“O metaverso é o futuro?
Não
é de hoje que a realidade virtual ou expandida está presente nas notícias,
filmes, jogos digitais ou documentários. Seu objetivo é o de proporcionar
experiências e sensações humanas, utilizando-se apenas de óculos tecnológicos.
Filmes exibidos na década de 1990, como “Tron” e “Passageiro do Futuro”, são
exemplos clássicos da vontade do ser humano em fazer parte de um mundo virtual.
De lá
para cá, a imersão no mundo digital foi quase compulsória na vida das pessoas.
Com o tempo, surgiram avanços nos dispositivos e programas de videogames para
anabolizar a experiência dos usuários, e, no mesmo sentido, foram criadas
plataformas de treinamentos virtuais nas áreas militar ou civil.
Hoje,
qualquer pessoa pode obter a sua experiência virtual, basta apontar a câmera do
celular para um QR Code.
O
metaverso é a bola da vez para materializar a ideia de um futuro paralelo à
nossa realidade. Apesar de não ser uma ideia nova, o termo foi criado em meados
dos anos 1980, sendo a composição das tecnologias em realidade paralela com a
internet.
Além
disso, é visto como a próxima fronteira na rede mundial de computadores, uma
espécie de lugar que conectará os mundos real e digital no ciberespaço. Nele,
as pessoas poderão conviver em plataformas digitais, por meio da realidade
aumentada, e utilizar um avatar para participar de qualquer evento social ou
profissional.
Essa
junção de tecnologias virtuais com a internet está, de certa forma, expandindo
o seu uso na sociedade, com possibilidades agradáveis e divertidas, mas com
riscos inerentes. Por exemplo, a soberania dos países na rede de computadores é
um dos temas mais sensíveis na atual conjuntura do cenário geopolítico mundial,
pois envolve transferência de dados pessoais, economia digital, segurança
cibernética e crimes cibernéticos.
Nesse
sentido, a reflexão é: quais são as chances de os desafios e os problemas
atuais na internet serem os mesmos no metaverso? A probabilidade de isso
acontecer é alta, por conta do modelo de plataformas digitais existentes hoje
em dia. Aliás, o metaverso surge por meio de uma ferramenta de aplicação da
internet, a Meta.
Logo, a
responsabilidade de projetar uma plataforma para o metaverso é imensa, seja
para o setor governamental ou privado. Com isso, a aposta para o futuro está
lançada. Resta saber se haverá profissionais capacitados para entender e
aplicar as suas habilidades no mundo virtual. Talvez exista a possibilidade de
o metaverso, com o uso de NFTs, ter leis, segurança e moedas digitais.
O novo
milênio da era digital é uma realidade híbrida no ambiente imersivo e
interativo da internet, no qual se promovem habilidades cognitivas emergentes e
de forma tangível, ubíqua e pervasiva.
O
metaverso parece ser uma dessas tecnologias em ascensão para o futuro, a dúvida
é saber se ele é um fenômeno momentâneo ou permanente.”.
(Rodrigo Cardoso Silva. Professor da Faculdade
de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de dezembro de
2022, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 06 de dezembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Aprendei a fazer o bem
Aprendei
a fazer o bem é máxima apreciada pelo apóstolo Paulo, ao escrever às
comunidades de seu pastoreio, na missão de educá-las para o diálogo e, assim,
contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. Essa máxima é também
recomendação com tons de advertência e convocação: deve ser assumida como
tarefa pelos cristãos, chamados a serem exemplares para os demais cidadãos e
cidadãs da sociedade civil. Todos são, o tempo todo, aprendizes da prática do
bem. E tempera essa experiência de aprendizagem uma boa quantidade de
humildade, pois o orgulho alicerça a soberba, responsável pelos
comprometimentos nos diálogos – especialmente na capacidade de escutar –,
antídoto para polarizações. O orgulho também desfaz a condição se santuário que
reveste o coração humano. Essa condição é substituída por uma dinâmica doente,
de disputas, que gera incapacidade para a cooperação – perde-se a sabedoria que
permite reconhecer as riquezas que nascem das diferenças.
Aprender
a fazer o bem é inegociável caminho para o adequado exercício da cidadania,
imprescindível compromisso com a edificação de uma sociedade sobre os pilares
da justiça, do bem e da solidariedade. Dentre as suas exigências, aprender a
fazer o bem requer, em todas as circunstâncias, buscar superar polarizações.
Ora, a polarização, em discursos e posturas, pode inviabilizar a constituição
de novos cenários capazes de ajudar na superação da miséria, da fome e de
muitos outros males. Ambientes marcados pela polarização alimentam o ódio no
coração do ser humano, obscurecendo a visão que permite reconhecer a essencial
necessidade de convergência na busca pelo bem comum. Os prejuízos são grandes
na ordem social e no relacionamento interpessoal. Convive-se com postulações
autoritárias e prejuízos irreparáveis. Consequências igualmente graves são as
inadequadas associações entre religião, política e economia, buscando dissipar
a singularidade de cada um desses campos.
Quando
se quer impor narrativa única, sob a pretensa ilusão de que tudo e todos devem
estar um mesmo enquadramento, a sociedade pluralista sobre com a perda de oportunidades
e retrocessos. Por isso, a recomendação do apóstolo Paulo, “aprendei a fazer o
bem”, é um remédio indispensável. Possibilita o avançar de cada pessoa na
tarefa de construir uma sociedade melhor. E muitas práticas e princípios morais
são importantes para exercitar a capacidade de promover o bem. Preciosa é a
indicação de não se deixar vencer pelo mal. Ao invés disso, deve-se vencer o
mal com o bem. Eis um singular princípio moral cidadão e cristão, compreendendo
que o bem é fruto de longa e árdua batalha contra o mal. Não existe outro
caminho: é preciso praticar o bem, saída única na superação de pesados
sofrimentos que destroem povos e nações. O ponto de partida é se reconhecer
como um coração da paz, o que aponta para a responsabilidade de cada um na
constituição de uma sociedade marcada pelo bem.
Tornar-se
um coração da paz é conquista humana e espiritual, demandando a revisão de
sentimentos. É preciso se libertar, especialmente, dos rancores e do desejo de
vingança, para não se entrincheirar imediatamente na condição de inimigo,
permitindo-se desrespeitar a dignidade humana. Em síntese, o aprendizado da
prática do bem começa pelo com os sentimentos que habitam o coração humano.
Trata-se de um cuidado que precisa contemplar a assimilação de adequados
valores e a capacidade para compreender variados pontos de vista. Aqueles que
cultivam um coração da paz conquistam a força para vencer o mal com o bem. Um
coração da paz é tenda ampla que abriga nobres valores, compromisso com a
solidariedade, reverência ao próximo, considerado o mais importante, conforme
ensina a fé cristã. Aqueles que são do coração da paz reconhecem também que é
essencial cuidar do meio ambiente, efetivar uma economia pautada no sentido da
partilha e da inclusão social.
O amor
deve ser sempre a última palavra, tornando-se a razão que alicerça todas as
atitudes. Somente o amor consegue o próprio coração do mal, permitindo a
revisão de sentimentos. Preciosa é a indicação “aprendei a fazer o bem”, para
que a própria interioridade se torne fonte de sabedoria, aquela que qualifica
líderes, reveste a cidadania de genuíno compromisso com o próximo,
impulsionando a vivência da amizade social e da solidariedade universal.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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