terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E DESAFIOS DO AUTOCONHECIMENTO, QUALIFICAÇÃO HUMANA E SONHOS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA FRATERNIDADE, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, SOLIDARIEDADE E ALTRUÍSMO NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Autoconhecimento e autogestão

 

O alto volume de demandas, informações a serem consumidas e selecionadas e o ritmo acelerado de acontecimentos imprimem às pessoas uma rotina desafiadora. Frequentemente, o dia é finalizado com a sensação de que faltou tempo para concluir as atividades. Você já teve essa impressão?

         Estes são alguns dos grandes vilões para os adoecimentos físicos e psíquicos, como burnout, ansiedade, depressão, obesidade e dores diversas. Aprofundar e investir no autoconhecimento e autogestão é uma alternativa para quem busca uma vida mais saudável.

        

O autoconhecimento perpassa a habilidade de conhecer seus talentos, suas vulnerabilidades e ter a compreensão de quais valores, princípios e situações regem a sua vida. Além disso, refletir sobre o que cabe ou não na rotina é um importante passo para entender os gatilhos que geram tanto emoções negativas quanto positivas.

                 

Nesse processo é necessário ter coragem para aceitar as limitações do corpo, da mente, do tempo e ter coragem para lidar com as vulnerabilidades, sem culpa. Para isso, é necessário mudar alguns comportamentos, como: tirar a capa de super-herói, não ter receio de pedir ajuda e contar com as parcerias para apoiar e superar desafios e dificuldades. Além disso, é necessário cuidar da saúde física, mental e espiritual e aprender, também, a priorizar e a dizer “não” para as atividades, pessoas e situações que causam sofrimento.

                 

Já para encaixar as demandas pessoais e profissionais na agenda, contamos com a competência da autogestão, que auxilia na organização das atividades diárias, fazendo você assumir as rédeas da sua vida e agenda. Para isso, compreenda o seu contexto e priorize de forma correta seu gasto de energia e os impactos em sua vida. Organize suas atividades considerando os horários que você está com mais disponibilidade e saiba detectar os horários em que você se encontra mais cansado. Tenha disciplina para cumprir a programação e deixe alguns espaços na agenda para você reprogramar ou mudar a rota quando necessário.

 

         Realizados esses passos, avalie: a sua agenda reflete as suas prioridades? As suas atividades estão te aproximando da pessoa e profissional que você deseja ser? Refletir sobre as suas escolhas, como está utilizando um dos seus bens mais preciosos, o tempo, que é finito, é um exercício desafiador, mas poderá de ajudar a ter uma vida mais produtiva e alinhada à sua essência e valores.

        

Convido você a desenvolver uma atitude ambidestra, ou seja, cuidar do seu presente e do seu futuro, com excelência, na sua rotina diária. Não espere o momento ideal chegar para assumir o protagonismo da sua vida e agir, o melhor momento é o agora! O que você faz hoje se refletirá na vida que você terá no futuro. Conecte-se com a sua história, ela te trouxe até o patamar em que você está hoje. Fortaleça-se, sonhe alto e comece a jornada de construir essa “ponte” que levará você à concretização dos seus sonhos. E não se esqueça de comemorar as pequenas conquistas, afinal, a jornada precisa ser prazerosa.

        

Finalizo com uma pergunta para sua reflexão: como você está concluindo o seu presente para alcançar o seu futuro? E te convido a ser a sua melhor versão possível.”.

 

(Renata Santana. Diretora de Gente e Gestão – Grupo Friopeças e associada à Amcham, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

 

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.cnbb.org.br, edição de 24 de fevereiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

 “Apelos da Quaresma

 

A Liturgia da Igreja Católica oferece à humanidade, como interpelação e convocação, a vivência da Quaresma, com o grande apelo nascido do coração de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. As comunidades de fé, em rede, ainda mais intensamente, se tornam escolas de espiritualidade comprometidas com a vida, dom sagrado e inviolável. São quarenta dias para investir, qualificadamente, no despertar da consciência de cidadãos e de cristãos, à luz do Evangelho de Jesus Cristo. No ciclo do Ano Litúrgico, a Quaresma possibilita a experiência de reformar o tecido do próprio coração, revestindo-o do mais alto e nobre sentido da misericórdia de Deus. Leva à melhor compreensão sobre o mistério da paixão e morte do Senhor Jesus no horizonte pascal, pela certeza da vitória da vida sobre a morte, do amor sobre todo ódio. O apelo do Mestre pela conversão de todos deve ecoar na interioridade de cada pessoa, para que a humanidade seja capaz de alcançar novas respostas, essenciais à superação de sentimentos que estão na contramão da fraternidade universal e da solidariedade.

 

A fraternidade universal e a solidariedade são urgentes para fecundar direitos humanos e resgatar a civilização contemporânea de lógicas perversas, a exemplo daquela imposta pelo mercado – frio e calculista – e superar sentimentos que manipulam perigosamente o coração, como preconceitos e a busca por vingança. Não há discipulado sem conversão diária, profunda, pela aprendizagem de dinâmicas ensinadas e celebradas durante o tempo quaresmal. O apelo de Jesus, “Convertei-vos e crede no Evangelho”, exige, de cada um, o gesto humilde de aceitar os limites humanos. Trata-se de passo essencial no caminho rumo à purificação, para vencer sentimentos que alimentam disputas, vinganças e indiferenças. A vivência da Quaresma contribui para combater perspectivas que estreitam o ser humano na mesquinhez, inviabilizando a prevalência do respeito nas relações.  

        

A Quaresma aponta o caminho de uma humanização espiritual e afetiva. A sua vivência contribui para a superação de muitas situações tristes, a exemplo daquelas em que pessoas capazes de promover importantes iniciativas pela sua inteligência, competência na gestão de processos, com significativa participação na história de instituições, se apequenam quando são contaminadas por sentimentos de apego, mesquinhez ou ingratidão. Oportuno e sábio é acolher o horizonte indicado por Jesus – buscar a conversão e a vivência do Evangelho.  Trata-se de uma pérola preciosa encontrada no Sermão da Montanha, carta magna do cristianismo, narrada pelo evangelista Mateus.

  

Do quinto ao sétimo capítulo do Sermão da Montanha, dentre outros aspectos, merecem atenção as referências à prática do jejum, da esmola e da oração, com propriedades para requalificar a condição humana que facilmente se distancia de valores e princípios essenciais a uma vida mais equilibrada. O jejum remete o discípulo a uma conduta contrária ao tratamento soberbo e arbitrário dos bens da criação, despertando o compromisso social e político para efetivar uma organização da sociedade onde se respeite e se promova o bem como direito inalienável de todos. A esmola diz respeito ao sentido da solidariedade como expressão da nobreza no coração humano, deixando-se incomodar, em todos os sentidos, pela condição miserável e excludente de muitos irmãos e irmãs. A oração é a experiência única e insubstituível para alcançar o coração de Deus, estabelecendo um diálogo com o Pai, educando-se para enxergar o mundo e o próximo a partir da perspectiva do Criador. 

 

Acolher a interpelação da Campanha da Fraternidade contribui para bem viver o tempo da Quaresma. Em 2023, a Campanha da Fraternidade adverte para a grave situação daqueles que estão no mapa da fome e da insegurança alimentar, sublinhando um apelo de Jesus Mestre: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. A palavra do Mestre interpela seus discípulos a vivenciarem uma nova lógica: a solidariedade. Sem solidariedade, persistirá o problema da fome, não solucionado pela hegemonia de outras lógicas e interesses que estão na contramão de uma adequada cidadania e da genuína vivência do Evangelho. Neste tempo da Quaresma, sejam acolhidos os apelos do Salvador e Redentor. Promova-se a lógica da solidariedade cuja raiz está na grandeza da misericórdia de Deus, o Pai de todos, constituída pelo princípio intocável de que todos são irmãos e irmãs. O convite a todos é para que se engajem na vivência do tempo quaresmal, fecundados pelo silêncio da escuta do Evangelho e dos clamores dos pobres. Todos se atentem para os apelos da Quaresma, nascidos no coração misericordioso de Deus.”.

 Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,77%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

 Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

 Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

 Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

 Nosso patrimônio público.

 Patrimônio esse construído com o

 Sangue, suor e lágrimas,

 Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

 Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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