“A adesão à Agenda 2030 pelas empresas privadas
Em
2015, os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aderiram à
Agenda 2030. Derivam dessa agenda os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODSs), que, por sua vez, se desdobram em 169 metas a serem
atingidas pela ação conjunta de diferentes atores sociais até o ano de 2030. A
Agenda 2030 constitui-se de uma política global que tem como objetivo elevar os
níveis de bem-estar do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as
pessoas. Todas.
Não só
os 193 países-membros, que se comprometeram formalmente com a consecução do
maior pacto global já firmado pela humanidade, podem aderir aos ODSs. A
iniciativa privada pode se engajar voluntariamente com a agenda e obter vantagens
e lucros, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade do planeta.
Incentivos
para a adesão privada à Agenda 2030 não faltam. As empresas têm a prerrogativa
de escolher uma ou mais metas dos ODSs, as que façam mais sentido aos seus
negócios. As metas podem, inclusive, ser totalmente adaptadas às capacidades e
necessidades de cada player. Não importa o porte. Pequenos, médios e grandes
negócios são capazes de participar desses esforços, “agindo localmente e
pensando globalmente”.
A adesão
mercadológica às melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)
tem claras contrapartidas. O ecossistema global socioambiental e econômico é
beneficiado por investimentos em projetos de responsabilidade social
corporativa que remontam a questão que não serão resolvidas somente pela
atração dos Estados. As empresas percebem a necessidade de fazer algo e
precisam rever seus modelos de negócios. Por exemplo, ao buscar o ODS 1, de
“Erradicação da pobreza”, assumimos a responsabilidade de ser a primeira
geração a presenciar o fim da pobreza extrema no âmbito global. Para isso, as
empresas precisam tomar lugar nessa jornada.
Além
disso, as aspirações privadas também ganham. A adesão aos ODSs constrói
reputação, pavimenta o caminho do acesso a linhas de financiamento, gera valor
agregado e novas oportunidades de negócios.
Essas
novas oportunidades gerarão trilhões de dólares e milhões de empregos. Em 2017,
a Business & Sustainable Development Commission publicou um estudo em que
afirma que a adesão aos ODSs pelas empresas pode movimentar US$ 12 trilhões e
gerar 380 milhões de novos empregos.
Para as
empresas que não sabem por onde começar, é possível consultar documentos que
fornecem o caminho das pedras para uma mudança de paradigmas gerenciais.
A Global
Reporting Initiative (GRI), a UM Global Compact e a World Business Council for
Sustainable Development (WBCSD) desenvolveram o Guia dos ODSs para as Empresas,
disponível também em português , para orientar o setor privado na adoção dos
ODSs em suas estratégias corporativas. Está gratuitamente disponibilizado na
web. Um capitalismo mais socialmente sustentável e economicamente viável está a
um clique.
A Foco
Inteligência de Relacionamento é uma consultoria especializada na comunicação e
no relacionamento entre marcas, comunidades e demais stakeholders. A Foco
contribui para que as empresas atinjam seus objetivos de forma sustentável,
socialmente responsável e com viabilidade financeira, com base nas melhores
práticas. O futuro pode ser nebuloso ou emancipador. Apostamos na prosperidade
que se afigura.”.
(Carolina Brauer* e Fabrício Soares**.
(*)Produtora de conteúdo e (**)diretor executivo da Foco Inteligência de
Relacionamento, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 2 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 18 de agosto de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Família, uma tenda
O
Povo de Deus na sua peregrinação se vale da tenda como lugar das mais
estruturantes conquistas, tornando qualificado o caminho de cada um. A
referência à tenda remete, pois, ao sentido bíblico de que a humanidade é povo
a caminho, em busca de aprendizados, acolhimentos e do cultivo de valores. Por
isso mesmo, o imperativo de “alargar a tenda” para comportar sempre mais
pessoas deve inspirar a vida de todos: é preciso alargar o próprio coração,
tornando-o “tenda interior” que alicerça a fraternidade solidária. Ao mesmo
tempo, deve-se investir no cuidado de uma tenda essencial à vida, que permite o
aconchegar-se, a partilha e o aprendizado da escuta: a família. Neste
horizonte, a Igreja Católica no Brasil mobiliza suas comunidades e instâncias
para a celebração, a cada mês de agosto, da Semana Nacional das Famílias,
iniciada no domingo, Dia dos Pais. Em clima de oração, retoma-se o significado
da família, a partir do que ensina a doutrina da Igreja Católica. Especialmente
em agosto, celebrado como Mês das Vocações – e no contexto da vivência do Ano
Vocacional – a Igreja oferece a sua contribuição para que a sociedade reconheça
e reafirme a centralidade da família. Uma necessidade neste tempo marcado por
profundas transformações.
A Igreja
compreende que a família possibilita conhecer e aprender a amar o Senhor da
vida, com desdobramentos na configuração de vínculos relacionais que geram
qualidade ao viver humano. A família, assim, é essencial para construir uma
sociedade nos parâmetros da fraternidade universal. Cada contexto familiar,
considerados seus limites e vicissitudes, tem potencial para ser escola do amor
conjugal, do amor a Deus, desenvolvendo, consequentemente, a competência para
amar cada semelhante. Por isso, iluminada pela Palavra de Deus, a Igreja, em diálogo
e cooperação com outros segmentos da sociedade, considera a família como a
primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários,
colocando-a no centro da vida social. Essa convicção sustenta um trabalho
incansável para não permitir que seja atribuído à família um papel subalterno
ou irrelevante.
A
sociedade precisa da família com a sua vocação – primeiro lugar para se viver a
experiência da comunhão. Obviamente não se trata de um lugar perfeito, mas
constitui alicerce sólido e renovador, capaz de inspirar um exercício da
cidadania que é essencial à qualificação da sociedade, tornando-a mais justa e
solidária. Há, pois, um protagonismo da instituição familiar no contexto social
e na existência de cada pessoa, pois a família é berço da vida e do amor.
Promover a família é gesto em defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a
concepção até a morte, com o declínio natural, reconhecendo que cada pessoa é
dom de Deus. Um compromisso que precisa se desdobrar na busca pela superação dos
vergonhosos cenários de exclusões e misérias que ameaçam as famílias. E o ser
humano precisa da “tenda familiar” para desenvolver suas potencialidades,
fecundadas pela força singular da primeira experiência de amor, proporcionada
no contexto de sua família.
A
experiência afetiva da comunidade familiar, apesar de suas idiossincrasias, tem
força estruturante. A ausência ou o comprometimento dessa experiência afetiva
podem trazer prejuízos insuperáveis. A família é o lugar primordial onde se
inicia o desenvolvimento de habilidades essenciais à sociabilidade. Buscar
fortalecer o contexto familiar amplia a possibilidade de se alcançar uma
civilização à altura da dignidade humana. Por isso mesmo, a Igreja afirma que
“sem famílias fortes na comunhão e estáveis no seu compromisso os povos se
debilitam”. Na tenda familiar são estruturados e aprendidos valores morais, a
partir da experiência da fé, com a transmissão de importantes patrimônios
religiosos e culturais. A família possibilita, assim, a cada ser humano, reconhecer
a sua responsabilidade no exercício da solidariedade.
Reflexões
oportunas precisam unir diferentes segmentos da sociedade para proteger e
promover a família. Trata-se de propósito da celebração da Semana da Família,
buscando afastar a possibilidade terrível de relativizações e imposições que
desconsideram a primeira escola do ser humano. Ecoe, portanto, a convocação de
se reconhecer a importância da família – preciosa tenda. Assim, cada pessoa, em
sua peregrinação, possa sempre se ancorar e encontrar amparo na indispensável
tenda familiar.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto
das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas,
soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais
e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura
(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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