sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, DESCARBONIZAÇÃO E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA NA INDÚSTRIA DO AÇO E O PODER DA AUTOMAÇÃO E AGRICULTURA DIGITAL NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Sustentabilidade na indústria do aço

       Uma das principais matérias-primas do mundo, o aço está mais presente na vida do ser humano do que se pensa. Hoje, a cadeia de valor do setor siderúrgico na América Latina gera 1,3 milhão de empregos e é um importante indicador do desenvolvimento econômico de diversas regiões. Mas a indústria enfrenta um desafio muito importante: como promover a sustentabilidade?

         Atualmente, 80% dos gases de efeito estufa (GEE) são provenientes da emissão de dióxido de carbono (CO2) e, desse total, entre 7% e 9% são originários da siderurgia mundial. Embora a América Latina não ultrapasse 2,8% das emissões do setor, a região será uma das mais afetadas pelas mudanças climáticas. Portanto, uma das principais ações para mitigar o aquecimento global cada mais acelerado e promover um desenvolvimento econômico mais sustentável é avançar para um processo de descarbonização.

         A América Latina tem uma vantagem: temos uma das produções de aço mais eficientes e sustentáveis do mundo. Para cada tonelada de aço produzida, as empresas latino-americanas emitem 1,6 t de CO2, valor inferior à média mundial de 1,8 toneladas, segundo a worldsteel. Por sua vez, a China, maior produtor mundial da matéria-prima, emite 2,1 t de CO2, 31% a mais que a América Latina. Além disso, a região latino-americana possui condições naturais muito mais favoráveis para o uso e o desenvolvimento de energias sustentáveis.

         Pensando nesse contexto, fica a dúvida: como gerar fontes de energia mais sustentáveis? Como descarbonizar a indústria do aço e caminhar um futuro mais renovável? Pensando nessas duas questões, é preciso falar de três pontos importantes para se investir em médio e longo prazo: (1) aumentar o uso da sucata, (2) de energias renováveis e (3) gás natural.

         O aço é um material 100% reciclável, que pode ser usado e reusado diversas vezes, voltando como sucata. Maximizar o uso desse resíduo permite uma reciclagem maior do aço, tendo em vista que o processo terá zero pegada de carbono. A sucata, apesar de ser ótima no quesito da emissão de carbono, possui três etapas que não são tão simples de realizar: reconexão, separação do resíduo e a comercialização. Todas elas possuem custos variados e precisam de recursos e desenvolvimentos específicos para serem realizadas, por isso, a maximização do uso da sucata é um projeto difícil de ser implementado (e precisa ser pensado a longo prazo).

         Além disso, é preciso investir nas energias renováveis, mas também no gás natural, que possui muito mais desenvolvimento e aplicação e pode servir como um combustível de transição, já que os países ainda não possuem todos os recursos necessários para o uso e a produção de energias renováveis. Portanto, o gás natural fica como um meio-termo entre o carvão vegetal e as energias renováveis, sendo uma alternativa mais viável para o atual estágio de desenvolvimento dos países.

         A defesa comercial é o principal fator para a descarbonização.

         Apesar de existirem opções para uma transição energética, ainda falta desenvolvimento de diversas partes envolvidas no processo.

         Nesse meio, os países, principalmente os da região da América Latina, precisam seguir o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, isto é, entender que todos têm um objetivo em comum, mas possuem realidades diferentes para alcançá-lo.

         Toda a cadeia, desde os produtores, até os fornecedores e os compradores do aço, precisa estar alinhada e pensar em estratégias para caminhar juntos para a descarbonização.”.

(Alejandro Wagner. Diretor executivo da Associação Latino-Americana de Aço, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de dezembro de 2022, mesmo caderno e página, de autoria de Nilson Modesto, especialista de produto da Mitsubishi Eletric, e que merece igualmente integral transcrição:

“Automação é a chave para crescimento do agronegócio

       As notícias sobre o setor de agronegócio no Brasil são destaque, com sucessivas quebras de recorde. A produção de grãos na safra 2021/2022, por exemplo, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), está estimada em 271,2 milhões de toneladas, o que representa aumento de quase 14,5 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. Entre 2020 e 2021, o PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alcançou recordes seguidos.

         E esse é um cenário que precisa ser cada vez mais otimizado. Com base em projeções de padrões de crescimento populacional e consumo de alimentos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que a produção agrícola precisará aumentar em pelo menos 70% até 2050 para atender a demanda.

         Além disso, segundo a ONU, em 2050, cerca de 70% da população mundial viverá em áreas urbanas, reduzindo o número de mão de obra disponível no campo. Por isso analistas da consultoria McKinsey afirmam que a agricultura digital terá papel fundamental no abastecimento de alimentos.

         E como será possível aumentar a produtividade de cada hectare no campo, com melhor aproveitamento dos recursos naturais, ganhar mais eficiência no restante de toda a cadeia produtiva, além de reduzir custos com energia? Automatizando os processos de produção de alimentos.

         Automação industrial e robótica são o uso de computadores, sistemas de controle e tecnologia da informação para lidar com processos e máquinas industriais, substituindo o trabalho manual em ambientes hostis, melhorando, assim, a eficiência, velocidade, qualidade e desempenho. E, no agronegócio, a automação industrial e a robótica estão presentes desde a irrigação no campo até o processamento industrial dos alimentos, passando pelos processos de transporte e armazenamento.

         Na irrigação, a automação garante um manejo inteligente e eficiente, economizando tempo, recursos hídricos e aumentando a produtividade, levando em consideração fatores como o desnível do terreno; comprimento do pivô: área a ser irrigada; tipo de agricultura; frequência, entre outras práticas que influenciam a agricultura.

         Já no processamento dos alimentos, a automação leva o processamento de frutas, por exemplo, a um novo patamar. Em uma máquina despolpadeira de fruta, soluções automatizadas otimizam a seleção do tipo de fruta, garantindo maior produtividade, eficiência e aproveitamento. Já na linha da lavagem e seleção de frutas, reduz perda de alimentos, com maior controle e supervisão, levando a maior produtividade e eficiência.

         Os desafios de automatizar todos os processos no agronegócio são significativos, mas os resultados são mais do que compensadores. Na cadeia produtiva da agricultura, a automação industrial tem se tornado cada vez mais presente, proporcionando significativo aumento da produtividade e na eficiência energética, ao mesmo tempo em que reduz o desperdício de alimentos e de matéria-prima.

         Esse é o caminho para atender as demandas dos novos cenários previstos pela FAO e pela ONU, garantindo a segurança alimentar global.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

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