década de 70, Jean Paul Getty, referindo-se ao dinheiro, disse:
“Quando não se tem, pensa-se sempre nele. Quando se tem, pensa-se somente
nele”. A quantidade, dessa forma, pode ser também um grave problema.
Pouco
conhecida é a vida das pessoas, não gananciosas, que atuam na missão de ajudar
a evolução da humanidade e “se ocultam atrás de sua obra”. Mas não pensem que a
falta de homenagens e badalações deixe o “místico” contrariado: é no silêncio
que ele mais aproveita a felicidade de suas realizações.
Quem é
substancialmente materialista, o tipo mais comum entre os homens, precisa de
ruídos; o místico, mesmo sem subir a montanha, é silenciosamente solitário,
dinamicamente solidário, não procura notoriedade, tem a missão de aliviar
sofrimentos onde lhe é possível, com inabalável compaixão.
Já
sabiam os antigos gregos que uma cadeia de insaciabilidade perturba o homem
comum, sempre com renovados “desejos”, enquanto a águia dilacera de Prometeu o
fígado, que não para de se regenerar.
O mais
incrível conflito é exatamente aquele que o homem traz dentro de si mesmo,
entre o ego mental-materialista da sua personalidade e o eu espiritual da sua
divina individualidade. Se o primeiro supera em importância o segundo, como é
mais comum durante a vida terrestre, a existência humana passa a ser triste,
impedindo ao indivíduo se encontrar com sua “divina eternidade”.
Quem
chegou a vislumbrar uma realidade superior, explica o sábio, está serenamente
ao reparo de ataques. Ninguém pode prejudica-lo, ninguém pode ofendê-lo,
ninguém pode empobrecê-lo, ninguém pode obrigá-lo a perder o que ele é
interiormente, mesmo tirando-lhe as posses.
Parece
vã filosofia falar de paz para quem não teve oportunidade de experimentá-la.
Fez notar o filósofo Ralph W. Emerson a quem falava de paz sem saber o que é:
“Não posso ouvir o que dizes, porque aquilo que tu és troveja muito alto”.
Quem não
traz consigo a serenidade da paz interior não será um pacificador, apenas um
semeador de desastres. Um perturbado que procura ficar alienado da realidade.
Homens e
mulheres que não suportam a solidão evitam estar a sós consigo, temem a si
mesmos. Costumam com frequência se perder na irrealidade de entorpecentes e
substâncias tóxicas para iludir a infelicidade.
Os
milionários da felicidade são, quase sempre, grandes anônimos, os “não
existentes da história. Acabam invisíveis. Como disse Descartes: “Vive bem quem
bem se esconde”. São os irmãos sem nome dos círculos mais evoluídos, que se
eclipsam no anonimato da benevolência universal; indiferentes aos louvores como
aos vitupérios, porque eles vivem na invisível e silenciosa verticalidade do
bem, incompreendidos pelos habitantes da ruidosa e palpável horizontalidade do
mal.
O homem
justo, ainda, precisa prestar atenção, pois sua presença “diz silenciosamente”:
“Você deveria ser como eu sou, mas não é, e isso é culpa sua”. Vale dizer que a
simples presença do justo é quase uma provocação para o injusto, o desnorteado.
Dessa
forma, quem não alcançou a honestidade moral rejeita a própria inferioridade. A
presença de um sábio o irrita. Pode levar a escolher um Barrabás e rejeitar um
redentor.
É,
assim, de incalculável mérito ajudar os indivíduos orgulhosos e não autênticos
(que são os mais necessitados), usando, entretanto, a sábia prudência, já que
“o homem- como define M. Yourcenar – é um empreendimento que tem contra si o
tempo, a necessidade, a sorte e o imbecil e sempre crescente primado dos
números”. A vida terrestre lhe é concedida exatamente para superar essas
limitações.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a
estratosférica marca de 328,10% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 115,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,52%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do
Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca
de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a
título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta
última rubrica, previsão de R$ 1,603
trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da
justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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