terça-feira, 11 de julho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA NEUROCIÊNCIA, EMPATIA, HUMANIDADE E ESPÍRITO COLABORATIVO NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS ORGANIZACIONAIS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, VERDADE, JUSTIÇA, PAZ E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Neurociência aplicada à gestão de pessoas

       Você sente que a sua motivação no trabalho está diretamente influenciada pelo modo como o seu líder se relaciona com você e com o time em geral? Pode parecer algo distante, mas, segundo a neurociência organizacional, essa relação pode ter consequências mais diretas do que podemos imaginar.

          Se analisarmos a maneira como eram conduzidas as relações de trabalho no passado, na época de nossos pais e avós, podemos encontrar traços fortes de uma liderança imponente, autoritária e, em bom português “dona da razão, aconteça o que acontecer” – mas isso, definitivamente, ficou no passado. Concordam?

          Hoje, com a evolução das relações e do modo como enxergamos as construções sociais no ambiente corporativo, fica claro e já foi bastante discutido que o desenvolvimento de uma liderança que ouve, debate assuntos e compartilha resultados empaticamente com a sua equipe é aquela que tem maiores chances de se sair bem.

          Nesse contexto, a neurociência assina embaixo quando nos apresenta dois sistemas que existem em nosso cérebro e que são os responsáveis pelo gerenciamento das respostas motivacionais. Enquanto o sistema motivacional apetitivo é ativado em resposta a contexto de estímulos positivos, o sistema motivacional defensivo tem seu estímulo vindo de contextos negativos.

          Sabe aquela frase que diz que a maneira como tratamos o outro diz muito sobre quem somos? Aqui ela pode ir além e influenciar diretamente o dia a dia de trabalho: a maneira como tratamos o outro tem relação direta com o tipo de estímulo que vamos gerar na equipe e, consequentemente, com o tipo de resultado que teremos.

          Enquanto uma ação gera motivação, alegria e disposição para executar as tarefas, a outra gera para a equipe afastamento, senso de resistência e dificuldade em continuar colaborando. Qual dessas duas você gostaria de transmitir ou sentir?

          Em pleno século XXI, não queremos um líder com cara de chefe dos anos 1980, precisamos de lideranças que visualizem na equipe um ecossistema vivo capaz de transformar projetos e ações em grandes resultados, e isso tem mais a ver com empatia, humanidade e colaboração do que com autoridade, coerção e controle.

          As descobertas e princípios revelados pelo estudo do funcionamento do sistema nervoso podem ser aplicados na gestão de pessoas em outros contextos, como respostas do cérebro diante de reconhecimento e recompensa, feedback construtivo e a relação do ambiente estrutural do trabalho e produtividade.

          A neurociência ainda está em evolução, e suas descobertas devem ser interpretadas e aplicadas com cautela, mas as pesquisas e comprovações já realizadas até aqui podem se tornar uma poderosa ferramenta, ainda mais se for associada a outros campos, como a psicologia organizacional e a gestão de recursos humanos.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 07 de julho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Diálogo e Reconciliação

       Quando o ser humano abandona o compromisso em se manter na condição de ‘coração da paz’, perde a capacidade para o diálogo e, consequentemente, compromete importantes valores, a exemplo da reconciliação. Com isso, são gerados prejuízos para diferentes segmentos, instituições e humanidade. Cresça a consciência sobre a importância de se tornar coração da paz, para que sejam evitadas graves perdas, muitas irreparáveis, provocadas pelos sentimentos da revolta e mesquinhez. Esses males precipitam pessoas e grupos nas tribulações e sofrimentos, em ameaças violentas. Ferem dignidades, atrasam avanços sociais. Entristece, particularmente, ver a ação de oportunistas e aproveitadores que buscam destruir seu semelhante, ancorados nas facilidades das tecnologias da comunicação. Pessoas que buscam de promover, sacrificando a possibilidade de diálogo, dedicando-se a ataques no âmbito de instituições e segmentos da sociedade. Podem até trair seu semelhante para efetivar visões reducionistas ou obter resultados financeiros. Desconsideram que o diálogo é instrumento indispensável para se alcançar o dom da reconciliação.

          Sem diálogo não se consegue estar a serviço da fraternidade, caminho para a reconciliação. Essa tarefa deixa de ser exercida por falta de autoconhecimento e ausência de compreensão a respeito do semelhante. Ser agente de reconciliação está na contramão de todo tipo de vingança e revolta. É trilhar a estrada da recomposição de tecidos sociais e políticos desgastados. Significa atuar no urgente resgate de dignidades feridas, pela superação de conflitos e guerras, de diferentes proporções. Há de se reconhecer as perdas geradas por litígios, dos mais variados tipos. A reconciliação é alcançada justamente quando se investe no encontro de caminhos que garantam o resgate e a promoção da dignidade humana perdida para interesses mesquinhos. Isto porque a reconciliação é processo fecundo e incidente na superação da corrupção e das explorações que alimentam o ódio e a violência.

          Processos de reconciliação pedem renúncias e ofertas capazes de fecundar diálogos e recompor relacionamentos. Na direção oposta, quando não se quer perder nada e tudo ganhar, o ser humano facilmente deixa de ser coração da paz. A interioridade passa a hospedar rancores e o desejo de vingança, a mesquinhez e a indiferença, alimentando preconceitos e discriminações. O diálogo torna-se cada vez mais difícil, prevalecendo o isolamento e a terrível consideração do outro como inimigo. Dialogar é sempre o caminho para superar a desconfiança e o medo que fragilizam ainda mais as relações. É, pois, um processo que acende luzes para dissipar as sombras da convivência humana. Dialogar significa trilhar o percurso que leva a entendimentos iluminadores, capazes de alcançar soluções para problemas urgentes. Sem diálogo, ganha hegemonia a força bélica, o fechar-se nos próprios limites de compreensão, que sempre pede novos horizontes e mais claridade.

          Dialogar capacita o ser humano para o perdão, unção terapêutica que vence mágoas e viabiliza uma autêntica fraternidade, compreendida à luz da referência amorosa de Deus. Vale o esforço diário de alimentar a paz, por meio do remédio do diálogo, caminho de reconciliação, priorizando a comunhão fraterna. Para bem viver essa missão, deve-se resgatar, o tempo todo, o desejo de paz que está inscrito no coração de cada pessoa, abandonando o anseio de querer dominar os outros. É preciso, pois, ter especial cuidado para não se deixar contaminar pela mágoa, nem buscar se sobrepor ao outro – alcançar vitórias a todo custo. Quem se deixa contaminar pode se achar defensor do bem e da verdade, mas, na realidade, investe em violentos ataques ao semelhante, não raramente pertencente à mesma família, instituição ou segmento. A defesa do bem e da verdade não pode se tornar justificativas para destruir dignidades e reputações.

          Preciosa é a exemplaridade do diálogo de Pedro com Jesus, introduzido pela interrogação: “Senhor, se meu irmão me ofender, quantas vezes lhe devo perdoar? Até sete vezes?”. Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Longe de ser conivência com o erro e com a injustiça, trata-se de encontrar, a partir do próprio coração, o caminho da reconciliação. Isso significa também cultivar a força do perdão, em lugar do ódio e da vingança. Aprender a perdoar é sinal de sabedoria essencial às relações de qualidade. Um caminho que desenvolve a capacidade para reconhecer-se irmão ou irmã do próximo. A disponibilidade para diálogo e para a reconciliação constitui balizamento indispensável no processo de construção da paz, iluminando entendimentos alicerçados na verdade e na justiça. Aqueles que cultivam essa disponibilidade podem efetivamente exercer uma virtuosa e necessária liderança, conquistar protagonismo no mundo contemporâneo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em junho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,16%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

   

 

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