sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DO COOPERATIVISMO E JUROS CIVILIZADOS NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, JUSTIÇA, QUALIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E BOA GOVERNANÇA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Cooperativismo em linha com queda da Selic

       O cooperativismo mineiro comemorou a tão esperada redução dos juros, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que oportunamente reduziu em 0,5 ponto percentual a Selic, levando a taxa para 13,25% ao ano. A decisão tende a fomentar o aquecimento da economia, sendo considerada estratégica diante do contexto atual. O Copom não reduzia a taxa de juros desde agosto de 2020. De maneira geral, os analistas de economia avaliaram a conduta como assertiva em relação à nossa política monetária, visto que o Banco Central conseguiu colocar a inflação sob controle, para iniciar, antes mesmo de outros países, um movimento de diminuição da taxa básica no Brasil.

         A queda nos juros chega na hora certa, abrindo uma janela para que se vislumbre um novo ciclo de crescimento econômico e, com ele, a prosperidade social. A redução gradativa que esperamos a partir de agora é obviamente positiva para todos os segmentos produtivos. No cooperativismo, ela beneficia direta e especialmente as cooperativas de crédito, que financiam os negócios de seus cooperados e podem oferecer crédito a juros ainda mais competitivos, estimulando os outros ramos cooperativistas e a economia, não apenas regional, como nacional.

         Sou um incorrigível otimista. Por isso mesmo, acredito na formação de um grande círculo virtuoso a partir de agora: com empréstimos mais baratos, que certamente vão rebocar os preços de produtos e serviços para baixo, ampliando a perspectiva de aumento do consumo. Ganha a população, que paga mais barato pelas compras; ganha o setor produtivo, que tem incentivo para aumentar sua produção – com destaque para o agronegócio, a saúde e o transporte, que são ramos importantes do cooperativismo; e ganha o social, que pari passu com o desenvolvimento econômico do país.

         Estamos certos de que, até o início do próximo ano, voltaremos para uma taxa menos que 10% em relação aos juros e consideramos esse contexto de redução, agora e no futuro, bastante promissor.

         É notório que 13,25% é uma taxa ainda bastante elevada e que a redução, por ora aprovada, é insuficiente para promover um estímulo robusto da produção e do consumo. Mas entendemos também que é importante evitar um descontrole de preços e que a Selic representa a principal ferramenta do Banco Central para controlar a circulação de recursos e garantir a estabilidade da nossa economia. Tenho em mente essa equação, o que todo o cooperativismo espera é uma Selic em queda em 2024, para que a economia possa retomar um nível de crescimento mais compatível com todo o potencial produtivo do Brasil.

         Seguiremos otimistas e fazendo a nossa parte, por meio do cooperativismo. Desejamos assistir, em breve, à retomada do crescimento econômico de todo o Brasil. Assim esperamos, como brasileiros e cidadãos de bem, afinal, o progresso sempre esteve e estará em nossa meta pessoal e profissional.”.

(Ronaldo Scucato. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de agosto de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A insanidade nacional

       É muito difusa a condescendência ao vitimismo. Às vezes, representa a única, monótona e oportunista saída do indivíduo que sabe nitidamente das suas culpas, da sua indolência, contudo prefere passar por inculpável, apesar de ser o direto responsável pela falta de resultado ou pela desgraça provocada.

         Na esfera pública o político, quase sempre sem resultado, pega carona nos sucessos dos outros, até cansar o eleitor e não se reeleger. Muitas vezes depois de ter infernizado e explorado o esforço para alcançá-los. Cinicamente, encobre o chumbo de suas mazelas com palavras de ouro. Só que ele conta mesmo com a falta de conhecimento e a miséria que o sistema nacional de educação lhe proporciona.

         São raras as atitudes de responsabilidade, de compromisso com a verdade nas relações sociais, profissionais e políticas. E sem esses alicerces não há como dar certo. Em solo podre não se erguem obras, apenas se afundam.

         Tem que interpretar mentiras, omissões, ocultamos, simulações que provocam perdas imensas, não só econômicas. Retarda-se o alcance daquilo que já estava na hora de acontecer, deseducam-se com péssimos exemplos as novas gerações.

         A corrupção é o pior mal nacional, maior que a miséria e o sofrimento, pois é, de ambos, a principal causa. Em segundo, vejo o “empoderamento”, que segue vias sórdidas e perversas. O “poder” pode se transformar em ganhos injustos e deletérios, “criando dificuldades para vender facilidades”. Esse vício remete cronologicamente ao “patrimonialismo”, termo adotado pela primeira vez por Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro “Raízes do Brasil”, para descrever o “pecado original” de nossa nação. Atitudes dos mandatários que não identificam elementos de diferenciação entre o público e o privado. Disso mesclam-se os dois, colocando um a serviço dos outros, explorando-se pessoalmente o bem comum, que não chegará a seus legítimos destinatários: a população.

         Realiza-se, assim, uma inversão de princípios morais num atraso massacrante para o país e a população, notadamente a mais necessitada, aquela que espera, precisa e merece o “melhor” que a ela se possa dar, e não migalhas e esmolas. Os maiores recursos, ou a quase totalidade, em proporções até de 1 para 100, escoam em benefício de apadrinhados, sócios, parentes, corruptos, quadrilhas políticas até de fracassados, incompetentes e gatunos, sem o menor pudor.

         Os cargos não interessam apenas pelos salários que pagam, como no passado, mas pelo potencial de ganhos auferidos pela prevaricação e corrupção.

         Os interesses devoradores não deixam sequer um recurso atingir a real finalidade pública que o justifica.

         Nestes dias, como num passado recente, está se consumindo uma série de horrores, ou seja, estão de introduzindo os causadores que detonarão o ambiente público e o deixarão ruir entre escândalos, como no passado.

         A nação necessita de um governo probo, eficiente, resolutivo e compromissado com a sustentabilidade de suas ações, a qualidade dos investimentos, o crescimento e a distribuição de renda.

         Por ignorância se desperdiçam as experiências de nações bem sucedidas, num planeta já globalizado. Isso faz com que os erros sejam pagos amargamente.

         Provavelmente não se ouvirá de um político uma crítica à nossa inconsistência, ao “gigante adormecido”, que desperdiça tempo e as oportunidades. Podemos analisar a lerdeza, o descompasso, a incompetência grosseira, ao par do fenômeno de empoderamento de setores de controle, que nunca produziram. Que desconhecem o básico, mas são cobradores de facilidades das imensas e inexplicáveis complicações que geram. No Brasil quem faz a legislação não é quem produz, mas quem gera complicações refratárias ao resultado social e econômico, ao aumento da arrecadação pública, às oportunidades para a população.

         Vejam: em 2002 o Brasil produzia 167 milhões, e a Austrália, 176 milhões de toneladas de minério de ferro; em 2022 produzimos 346 milhões, e Austrália, 885 milhões, ou seja 539 milhões a mais que o Brasil. O nosso conjunto de legislação mefítica e os órgãos de controle entre os mais complicados do planeta não conseguem acompanhar a demanda mundial e estar prontos para o momento certo. Talvez a competência que lhe seja cobrada na nomeação seja para gerar dois tipos de desastres, uns como aqueles de Brumadinho e Mariana, e outro que é deixar o Brasil perder uma receita colossal de trilhões de dólares, nos atrasos e na burocracia. A Austrália e o mundo agradecem! E o minério não é um caso isolado.

         A produção de aço, sem fomento do Estado, estagnou-se. Em 2002 produzimos 30 milhões de toneladas, e em 2022, apenas 34 milhões. Comparando-se com a China, que produziu 127 milhões e, depois de 20 anos, produz 1,01 bilhão de toneladas, o que deu? O Brasil cresceu em produção de aço 12% em duas décadas de complicações, aumentos tributários, empoderamento de inúmeros órgãos (que cobram pedágios), enquanto a China subiu 800% sua produção. A nossa ausência de competência premiou a China.

         A grata exceção é o agronegócio, com exclusão do setor de etanol. Este foi colocado em segundo plano pela priorização do petrolão (dos bolsos de políticos). Éramos o maior produtor mundial, e hoje os Estados Unidos produzem mais que o dobro do Brasil, justamente quando o etanol é de importância descomunal e aqui temos o maior potencial do planeta.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em julho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

        

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