“Construção do legado
Sempre
tive a ansiedade de agregar valor e fazer a diferença por onde quer que eu
passasse. Era como se eu vivesse em uma espécie de dívida constante com a vida,
por receber sempre além das expectativas.
Confesso
que esse movimento sempre me impulsionou a ir além. Eu me formei em psicologia e
mergulhei profundamente na profissão de recursos humanos, certamente um caminho
que me tem possibilitado trazer um novo olhar para as relações. Isso eu chamo
de propósito, o motor que move nossas ações.
Em um
tempo em que as mudanças são constantes e a discussão sobre saúde, principalmente
no contexto mental, tomou um espaço de destaque, fico pensando sobre tudo o que
fiz e sempre acreditei. Tratar gente como gente sempre foi a chave para o
sucesso de qualquer organização e/ou sociedade, pois dessa forma somos mais
sensíveis ao que é valor para o outro, respeitando suas diferenças, o seu
tempo, a sua capacidade e, com isso, vamos nos permitindo evoluir e atingir
resultados, independentemente do ambiente em que estamos.
Há oito
anos assumi o desafio de consolidar a estrutura a área de RH em uma indústria
voltada para a saúde visual. O momento era de um contexto em que precisávamos
sair de uma visão operacional e transformar a atuação em um cenário mais
estratégico, mas o que significava isso?
Em
poucas palavras, crescer considerando as pessoas como parte do processo. Parece
simples, não é? Porém, vemos que este é o maior desafio das empresas no mundo
atual: considerar que as pessoas, de fato, fazem o sucesso do negócio.
Naquele
tempo, foi a hora de, literalmente, “arregaçar as mangas”. Organizamos os
processos, reavaliamos os sistemas, fizemos avaliações de clima, amarramos tudo
o que era de RH com as particularidades do negócio, focando os objetivos de
negócio. Resultado: fomos evoluindo ano após ano, com impacto significativo
para a empresa e, principalmente, para as pessoas.
Como
posso comprovar isso?
Gosto
muito da máxima do respeitado escritor, professor e consultor administrativo
Peter Drucker: “O que não é medido não pode ser gerenciado”.
E, como não
podia ser diferente, ao longo dos anos fomos acompanhando os resultados e, em
seis anos consecutivos de pesquisas e uma atuação séria de time, que buscava
sempre ser o melhor dentro de uma das melhores empresas do mercado, evoluímos
significativamente em engajamento, produtividade, penetração de mercado, bem
como reduzimos o nosso turnover, fortalecendo o orgulho de pertencer das nossas
pessoas.
Aqui eu
chamo de “disciplina”, pois a jornada nunca é fácil e está sempre em evolução;
afinal de contas, o mundo muda, e nós temos que acompanhar, administrando o que
nem sempre está o nosso controle.
Em
reconhecimento a esse movimento, já recebemos diversos selos, comprovando que
estamos no caminho certo, o que mostra que, de fato, colocamos as pessoas no
centro, e elas nos possibilitam seguir fazendo a diferença, não só
internamente, mas principalmente no mercado em que atuamos.
E você
sabe claramente qual é o seu propósito? Tem a disciplina para fazê-lo valer e,
com isso, consolidar a construção do seu legado?
Esses
dias vi uma frase que falava: trabalhe para deixar saudades, e não um alívio...
Como
você será lembrado nesta existência?
Reflita
e faça a diferença, cuide de você e dê o seu melhor, dentro do melhor que se
pode ter. a plantação é árdua, mas não tenha dúvida de que a colheita compensa
e fortalece o orgulho do dever cumprido.”.
(Gabriele Carlos. Diretora de RH da Zeiss
Vision Brasil e membro da Open Mind Brazil, e artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de julho de 2023, mesmo
caderno, página 17, de autoria de André Naves, Defensor público federal,
especialista em direitos humanos e inclusão social, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Exclusão, desigualdade social e desafios
ambientais
A
desigualdade social é um dos principais fatores que contribuem para a
perpetuação da pobreza em nossa sociedade. E ela vai além das diferenças
econômicas entre indivíduos e grupos, alcançando os aspectos mais profundos de
nossas relações sociais.
Essa
desigualdade resulta no esgarçamento dos laços que nos conectam como comunidade
e acaba por capturar o ambiente político, resultando em políticas públicas
enviesadas e prejudiciais. Ou seja, uma das consequências diretas é a presença
estatal precária nas áreas menos favorecidas, aquelas não atendidas pelos
programas políticos.
A falta
de políticas públicas efetivas serve para aprofundar as estruturas sociais
excludentes, gerando uma série de barreiras que restringem o acesso aos
recursos básicos e às oportunidades. Essas barreiras são uma manifestação
material das estruturas excludentes e é imprescindível equalizá-las para
alcançar uma verdadeira justiça social.
Combater
as desigualdades e, portanto, uma das formas mais eficazes de promover a
inclusão. E é importante lembrar que pessoas com deficiência também enfrentam
uma série de barreiras em seu dia a dia, sendo impedidas, por diferentes
preconceitos, de participar ativamente da sociedade.
Além
disso, outra consequência da desigualdade social é o aprofundamento da
emergência climática. Indivíduos mais carentes e as pessoas com deficiência, em
geral, enfrentam maiores desafios de saúde e tendem a morar em regiões mais
vulneráveis aos efeitos negativos de eventos extremos relacionados às mudanças
do clima. Portanto, a igualdade de oportunidades e o acesso a recursos
adequados são fundamentais para garantir a resiliência das comunidades em face
dos desafios ambientais.
No
entanto, é importante ressaltar que a busca pela sustentabilidade ambiental não
pode servir como pretexto para a reprodução de estruturas sociais excludentes.
Devemos priorizar a justiça, a educação, o trabalho, o empreendedorismo e a
criatividade na construção de estruturas sociais verdes, inclusivas e justas.
Somente assim seremos capazes de enfrentar de forma efetiva a desigualdade
social e, consequentemente, a pobreza, ao mesmo tempo em que trabalhamos para
resolver a emergência climática.
Portanto,
é fundamental reconhecermos a interconexão entre a desigualdade social; a
exclusão das pessoas com deficiência e dos mais carentes; e os desafios
ambientais.
A
equalização das barreiras e a promoção de estruturas sociais mais justas são
passos cruciais para superar as desigualdades, garantir a inclusão plena de
todos os membros da sociedade e, assim, criar um futuro sustentável para as
gerações presentes e futuras.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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