“Cooperativismo em linha com queda da Selic
O
cooperativismo mineiro comemorou a tão esperada redução dos juros, anunciada
pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que oportunamente
reduziu em 0,5 ponto percentual a Selic, levando a taxa para 13,25% ao ano. A
decisão tende a fomentar o aquecimento da economia, sendo considerada
estratégica diante do contexto atual. O Copom não reduzia a taxa de juros desde
agosto de 2020. De maneira geral, os analistas de economia avaliaram a conduta
como assertiva em relação à nossa política monetária, visto que o Banco Central
conseguiu colocar a inflação sob controle, para iniciar, antes mesmo de outros
países, um movimento de diminuição da taxa básica no Brasil.
A queda
nos juros chega na hora certa, abrindo uma janela para que se vislumbre um novo
ciclo de crescimento econômico e, com ele, a prosperidade social. A redução
gradativa que esperamos a partir de agora é obviamente positiva para todos os
segmentos produtivos. No cooperativismo, ela beneficia direta e especialmente
as cooperativas de crédito, que financiam os negócios de seus cooperados e
podem oferecer crédito a juros ainda mais competitivos, estimulando os outros
ramos cooperativistas e a economia, não apenas regional, como nacional.
Sou um
incorrigível otimista. Por isso mesmo, acredito na formação de um grande
círculo virtuoso a partir de agora: com empréstimos mais baratos, que
certamente vão rebocar os preços de produtos e serviços para baixo, ampliando a
perspectiva de aumento do consumo. Ganha a população, que paga mais barato
pelas compras; ganha o setor produtivo, que tem incentivo para aumentar sua
produção – com destaque para o agronegócio, a saúde e o transporte, que são
ramos importantes do cooperativismo; e ganha o social, que pari passu com o
desenvolvimento econômico do país.
Estamos
certos de que, até o início do próximo ano, voltaremos para uma taxa menos que
10% em relação aos juros e consideramos esse contexto de redução, agora e no
futuro, bastante promissor.
É
notório que 13,25% é uma taxa ainda bastante elevada e que a redução, por ora
aprovada, é insuficiente para promover um estímulo robusto da produção e do
consumo. Mas entendemos também que é importante evitar um descontrole de preços
e que a Selic representa a principal ferramenta do Banco Central para controlar
a circulação de recursos e garantir a estabilidade da nossa economia. Tenho em
mente essa equação, o que todo o cooperativismo espera é uma Selic em queda em
2024, para que a economia possa retomar um nível de crescimento mais compatível
com todo o potencial produtivo do Brasil.
Seguiremos
otimistas e fazendo a nossa parte, por meio do cooperativismo. Desejamos
assistir, em breve, à retomada do crescimento econômico de todo o Brasil. Assim
esperamos, como brasileiros e cidadãos de bem, afinal, o progresso sempre
esteve e estará em nossa meta pessoal e profissional.”.
(Ronaldo Scucato. Presidente do Sistema Ocemg,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de
agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de agosto de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“A insanidade nacional
É
muito difusa a condescendência ao vitimismo. Às vezes, representa a única,
monótona e oportunista saída do indivíduo que sabe nitidamente das suas culpas,
da sua indolência, contudo prefere passar por inculpável, apesar de ser o
direto responsável pela falta de resultado ou pela desgraça provocada.
Na
esfera pública o político, quase sempre sem resultado, pega carona nos sucessos
dos outros, até cansar o eleitor e não se reeleger. Muitas vezes depois de ter
infernizado e explorado o esforço para alcançá-los. Cinicamente, encobre o
chumbo de suas mazelas com palavras de ouro. Só que ele conta mesmo com a falta
de conhecimento e a miséria que o sistema nacional de educação lhe proporciona.
São
raras as atitudes de responsabilidade, de compromisso com a verdade nas
relações sociais, profissionais e políticas. E sem esses alicerces não há como
dar certo. Em solo podre não se erguem obras, apenas se afundam.
Tem que
interpretar mentiras, omissões, ocultamos, simulações que provocam perdas
imensas, não só econômicas. Retarda-se o alcance daquilo que já estava na hora
de acontecer, deseducam-se com péssimos exemplos as novas gerações.
A
corrupção é o pior mal nacional, maior que a miséria e o sofrimento, pois é, de
ambos, a principal causa. Em segundo, vejo o “empoderamento”, que segue vias
sórdidas e perversas. O “poder” pode se transformar em ganhos injustos e
deletérios, “criando dificuldades para vender facilidades”. Esse vício remete
cronologicamente ao “patrimonialismo”, termo adotado pela primeira vez por
Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro “Raízes do Brasil”, para descrever o
“pecado original” de nossa nação. Atitudes dos mandatários que não identificam
elementos de diferenciação entre o público e o privado. Disso mesclam-se os
dois, colocando um a serviço dos outros, explorando-se pessoalmente o bem
comum, que não chegará a seus legítimos destinatários: a população.
Realiza-se,
assim, uma inversão de princípios morais num atraso massacrante para o país e a
população, notadamente a mais necessitada, aquela que espera, precisa e merece
o “melhor” que a ela se possa dar, e não migalhas e esmolas. Os maiores
recursos, ou a quase totalidade, em proporções até de 1 para 100, escoam em
benefício de apadrinhados, sócios, parentes, corruptos, quadrilhas políticas
até de fracassados, incompetentes e gatunos, sem o menor pudor.
Os
cargos não interessam apenas pelos salários que pagam, como no passado, mas pelo
potencial de ganhos auferidos pela prevaricação e corrupção.
Os
interesses devoradores não deixam sequer um recurso atingir a real finalidade
pública que o justifica.
Nestes
dias, como num passado recente, está se consumindo uma série de horrores, ou
seja, estão de introduzindo os causadores que detonarão o ambiente público e o
deixarão ruir entre escândalos, como no passado.
A nação
necessita de um governo probo, eficiente, resolutivo e compromissado com a
sustentabilidade de suas ações, a qualidade dos investimentos, o crescimento e
a distribuição de renda.
Por
ignorância se desperdiçam as experiências de nações bem sucedidas, num planeta
já globalizado. Isso faz com que os erros sejam pagos amargamente.
Provavelmente
não se ouvirá de um político uma crítica à nossa inconsistência, ao “gigante
adormecido”, que desperdiça tempo e as oportunidades. Podemos analisar a
lerdeza, o descompasso, a incompetência grosseira, ao par do fenômeno de
empoderamento de setores de controle, que nunca produziram. Que desconhecem o
básico, mas são cobradores de facilidades das imensas e inexplicáveis
complicações que geram. No Brasil quem faz a legislação não é quem produz, mas
quem gera complicações refratárias ao resultado social e econômico, ao aumento
da arrecadação pública, às oportunidades para a população.
Vejam:
em 2002 o Brasil produzia 167 milhões, e a Austrália, 176 milhões de toneladas
de minério de ferro; em 2022 produzimos 346 milhões, e Austrália, 885 milhões,
ou seja 539 milhões a mais que o Brasil. O nosso conjunto de legislação
mefítica e os órgãos de controle entre os mais complicados do planeta não
conseguem acompanhar a demanda mundial e estar prontos para o momento certo.
Talvez a competência que lhe seja cobrada na nomeação seja para gerar dois tipos
de desastres, uns como aqueles de Brumadinho e Mariana, e outro que é deixar o
Brasil perder uma receita colossal de trilhões de dólares, nos atrasos e na
burocracia. A Austrália e o mundo agradecem! E o minério não é um caso isolado.
A
produção de aço, sem fomento do Estado, estagnou-se. Em 2002 produzimos 30
milhões de toneladas, e em 2022, apenas 34 milhões. Comparando-se com a China,
que produziu 127 milhões e, depois de 20 anos, produz 1,01 bilhão de toneladas,
o que deu? O Brasil cresceu em produção de aço 12% em duas décadas de
complicações, aumentos tributários, empoderamento de inúmeros órgãos (que
cobram pedágios), enquanto a China subiu 800% sua produção. A nossa ausência de
competência premiou a China.
A grata
exceção é o agronegócio, com exclusão do setor de etanol. Este foi colocado em
segundo plano pela priorização do petrolão (dos bolsos de políticos). Éramos o
maior produtor mundial, e hoje os Estados Unidos produzem mais que o dobro do
Brasil, justamente quando o etanol é de importância descomunal e aqui temos o
maior potencial do planeta.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...
e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!
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