sexta-feira, 21 de julho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DO AMOR INCONDICIONAL, ALTRUÍSMO E SOLIDARIEDADE NA PROTEÇÃO INTEGRAL ÀS CRIANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, VISÃO OLÍMPICA, VERDADE E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“ECA 33 anos: proteger as crianças é um dever de todos

       Há 33 anos, o mês de julho é marcado pela comemoração da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no dia 13 de julho. A Lei Federal 8.069/1990 regulamentou o que hoje norteia o trabalho de diversas instituições voltadas à proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Mas, será que exercer o estatuto é uma tarefa apenas das organizações de proteção e das escolas?

          O ECA trouxe grandes avanços. Antes, prevalecia a ideia da “situação irregular”, ou seja, crianças e adolescentes somente eram considerados na lei quando estavam em alguma situação em que havia necessidade de repressão, como abandono ou a chamada “delinquência”. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é introduzido o viés da “proteção integral”. Com isso, passa a ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar as garantias previstas na legislação. Na prática, crianças e adolescentes são reconhecidos como cidadãos, não sendo mais objetos de intervenção, mas “sujeitos de direitos” em desenvolvimento e com prioridade absoluta.

          Ano após ano os números mostram que a proteção integral é uma necessidade no nosso país. Nos primeiros quatro meses deste ano foram identificadas 17,5 mil violações sexuais contra crianças e adolescentes registradas no Disque 100. Os números do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania indicam um aumento de quase 70% em relação ao ano anterior. No cenário socioeconômico, em 2022, mais de 10 milhões de crianças e adolescentes com idades entre 0 e 14 anos viviam na extrema pobreza, com renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário-mínimo.

          Todas essas estatísticas apontam que a pandemia, embora cada vez mais distante do período temporal em que vivemos, causou retrocessos profundos aos direitos de crianças e adolescentes. O acesso, a permanência e a qualidade da educação são exemplos disso, mas não os únicos. Além da educação, houve prejuízos na dimensão da segurança alimentar, no combate à violência contra crianças e adolescentes e o próprio direito à saúde.

          Em 2023, é necessário celebrar uma legislação completa como o ECA, mas é importante também reforçar cada dia mais a proteção integral dos direitos como uma prática que precisa ser frequente e constante. Com o passar do tempo, vão surgir novas formas de violação, assim novas formas de garantir os direitos de crianças e adolescentes.

          A implementação é um processo que envolve toda a sociedade e instituições que, em maior ou menor grau, dão sua contribuição na promoção, na defesa ou no controle da efetivação dos direitos. Fortalecer esse processo coletivo e democrático, que é o Sistema de Garantia de Direitos, é fundamental. Nesse aspecto, há questões centrais, como: fortalecer as medidas de prevenção de situações de violência e desigualdade social, qualificação da atuação dos conselhos tutelares e a priorização da criança e do adolescente no orçamento público dos municípios, Estados e União. Proteger as crianças atualmente é uma necessidade e um dever de todos.”.

(Ricardo Mariz. Diretor socioeducacional e evangelização do Marista Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Bolha ou tijolo

       Enquanto a quase totalidade da humanidade vivencia uma existência de tribulações, de incertezas e de lutas pela sobrevivência, e outra infinitude padece de pequenos e mesquinhos cálculos, existe uma rara parceria que desenvolveu capacidades incomuns, desmesuradamente acima daquelas inconscientes e sem conhecimento espiritual.

          Essa é a conclusão de quem se aprofundou nas práticas do despertar do potencial humano (ioga), que é de todos, sem exceções, e aponta para estágios supra-humanos e na infinitude.

          Não há por que culpar os atrasados – seu tempo chegará às centenas e milhares de vidas que os aguardam. Segundo os livros sagrados do hinduísmo, existem quem tenha começado antes que os outros, e ainda há imensidões que aguardam o momento de merecer o primeiro passo na esfera humana – ciclos evolutivos no encadeamento cósmico, no infinito, nos trilhões de galáxias, acima de nós.

          Sri Aurobindo, em “A síntese do Ioga”, descreveu a humanidade “comum” atual como ainda submissa a uma inteligência instável, incontrolável e confusa, sem noção de sua “verdadeira razão de ser neste planeta”, da missão que tem, do caminho que trilhar. Essas pessoas vivem “adormecidas” até deixar a existência terrestre, que se finda com escasso ou quase nulo proveito, mesmo quando é despendida na acumulação de riqueza, bens materiais ou até saber, para atingir fins egoísticos.

          É difícil para a mente humana combinar de maneira correta os movimentos da inteligência e harmonizá-los. O ser comum vive sobretudo de mentalidade “habitual”, na qual a ação da mentalidade é pragmática e relativamente fraca, e ele tem grande dificuldade em se servir da mentalidade mais elevada, criativa, e até em perceber sua existência.

          O pragmatismo da mente está demasiadamente preocupado com o trivial e, assim, desinteressado na sua potencialidade ideativa e continuará na “luta comum”, na sede da satisfação e do proveito material. Considerará a matéria, que é um meio instrumental, como é uma marreta, e dará a essa a importância suprema e enganosa de um fim, de uma meta existencial.

          A mente titubeante e atrapalhada começa a considerar o mundo como uma encenação anárquica e o pensamento como um caos de cintilações saído de um indefinido luminoso, mas gravemente descontrolado. Não consegue a mente comum encontrar uma base firme na imensidade de seu potencial e se satisfaz de continuar voltada para o fundo da caverna sem a percepção do universo de oportunidades fora dela.

          Rejeita-se a liberdade da qual é parte. Serve-se apenas e insensatamente de um estoque exíguo e limitado de pensamentos. Continua surda ao chamado da infinitude da qual é parte integrante e importante.

          Sua intuição fica apagada, submersa e obscurecida, sem chegar à posse consciente dos segredos interiores de sua natureza e controlá-los.

          Afinal, a existência terrena, um mergulho na matéria, é um laboratório de imagens e oportunidades, de tentações e provações para realizar um crescimento da personalidade “eterna”, ou Espírito (“Self”). O ganho dessa consciência é um desafio interior, e, se alguns enxergam a via na religião, no espiritismo, nas liturgias e em outras práticas, podem segui-las como se fossem uma pista de decolagem. Não temos um só caminho, mas vários que, em comum, não podem prescindir da verdade criadora, pois o cosmo não usa da mentira – é uma sombra da realidade, única idealizadora e construtora. Quem se perde nela acabará a qualquer momento na fome, como o comedor de vento. Ou ainda perecerá com a mentira, como o construtor que, no lugar do tijolo, usa uma bolha de sabão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em junho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,16%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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