sexta-feira, 29 de abril de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, PROBIDADE, EMPREENDEDORISMO, TRANSPARÊNCIA E DEMOCRACIA NO COMBATE À CORRUPÇÃO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL PARA A QUALIFICAÇÃO HUMANA NA SUSTENTABILIDADE

“Vencer a corrupção

        A Lava Jato foi apenas a ponta do iceberg. Não podemos nos iludir que a corrupção foi debelada do Brasil simplesmente porque um grupo de procuradores conseguiu punir um engenhoso esquema de corrupção entre empreiteiras e políticos. Enxergamos naquele momento apenas uma parte apodrecida do sistema, porém foi o suficiente para ficarmos estarrecidos com o volume de dinheiro desviado.

         Apesar de vivermos o terror do desemprego, a emergência de uma pandemia e os desacertos da economia, a corrupção ainda é a pior chaga que assola nossa nação. Dela decorrem outros crimes graves que afetam o país, como tráfico de armas, drogas e violência urbana, porém na sua origem é que reside o grande mal, nos recursos desviados de áreas essenciais para abastecer os cofres dos políticos.

         A corrupção é um dos grandes entraves do nosso desenvolvimento. Entre 180 países analisados, o Brasil ocupa a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional, a terceira pior nota da série histórica. O país gasta 8% de tudo que produz para pagar a conta da corrupção. Trabalhamos um mês por ano somente para isso. É inacreditável.

         A cultura da corrupção tornou-se o maior problema do Brasil, ou seja, a percepção de que as dificuldades somente podem ser resolvidas por meio de práticas ilícitas, especialmente em razão da enorme burocracia do governo ou mesmo pela sua cabal ineficiência – isso quando não é o próprio agente público que incentiva a corrupção. O jeitinho brasileiro é tido como forma de prática das chamadas “pequenas corrupções”, como, por exemplo, sonegar imposto, furtar sinal de TV a cabo, furar a fila, simular ou dissimular negócios, entre outras tantas ações cotidianas.

         O fato é que a ineficiência do governo e a sensação de que leis somente são criadas como entraves burocráticos para que sejam vendias facilidades afastaram investimentos e a confiança no país. O empreendedorismo tornou-se a pior vítima do sistema da corrupção, uma vez que os brasileiros encontram cada vez mais barreiras para exercer sua veia empresarial, seja em uma grande indústria ou como um microempreendedor.

         Segundo o Banco Mundial, o Brasil ocupa a 124ª colocação no ambiente de negócios, dentre 190 países. As principais causas apontadas são o excesso de burocracia e a corrupção. Os países com os melhores índices são aqueles com tendência ao empreendedorismo e menor incidência de corrupção. O caminho para o desenvolvimento passa por uma equação simples: empreendedorismo, transparência e democracia, temas difíceis para o Brasil, segundo a Transparência Internacional.

         O Brasil jamais irá avançar em qualquer agenda se não combater de forma firme o problema da corrupção. Qualquer pequeno avanço nesta frente representa ganhos nas áreas de saúde, educação, segurança e em especial na economia. O espírito empreendedor do brasileiro é o motor da geração de empregos, renda, inovação e riqueza. Nosso empreendedorismo somente irá despontar com força e vitalidade depois de vencermos uma guerra sem tréguas contra aquilo que perpetua a miséria de nossa nação.”.

(MÁRCIO COIMBRA. contato@casapolítica.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de abril de 2022, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 18, de autoria de Rafael Pansanato, gerente sênior da Peers Consulting, e que merece igualmente integral transcrição:

“Ensino Médio em tempo integral

       O Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) é uma das iniciativas previstas no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), que visa à melhoria do ensino médio e ampliação do acesso e permanência de adolescentes nesta etapa da educação básica. Segundo o estudo ‘Os Jovens e o Gargalo do Ensino Médio Brasileiro’ (Seade), metade dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos não está matriculada, e a porcentagem de abandono da escola nessa saltou de 7,2% para 16,2% de 1999 a 2012.

         A eficácia do EMTI começou a ser percebida quando, em 2008, a educação em tempo integral tornou-se política pública em Pernambuco, o que resultou em um salto de 22º para o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados em outros Estados já têm se mostrado satisfatórios. Segundo o Todos pela Educação, as escolas que aderiram ao programa na primeira portaria obtiveram, em média, uma diferença de 0,6 pontos a mais no Ideb.

         Em Minas Gerais, por exemplo, o programa visa à formação integral e à inclusão social dos jovens, articulando os componentes acadêmicos aos técnicos e do mundo do trabalho. Os investimentos em expansão do EMTI no Estado fizeram com que houvesse um salto de escolas integrais, saindo de 77 unidades em 2019 para 601 unidades em 2022.

         Os bons resultados do programa aumentam a confiança para atingir 3 milhões de estudantes em 2026, conforme estimativa do Todos pela Educação. No entanto, ainda existem desafios que podem desacelerar ou até mesmo impedir o programa se não forem abordados ou gerenciados habilmente. Entre eles, a restrição orçamentária dos recursos públicos, a complexidade para organização de toda a rede de escolas aderentes, além do não atendimento de muitas escolas aos critérios de infraestrutura necessários.

         Diante dos resultados apresentados pelo EMTI e os desafios apontados, existem também algumas recomendações e ferramentas que podem auxiliar no planejamento, na gestão e na execução de ações a fim de manter o EMTI em sua rampa de expansão e melhoria da educação brasileira. Dentre elas, cinco frentes principais são:

         Planejamento da Expansão do EMTI: para garantir a consolidação do programa, é preciso mapear e analisar as escolas, garantindo recursos por meio da elaboração de plano plurianual para o EMTI e estruturando um processo de adesão aliado a ações de comunicação que engajem as comunidades.

         Modelo Pedagógico: é preciso implementar um modelo pedagógico que se conecte à formação integral e integrada do estudante, abrangendo o currículo e as dimensões emocional e cognitiva.

         Operações: devido à jornada estendida, o modelo exige uma gestão mais próxima da operação principalmente com relação a alimentação, transporte, infraestrutura e compras.

         Recursos Humanos: o desenvolvimento das escolas integrais depende do bem-estar e da qualificação dos profissionais. Por isso, é determinante acompanhar formação e necessidades de alocação de professores e equipe, além de garantir engajamento e satisfação dos profissionais.

         Finanças: as frentes anteriores serão garantidas com planejamento do curto ao longo prazo, garantindo um adequado orçamento e controlando sua execução, para atender os anseios de cada comunidade escolar.

         Com o apoio das comunidades escolares e uma gestão eficiente, o Ensino Médio de Tempo Integral promete trazer um avanço significativo para a aprendizagem no Brasil, impactando não apenas  indivíduos, mas, também, o futuro da nossa sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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