terça-feira, 20 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA CRIATIVIDADE, EMPATIA, IMEDIATICIDADE, COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E VISÃO OLÍMPICA NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE, DA VOZ QUE ILUMINA E DA PALAVRA QUE EDIFICA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

 “Em 2023, líderes devem conduzir a mudança

       Faltando poucos dias para o término de 2022 e a chegada de um novo ano, perguntas estão surgindo a respeito de quais serão as reflexões para quem lida diretamente com lideranças dentro das empresas. É notório que esse tipo de cargo é bastante desafiador e nos últimos anos tem se mostrado primordial para o pleno funcionamento dos mais diversos tipos de negócios e nosso país.

         É importante que as lideranças enxerguem tudo o que foi feito neste ano, além de buscar aperfeiçoar os ensinamentos para 2023 com a equipe. Todos os gestores dentro dos mercados sabem que cada vez mais a competição está num nível altíssimo e cuidar das pessoas (ativo da empresa) virou questão de valorização e aprendizados conjuntos nesse ambiente. Os líderes mais do que nunca precisam continuar aprendendo e reaprendendo, pois o mundo mudou rapidamente. O foco tem sido no “agora”.

         O conceito de liderança ambidestra destaca que “atitudes e pensamentos inovadores, com o bom desempenho operacional de funcionários, auxiliam os líderes a direcionar seus colaboradores para o futuro, sem deixar de ficar de olho no presente”. E é com essa concepção que o ano de 2023 poderá fomentar tendências que vão transformar a vida das empresas/companhias e na valorização dos funcionários.

         Acredita-se que temas relacionados, como transformação digital acelerada; segurança no supply chain (processo gerado a partir do momento em que o cliente faz um pedido até o momento em que o produto ou serviço é entregue e pago); busca por autossuficiência; ascensão do ESG (governança ambiental, social e corporativa, do inglês Environmental, Social and Corporate Governance) e a experiência imersiva do cliente, trarão novas habilidades do trabalho e a corrida por talentos.

         Na contramão, é “esquecer 2022”; olhar para os erros e não repeti-los é uma forma de seguir em frente, e não se deve prender ao passado. Algumas empresas vão preferir seguir por ciclos longos ou curtos em 2023 no que diz respeito aos planejamentos e estratégias, uma vez que os resultados obtidos por meio desses ciclos serão determinantes no que se refere ao planejamento e à excelência em executar as tarefas.

         Existem conceitos que dizem que as principais competências do líder do futuro estão associadas a habilidades humanas, como criatividade, comunicação assertiva e equilíbrio emocional. Na verdade, permanecem sendo as soft skills (termo em inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades comportamentais) como as demandas dos líderes.

         O que mudou foram as competências e os canais dessas soft skills. Por exemplo, a comunicação sempre foi um comportamento desejado dos bons líderes, mas agora não basta se comunicar bem verbalmente, é importante que você faça isso no online, via redes sociais e outros.

         Por fim, a melhor orientação do gestor (líder) aos seus colaboradores para o início do ano é clareza nos planejamentos estratégicos. Será com esse “norte” que vai conectar com o das pessoas. Na sequência, precisa tangibilizar todos esses objetivos para o grupo. O líder precisa começar o próximo ano com seu time alinhado em busca dos objetivos de forma humanizada.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 16 de dezembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“A voz e a Palavra

       Da inteligência luminosa e mística de Santo Agostinho, no 5º século da história bimilenar da Igreja Católica, brota rica narrativa sobre a voz e a Palavra. São ensinamentos que indicam um remédio para o vozerio, por vezes descompassado, do tempo presente, facilitado pelas redes sociais. Essa profusão de falas nem sempre traz o que gera entendimentos e fraternidade. A argumentação apresentada por Santo Agostinho se refere a duas pessoas, João Batista e Jesus Cristo. O Santo diz: João era a voz, e Jesus é a Palavra desde o princípio. E acrescenta explicando que João Batista era a voz passageira. E Jesus Cristo, a Palavra eterna desde o princípio. Uma interrogação pertinente: ao suprimir a Palavra, o que se torna a voz? A voz se torna esvaziada de sentido, não passando de um simples ruído. Essa clássica intervenção do bispo de Hipona constitui trecho de um dos seus sermões, agora rezado e meditado no caminho que se percorre, tendo no horizonte a chegada do Menino-Deus, celebração do Natal. Um rico ensinamento quando se considera que a sociedade carece de entendimentos e de diálogos, de mais harmonia e assertividade na liberdade cidadã para se expressar.

         Compreende-se a importância do Advento, tempo de preparação para a celebração autêntica e frutuosa do nascimento do Salvador. Um tempo consagrado como delicadeza de Deus, oportunidade para trilhar um novo caminho, pois na “babel” da contemporaneidade é ainda mais urgente a conversão, a mudança. Fala-se muito, mas pouco se constrói apenas pela disseminação de vozes sem palavras. Na verdade, corre-se o risco de prejuízos irreversíveis. A voz desvinculada da Palavra pode compor um coro de agoureiros, arma para a destruição do semelhante. Mas como reconhecer se há Palavra em determinada voz? Santo Agostinho indica o caminho para esse reconhecimento: a voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração.

         Apenas ancorar-se no direito de usar a voz para expressar juízos, opiniões, é atitude que traz riscos. Importante é cuidar para que o direito a expressar a própria voz seja indissociável do compromisso com palavras edificantes. Trata-se de uma exigência especialmente para aqueles que estão enfileirados no seguimento de Jesus. Os cristãos devem ser voz alimentada pela Palavra de Deus e seu veículo qualificado, para que sejam capazes de alimentar corações. Não basta dizer, é preciso dedicar-se a uma comunicação que tem a meta de edificar o semelhante. Trata-se de exigência para os seguem Jesus: dizer sempre o que edifica. O cristão não tem o direito, por princípio e fidelidade ao Mestre, de falar qualquer coisa, de modo alheio à construção de entendimentos e diálogos. O cristão, morada do Espírito Santo – que santifica e consola – tem a tarefa de expressar o que gera lucidez e esperança a cada pessoa, ajudando, assim, a fortalecer a fraternidade, a consolidar vínculos de corresponsabilidade, para inspirar a vivência da amizade social.

         Cada pessoa precisa ser voz que transmite a Palavra, com a sua propriedade de alavancar entendimentos e criar laços de irmandade. João Batista era a voz anunciando a Palavra encarnada em Jesus Cristo. A voz de João ressoou promovendo entendimento e o acolhimento da Palavra, Jesus, o Salvador. Assim, ele cumpriu a sua missão, ajudando a proclamar a Palavra que produz sentido e alimenta a dinâmica do viver cristão. A voz tem, pois, a função de semear a Palavra, que é “luz para os pés e lâmpada luzente para o caminho”, conforme ensina o salmista. João, a voz, indica a Palavra, firmando sua condição de exemplar discípulo.

         O brilho e a interpelação que vêm da voz de João Batista proporcionam o encontro com o Salvador. O precursor, João Batista, a voz, torna-se, assim, uma referência – modelo de discípulo de Jesus. Inspiração para aqueles que assumem o compromisso de proclamar a Palavra de Deus, possibilitando a outras pessoas o encontro e o seguimento de Jesus – único Senhor. Valha, especialmente na preparação para o Natal, o conselho de Santo Agostinho: todos procurem imitar João, a voz, sem confundi-la com a Palavra, pelo exercício da humildade, exemplar no precursor de Jesus, que compreendeu de onde lhe vinha a salvação. João se enxergava como uma lâmpada e temia que o vento do orgulho pudesse apagá-la. Contemplando a exemplaridade de João Batista, os cristãos celebrem o Natal do Menino-Deus procurando, humildemente, valer-se da própria voz para anunciar a Palavra.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

        

Nenhum comentário: