sexta-feira, 14 de julho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, TECNOLOGIAS E QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA VISÃO OLÍMPICA, CRIATIVIDADE, VERDADE, AUTOCONHECIMENTO E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Futuro do trabalho

       O assunto do momento e, claro, a Inteligência Artificial (IA) e, quando falamos de futuro do trabalho, não é diferente. Dois pontos me chamam muito a atenção desde South by Southwest (SXSW) 2023, os quais acredito que sejam as grandes tendências desse mercado para os próximos anos.

          O primeiro é a personalização da IA de cada empresa por meio da IA Generativa, tecnologia capaz de captar a cultura e o contexto da organização para gerar respostas e tomadas de decisão, inclusive no recrutamento de colaboradores.

          Exatamente por esse poder de autodesenvolvimento da IA, a futurista Amy Webb alertou o mundo de que precisamos que as empresas preparem seus times de people para gerenciar e direcionar a IA. O objetivo é controlar os vieses dessa tecnologia, que, sozinha, pode gerar mais exclusão social dentro das organizações.

          Com os devidos cuidados, é incrível tudo o que ainda poderemos fazer usando a inteligência artificial! Já imaginou ter uma conversa com Steve Jobs sobre a sua startup? Pois essa é uma possibilidade no futuro do trabalho. Já está sendo projetada a tecnologia da “imortalidade”, que guarda a memória das pessoas (suas vozes, suas opiniões, suas personalidades, etc.) para gerar respostas certeiras, que elas dariam se estivessem vivas.

          A outra tendência que destaco é o redesenho dos espaços de trabalho, uma ideia que vai revolucionar o conceito de escritório inteligente. Os escritórios do futuro serão tecnológicos em vários níveis. Mais do que oferecer ferramentas inovadoras de trabalho, tudo em seu interior será planejado para a máxima eficiência, pensando inclusive na saúde dos usuários.

          As salas serão equipadas com medidas de segurança contra doenças contagiosas (o trauma da pandemia!) e, entre outras interessantes funcionalidades, emitirão aromas capazes de influenciar o humor das pessoas, abaixando, por exemplo, o nível de cortisol no corpo, o hormônio do estresse.

          Estão criando também uma espécie de evolução do Zoom. Salas para reuniões por chamada de vídeo que fazem você se sentir na presença dos demais participantes, seja por tela ou hologramas. É a tentativa de fazer com que a experiência digital seja o mais humana possível.

          Participo do SXSW desde 2015. Esse festival acompanhou todo o meu crescimento na carreira de inovação, foi nele que eu e minha irmã, Roberta, lançamos entusiasmados o BeerOrCoffee, que no ano passado se tornou a Woba. Com o mesmo entusiasmo, desde 2018, faço parte do time de conselheiros e jurados que seleciona as startups que estarão no SXSW a cada edição.

          No SXSW 2023 tive a oportunidade de acompanhar os maiores debates e tendências da minha área de atuação – Futuro do Trabalho – e trouxe aqui as principais impressões que o festival me deixou como empreendedor digital, investidor e, principalmente, um apaixonado por tecnologia. Quando acessaremos tudo isso, não sei, mas o ChatGPT chegou para mostrar que estamos no caminho e não demora.”.

(Pedro Vasconcelos. Cofundador da Woba, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de junho de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Condicionado ou livre para voar

       O determinismo é uma teoria que aparentemente conflita com outra: a do livre-arbítrio.

          O destino não é coisa que o ser humano possa mudar substancialmente; dele é peça infinitesimal de um plano imensamente maior. Segundo Espinosa, filósofo nascido na Holanda em pleno século XVII, qualquer ação de um ser humano não é uma ação isolada. Ela é resultado de ações anteriores dele mesmo, e estas provocam outras, numa espiral sem fim até a sua morte. Causas que se transformam em efeitos, e vice-versa, num encadeamento rizomático, entrelaçado a incontáveis outras externas.

          Para Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, haveria uma força criativa universal que movimenta toda a vida. Ela chamou essa força de “vontade de poder”, e ela seria a motriz e causa de tudo. Uma espécie de correnteza, de caos organizado por regras universais muito acima da compreensão comum.

          Contudo, podemos entender que, quanto maior é o estado de consciência e o estado de conhecimento de si mesmo e do mundo circunstante, realiza-se no ser humano um despertar de todos os sentidos. Neles a intuição e a capacidade de elaborar sínteses, além da ampliação da memória, dotam a individualidade humana de instrumentos capazes de se situar e enfrentar o determinismo.

          Não se contenta de ser uma simples folha no meio da tempestade, mas um veículo com capacidade de direcionar sua viagem.

          O determinismo pode indicar um conjunto quase infinito de causas e efeitos, de ações, de omissões contidos no reservatório da personalidade, dita de “self” ou “eu superior”. O Vedanta identifica como “corpo causal” aquele que reencarna quantas vezes forem necessárias para atingir a superação dos limites ancestrais humanos e dar acesso a hierarquias superiores ou angelicais. Na doutrina cristã, exotericamente (para as multidões incultas), existe apenas o “espírito”, que segue para o inferno, purgatório ou paraíso, quando não fica detido num limbo, por não ter méritos nem pecados.

          Levantando o olhar para o Universo, surge a questão: “Que sentido teria numa única vida uma chance com tudo a ganhar ou perder?”. Nisso se depara que a teoria da reencarnação dá profundidade ao passado de inúmeras existências e horizonte ao futuro do ser humano numa missão universal. Enfim, a trajetória humana é apenas perceptível entre dois infinitos, um anterior e outro posterior, que os ocultistas definem como “um eterno e contínuo presente”.

          Lavoisier, iluminado químico francês do século XVIII, em 1777 enunciou o princípio da conservação de massas: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Em pleno século XXI, a frase continua sem um arranhão e reverenciada, pois há prova de que não existem perdas no cosmo em contínua expansão. O que era tinha sua utilidade e continua, sob outras formas e funções, atendendo a um sistema e um plano que lhe confiados no Universo. A natureza comprova, em todas as suas espécies, ser dotada de um poder de se perpetuar, de espalhar sementes, atendendo a um desejo que não é dela, mas de quem a comanda.

          Existem teorias do determinismo científico, geográfico, religioso e, ainda, filosófico. Entretanto, deve-se aproveitar todas elas e tirar, sem sectarismo, o que a observação dos eventos naturais, dos fatos em si, sugere. TUDO, apesar de aparentemente separado, e um TODO. Um corpo orgânico, um sistema de incrível complexidade e eficiência para ocupar a imensidão com trilhões de galáxias.

          Apenas vegetar, sem ter noção do que brilha no céu e ferve em cada célula, deixa evidentemente o ser, apesar de humano, perdido como tábua no oceano. Com isso deverá se render apenas ao determinismo geográfico, social, cultural, genético, um pouco de cada aspecto da maré e dos ventos. Refém dos instintos de sobrevivência e dos antagonismos primordiais.

          O homem, rei deste planeta, capaz de domar a matéria e com “respeito” deixá-la submissa às suas necessidades, desejos e vontades, tem várias missões que excedem o mero gozo dos sentidos.

          Segundo Espinosa, as ondas emocionais acorrentam ao determinismo, não permitem ao livre-arbítrio exercer seu potencial ilimitado. Onde as paixões se acumulam, a mente e o corpo têm seu poder de agir reduzido, perde seu poder e liberdade de agir.

          Também não se registra progresso sem esforço, sem autoconhecimento, sem purificação, sem verdade, apenas sobrarão os problemas semeados, as lutas bestiais, mais que humanas, de que faz de sua existência uma perda de oportunidade ou, pior, um inferno aqui na terra.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em junho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,16%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

   

 

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