terça-feira, 25 de julho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA VISÃO OLÍMPICA, PROPÓSITOS EFICAZES, FLEXIBILIDADE E EMPATIA NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS TRANSFORMADORAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE, PAZ E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Perfil dos novos líderes empresariais

       Pesquisa inédita, intitulada “Panorama Liderança”, realizada pela Amcham Brasil em parceria com a agência Humanizadas, revela as perspectivas dos líderes empresariais quanto às tendências no mundo dos negócios. O estudo analisou a opinião de mais de 700 líderes de empresas, sendo 66% representantes de empresas de médio e grande porte e 56% ocupam cargos de alta liderança. Essas empresas geraram cerca de 920 mil empregos e possuem faturamento anual estimado em R$ 1,2 trilhão.

          Segundo o relatório, o líder do futuro precisa ter flexibilidade para se ajustar às novas circunstâncias, além de criar ambientes que fomentem a cooperação entre as equipes. Ao indagar os entrevistados sobre os pontos fortes das lideranças de hoje, dois aspectos se destacaram significativamente.

          Em primeiro lugar, o alinhamento de propósito e valores foi apontado por 56% dos participantes como um fator crucial para o sucesso de um líder. Esse resultado demonstra que as lideranças estão cientes da importância de ter um propósito e valores claros e compartilhados por toda a organização.

          Em segundo lugar, a capacidade de adaptação e flexibilidade foi mencionada por 48% dos entrevistados, destacando a importância de líderes que possam se ajustar rapidamente a novas circunstâncias e desafios.

          A pesquisa também identificou algumas habilidades que ainda precisam ser desenvolvidas pelas lideranças. Entre elas, destacam-se a sustentabilidade e a responsabilidade social, mencionadas por 27% dos participantes. Além disso, o uso de dados e tecnologias para apoiar a tomada de decisão foi destacado por 26% dos entrevistados, enfatizando a necessidade de líderes que compreendam e apliquem estrategicamente as informações disponíveis.

          Em um mundo em constante mudança, a liderança é essencial para guiar a organização através de transformações e desafios. É preciso que os líderes cultivem um ambiente que fomente a cooperação entre as equipes e estejam constantemente em busca de novas soluções. Essas características serão fundamentais para enfrentar os desafios e as transformações que o ambiente de negócios apresentará no futuro.

          A proporção de confiança de qualquer ambiente será, sempre, inversamente proporcional à de domínio. Quanto mais confiança, menos controle. Quanto mais confiança, mais expectativa e menos certeza!

          Desenvolver uma visão estratégica é essencial para uma boa liderança. Melhorar o impacto da liderança nas organizações faz parte do processo de construir um excelente lugar para se trabalhar. E os retornos disso dizem respeito aos próprios resultados das organizações. Uma liderança forte cria uma cultura organizacional positiva e inspiradora, que atrai e retém talentos e mantém a empresa competitiva no mercado, além de levar a um aumento na satisfação e produtividade dos funcionários.

          Para quem deseja conhecer mais sobre as expectativas  dos modelos de liderança para o futuro, indico baixar a pesquisa completa “Panorama Liderança” (conteúdo.amcham.com.br/panorama-liderança) com as principais tendências.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 21 de julho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Presos em um ‘mundo fechado’

       O Papa Francisco adverte sobre o risco de se viver em ‘mundo fechado’ – prisão a céu aberto. Esta advertência é sublinhada com sabedoria no primeiro capítulo da Carta Encíclica Fratelli Tutti, que merece ser constantemente revisitado. As jaulas que configuram este ‘mundo fechado ‘ são consequências  do comprometimento da política, que pede atenção e zelo de todos os cidadãos. A política é um caminho para superar aprisionamentos da humanidade, merecendo, pois, dedicação especialmente dos cristãos, que têm inarredável tarefa de marcar a sociedade com o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Assim, os discípulos de Jesus devem partilhar o compromisso de exercer a cidadania contribuindo para que a política promova a fraternidade universal. Infelizmente, a humanidade não aprendeu a alcançar novos modos de integração, mesmo padecendo com guerras. Muitos fatores contribuem para esse fracasso, com especial destaque para a corrupção que contamina decisões nas instâncias de poder.

          Em nome de interesses ideologicamente contaminados, deixam de ser assumidas responsabilidades no horizonte da ética. Essa contaminação prejudica a necessária cooperação entre as pessoas para superar divisões e promover a paz. A consequência é o cenário preocupante descrito pela Papa Francisco: o reacender de conflitos que tornam cada vez mais distante a prevalência da harmonia entre todos que vivem no planeta. Quando se perde o parâmetro da ética, perde-se também o sentido social indispensável para alicerçar a paz e os entendimentos promotores da unidade. Convive-se com o crescimento de posturas egoístas, de países e pessoas, com o abandono perverso dos pobres, refugiados e migrantes. Uma situação que leva ao caos. A restrita defesa dos próprios interesses, de modo insensível às necessidades do semelhante, obscurece a visão do ser humano, que não consegue ver e trilhar o caminho do amor, da justiça e da solidariedade. Apenas sinaliza para as sombras de um “mundo fechado”.

          A lógica do egoísmo e da defesa mesquinha dos próprios interesses prejudica o ser humano a enxergar-se como pertencente e corresponsável pelos caminhos da humanidade. É também por isso que são defendidas as chamadas “regras do mercado” – comumente esbanjador, indiferente aos que sofrem com a injustiça. Em reação ao egoísmo que configura o “mundo fechado”, o Papa Francisco orienta o ser humano a “abrir-se ao mundo”. Mas o Santo Padre adverte: a expressão “abrir-se ao mundo” não pode se restringir ao significado atribuído pelos campos da economia e finanças. A “abertura” almejada não é aquela indicada pelos interesses dos poderes econômicos. Trata-se de ampliar horizontes da compreensão, para saber reconhecer e priorizar o bem comum. As lógicas do mercado podem até impressionar por sua capacidade de gerar lucro, mas revelam-se incapazes de consolidar na humanidade o sentimento de que todos são irmãos e irmãs uns dos outros. Ao invés disso, o que fazem é fragilizar a política, submetendo-a aos interesses dos que dominam a economia, desconsiderando o bem e a dignidade da maior parte da população.

          Há uma clara desconsideração a respeito do que poderia levar a entendimentos e a escolhas orientadas para o bem comum. Dentre as consequências graves está a falta de respeito em relação à história, evidenciada pela atitude de muitos jovens que desconsideram as riquezas humanas e espirituais herdadas de outras gerações. Uma situação que tem levado à perda da consciência cidadã e incapaz de enxergar sentido na vida não se consegue reconhecer que a busca pela fraternidade universal é ponto de equilíbrio para as relações sociais e políticas. Esta busca é antídoto para superar manipulações político-partidárias, segregações, discriminações e exclusões.

          Compreende-se que a superação das sombras de um “mundo fechado”, cenário de conflitos que se multiplica, pede investimentos na boa política – eficaz serviço de promoção da paz. Na sociedade brasileira, o cenário político é muitas vezes marcado pelas confusões e disputas figadais. Consequentemente, contata-se falta de competência para intuir caminhos novos na busca por solução de problemas graves. A “boa política” é fruto da dedicação dos cidadãos, além de candidatos e partidos. Preste-se atenção na recomendação do Papa Francisco, apresentada na mensagem do Dia Mundial da Paz de 2019: “A política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição”. Seja tarefa cidadã a construção da “boa política”, instrumento para dissipar as sombras de um “mundo fechado”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em junho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,16%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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