terça-feira, 6 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, DOS LIVROS, TECNOLOGIAS E QUALIFICAÇÃO DAS ESCOLAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA CULTURA DO VOLUNTARIADO, EMPATIA E SOLIDARIEDADE PARA UMA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Para um mundo sustentável, mais livros e educação

       Antes que o mundo corporativo acordasse para a agenda ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), a indústria do livro já de movia em direção ao desenvolvimento sustentável, buscando, desde 2007, a certificação de origem do papel usado nesse mercado. Um exemplo bem-sucedido dessa iniciativa é que 100% das 70 milhões de toneladas de papel utilizadas para a impressão dos livros no nosso país, no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), têm origem certificada e provêm de floresta de manejo, como aponta o Anuário Abrelivros 2022. O selo é conferido pelo Forest Stewardship Council (FSC).

         No entanto, não é só na certificação do papel de floresta de manejo que o setor editorial avança. O livro ecológico tem um papel também na valorização dessa indústria e dos empregos que ela gera. Segundo pesquisa da Green Press Initiatite, 80% dos consumidores estariam dispostos a pagar um pouco mais pelos chamados livros verdes.

         Cabe aqui destacar a iniciativa do Clube de Leitura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). A iniciativa, que no Brasil tem o apoio da Câmara Brasileira do Livro e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, reúne 175 títulos da literatura infantil para incentivar que as crianças tenham contato com os princípios da sustentabilidade regidos pela ONU. As obras que compõem a ação também servem como inspiração e referencial para escolas, professores e alunos.

         Afinal, é pela educação que se deve medir a importância do livro e da leitura para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Objetivo 4, associado à educação de qualidade, a Meta 4.7 funciona como um resumo estratégico do caminho a seguir: “Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para  promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável”.

         Na Sociedade do Conhecimento, como é chamado o século XXI, a educação deve ser entendida como um bem comum, como escreve o autor português Antônio Nóvoa. Isso significa lutar permanentemente por uma educação de qualidade para todos, bem como pela democratização do acesso a todos os bens da cultura. Não será por outro caminho que chegaremos a 2030, deixando para trás as distopias e acreditando em um mundo melhor.”.

(Luciano Monteiro. Vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 31 de agosto de 2022, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de editorial publicado no mesmo veículo, edição de 5 de dezembro de 2022, mesmo caderno, página 14, e que merece igualmente integral transcrição:

“AVANÇO DA CULTURA

  DO VOLUNTARIADO

Hoje, 5 de dezembro, é Dia Internacional do Voluntário. É, mais do que uma celebração, um chamamento à ação de toda a sociedade, principalmente em momentos de grandes desafios à solidariedade e à empatia humanas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que criou a data emz1985, existem hoje aproximadamente 1 bilhão de pessoas que oferecem tempo, habilidade ou experiência para a melhoria das condições em suas comunidades. Delas, sete em cada dez o fazem de maneira informal, sem ligações com organizações ou empresas.

Aqui, a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 estima um total de 57 milhões de voluntários ativos no país – quase três vezes a população inteira de Minas Gerais. O estudo, realizado pelo Instituo para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), aponta um crescimento no Brasil. Há cerca de uma década, 28% dos adultos haviam dito ter feito algum tipo de atividade voluntária na vida. No ano passado, esse índice havia passado para 56%. E o tempo dedicado ao voluntariado também cresceu, passando de 5 horas mensais para 18 horas mensais. Quando associada a uma organização empresarial, o tempo dedicado ao voluntariado é ainda maior, chegando a 21,5 horas por mês.

Essa tendência no Brasil é percebida mesmo fora de nossas fronteiras. O país do 54º para o 18º lugar no World Giving Index, o chamado “ranking da solidariedade” da organização britânica Charities Aid Foundation sobre 119 países.

Essa expansão mostra uma consolidação da cultura do voluntariado, que pode se beneficiar profundamente de maior institucionalização das práticas. Atualmente, o comportamento ainda é muito ligado à percepção da profunda desigualdade social acentuada por crises econômicas e sanitárias (como a da pandemia de Covid-19 nos últimos anos).

Infelizmente, mais da metade dos praticantes (55%) desconhecem a existência da Lei do Serviço Voluntário (Lei 9.608, de 2016). Fomentar a conscientização nas instituições públicas e privadas será uma nova etapa para consolidar o voluntário no país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

        

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