terça-feira, 27 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DOS SONHOS, PADRÕES DE URBANIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO INDUSTRIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, FÉ, ESPERANÇA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Amazônia e seu cenário de isolamento sanitário

         Em visita à Amazônia, tínhamos uma missão com dois propósitos claros: o mapeamento da cadeia de valor do manejo do pirarucu nas comunidades ribeirinhas e o entendimento do destino dos resíduos sólidos pós-consumo e locais em que a logística pelo rio é complexa e dispendiosa. No manejo, a expectativa era agregar valor aos processos locais, com o intuito de maximizar renda e trazer benefícios tangíveis à população que executa a pesca e o beneficiamento do bacalhau brasileiro. A segunda tarefa mostrou-se mais complexa, muito e função das condições encontradas e da priorização de esforços, isso por conta da ausência de infraestrutura básica de saneamento, de condições de moradia e de disponibilização de energia, normalmente feita por geradores que funcionam no fim de tarde e início da noite.

         Quanto ao consumo, os produtos chegam aos locais em embalagens como as que conhecemos nas gôndolas dos mercados. O descarte é feito em lixões a céu aberto, em cidades onde há um acúmulo maior de pessoas, via queima ou outras formas que não tiram o Resíduo Sólido Urbano (RSU) da natureza. Nos dias em que estivemos no rio, fosse em barco ou nas paradas em comunidades, observamos um ambiente com muitas embalagens de vidro, plástico e outros materiais flutuando ou depositados em áreas remotas, como nas faixas de areia das praias, formadas no período de seca do fim de novembro.

         Falando dos grandes centros, fica claro, em uma expedição como essa, que o Brasil do Norte e do Nordeste, responsável por 70% dos 2.612 lixões catalogados no país, apresenta um horizonte imenso de oportunidades para melhorias e inovações, visto o tamanho do desafio. É evidente que a questão dos lixões tem que ser intensificada e incorporada pela sociedade, associações, universidades e empresas. Não se trata apenas de um desafio, mas de um problema de soberania nacional. Não podemos sediar a COP ou mesmo falar em protagonismo em CO2 se ignoramos o básico do saneamento no local onde deveríamos ser mais zelosos.

         Há um insight interessante que devemos começar a colocar nas rodas de pesquisa e desenvolvimento: a importância de um estudo científico meticuloso sobre as diferentes realidades do Brasil e a identificação de que a embalagem correta para os produtos em cada situação detectada. No setor de bebidas, fica claro que devemos repensar as embalagens de vidro, diante da dificuldade de retornabilidade, que é o ideal, e a inexistência de alternativas para o escoamento desse resíduo que, após o consumo, vai para os rios ou lixões, onde lá ficam. Já sobre as latas de alumínio, essas parecem ser objeto de desejo dos catadores, assim como no resto do país, por serem produtos mais fáceis de coleta, armazenamento e, sobretudo, pelo preço que o quilograma desse material recebe. A situação é um pouco mais complexa, visto que passa pelo mapeamento e pela conscientização da população em relação ao consumo correto da embalagem, além da viabilização econômica das soluções.

         Enxergando o copo meio cheio, há oportunidades e muitas iniciativas que já estão em andamento para maximizar a circularidade de RSU e o destino correto da matéria orgânica, que totaliza, aproximadamente, 50% do total de resíduos gerados. Missões como essa, em que alunos e professores da Universidade Presbiteriana (UPM) e profissionais de empresas como o Grupo Petrópolis foram envolvidos, são essenciais para compreensão do ambiente e para a busca de soluções adequadas e pertinentes para cada caso.”.

(Alaércio Nicoletti. Gerente de sustentabilidade e inovação do Grupo Petrópolis, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno INTERESSA, página 17, de autoria de Otávio Grossi, filósofo, mestre em psicologia, psicopedagogo de autistas, além de mentor de empresários e atletas. Autor do livro “Conquistas Autênticas”, pela editora Cândido. É colunista do jornal O TEMPO e participante do programa Interessa, às segundas-feiras, na rádio Super 91,7 FM, e que merece igualmente integral transcrição:

“O cenário para ser Natal

       Agradeço a você, leitora e leitor, e à direção técnica deste jornal pelo espaço que me deram, de forma tão respeitosa e honrosa, por meio desta coluna. Em todos os artigos busquei, como filósofo e pesquisador do comportamento, trocar pontos de vista e trazer luz às nossas atitudes! Não como quem sabe de tudo, mas como quem se questiona e pensa sobre o mundo e sobre nossa forma de viver. Escrevo como um imperativo de incômodos internos e de buscas!

         A fé e esperança são sempre arremates nas conversas de fim de ano, ou das etapas: vamos com fé! É preciso ter fé! E por aí vai. Essas forças, vou chamá-las assim, que se misturam ao acreditar, nos impulsionam para seguir com nossos projetos na vida. Mas fico pensando se elas também não nos deixam míopes para ver com mais clareza.

         Tenho certo receio de que as festas de final de ano nos façam esquecer o nosso cenário. Celebrar, sim, mas com o pé na realidade. Esses últimos anos, marcados por acontecimentos de dimensões globais, trouxeram temas tão antigos quanto novos e necessários: diálogo, respeito, sociedade, democracia, honestidade, saúde, compromissos sociais, respeito ao público. Esses temas ampliam as lentes para vermos o cenário para sermos Natal: somos o terceiro país do mundo em produção de riqueza, mas o décimo em desigualdades. Somos o quarto país do mundo em população de encarcerados, estamos entre os que lideram em número de mortes de jovens, de violência contra pessoas LGBTQIA+, de feminicídio (sendo que, dessas mortes, o maior número é por arma de fogo) e ainda precisamos evoluir muito no modelo democrático e na divisão das riquezas e oportunidades.

         Proponho a você, leitora e leitor, que olhe para os acontecimentos deste ano, e para mais esse Natal, com fé e esperança! O mais importante nessas datas é aproveitar para realinhar a bússola, realinhar a direção e os motivos que nos impulsionam. Não é a mudança de data ou os rituais que vão dar um novo colorido e, como mágica, tudo vai se renovar. Não! A mágica está em perceber a caminhada, em perceber o fluxo e perceber suas escolhas e atitudes que vão compondo os resultados da sua vida em atuação no momento histórico que se apresenta e olhar para o real, ele, sim, é o que comanda. A mágica está em perceber o sentido das situações, das pessoas que se aproximaram de você, dos acontecimentos que se desdobraram. Quem não age pela realidade fica na imaginação e no simbolismo vazio. Ter fé é ter clareza!

         A crença nessa força impulsionadora é o grande segredo, a garra que se renova dentro da gente e que nos faz compreender nossa jornada neste mundo pela realidade, não por aquilo que se acha. A esperança que tantos dizem ter, principalmente motivados por essas datas, vai precisar se realinhar. Uma esperança que não é apenas uma crença de que as coisas vão acontecer do jeito que queremos. Mas uma esperança que seja cheia de certeza. Sim, uma certeza de que, independentemente de como as coisas vão terminar, elas têm sentido, ou seja, precisávamos das lições e aprendizados que se apresentarão à nossa frente neste novo ano, para a nossa real evolução.

         Desejar feliz Natal e feliz ano novo é desejar que as nossas atitudes sejam de transformação. Foi Natal mais uma vez, mas a face do Cristo ainda continua sendo espancada através da face de tantos irmãos nossos pelo mundo. Que não nos esqueçamos do cenário que está à nossa frente. Que renovemos a coragem para seguir na construção da igualdade e do amor tão estampados no presépio de Belém! Fé e esperança! Obrigado por me acompanhar durante este ano! Boas escolhas!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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