“Em 2023, líderes devem conduzir a mudança
Faltando
poucos dias para o término de 2022 e a chegada de um novo ano, perguntas estão
surgindo a respeito de quais serão as reflexões para quem lida diretamente com
lideranças dentro das empresas. É notório que esse tipo de cargo é bastante
desafiador e nos últimos anos tem se mostrado primordial para o pleno
funcionamento dos mais diversos tipos de negócios e nosso país.
É
importante que as lideranças enxerguem tudo o que foi feito neste ano, além de
buscar aperfeiçoar os ensinamentos para 2023 com a equipe. Todos os gestores
dentro dos mercados sabem que cada vez mais a competição está num nível
altíssimo e cuidar das pessoas (ativo da empresa) virou questão de valorização
e aprendizados conjuntos nesse ambiente. Os líderes mais do que nunca precisam
continuar aprendendo e reaprendendo, pois o mundo mudou rapidamente. O foco tem
sido no “agora”.
O
conceito de liderança ambidestra destaca que “atitudes e pensamentos
inovadores, com o bom desempenho operacional de funcionários, auxiliam os
líderes a direcionar seus colaboradores para o futuro, sem deixar de ficar de
olho no presente”. E é com essa concepção que o ano de 2023 poderá fomentar
tendências que vão transformar a vida das empresas/companhias e na valorização
dos funcionários.
Acredita-se
que temas relacionados, como transformação digital acelerada; segurança no
supply chain (processo gerado a partir do momento em que o cliente faz um
pedido até o momento em que o produto ou serviço é entregue e pago); busca por
autossuficiência; ascensão do ESG (governança ambiental, social e corporativa,
do inglês Environmental, Social and Corporate Governance) e a experiência
imersiva do cliente, trarão novas habilidades do trabalho e a corrida por
talentos.
Na
contramão, é “esquecer 2022”; olhar para os erros e não repeti-los é uma forma
de seguir em frente, e não se deve prender ao passado. Algumas empresas vão
preferir seguir por ciclos longos ou curtos em 2023 no que diz respeito aos
planejamentos e estratégias, uma vez que os resultados obtidos por meio desses
ciclos serão determinantes no que se refere ao planejamento e à excelência em
executar as tarefas.
Existem
conceitos que dizem que as principais competências do líder do futuro estão
associadas a habilidades humanas, como criatividade, comunicação assertiva e
equilíbrio emocional. Na verdade, permanecem sendo as soft skills (termo em
inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades
comportamentais) como as demandas dos líderes.
O que
mudou foram as competências e os canais dessas soft skills. Por exemplo, a
comunicação sempre foi um comportamento desejado dos bons líderes, mas agora
não basta se comunicar bem verbalmente, é importante que você faça isso no
online, via redes sociais e outros.
Por fim,
a melhor orientação do gestor (líder) aos seus colaboradores para o início do
ano é clareza nos planejamentos estratégicos. Será com esse “norte” que vai
conectar com o das pessoas. Na sequência, precisa tangibilizar todos esses
objetivos para o grupo. O líder precisa começar o próximo ano com seu time
alinhado em busca dos objetivos de forma humanizada.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO,
página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 16 de dezembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“A voz e a Palavra
Da
inteligência luminosa e mística de Santo Agostinho, no 5º século da história
bimilenar da Igreja Católica, brota rica narrativa sobre a voz e a Palavra. São
ensinamentos que indicam um remédio para o vozerio, por vezes descompassado, do
tempo presente, facilitado pelas redes sociais. Essa profusão de falas nem
sempre traz o que gera entendimentos e fraternidade. A argumentação apresentada
por Santo Agostinho se refere a duas pessoas, João Batista e Jesus Cristo. O
Santo diz: João era a voz, e Jesus é a Palavra desde o princípio. E acrescenta
explicando que João Batista era a voz passageira. E Jesus Cristo, a Palavra
eterna desde o princípio. Uma interrogação pertinente: ao suprimir a Palavra, o
que se torna a voz? A voz se torna esvaziada de sentido, não passando de um
simples ruído. Essa clássica intervenção do bispo de Hipona constitui trecho de
um dos seus sermões, agora rezado e meditado no caminho que se percorre, tendo
no horizonte a chegada do Menino-Deus, celebração do Natal. Um rico ensinamento
quando se considera que a sociedade carece de entendimentos e de diálogos, de
mais harmonia e assertividade na liberdade cidadã para se expressar.
Compreende-se
a importância do Advento, tempo de preparação para a celebração autêntica e
frutuosa do nascimento do Salvador. Um tempo consagrado como delicadeza de
Deus, oportunidade para trilhar um novo caminho, pois na “babel” da
contemporaneidade é ainda mais urgente a conversão, a mudança. Fala-se muito,
mas pouco se constrói apenas pela disseminação de vozes sem palavras. Na
verdade, corre-se o risco de prejuízos irreversíveis. A voz desvinculada da
Palavra pode compor um coro de agoureiros, arma para a destruição do
semelhante. Mas como reconhecer se há Palavra em determinada voz? Santo
Agostinho indica o caminho para esse reconhecimento: a voz sem palavras ressoa
ao ouvido, mas não alimenta o coração.
Apenas
ancorar-se no direito de usar a voz para expressar juízos, opiniões, é atitude
que traz riscos. Importante é cuidar para que o direito a expressar a própria
voz seja indissociável do compromisso com palavras edificantes. Trata-se de uma
exigência especialmente para aqueles que estão enfileirados no seguimento de
Jesus. Os cristãos devem ser voz alimentada pela Palavra de Deus e seu veículo
qualificado, para que sejam capazes de alimentar corações. Não basta dizer, é
preciso dedicar-se a uma comunicação que tem a meta de edificar o semelhante.
Trata-se de exigência para os seguem Jesus: dizer sempre o que edifica. O
cristão não tem o direito, por princípio e fidelidade ao Mestre, de falar
qualquer coisa, de modo alheio à construção de entendimentos e diálogos. O
cristão, morada do Espírito Santo – que santifica e consola – tem a tarefa de
expressar o que gera lucidez e esperança a cada pessoa, ajudando, assim, a
fortalecer a fraternidade, a consolidar vínculos de corresponsabilidade, para
inspirar a vivência da amizade social.
Cada
pessoa precisa ser voz que transmite a Palavra, com a sua propriedade de
alavancar entendimentos e criar laços de irmandade. João Batista era a voz
anunciando a Palavra encarnada em Jesus Cristo. A voz de João ressoou
promovendo entendimento e o acolhimento da Palavra, Jesus, o Salvador. Assim,
ele cumpriu a sua missão, ajudando a proclamar a Palavra que produz sentido e
alimenta a dinâmica do viver cristão. A voz tem, pois, a função de semear a
Palavra, que é “luz para os pés e lâmpada luzente para o caminho”, conforme
ensina o salmista. João, a voz, indica a Palavra, firmando sua condição de
exemplar discípulo.
O brilho
e a interpelação que vêm da voz de João Batista proporcionam o encontro com o
Salvador. O precursor, João Batista, a voz, torna-se, assim, uma referência –
modelo de discípulo de Jesus. Inspiração para aqueles que assumem o compromisso
de proclamar a Palavra de Deus, possibilitando a outras pessoas o encontro e o
seguimento de Jesus – único Senhor. Valha, especialmente na preparação para o
Natal, o conselho de Santo Agostinho: todos procurem imitar João, a voz, sem
confundi-la com a Palavra, pelo exercício da humildade, exemplar no precursor
de Jesus, que compreendeu de onde lhe vinha a salvação. João se enxergava como
uma lâmpada e temia que o vento do orgulho pudesse apagá-la. Contemplando a
exemplaridade de João Batista, os cristãos celebrem o Natal do Menino-Deus
procurando, humildemente, valer-se da própria voz para anunciar a Palavra.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído
com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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