“Economia e consumo consciente
Produzir
menos lixo, planejar as compras, conhecer a origem e os processos de fabricação
dos produtos que adquirimos, entender os impactos que eles causam ao longo de
toda sua vida útil. Da extração da matéria-prima ao descarte final, essas são
algumas simples atitudes que colaboram com o consumo consciente, também
conhecido como consumo sustentável.
Segundo
a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, desenvolvida pelo Instituto Akatu
em parceria com a GlobeSean, 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto
individual sobre o meio ambiente e a natureza. Mas, afinal, como ser contrário
ao paradigma comportamental de consumo imediatista?
O
consumo consciente nada mais é do que um exercício diário que envolve repensar
todos os nossos hábitos de consumo. Porém, embora a agenda ESG esteja em alta
desde 2020, ainda há um processo árduo para que o consumo sustentável, de fato,
fortaleça a economia brasileira. Inicialmente, o consumidor precisa ter em
mente que as famosas compras por impulso, estimuladas pelas empresas e,
principalmente, pela mídia, são as vilãs do consumo consciente. Quem começa a
controlar o consumo, além de reduzir os impactos ambientais, faz diferença para
o bolso.
Um ponto
positivo é que as novas gerações priorizam marcas ambientalmente mais atuantes,
ainda que sejam mais caras. Intitulada geração da sustentabilidade, a Geração
Z, além de mais propensa a tomar decisões de compra com base em valores e
princípios, também é a mais consciente em seus hábitos de consumo. Eles estão
mais atentos às suas escolhas e, consequentemente, empresários e investidores
deverão ouvir e mapear atentamente estas novas gerações para entender e atender
suas reais necessidades e conseguir apoiá-las.
Outro
ponto de reflexão é que o próprio consumo mundial, além de mal distribuído,
está descontrolado: cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de
80% de todos os produtos e serviços do planeta, segundo um levantamento do
Akatu. Isto demonstra o quanto esse olhar atento ao consumo consciente, se
tornou cada vez mais relevante para a construção e promoção da Economia
Circular.
Mas, de
fato, como avançarmos o consumo consciente no Brasil? Inicialmente, o
ecossistema de negócio brasileiro deve estabelecer ambições claras vinculadas a
agenda ESG, a partir de KPIs que compreendam essa transformação como uma
jornada que necessita de inovação e consistência. Além disso, o mercado
brasileiro precisa do apoio de todos os setores – público, privado e sociedade.
Estas entidades possuem papel fundamental na disseminação do ESG e,
principalmente, na mudança de mentalidade da população. O caminho ainda é
longo, mas estamos na rota.”.
(Pamela Paz. CEO do Grupo John Richard, em
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de
fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 11).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.cnbb.org.br,
edição de 10 de fevereiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral
transcrição:
“‘Cuida dele’
Um
grito misericordioso brotou do coração do samaritano – ‘Cuida dele’, que ficou
tocado pelo sofrimento de um desconhecido, caído pelo caminho em que passava,
depois de assaltado e flagelado, quase morto. Jesus, na narrativa do Evangelho
de Lucas, ensina assim sobre a qualidade do coração humano, em uma sociedade
adoecida, de muitos enfermos e enfermidades: aponta a necessidade de se
cultivar um coração capaz de enxergar os enfermos e os pobres – não por
curiosidade, mas de maneira compassiva, para dedicar-lhes adequado tratamento.
Eis o caminho para efetivar a fraternidade, vencendo preconceitos,
discriminações e mágoas. A mensagem do Papa Francisco, na celebração do 31º Dia
Mundial do Doente, 11 de fevereiro, contribui para seguir esse itinerário. A
convocação, em primeiro lugar, é dedicar cuidado aos enfermos, alargando o
olhar para enfrentar sabiamente os sintomas de um mundo contemporâneo em
contínuo processo de adoecimento. Esse enfrentamento do mal exige que todos
busquem tratar bem cada um, irmão e irmã, com a sensibilidade do bom
samaritano.
Gestos
alicerçados na compassiva misericórdia são urgente remédio para curar as
feridas que fazem a humanidade padecer. Cultivar a semeadura da compaixão e do
respeito, vencendo disputas, indiferenças perigosas, para que prevaleça a
solidariedade, desenvolvendo a competência humana e espiritual de cuidar do
outro, especialmente dos enfermos, e da casa comum. É necessário também um
adequado cuidado dedicado à organização social e política, religiosa e
cultural, para que a vida seja sempre promovida com o constante exercício da
misericordiosa compaixão. Compaixão que precisa ser a unção do coração humano
para lhe dar sabedoria, alegria e coragem. Assim, ter força para poder cuidar
de cada pessoa, na própria família e no contexto mais amplo da sociedade,
especialmente dos pobres e dos miseráveis. Importante é lembrar que a doença
faz parte da existência humana, conforme frisa o Papa Francisco, mas que a
enfermidade pode ser vivida de modo desumano, quando há abandono, isolamento.
Vivenciar
a compaixão e cultivar a proximidade sublinham a importância do caminhar juntos
– não seguir cada um por conta própria, mas se amparando mutuamente pela
solidariedade que devolve a esperança perdida, alivia o peso das dores. É,
pois, força para todos, considerando a condição frágil de cada ser humano. Há
sempre uma lição nova a ser aprendida na experiência da fragilidade e da
doença. Um aprendizado essencial a corações orgulhosos e soberbos, que se
julgam no direito de usufruir irresponsavelmente dos bens da criação. A
realidade imposta pela doença expõe a fragilidade humana, fortalecendo a
convicção de que todos necessitam da proximidade fecundada pela compaixão e
ternura. A esse respeito, oportuno é sublinhar o papel da fé, que sustenta a
vida de cada pessoa. O Papa Francisco lembra a beleza e a consolação de um
trecho da profecia de Ezequiel, quando o Senhor Deus faz brotar do seu coração
a grandeza de seu amor de Pai: “Sou eu que apascentarei as minhas ovelhas, sou
eu quem as fará descansar”. Trata-se, na verdade, de um lamento de Deus pelos
descasos promovidos pela insensibilidade humana em relação aos sofredores, pobres
e doentes.
A
indiferença é fruto maligno produzido pela soberba no coração humano,
assoreando sentimentos nobres – querer bem ao próximo e ter coragem para abrir
a mão, solidariamente, com o objetivo de promover amparo. É fruto também da
falta de sensibilidade humanitária, uma incapacidade para reconhecer o sentido
profundo que reside na existência de cada pessoa. Confiar a condução da
sociedade a governantes insensíveis, a legisladores “frios e culculistas”, a
gestores submetidos a lógicas que desdenham o ser humano constitui um grave risco.
Os genocídios de povos e culturas, de segmentos empobrecidos da sociedade, são
originados nos corações insensíveis, nas
almas indiferentes, com olhos que não conseguem enxergar a dor lancinante de
quem passa fome, não tem o necessário para sobreviver.
O
orgulho e o medo da morte petrificam corações e obscurecem mentes. Deus é
solicitude. A solicitude é, pois, o selo de autenticidade da condição de filhos
e filhas de Deus. Preservada e mantida a lógica da solidariedade, encontra-se o
caminho das respostas que podem eliminar páginas tristes da história da
humanidade. Com Deus se aprende a solicitude para fazer valer uma nova lógica.
A fraternidade precisa ser cada vez mais promovida, aprendida a partir de
princípios civilizatórios que semeiam o sentido de solidariedade. , fortalecida
a partir de adequada legislação. É preciso fazer valer o compromisso com a
dignidade de cada pessoa. Importa a urgência de se reconhecer a condição de
solidão e de abandono de tantos irmãos, sem amparo e proteção. Deixar-se interpelar
pelas atrocidades do tempo presente para promover novas lógicas de humanização.
Mover-se pela compaixão para ajudar quem precisa: trata-se de uma permanente
responsabilidade.
São
muitos os sinais da gravidade deste tempo, podendo ser citados o sofrimento
enfrentado pelos indígenas Yanomami e a fome que atinge muitos brasileiros.
Essas realidades desafiadores convidam cada pessoa a acolher o que
generosamente expressa o bom samaritano: “Cuida dele”. E o mundo encontrará um
caminho novo.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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