“Para um mundo sustentável, mais livros e educação
Antes
que o mundo corporativo acordasse para a agenda ESG (sigla em inglês para
ambiental, social e governança), a indústria do livro já de movia em direção ao
desenvolvimento sustentável, buscando, desde 2007, a certificação de origem do
papel usado nesse mercado. Um exemplo bem-sucedido dessa iniciativa é que 100%
das 70 milhões de toneladas de papel utilizadas para a impressão dos livros no
nosso país, no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), têm origem
certificada e provêm de floresta de manejo, como aponta o Anuário Abrelivros
2022. O selo é conferido pelo Forest Stewardship Council (FSC).
No
entanto, não é só na certificação do papel de floresta de manejo que o setor
editorial avança. O livro ecológico tem um papel também na valorização dessa
indústria e dos empregos que ela gera. Segundo pesquisa da Green Press
Initiatite, 80% dos consumidores estariam dispostos a pagar um pouco mais pelos
chamados livros verdes.
Cabe
aqui destacar a iniciativa do Clube de Leitura dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável das Nações Unidas (ODS). A iniciativa, que no Brasil tem o apoio da
Câmara Brasileira do Livro e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
reúne 175 títulos da literatura infantil para incentivar que as crianças tenham
contato com os princípios da sustentabilidade regidos pela ONU. As obras que
compõem a ação também servem como inspiração e referencial para escolas,
professores e alunos.
Afinal,
é pela educação que se deve medir a importância do livro e da leitura para o
alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela
Organização das Nações Unidas (ONU). No Objetivo 4, associado à educação de
qualidade, a Meta 4.7 funciona como um resumo estratégico do caminho a seguir:
“Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades
necessárias para promover o
desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para
o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos,
igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania
global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para
o desenvolvimento sustentável”.
Na
Sociedade do Conhecimento, como é chamado o século XXI, a educação deve ser
entendida como um bem comum, como escreve o autor português Antônio Nóvoa. Isso
significa lutar permanentemente por uma educação de qualidade para todos, bem
como pela democratização do acesso a todos os bens da cultura. Não será por
outro caminho que chegaremos a 2030, deixando para trás as distopias e
acreditando em um mundo melhor.”.
(Luciano Monteiro. Vice-presidente da Câmara
Brasileira do Livro, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 31 de agosto de 2022, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
editorial publicado no mesmo veículo, edição de 5 de dezembro de 2022, mesmo
caderno, página 14, e que merece igualmente integral transcrição:
“AVANÇO DA CULTURA
DO
VOLUNTARIADO
Hoje, 5 de dezembro, é Dia Internacional do
Voluntário. É, mais do que uma celebração, um chamamento à ação de toda a
sociedade, principalmente em momentos de grandes desafios à solidariedade e à
empatia humanas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que criou
a data emz1985, existem hoje aproximadamente 1 bilhão de pessoas que oferecem
tempo, habilidade ou experiência para a melhoria das condições em suas
comunidades. Delas, sete em cada dez o fazem de maneira informal, sem ligações
com organizações ou empresas.
Aqui, a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 estima um
total de 57 milhões de voluntários ativos no país – quase três vezes a
população inteira de Minas Gerais. O estudo, realizado pelo Instituo para o
Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), aponta um crescimento no Brasil.
Há cerca de uma década, 28% dos adultos haviam dito ter feito algum tipo de
atividade voluntária na vida. No ano passado, esse índice havia passado para
56%. E o tempo dedicado ao voluntariado também cresceu, passando de 5 horas
mensais para 18 horas mensais. Quando associada a uma organização empresarial,
o tempo dedicado ao voluntariado é ainda maior, chegando a 21,5 horas por mês.
Essa tendência no Brasil é percebida mesmo fora de
nossas fronteiras. O país do 54º para o 18º lugar no World Giving Index, o
chamado “ranking da solidariedade” da organização britânica Charities Aid
Foundation sobre 119 países.
Essa expansão mostra uma consolidação da cultura do
voluntariado, que pode se beneficiar profundamente de maior institucionalização
das práticas. Atualmente, o comportamento ainda é muito ligado à percepção da
profunda desigualdade social acentuada por crises econômicas e sanitárias (como
a da pandemia de Covid-19 nos últimos anos).
Infelizmente, mais da metade dos praticantes (55%)
desconhecem a existência da Lei do Serviço Voluntário (Lei 9.608, de 2016).
Fomentar a conscientização nas instituições públicas e privadas será uma nova
etapa para consolidar o voluntário no país.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário