sexta-feira, 22 de abril de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA VISÃO OLÍMPICA, HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS, RESILIÊNCIA E CORAGEM NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E AS LUZES DA GESTÃO DESCENTRALIZADA E INTELIGÊNCIA COLETIVA NAS ORGANIZAÇÕES EFICIENTES E EFICAZES PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“O pódio ou o processo?

       Minha atuação como mentor de performance de atletas de mountain bike e de jiu-jitsu tem me proporcionado descobertas curiosas sobre o comportamento, sobre as atitudes e sobre as competências destes super-heróis. Um conjunto amplo de aprendizados que são vistos, cada vez mais, de forma integrativa; ou seja, são desenvolvidos em seis grandes áreas foco: a da atividade física, a da nutrição, a do desenvolvimento cognitivo, das questões práticas da vida, e as duas finais, a meu ver muito determinantes, as áreas relacionais e emocionais. Ações estratégicas desenvolvidas nestas direções amplificam os resultados e transformam o pódio, não em um objetivo fixo, mas em um processo de aquisições e de experiências autênticas. Os esforços destas mulheres e destes homens atletas, vistos nestas condições, fazem com que as medalhas de ouro não sejam apenas na vida profissional, mas, e sobretudo, na vida pessoal.

         Nas duas últimas semanas do mês de março acompanhei um atleta em uma das competições mais curiosas e fortes no mundo da bike: o Absa Cape Epic. Este atleta, Guilherme Turano, pai e empresário à frente da Turano Engenharia, com sede em Montes Claros, tem uma história de dedicação, empenho, trabalho, superação e muito estudo. Sou testemunha da sua evolução pessoal, que por isso mesmo, o impulsiona na bike. Seu exemplo é inspirador. A visão clara quanto aos desafios que temos pela frente ao lado do empenho por desenvolver habilidades necessárias é um dos pontos chave da sua evolução. A construção do Flow (fluxo), este estado de concentração plena que amplia nossa percepção da vida e de tudo o que acontece ao nosso redor, foi uma das vitórias maiores em sua trajetória.

         A corrida do Cape Epic, em plena África do Sul, deve ser completada por ambos os membros de uma equipe de duas pessoas, em uma rota com cerca de 700 quilômetros indomáveis de paisagens intocadas e até 17.250 metros de subida vertical. É a única corrida por etapas de mountain bike de oito dias. Foram 681 quilômetros e 16.900 metros de escalada depois de partir de Lourensford, Absa Cape Epic chega a Val de Vie Estate, onde os vencedores foram coroados.

         Quatro aprendizados ficaram muito evidentes e servem para o esporte e para a vida, sobretudo: 1. Pense nas rotas e nos detalhes dela. Fique atento ao momento desta rota: fluidez, curvas, atire-se ou atritos? 2. Ajustes finos: tudo é uma questão de pequenas mudanças de grandes proporções. Fique atento aos pequenos movimentos. 3. Ritmo: a vida ou o esporte demandam da gente uma constância do fazer. Prossiga, insista, respira e segue o fluxo. 4. Precisão: tudo deve ser muito bem pensado e estudado neste esporte. Uma falta de atenção aqui ou ali muda tudo. Vale, para concluir, cara leitora e leitor, um grande aprendizado que transforma o pódio, não em um lugar ou uma busca frenética, mas reforça a beleza do processo. Viver não é preciso não é preciso, como dizia o poeta Fernando Pessoa. Navegar é preciso. Se você não se jogar a vulnerabilidade, se você não aceitar que não estamos no controle, não iremos aproveitar do processo. Ele sim, redireciona a vida e nos abre a neuroplasticidade. Novos estímulos são o caminho para crescer e ver tudo melhor. Se ele chegou ao pódio? Não faz nem diferença! Mas, chegou sim! Para ser exato... 41º na master e 132º na geral: consequências! Boas escolhas!”.

(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de abril de 2022, caderno INTERESSA, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno OPINIÃO, página 22, de autoria de Matheus Bombig, cofundador da Invenis e da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs, e que merece igualmente integral transcrição:

“Gestão descentralizada para reter talentos

       A pandemia fez muitos repensarem o conceito do ambiente de trabalho ideal, não apenas pela questão do crescimento do home office, mas também por pontos como a pressão e a insegurança no dia a dia profissional. Fatores que podem contribuir para o desgaste e o alto índice de pedidos de demissão são o modelo de gestão engessado, com pirâmide hierárquica, e a cultura de decisão topdown, ainda muito utilizada por grande parte das empresas.

         Não é à toa que um estudo encomendado pela “Você S/A” ao estúdio de inteligência de dados Lagom Data aponta que, mensalmente, meio milhão de brasileiros pediram demissão de forma voluntária entre o início de 2020 e o fim do ano passado. Esse índice é o dobro do registrado nos anos anteriores à pandemia. Para chegar a essa conclusão, a Lagom analisou quase 188 milhões de registros de movimentações trabalhistas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de 2016 até novembro de 2021.

         Muito por conta desse cenário, algumas companhias brasileiras começam a observar atentamente modelos capazes de desconstruir a estrutura hierárquica para conseguirem reter seus talentos.

         Atualmente, um dos métodos que se destacam é o modelo Teal, que tem a gestão descentralizada como um de seus pilares e é conhecido por estimular uma atuação mais inovadora nas companhias, justamente por cortar problemas estruturais.

         O sistema é caracterizado pela plenitude e por perseguir um propósito, pois opera, em grande parte, sem organogramas, hierarquias, microgerenciamento ou incentivos individuais. Além disso, é gerido por pessoas e times autônomos, que são livres para tomar decisões após colherem aconselhamentos. Portanto, toda decisão tomada é sempre influenciada por uma inteligência coletiva.

         Infelizmente, essa é uma visão que se distancia de quase todas as empresas, que possuem como único objetivo o lucro, independentemente do propósito, ambiente e liberdade. Podemos comparar essas corporações com uma máquina que precisa ser a mais eficiente, rápida e barata possível, enquanto os seus colaboradores se parecem com engrenagens.

         Peguemos como exemplos os CEOs e outros C-levels. É natural que os profissionais nesses cargos tenham que tomar decisões complexas e dentro de uma agenda lotada, onde são acionados o tempo inteiro por diversos setores. O tempo deles é tão precioso que a camada gerencial abaixo passa dias ou semanas preparando materiais para serem levados em reuniões que, geralmente, duram poucos minutos.

         Ou seja, claramente estamos diante de uma estrutura repleta de burocracia, mas que tem a possibilidade de ser evitada. Com o modelo Teal, os times conseguem ser muito mais práticos em processos do dia a dia: contratações de pessoas e de ferramentas, por exemplo, não precisam passar por todo um ciclo de aprovação. De modo geral, as pessoas são retiradas de suas pequenas bolhas para que cada uma assuma o papel que julgue competente, com uma voz ativa dentro do grupo.

         Outro fato benéfico da adoção do método é que, após tomadas, todas as decisões são divulgadas para o time. Essa transparência cria um senso de comunidade entre os colaboradores e ajuda a atuar em prol da empresa, evitando que as decisões sejam voltadas apenas para impressionar a chefia.

         Nota-se que, em um ambiente complexo, a pirâmide hierárquica se torna um gargalo. No entanto, onde há baixa complexidade, estruturas piramidais podem até funcionar bem, o que ilude muitos empreendedores acerca de sua eficácia. Afinal, para muitos é tentador estar em uma posição de poder, com várias regalias e uma falsa visão de que os profissionais dispostos hierarquicamente abaixo trabalham para ajudar o negócio a bel-prazer.

         Portanto, abrir mão disso e conceder esse poder para o time é um dos principais desafios na implementação de uma organização Teal, especialmente no Brasil, que herdou um corporativismo forte. Por isso, ainda há a necessidade de difusão desse modelo no território brasileiro, uma vez que poucos empreendedores o conhecem. Felizmente, percebe-se que cada vez mais um seleto grupo tem curiosidade de entender melhor o seu funcionamento.

         Contudo, esse sistema também exige paciência em um primeiro momento. Existem muitas etapas de descentralização e uma migração só será feita se as empresas, aos poucos, alterarem pequenas estruturas e processos. Se esses passos forem dados, é possível que o país se torne um pouco menos corporativista e possua mais liberdade em seus ambientes profissionais. Isso certamente ajudará as companhias a reterem seus talentos com mais facilidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

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