terça-feira, 13 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA ALEGRIA DA VOCAÇÃO, CAPACIDADES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, AMOR INCONDICIONAL, ALTRUÍSMO, JUSTIÇA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“A experiência como precursora do sucesso

       Em seu famoso discurso para os graduandos da Universidade de Stanford nos EUA em junho de 2005, Steve Jobs compartilhou com os formandos três histórias de sua vida que considerou determinantes para seu sucesso. Hoje, falo aqui da primeira delas, chamada por ele de “connecting the dots”, ou, em tradução livre para o português, algo como ‘ligando os pontos’.

         Nessa passagem, o fundador da gigante de tecnologia Aplle relata como ter vivenciado experiências distintas e – a princípio – aleatórias, desde cedo, fez com que ele adquirisse competências tão diversas que, mais tarde, revolucionaram o mercado. O desenvolvimento dessas habilidades e a junção improvável de conhecimentos adquiridos se conectaram e, para além de desenvolverem sua trajetória profissional, impactaram a vida de milhões de pessoas.

         Gosto muito dessa definição de Steve Jobs e, de maneira instintiva, apliquei na construção de minha vida profissional. Costumo dizer que a aquisição de um repertório de habilidades e competências distintas pode contribuir de maneira importante na aceleração e direcionamento da carreira.

         Ainda, acredito que a melhor maneira de construir esse repertório de experiências é se expondo a situações, muitas vezes desconfortáveis, que incentivem o estudo, a pesquisa e a prática de habilidades que, em um primeiro momento, podem parecer não ter correlação entre si.

         Graduado em engenharia mecânica, iniciei minha carreira trabalhando como engenheiro de serviços em usinas termoelétricas, em que pude desenvolver conhecimentos técnicos específicos na área. Anos mais tarde, percebi uma facilidade no trato diário com clientes e busquei aprimorar minhas habilidades interpessoais.

         Foi assim que fiz minha primeira transição de carreira, quando escolhi trabalhar em uma empresa de bens de consumo, na área de vendas. Com o passar do tempo, veio mais uma oportunidade de mudança, o novo desafio uniu minhas experiências anteriores: trabalhar na venda de equipamentos mecânicos e serviços, conectou minha formação de engenheiro – minha primeira experiência profissional – à minha exposição na área de vendas.

         Tenho certeza de que a construção do que chamo de repertorio de experiências, e consequente desenvolvimento de habilidades e competências distintas que ele me trouxe, foram determinantes no sucesso que obtive mais tarde na minha trajetória.

         Para quem está iniciando, em curso na carreira, ou mesmo em busca de redirecionamento, a exposição a atividades diversas, podendo ser essas: novas experiências de trabalho, cursos de desenvolvimento, processos de mentorias, formação educacional adicional – quando alinhadas aos seus gostos e valores – é, certamente, impulsionadora do sucesso, a “conexão dos pontos”.

         Assim como disse Jobs, acreditar que, por algum motivo, em algum momento, esse repertorio de experiências irá se conectar, seguramente antecede mudanças significativas na sua vida profissional e podem até transformar o mundo.”.

(Cristiano Flávio de Oliveira. Engenheiro mecânico e membro de Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 31 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 09 de junho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Deus é amor

       ‘Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele’, magistralmente ensina a 1ª Carta de São João. Uma verdade com profunda incidência no conjunto da vida. A expressão “Deus é amor”, assim não pode ser tratada como um simples slogan, com seu sentido obscurecido. Trata-se de um risco, neste tempo tão marcado pelas relativizações e banalizações da linguagem. A opção fundamental do cristão é crer no amor de Deus. Fé que não constitui simples ideia, pois trata-se, acima de tudo, da experiência do encontro com uma pessoa: Jesus Cristo, o Redentor e Salvador da humanidade. A Festa de Corpus Christi – quando cristãos católicos saem às ruas para reafirmar o compromisso de uma vida vivida no horizonte luminoso da Eucaristia – é uma expressão do encontro dos discípulos de Jesus. A rica doutrina católica em torno da Eucaristia guarda lições de esperança e inspira compromissos com a vida plena pois “Deus é amor”.

         A Festa de Corpus Christi – festa do Corpo e Sangue de Cristo oferecidos no altar da cruz – faz ecoar a palavra forte e basilar que irradia do Evangelho de São João: “Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu filho único para que todo aquele que n’Ele crer tenha a vida eterna”. Acolher esta verdade produz mudanças profundas, nas dimensões existenciais e sociais, inspirando a sacralização do direito e da justiça, como maior respeito e reverência à dignidade de cada pessoa: atitudes capazes de configurar o mundo a partir dos princípios da solidariedade e amizade social. A Solenidade de Corpus Christi, celebrada em circunstâncias festivas, públicas e de belezas singulares, a exemplo dos tapetes confeccionados que encantam olhares, é a oportunidade para reafirmar a centralidade do amor, vivendo com autenticidade a fé cristã. E a fé cristã, que tem em seu centro o amor de Deus, para ser vivida autenticamente, deve sempre se desdobrar no amor ao próximo.

         A celebração de Corpus Christi tem força educativa nos corações, tornando-os fonte de um renovado dinamismo, capacitando o ser humano para oferecer a sua resposta ao amor de Deus. O verdadeiro reconhecimento de que “Deus é amor”, amor por excelência, permite superar a banalização do semelhante, que é irmão e irmã. Em Deus, todo amor encontra a sua referência, permitindo ao ser humano enxergar a dignidade de cada pessoa e, dessa forma, superar a mesquinhez, o egoísmo. Quando se enxerga a dignidade de cada pessoa, consequentemente assume-se, com mais ardor, a tarefa cristã de ajudar o mundo a ganhar o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. É, pois, central, no propósito da celebração de Corpus Christi, compreender e deixar-se tocar por Jesus Cristo – o amor encarnado de Deus.

         No altar da cruz, Cristo se imola, ofertando o seu corpo e derramando o seu sangue em expiação pelos pecados da humanidade – oferta duradoura a partir da instituição da Eucaristia, na Última Ceia, quando o Mestre antecipa a sua morte e ressurreição, entregando-se aos discípulos, no pão e no vinho. Trata-se de realidade salvífica e redentora, sublinhada na Festa de Corpus Christi, lembrando que a mística do Sacramento da Eucaristia tem um caráter social: aquele que celebra a Eucaristia abre-se a uma desafiadora comunhão com as demais pessoas, o que significa assumir ainda mais o compromisso de promover a justiça, para que todos possam alcançar o amor maior. A fé cristã professa que a união com Cristo é a união com todos os irmãos. Compreende-se sempre mais que o amor a Deus e o amor ao próximo estão intrinsecamente vinculados. Por isso, os sentimentos inadequados precisam ser corrigidos, para que prevaleçam posturas fraternas e solidárias, inspirando atitudes coerentes com a fé.

         O culto eucarístico vincula-se à ética do amor fraterno e sincero, com um olhar especial dedicado aos pobres e vulneráveis, desdobrado no compromisso sociopolítico e cidadão no horizonte de valores que efetivam o amor. Celebrar Corpus Christi é renovar forças para construir uma sociedade mais solidária, em que o amor define discernimentos e decisões. O testemunho público do sentido profundo da Eucaristia, no ato singelo de caminhar em procissão pelas ruas, é a reafirmação do compromisso de enraizar o amor ao próximo no amor de Deus, o amor maior. A Festa de Corpus Christi reacenda e ilumine a consciência de todos os cristãos no compromisso com a caridade – dever da Igreja que inspira o exercício da cidadania, a busca por uma sociedade mais justa e fraterna –, porque Deus é amor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em maio, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,94%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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