terça-feira, 6 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ÉTICA E TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE E A TRANSCENDÊNCIA DO EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM, ECOLOGIA INTEGRAL, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A jornada e trajetória profissional na era da IA

       Com o avanço da automação e o aumento da utilização de robôs e inteligência artificial em várias áreas, há uma discussão em andamento sobre as perspectivas das jornadas de trabalho.

         Embora a automação possa substituir certas tarefas realizadas por humanos, isso não significa necessariamente que o expediente será reduzido ou eliminado completamente.

         Por um lado, a automação pode levar a mudanças nas habilidades e na natureza do trabalho. À medida que os robôs assumem tarefas mais rotineiras e repetitivas, os humanos podem se concentrar em atividades mais complexas, criativas e estratégicas. Isso pode levar a uma reestruturação das jornadas, em que os trabalhadores realizam tarefas de maior valor agregado.

         Por outro lado, a automação também pode levar à redução do número de postos de trabalho em certas áreas. À medida que as máquinas assumem funções anteriormente realizadas por humanos, pode haver uma diminuição da demanda por certas ocupações.

         Isso pode resultar em desafios significativos, como o desemprego estrutural e a necessidade de requalificação e transição profissional para os trabalhadores afetados.

         É importante destacar que as perspectivas não são uniformes em todos os setores e ocupações. Alguns podem ser mais suscetíveis à automação do que outros, e a adoção de robôs pode variar dependendo da complexidade das tarefas e dos custos associados à implementação da automação.

         À medida que a tecnologia continua a evoluir, é essencial que as sociedades e as organizações considerem os impactos da IA, levando em conta a adoção de políticas e estratégias adequadas para gerenciar a transição e garantir a sustentabilidade econômica e social.

         O equilíbrio entre o uso de robôs e a manutenção de oportunidades de trabalho para os humanos é um desafio importante a ser enfrentado para garantir uma sociedade justa e inclusiva.

         Pensando nisso, para fazer a tecnologia trabalhar a nosso favor, sem deixar de lado a humanidade e a inclusão, é necessário adotar abordagens conscientes e orientadas por valores.

         Essas diretrizes devem incluir o investimento em educação e capacitação; inclusão digital para garantir o acesso equitativo à tecnologia; regulamentações pautadas pela ética e transparência; colaboração entre humanos e máquinas; e, principalmente, envolver todas as esferas da sociedade para dialogar e participar na formulação de políticas relacionadas à tecnologia.

         Ao seguir esses apontamentos, podemos aproveitar os benefícios da tecnologia de maneira responsável e inclusiva, garantindo que a automação e a IA estejam a serviço da humanidade, em vez de substituí-la ou excluí-la.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de junho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br., edição de 02 de junho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Apelos do Junho Verde

       A Campanha Junho Verde significa um avanço à Política Nacional de Educação Ambiental, pois contribui para um entendimento cada vez mais qualificado sobre a importância da conservação dos ecossistemas naturais, com a proteção de todos os seres vivos. Instituída a partir da lei federal 14393/2022, a Campanha Junho Verde é iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em diálogo com o Congresso Nacional. A união de todos é fundamental para que seja alcançada a inadiável meta de controlar a poluição e a degradação dos recursos naturais. Sublinhe-se que a lei federal 14393/2022 amplia a responsabilidade do poder público federal, estadual, distrital e municipal, que deve trabalhar em parceria com escolas, universidades, igrejas, empresas, comunidades tradicionais, populações indígenas e outros segmentos para uma necessária reação: urge consolidar novos estilos de vida, em contraponto às ações e opções predatórias em relação ao meio ambiente.

         Evoca-se a importância de lutar para que sejam efetivadas políticas públicas e legislações capazes de barrar a voracidade do extrativismo e enfrentar a hegemonia da lógica do lucro a todo custo. Esse extrativismo e essa lógica deixam consequências terríveis. Por isso, a sociedade precisa investir na consolidação de posturas coerentes com a salvaguarda do meio ambiente, sob pena de sofrer, de modo cada vez mais grave, as consequências de crimes ambientais, que não raramente levam cidadãos e cidadãs à morte. A Campanha Junho Verde é, pois, uma iniciativa educativa e política de especial importância, convocando todos para a adoção de um novo estilo de vida, capaz de preservar a casa comum.

         Na Campanha Junho Verde é observado o conceito de ecologia integral, que sublinha o indissociável vínculo entre a dimensão social e os diferentes desafios ambientais. O conceito de ecologia integral possibilita essa compreensão mais adequada graças às riquezas herdadas da Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, sobre o cuidado com a casa comum. As orientações do Pontífice, ao mesmo tempo que inspiram nova mentalidade para lidar com a natureza, têm força para alavancar mudanças nos cenários sociais. À luz do princípio da ecologia integral, pode-se reconhecer que há, por exemplo, uma relação entre o grave problema da fome que massacra milhões de brasileiros com a predatória mineração que contamina o meio ambiente.

         Tenha-se presente a interpelante afirmação do Papa Francisco, em referência ao planeta Terra: “Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou”. Assim, é é significativo e esperançoso convocar a sociedade, envolvendo órgãos governamentais, para reconhecer os fundamentos da ecologia integral e, consequentemente, buscar reverter dinâmicas que levam ao esgotamento dos recursos naturais. A pauta da ecologia integral não ser simplesmente bandeira da militância política e ambiental. Deve ser compromisso também vinculado à autêntica vivência da espiritualidade, pois quem professa a fé cristã deve reagir a tudo que leva à deterioração humana e social. Nesse sentido, a Campanha Junho Verde alimenta reações, com o reconhecimento de que a crise ecológica atual tem raiz humana.

         O Papa Francisco profetiza sobre a existência de um modo desordenado de conhecer a vida e a ação do ser humano. Para constituir, pois, um horizonte luminoso e qualificado é importante acolher, especialmente, as ricas interpelações do capítulo quarto da Carta Encíclica Laudato Si’, que detalha o conceito de ecologia integral, evidenciando o vínculo entre as dimensões ambiental, econômica e social. Ao enfrentar os problemas contemporâneos, deve-se reconhecer que tudo está interligado. O Papa Francisco sublinha a importância de melhor compreender a ecologia da vida cotidiana, ao explicar o que significa um progresso autêntico: investir na melhoria global da qualidade de vida do ser humano. Para isso, são necessários investimentos na construção de diálogos e de políticas públicas.

         A união de todos para a defesa do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento integral pede que cada pessoa assuma a sua responsabilidade na construção de um forte sentido de comunidade. Pede ainda uma especial capacidade de solicitude e uma criatividade mais generosa, um amor apaixonado pela própria terra. Conforme indica o princípio da ecologia integral, é urgente promover transparência e diálogos nos processos decisórios, superando a corrupção motivada pela busca do lucro, que esconde o verdadeiro impacto ambiental de diferentes projetos. Ao lado da adequada abordagem sociopolítica do conceito de ecologia integral, deve estar a dimensão espiritual, fonte que alimenta a solidariedade e permite superar exclusões. Os apelos da Campanha Junho Verde sensibilizam para a necessidade de uma busca comum pela defesa da vida no planeta, um compromisso cidadão e cristão com a justiça social, uma indispensável plataforma para a prática da amizade social.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em maio, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,94%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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