sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS E IMERSÃO NO MUNDO VIRTUAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE, AMOR, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, PLENA CIDADANIA, ALTRUÍSMO, PAZ E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“O metaverso é o futuro?

       Não é de hoje que a realidade virtual ou expandida está presente nas notícias, filmes, jogos digitais ou documentários. Seu objetivo é o de proporcionar experiências e sensações humanas, utilizando-se apenas de óculos tecnológicos. Filmes exibidos na década de 1990, como “Tron” e “Passageiro do Futuro”, são exemplos clássicos da vontade do ser humano em fazer parte de um mundo virtual.

         De lá para cá, a imersão no mundo digital foi quase compulsória na vida das pessoas. Com o tempo, surgiram avanços nos dispositivos e programas de videogames para anabolizar a experiência dos usuários, e, no mesmo sentido, foram criadas plataformas de treinamentos virtuais nas áreas militar ou civil.

         Hoje, qualquer pessoa pode obter a sua experiência virtual, basta apontar a câmera do celular para um QR Code.

         O metaverso é a bola da vez para materializar a ideia de um futuro paralelo à nossa realidade. Apesar de não ser uma ideia nova, o termo foi criado em meados dos anos 1980, sendo a composição das tecnologias em realidade paralela com a internet.

         Além disso, é visto como a próxima fronteira na rede mundial de computadores, uma espécie de lugar que conectará os mundos real e digital no ciberespaço. Nele, as pessoas poderão conviver em plataformas digitais, por meio da realidade aumentada, e utilizar um avatar para participar de qualquer evento social ou profissional.

         Essa junção de tecnologias virtuais com a internet está, de certa forma, expandindo o seu uso na sociedade, com possibilidades agradáveis e divertidas, mas com riscos inerentes. Por exemplo, a soberania dos países na rede de computadores é um dos temas mais sensíveis na atual conjuntura do cenário geopolítico mundial, pois envolve transferência de dados pessoais, economia digital, segurança cibernética e crimes cibernéticos.

         Nesse sentido, a reflexão é: quais são as chances de os desafios e os problemas atuais na internet serem os mesmos no metaverso? A probabilidade de isso acontecer é alta, por conta do modelo de plataformas digitais existentes hoje em dia. Aliás, o metaverso surge por meio de uma ferramenta de aplicação da internet, a Meta.

         Logo, a responsabilidade de projetar uma plataforma para o metaverso é imensa, seja para o setor governamental ou privado. Com isso, a aposta para o futuro está lançada. Resta saber se haverá profissionais capacitados para entender e aplicar as suas habilidades no mundo virtual. Talvez exista a possibilidade de o metaverso, com o uso de NFTs, ter leis, segurança e moedas digitais.

         O novo milênio da era digital é uma realidade híbrida no ambiente imersivo e interativo da internet, no qual se promovem habilidades cognitivas emergentes e de forma tangível, ubíqua e pervasiva.

         O metaverso parece ser uma dessas tecnologias em ascensão para o futuro, a dúvida é saber se ele é um fenômeno momentâneo ou permanente.”.

(Rodrigo Cardoso Silva. Professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 06 de dezembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Aprendei a fazer o bem

       Aprendei a fazer o bem é máxima apreciada pelo apóstolo Paulo, ao escrever às comunidades de seu pastoreio, na missão de educá-las para o diálogo e, assim, contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. Essa máxima é também recomendação com tons de advertência e convocação: deve ser assumida como tarefa pelos cristãos, chamados a serem exemplares para os demais cidadãos e cidadãs da sociedade civil. Todos são, o tempo todo, aprendizes da prática do bem. E tempera essa experiência de aprendizagem uma boa quantidade de humildade, pois o orgulho alicerça a soberba, responsável pelos comprometimentos nos diálogos – especialmente na capacidade de escutar –, antídoto para polarizações. O orgulho também desfaz a condição se santuário que reveste o coração humano. Essa condição é substituída por uma dinâmica doente, de disputas, que gera incapacidade para a cooperação – perde-se a sabedoria que permite reconhecer as riquezas que nascem das diferenças.

         Aprender a fazer o bem é inegociável caminho para o adequado exercício da cidadania, imprescindível compromisso com a edificação de uma sociedade sobre os pilares da justiça, do bem e da solidariedade. Dentre as suas exigências, aprender a fazer o bem requer, em todas as circunstâncias, buscar superar polarizações. Ora, a polarização, em discursos e posturas, pode inviabilizar a constituição de novos cenários capazes de ajudar na superação da miséria, da fome e de muitos outros males. Ambientes marcados pela polarização alimentam o ódio no coração do ser humano, obscurecendo a visão que permite reconhecer a essencial necessidade de convergência na busca pelo bem comum. Os prejuízos são grandes na ordem social e no relacionamento interpessoal. Convive-se com postulações autoritárias e prejuízos irreparáveis. Consequências igualmente graves são as inadequadas associações entre religião, política e economia, buscando dissipar a singularidade de cada um desses campos.

         Quando se quer impor narrativa única, sob a pretensa ilusão de que tudo e todos devem estar um mesmo enquadramento, a sociedade pluralista sobre com a perda de oportunidades e retrocessos. Por isso, a recomendação do apóstolo Paulo, “aprendei a fazer o bem”, é um remédio indispensável. Possibilita o avançar de cada pessoa na tarefa de construir uma sociedade melhor. E muitas práticas e princípios morais são importantes para exercitar a capacidade de promover o bem. Preciosa é a indicação de não se deixar vencer pelo mal. Ao invés disso, deve-se vencer o mal com o bem. Eis um singular princípio moral cidadão e cristão, compreendendo que o bem é fruto de longa e árdua batalha contra o mal. Não existe outro caminho: é preciso praticar o bem, saída única na superação de pesados sofrimentos que destroem povos e nações. O ponto de partida é se reconhecer como um coração da paz, o que aponta para a responsabilidade de cada um na constituição de uma sociedade marcada pelo bem.

         Tornar-se um coração da paz é conquista humana e espiritual, demandando a revisão de sentimentos. É preciso se libertar, especialmente, dos rancores e do desejo de vingança, para não se entrincheirar imediatamente na condição de inimigo, permitindo-se desrespeitar a dignidade humana. Em síntese, o aprendizado da prática do bem começa pelo com os sentimentos que habitam o coração humano. Trata-se de um cuidado que precisa contemplar a assimilação de adequados valores e a capacidade para compreender variados pontos de vista. Aqueles que cultivam um coração da paz conquistam a força para vencer o mal com o bem. Um coração da paz é tenda ampla que abriga nobres valores, compromisso com a solidariedade, reverência ao próximo, considerado o mais importante, conforme ensina a fé cristã. Aqueles que são do coração da paz reconhecem também que é essencial cuidar do meio ambiente, efetivar uma economia pautada no sentido da partilha e da inclusão social.

         O amor deve ser sempre a última palavra, tornando-se a razão que alicerça todas as atitudes. Somente o amor consegue o próprio coração do mal, permitindo a revisão de sentimentos. Preciosa é a indicação “aprendei a fazer o bem”, para que a própria interioridade se torne fonte de sabedoria, aquela que qualifica líderes, reveste a cidadania de genuíno compromisso com o próximo, impulsionando a vivência da amizade social e da solidariedade universal.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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