“Neurociência aplicada à gestão de pessoas
Você
sente que a sua motivação no trabalho está diretamente influenciada pelo modo
como o seu líder se relaciona com você e com o time em geral? Pode parecer algo
distante, mas, segundo a neurociência organizacional, essa relação pode ter
consequências mais diretas do que podemos imaginar.
Se
analisarmos a maneira como eram conduzidas as relações de trabalho no passado,
na época de nossos pais e avós, podemos encontrar traços fortes de uma
liderança imponente, autoritária e, em bom português “dona da razão, aconteça o
que acontecer” – mas isso, definitivamente, ficou no passado. Concordam?
Hoje,
com a evolução das relações e do modo como enxergamos as construções sociais no
ambiente corporativo, fica claro e já foi bastante discutido que o
desenvolvimento de uma liderança que ouve, debate assuntos e compartilha
resultados empaticamente com a sua equipe é aquela que tem maiores chances de
se sair bem.
Nesse
contexto, a neurociência assina embaixo quando nos apresenta dois sistemas que
existem em nosso cérebro e que são os responsáveis pelo gerenciamento das
respostas motivacionais. Enquanto o sistema motivacional apetitivo é ativado em
resposta a contexto de estímulos positivos, o sistema motivacional defensivo
tem seu estímulo vindo de contextos negativos.
Sabe
aquela frase que diz que a maneira como tratamos o outro diz muito sobre quem
somos? Aqui ela pode ir além e influenciar diretamente o dia a dia de trabalho:
a maneira como tratamos o outro tem relação direta com o tipo de estímulo que
vamos gerar na equipe e, consequentemente, com o tipo de resultado que teremos.
Enquanto
uma ação gera motivação, alegria e disposição para executar as tarefas, a outra
gera para a equipe afastamento, senso de resistência e dificuldade em continuar
colaborando. Qual dessas duas você gostaria de transmitir ou sentir?
Em
pleno século XXI, não queremos um líder com cara de chefe dos anos 1980,
precisamos de lideranças que visualizem na equipe um ecossistema vivo capaz de
transformar projetos e ações em grandes resultados, e isso tem mais a ver com
empatia, humanidade e colaboração do que com autoridade, coerção e controle.
As
descobertas e princípios revelados pelo estudo do funcionamento do sistema
nervoso podem ser aplicados na gestão de pessoas em outros contextos, como
respostas do cérebro diante de reconhecimento e recompensa, feedback
construtivo e a relação do ambiente estrutural do trabalho e produtividade.
A
neurociência ainda está em evolução, e suas descobertas devem ser interpretadas
e aplicadas com cautela, mas as pesquisas e comprovações já realizadas até aqui
podem se tornar uma poderosa ferramenta, ainda mais se for associada a outros
campos, como a psicologia organizacional e a gestão de recursos humanos.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de julho de 2023, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 07 de julho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Diálogo e Reconciliação
Quando
o ser humano abandona o compromisso em se manter na condição de ‘coração da
paz’, perde a capacidade para o diálogo e, consequentemente, compromete
importantes valores, a exemplo da reconciliação. Com isso, são gerados
prejuízos para diferentes segmentos, instituições e humanidade. Cresça a
consciência sobre a importância de se tornar coração da paz, para que sejam
evitadas graves perdas, muitas irreparáveis, provocadas pelos sentimentos da
revolta e mesquinhez. Esses males precipitam pessoas e grupos nas tribulações e
sofrimentos, em ameaças violentas. Ferem dignidades, atrasam avanços sociais.
Entristece, particularmente, ver a ação de oportunistas e aproveitadores que
buscam destruir seu semelhante, ancorados nas facilidades das tecnologias da
comunicação. Pessoas que buscam de promover, sacrificando a possibilidade de
diálogo, dedicando-se a ataques no âmbito de instituições e segmentos da
sociedade. Podem até trair seu semelhante para efetivar visões reducionistas ou
obter resultados financeiros. Desconsideram que o diálogo é instrumento
indispensável para se alcançar o dom da reconciliação.
Sem
diálogo não se consegue estar a serviço da fraternidade, caminho para a
reconciliação. Essa tarefa deixa de ser exercida por falta de autoconhecimento
e ausência de compreensão a respeito do semelhante. Ser agente de reconciliação
está na contramão de todo tipo de vingança e revolta. É trilhar a estrada da
recomposição de tecidos sociais e políticos desgastados. Significa atuar no
urgente resgate de dignidades feridas, pela superação de conflitos e guerras,
de diferentes proporções. Há de se reconhecer as perdas geradas por litígios,
dos mais variados tipos. A reconciliação é alcançada justamente quando se
investe no encontro de caminhos que garantam o resgate e a promoção da
dignidade humana perdida para interesses mesquinhos. Isto porque a reconciliação
é processo fecundo e incidente na superação da corrupção e das explorações que
alimentam o ódio e a violência.
Processos
de reconciliação pedem renúncias e ofertas capazes de fecundar diálogos e
recompor relacionamentos. Na direção oposta, quando não se quer perder nada e
tudo ganhar, o ser humano facilmente deixa de ser coração da paz. A
interioridade passa a hospedar rancores e o desejo de vingança, a mesquinhez e
a indiferença, alimentando preconceitos e discriminações. O diálogo torna-se
cada vez mais difícil, prevalecendo o isolamento e a terrível consideração do
outro como inimigo. Dialogar é sempre o caminho para superar a desconfiança e o
medo que fragilizam ainda mais as relações. É, pois, um processo que acende
luzes para dissipar as sombras da convivência humana. Dialogar significa
trilhar o percurso que leva a entendimentos iluminadores, capazes de alcançar
soluções para problemas urgentes. Sem diálogo, ganha hegemonia a força bélica,
o fechar-se nos próprios limites de compreensão, que sempre pede novos
horizontes e mais claridade.
Dialogar
capacita o ser humano para o perdão, unção terapêutica que vence mágoas e
viabiliza uma autêntica fraternidade, compreendida à luz da referência amorosa
de Deus. Vale o esforço diário de alimentar a paz, por meio do remédio do
diálogo, caminho de reconciliação, priorizando a comunhão fraterna. Para bem
viver essa missão, deve-se resgatar, o tempo todo, o desejo de paz que está
inscrito no coração de cada pessoa, abandonando o anseio de querer dominar os outros.
É preciso, pois, ter especial cuidado para não se deixar contaminar pela mágoa,
nem buscar se sobrepor ao outro – alcançar vitórias a todo custo. Quem se deixa
contaminar pode se achar defensor do bem e da verdade, mas, na realidade,
investe em violentos ataques ao semelhante, não raramente pertencente à mesma
família, instituição ou segmento. A defesa do bem e da verdade não pode se
tornar justificativas para destruir dignidades e reputações.
Preciosa
é a exemplaridade do diálogo de Pedro com Jesus, introduzido pela interrogação:
“Senhor, se meu irmão me ofender, quantas vezes lhe devo perdoar? Até sete
vezes?”. Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes
sete”. Longe de ser conivência com o erro e com a injustiça, trata-se de
encontrar, a partir do próprio coração, o caminho da reconciliação. Isso
significa também cultivar a força do perdão, em lugar do ódio e da vingança.
Aprender a perdoar é sinal de sabedoria essencial às relações de qualidade. Um
caminho que desenvolve a capacidade para reconhecer-se irmão ou irmã do
próximo. A disponibilidade para diálogo e para a reconciliação constitui
balizamento indispensável no processo de construção da paz, iluminando
entendimentos alicerçados na verdade e na justiça. Aqueles que cultivam essa
disponibilidade podem efetivamente exercer uma virtuosa e necessária liderança,
conquistar protagonismo no mundo contemporâneo.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais
e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura
(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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