“Empreender é para você?
Muitas
pessoas têm o sonho de empreender. Seja para mudar uma realidade e impactar
positivamente a vida de outras pessoas ou simplesmente pelo inconformismo e o
desejo de fazer diferente. Poucas pessoas, no entanto, possuem de fato as
habilidades necessárias para ter sucesso nessa jornada.
E não
estou falando aqui de cursos em universidades renomadas – embora uma boa
formação acadêmica certamente seja de grande ajuda –, mas de outras
habilidades, como ter uma reação positiva às adversidades. Se tem algo que conecta
os empreendedores é a tal da resiliência, a vontade e a capacidade de superar
desafios.
Determinados
traços de personalidade, como poder de adaptação, curiosidade e
competitividade, também têm um peso importante nessa equação. Curiosidade,
aliás, é um traço de personalidade que considero essencial em um empreendedor.
Observar, perguntar e querer entender como o mundo funciona, incluindo as
empresas, é fundamental.
Há,
ainda, o conjunto de competências técnicas específicas, que podem variar
drasticamente de acordo com o mercado em que você pretende atuar ou o seu
modelo de negócio. Se a sua ideia de negócio envolve um e-commerce de produtos
para pets, por exemplo, conhecer profundamente esse mercado e ter experiências
anteriores em áreas como marketing, parcerias e comercial será extremamente
útil, assim como contar com um(a) sócio(a) ou time que complemente seus
conhecimentos em outros campos.
A
verdade é que não há um único curso específico que prepare alguém para ser um
empreendedor. Em grande parte do tempo, o aprendizado é “na marra”. Por isso,
eu sempre digo que, infelizmente, uma das únicas maneiras de descobrir se você
é um empreendedor é tentando. E eu adoro o fato de que hoje há mais
oportunidades e capital disponível para que mais pessoas possam tentar
descobrir.
Por
isso, o meu conselho é: faça acontecer. Informe-se, troque conhecimento com
outros empreendedores, pesquise sobre os melhores mentores e como conseguir uma
sessão com um deles, coloque sua ideia no papel (e em uma apresentação) e vá
atrás.
Não
precisa de muita coisa para começar, basta vontade de resolver um problema e um
cliente. Para mim, um negócio começa de verdade quando se faz a primeira venda.
Não é preciso ter nome, logo, nada disso. Quando você faz a primeira transação,
quando você ajuda alguém a resolver um problema, você já concretizou algo.
Foi
assim na Loft. Começamos pequenos, comprando, reformando e vendendo
apartamentos em apenas alguns bairros da cidade de São Paulo (SP). Com o passar
dos meses, expandimos para outros bairros da capital paulista, outras cidades e
passamos a oferecer também outros serviços, como seguro locatício e originação
de crédito imobiliário. Eu e meu sócio Mate sentimos na pele as dores de quem
quer comprar ou alugar um imóvel e percebemos que havia espaço para a criação
de uma empresa que atacasse esses problemas.
Tenho
certeza de que milhões de pensamentos e receios passarão pela sua cabeça, mas o
primeiro passo é tomar coragem e começar. Sem dúvida, empreender é a
experiência mais desafiadora que alguém pode ter profissionalmente, seja por
opção, necessidade, vontade ou curiosidade. Por isso vale muito a pena. Olhando
de fora, muitas pessoas devem achar que o que estamos fazendo na Loft é fácil,
mas não é. É muito desafiador.
A gente
se cansa de ouvir que a jornada é mais importante do que o destino, e no
empreendedorismo não é diferente. Tenha em mente que, no mundo dos negócios,
você só consegue ser sortudo se você persistir. E não serão poucos os desafios:
burocracia, tempo de desenvolvimento do produto, alguns prejuízos, conquista de
clientes, busca pelos melhores fornecedores e captação de recursos, apenas para
enumerar alguns.
E, se
tudo isso, em vez de te desanimar, te deixou com ainda mais vontade de tentar e
dar certo, as chances de isso acontecer são grandes. Empreender pode ser para
você.”.
(Florian Hagenbuch. Fundador e co-CEO da Loft,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de março
de 2022, caderno OPINIÃO, página 32).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de abril de
2001, mesmo caderno, página 7, de autoria de ARTHUR J. ALMEIDA DINIZ,
professor de Direito Internacional da UFMG, e que merece igualmente integral
transcrição:
“A pilhagem global
O
modelo perverso da economia pelo neocolonialismo, também denominado
globalização, não somente destrói as nações como já começa a devastar o
planeta. Para Délcio do Carmo Lima (Opinião, 30/01/99), a globalização é a
solução dos graves problemas sociais e econômicos dos países desenvolvidos,
países centrais. Transferem para os estados periféricos o excesso do capital
financeiro, aumentam a exportação dos bens manufaturados, tudo a preços
extorsivos. Passam para os pobres o ônus da crise.
Os
juristas, hipnotizados pelo fascínio da norma jurídica, acreditam em seu poder
de sanar as injustiças sociais, diminuir o fosso entre desapossados e nababos.
Lembram-nos os rituais encantatórios para se fazer chover, provocar a estiagem,
atribuição específica dos pajés. Estes, representantes da lei e do dogma,
guardam segredos invioláveis, só transmitidos aos substitutos na hora da morte.
Olvidam a face oculta da Lei: sua realidade política. Propugnam impostos para
combater o latifúndio improdutivo, restaurar a estrutura fundiária arcaica e
concentracionista brasileira (Luciano Dias Bicalho Camargos, Mestrado, UFMG,
abril 2001). Mas os pesquisadores do direito se iludem, achando que exista
algum empenho político na solução da irritante questão agrária. Não há vontade
política e o MST tem sido utilizado cinicamente para o processo de demonização
da reforma agrária. Não existe a consciência comum partilhada. A cegueira dos
proprietários e latifundiários é voluntária, suicida. E os superlatifúndios aí
estão para estabelecer amplo controle sobre os recursos naturais do planeta,
revelando apetite especial para com os países em desenvolvimento.
A
multinacional química Monsanto declara abertamente sua intenção de dominar o
futuro da alimentação humana. O governo brasileiro, de modo absolutamente
incompreensível, quer que a sociedade entregue, sem discutir, no Brasil, o
controle dos rios, lagos e outras fontes de recursos hídricos para as empresas
multinacionais, no bojo do programa de privatização. O nosso país
desnacionalizou seu subsolo, um dos mais ricos do mundo em minerais
estratégicos e em biodiversidade (cf. excelente publicação “Alternativas para o
Brasil” – Tempo de Mudança. Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais –
Seminário de 6 de julho a 10 de agosto de 1999).
Já em
1995, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) alertava a
opinião mundial que a desertificação ameaça mais de um bilhão de pessoas em
todo o mundo. A perda das camadas aproveitáveis nos últimos 20 anos representa
o conjunto de terras cultivadas dos Estados Unidos. A África, com 1 milhão de
hectares de terras desertificadas, a Ásia com 1,4 milhão, são as regiões mais
afetadas. Nem se fala na próxima guerra da água que fará a pendenga
Israel-Palestina parecer jogo de criança. A ONU informa que pelo menos 25 países
da África e do Oriente Médio sofrem a crônica falta de água. Metade dos 300
milhões de pessoas vivendo na América Latina não têm acesso à água potável. O
embaixador Vasco Mariz, em 1991,
comentava ter ouvido de vários líderes palestinos e e israelenses que a
escassez da água levará fatalmente a um conflito generalizado e aniquilador no
Oriente Médio. Todos sabemos que o efeito estufa provoca secas de dimensões
catastróficas, para não se falar da chuva ácida ou no efeito apocalíptico do
derretimento da calota polar. Por incrível que pareça, o presidente da maior
potência militar da história, zonzando e zombando do planeta, recusa-se a
ratificar o protocolo de Kyoto que disciplina a emissão de gases provocando o
aumento da temperatura da Terrra. A única explicação possível é sua ignorância
abissal daquilo que F. Capra (“A Teia da Vida”) denomina de “ecologia
profunda”. Trata-se da visão clara da interdependência fundamental de todos os
seres, de toda a criação. Ação e reação do planeta, um ser vivo. Somos um todo
integrado e não uma coleção de partes dissociadas. Não existe o andar de cima
ou de baixo. Estamos todos no mesmo barco, fragílima embarcação azul, navegando
no oceano da Via-Láctea. André Luiz nos ensina que nossa Galáxia, viveiro e
fonte de milhões de mundos, é somente um detalhe da Criação Divina, uma nesga
do Universo!”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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