“A jornada e trajetória profissional na era da IA
Com
o avanço da automação e o aumento da utilização de robôs e inteligência
artificial em várias áreas, há uma discussão em andamento sobre as perspectivas
das jornadas de trabalho.
Embora a
automação possa substituir certas tarefas realizadas por humanos, isso não
significa necessariamente que o expediente será reduzido ou eliminado
completamente.
Por um
lado, a automação pode levar a mudanças nas habilidades e na natureza do
trabalho. À medida que os robôs assumem tarefas mais rotineiras e repetitivas,
os humanos podem se concentrar em atividades mais complexas, criativas e
estratégicas. Isso pode levar a uma reestruturação das jornadas, em que os
trabalhadores realizam tarefas de maior valor agregado.
Por
outro lado, a automação também pode levar à redução do número de postos de
trabalho em certas áreas. À medida que as máquinas assumem funções
anteriormente realizadas por humanos, pode haver uma diminuição da demanda por
certas ocupações.
Isso
pode resultar em desafios significativos, como o desemprego estrutural e a
necessidade de requalificação e transição profissional para os trabalhadores
afetados.
É
importante destacar que as perspectivas não são uniformes em todos os setores e
ocupações. Alguns podem ser mais suscetíveis à automação do que outros, e a
adoção de robôs pode variar dependendo da complexidade das tarefas e dos custos
associados à implementação da automação.
À medida
que a tecnologia continua a evoluir, é essencial que as sociedades e as
organizações considerem os impactos da IA, levando em conta a adoção de
políticas e estratégias adequadas para gerenciar a transição e garantir a
sustentabilidade econômica e social.
O
equilíbrio entre o uso de robôs e a manutenção de oportunidades de trabalho
para os humanos é um desafio importante a ser enfrentado para garantir uma
sociedade justa e inclusiva.
Pensando
nisso, para fazer a tecnologia trabalhar a nosso favor, sem deixar de lado a
humanidade e a inclusão, é necessário adotar abordagens conscientes e
orientadas por valores.
Essas
diretrizes devem incluir o investimento em educação e capacitação; inclusão
digital para garantir o acesso equitativo à tecnologia; regulamentações
pautadas pela ética e transparência; colaboração entre humanos e máquinas; e,
principalmente, envolver todas as esferas da sociedade para dialogar e
participar na formulação de políticas relacionadas à tecnologia.
Ao
seguir esses apontamentos, podemos aproveitar os benefícios da tecnologia de
maneira responsável e inclusiva, garantindo que a automação e a IA estejam a
serviço da humanidade, em vez de substituí-la ou excluí-la.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de junho de 2023, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br.,
edição de 02 de junho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Apelos do Junho Verde
A
Campanha Junho Verde significa um avanço à Política Nacional de Educação
Ambiental, pois contribui para um entendimento cada vez mais qualificado sobre
a importância da conservação dos ecossistemas naturais, com a proteção de todos
os seres vivos. Instituída a partir da lei federal 14393/2022, a Campanha Junho
Verde é iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em
diálogo com o Congresso Nacional. A união de todos é fundamental para que seja
alcançada a inadiável meta de controlar a poluição e a degradação dos recursos
naturais. Sublinhe-se que a lei federal 14393/2022 amplia a responsabilidade do
poder público federal, estadual, distrital e municipal, que deve trabalhar em
parceria com escolas, universidades, igrejas, empresas, comunidades
tradicionais, populações indígenas e outros segmentos para uma necessária
reação: urge consolidar novos estilos de vida, em contraponto às ações e opções
predatórias em relação ao meio ambiente.
Evoca-se
a importância de lutar para que sejam efetivadas políticas públicas e
legislações capazes de barrar a voracidade do extrativismo e enfrentar a
hegemonia da lógica do lucro a todo custo. Esse extrativismo e essa lógica
deixam consequências terríveis. Por isso, a sociedade precisa investir na
consolidação de posturas coerentes com a salvaguarda do meio ambiente, sob pena
de sofrer, de modo cada vez mais grave, as consequências de crimes ambientais,
que não raramente levam cidadãos e cidadãs à morte. A Campanha Junho Verde é,
pois, uma iniciativa educativa e política de especial importância, convocando
todos para a adoção de um novo estilo de vida, capaz de preservar a casa comum.
Na
Campanha Junho Verde é observado o conceito de ecologia integral, que sublinha
o indissociável vínculo entre a dimensão social e os diferentes desafios
ambientais. O conceito de ecologia integral possibilita essa compreensão mais
adequada graças às riquezas herdadas da Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa
Francisco, sobre o cuidado com a casa comum. As orientações do Pontífice, ao
mesmo tempo que inspiram nova mentalidade para lidar com a natureza, têm força
para alavancar mudanças nos cenários sociais. À luz do princípio da ecologia
integral, pode-se reconhecer que há, por exemplo, uma relação entre o grave
problema da fome que massacra milhões de brasileiros com a predatória mineração
que contamina o meio ambiente.
Tenha-se
presente a interpelante afirmação do Papa Francisco, em referência ao planeta
Terra: “Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável
e do abuso dos bens que Deus nela colocou”. Assim, é é significativo e
esperançoso convocar a sociedade, envolvendo órgãos governamentais, para
reconhecer os fundamentos da ecologia integral e, consequentemente, buscar
reverter dinâmicas que levam ao esgotamento dos recursos naturais. A pauta da
ecologia integral não ser simplesmente bandeira da militância política e
ambiental. Deve ser compromisso também vinculado à autêntica vivência da
espiritualidade, pois quem professa a fé cristã deve reagir a tudo que leva à
deterioração humana e social. Nesse sentido, a Campanha Junho Verde alimenta
reações, com o reconhecimento de que a crise ecológica atual tem raiz humana.
O Papa
Francisco profetiza sobre a existência de um modo desordenado de conhecer a
vida e a ação do ser humano. Para constituir, pois, um horizonte luminoso e
qualificado é importante acolher, especialmente, as ricas interpelações do
capítulo quarto da Carta Encíclica Laudato Si’, que detalha o conceito de
ecologia integral, evidenciando o vínculo entre as dimensões ambiental,
econômica e social. Ao enfrentar os problemas contemporâneos, deve-se
reconhecer que tudo está interligado. O Papa Francisco sublinha a importância
de melhor compreender a ecologia da vida cotidiana, ao explicar o que significa
um progresso autêntico: investir na melhoria global da qualidade de vida do ser
humano. Para isso, são necessários investimentos na construção de diálogos e de
políticas públicas.
A união
de todos para a defesa do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento
integral pede que cada pessoa assuma a sua responsabilidade na construção de um
forte sentido de comunidade. Pede ainda uma especial capacidade de solicitude e
uma criatividade mais generosa, um amor apaixonado pela própria terra. Conforme
indica o princípio da ecologia integral, é urgente promover transparência e
diálogos nos processos decisórios, superando a corrupção motivada pela busca do
lucro, que esconde o verdadeiro impacto ambiental de diferentes projetos. Ao
lado da adequada abordagem sociopolítica do conceito de ecologia integral, deve
estar a dimensão espiritual, fonte que alimenta a solidariedade e permite
superar exclusões. Os apelos da Campanha Junho Verde sensibilizam para a
necessidade de uma busca comum pela defesa da vida no planeta, um compromisso
cidadão e cristão com a justiça social, uma indispensável plataforma para a
prática da amizade social.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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