“A experiência como precursora do sucesso
Em
seu famoso discurso para os graduandos da Universidade de Stanford nos EUA em
junho de 2005, Steve Jobs compartilhou com os formandos três histórias de sua
vida que considerou determinantes para seu sucesso. Hoje, falo aqui da primeira
delas, chamada por ele de “connecting the dots”, ou, em tradução livre para o
português, algo como ‘ligando os pontos’.
Nessa
passagem, o fundador da gigante de tecnologia Aplle relata como ter vivenciado
experiências distintas e – a princípio – aleatórias, desde cedo, fez com que
ele adquirisse competências tão diversas que, mais tarde, revolucionaram o
mercado. O desenvolvimento dessas habilidades e a junção improvável de conhecimentos
adquiridos se conectaram e, para além de desenvolverem sua trajetória
profissional, impactaram a vida de milhões de pessoas.
Gosto
muito dessa definição de Steve Jobs e, de maneira instintiva, apliquei na
construção de minha vida profissional. Costumo dizer que a aquisição de um
repertório de habilidades e competências distintas pode contribuir de maneira
importante na aceleração e direcionamento da carreira.
Ainda,
acredito que a melhor maneira de construir esse repertório de experiências é se
expondo a situações, muitas vezes desconfortáveis, que incentivem o estudo, a
pesquisa e a prática de habilidades que, em um primeiro momento, podem parecer
não ter correlação entre si.
Graduado
em engenharia mecânica, iniciei minha carreira trabalhando como engenheiro de
serviços em usinas termoelétricas, em que pude desenvolver conhecimentos
técnicos específicos na área. Anos mais tarde, percebi uma facilidade no trato
diário com clientes e busquei aprimorar minhas habilidades interpessoais.
Foi
assim que fiz minha primeira transição de carreira, quando escolhi trabalhar em
uma empresa de bens de consumo, na área de vendas. Com o passar do tempo, veio
mais uma oportunidade de mudança, o novo desafio uniu minhas experiências
anteriores: trabalhar na venda de equipamentos mecânicos e serviços, conectou
minha formação de engenheiro – minha primeira experiência profissional – à
minha exposição na área de vendas.
Tenho
certeza de que a construção do que chamo de repertorio de experiências, e
consequente desenvolvimento de habilidades e competências distintas que ele me
trouxe, foram determinantes no sucesso que obtive mais tarde na minha
trajetória.
Para
quem está iniciando, em curso na carreira, ou mesmo em busca de
redirecionamento, a exposição a atividades diversas, podendo ser essas: novas
experiências de trabalho, cursos de desenvolvimento, processos de mentorias,
formação educacional adicional – quando alinhadas aos seus gostos e valores –
é, certamente, impulsionadora do sucesso, a “conexão dos pontos”.
Assim
como disse Jobs, acreditar que, por algum motivo, em algum momento, esse
repertorio de experiências irá se conectar, seguramente antecede mudanças
significativas na sua vida profissional e podem até transformar o mundo.”.
(Cristiano Flávio de Oliveira. Engenheiro
mecânico e membro de Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO
Belo Horizonte, edição de 31 de maio de 2023, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 09 de junho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Deus é amor
‘Deus
é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele’,
magistralmente ensina a 1ª Carta de São João. Uma verdade com profunda
incidência no conjunto da vida. A expressão “Deus é amor”, assim não pode ser
tratada como um simples slogan, com seu sentido obscurecido. Trata-se de um
risco, neste tempo tão marcado pelas relativizações e banalizações da
linguagem. A opção fundamental do cristão é crer no amor de Deus. Fé que não
constitui simples ideia, pois trata-se, acima de tudo, da experiência do
encontro com uma pessoa: Jesus Cristo, o Redentor e Salvador da humanidade. A
Festa de Corpus Christi – quando cristãos católicos saem às ruas para reafirmar
o compromisso de uma vida vivida no horizonte luminoso da Eucaristia – é uma
expressão do encontro dos discípulos de Jesus. A rica doutrina católica em
torno da Eucaristia guarda lições de esperança e inspira compromissos com a
vida plena pois “Deus é amor”.
A Festa
de Corpus Christi – festa do Corpo e Sangue de Cristo oferecidos no altar da
cruz – faz ecoar a palavra forte e basilar que irradia do Evangelho de São
João: “Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu filho único para que todo
aquele que n’Ele crer tenha a vida eterna”. Acolher esta verdade produz
mudanças profundas, nas dimensões existenciais e sociais, inspirando a
sacralização do direito e da justiça, como maior respeito e reverência à
dignidade de cada pessoa: atitudes capazes de configurar o mundo a partir dos
princípios da solidariedade e amizade social. A Solenidade de Corpus Christi,
celebrada em circunstâncias festivas, públicas e de belezas singulares, a
exemplo dos tapetes confeccionados que encantam olhares, é a oportunidade para
reafirmar a centralidade do amor, vivendo com autenticidade a fé cristã. E a fé
cristã, que tem em seu centro o amor de Deus, para ser vivida autenticamente,
deve sempre se desdobrar no amor ao próximo.
A
celebração de Corpus Christi tem força educativa nos corações, tornando-os
fonte de um renovado dinamismo, capacitando o ser humano para oferecer a sua
resposta ao amor de Deus. O verdadeiro reconhecimento de que “Deus é amor”,
amor por excelência, permite superar a banalização do semelhante, que é irmão e
irmã. Em Deus, todo amor encontra a sua referência, permitindo ao ser humano
enxergar a dignidade de cada pessoa e, dessa forma, superar a mesquinhez, o
egoísmo. Quando se enxerga a dignidade de cada pessoa, consequentemente
assume-se, com mais ardor, a tarefa cristã de ajudar o mundo a ganhar o sabor
do Evangelho de Jesus Cristo. É, pois, central, no propósito da celebração de
Corpus Christi, compreender e deixar-se tocar por Jesus Cristo – o amor
encarnado de Deus.
No altar
da cruz, Cristo se imola, ofertando o seu corpo e derramando o seu sangue em
expiação pelos pecados da humanidade – oferta duradoura a partir da instituição
da Eucaristia, na Última Ceia, quando o Mestre antecipa a sua morte e
ressurreição, entregando-se aos discípulos, no pão e no vinho. Trata-se de
realidade salvífica e redentora, sublinhada na Festa de Corpus Christi,
lembrando que a mística do Sacramento da Eucaristia tem um caráter social:
aquele que celebra a Eucaristia abre-se a uma desafiadora comunhão com as
demais pessoas, o que significa assumir ainda mais o compromisso de promover a
justiça, para que todos possam alcançar o amor maior. A fé cristã professa que
a união com Cristo é a união com todos os irmãos. Compreende-se sempre mais que
o amor a Deus e o amor ao próximo estão intrinsecamente vinculados. Por isso,
os sentimentos inadequados precisam ser corrigidos, para que prevaleçam posturas
fraternas e solidárias, inspirando atitudes coerentes com a fé.
O culto
eucarístico vincula-se à ética do amor fraterno e sincero, com um olhar
especial dedicado aos pobres e vulneráveis, desdobrado no compromisso
sociopolítico e cidadão no horizonte de valores que efetivam o amor. Celebrar
Corpus Christi é renovar forças para construir uma sociedade mais solidária, em
que o amor define discernimentos e decisões. O testemunho público do sentido
profundo da Eucaristia, no ato singelo de caminhar em procissão pelas ruas, é a
reafirmação do compromisso de enraizar o amor ao próximo no amor de Deus, o amor
maior. A Festa de Corpus Christi reacenda e ilumine a consciência de todos os
cristãos no compromisso com a caridade – dever da Igreja que inspira o
exercício da cidadania, a busca por uma sociedade mais justa e fraterna –,
porque Deus é amor.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário