terça-feira, 22 de agosto de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA AGENDA 2030 PARA ORGANIZAÇÕES EFICIENTES E EFICAZES E A TRANSCENDÊNCIA DA TENDA FAMILIAR COMO FONTE DE QUALIFICAÇÃO HUMANA, SOLIDARIEDADE, CIDADANIA E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A adesão à Agenda 2030 pelas empresas privadas

       Em 2015, os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aderiram à Agenda 2030. Derivam dessa agenda os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que, por sua vez, se desdobram em 169 metas a serem atingidas pela ação conjunta de diferentes atores sociais até o ano de 2030. A Agenda 2030 constitui-se de uma política global que tem como objetivo elevar os níveis de bem-estar do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Todas.

         Não só os 193 países-membros, que se comprometeram formalmente com a consecução do maior pacto global já firmado pela humanidade, podem aderir aos ODSs. A iniciativa privada pode se engajar voluntariamente com a agenda e obter vantagens e lucros, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade do planeta.

         Incentivos para a adesão privada à Agenda 2030 não faltam. As empresas têm a prerrogativa de escolher uma ou mais metas dos ODSs, as que façam mais sentido aos seus negócios. As metas podem, inclusive, ser totalmente adaptadas às capacidades e necessidades de cada player. Não importa o porte. Pequenos, médios e grandes negócios são capazes de participar desses esforços, “agindo localmente e pensando globalmente”.

         A adesão mercadológica às melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) tem claras contrapartidas. O ecossistema global socioambiental e econômico é beneficiado por investimentos em projetos de responsabilidade social corporativa que remontam a questão que não serão resolvidas somente pela atração dos Estados. As empresas percebem a necessidade de fazer algo e precisam rever seus modelos de negócios. Por exemplo, ao buscar o ODS 1, de “Erradicação da pobreza”, assumimos a responsabilidade de ser a primeira geração a presenciar o fim da pobreza extrema no âmbito global. Para isso, as empresas precisam tomar lugar nessa jornada.

         Além disso, as aspirações privadas também ganham. A adesão aos ODSs constrói reputação, pavimenta o caminho do acesso a linhas de financiamento, gera valor agregado e novas oportunidades de negócios.

         Essas novas oportunidades gerarão trilhões de dólares e milhões de empregos. Em 2017, a Business & Sustainable Development Commission publicou um estudo em que afirma que a adesão aos ODSs pelas empresas pode movimentar US$ 12 trilhões e gerar 380 milhões de novos empregos.

         Para as empresas que não sabem por onde começar, é possível consultar documentos que fornecem o caminho das pedras para uma mudança de paradigmas gerenciais.

         A Global Reporting Initiative (GRI), a UM Global Compact e a World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) desenvolveram o Guia dos ODSs para as Empresas, disponível também em português , para orientar o setor privado na adoção dos ODSs em suas estratégias corporativas. Está gratuitamente disponibilizado na web. Um capitalismo mais socialmente sustentável e economicamente viável está a um clique.

         A Foco Inteligência de Relacionamento é uma consultoria especializada na comunicação e no relacionamento entre marcas, comunidades e demais stakeholders. A Foco contribui para que as empresas atinjam seus objetivos de forma sustentável, socialmente responsável e com viabilidade financeira, com base nas melhores práticas. O futuro pode ser nebuloso ou emancipador. Apostamos na prosperidade que se afigura.”.

(Carolina Brauer* e Fabrício Soares**. (*)Produtora de conteúdo e (**)diretor executivo da Foco Inteligência de Relacionamento, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 18 de agosto de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Família, uma tenda

       O Povo de Deus na sua peregrinação se vale da tenda como lugar das mais estruturantes conquistas, tornando qualificado o caminho de cada um. A referência à tenda remete, pois, ao sentido bíblico de que a humanidade é povo a caminho, em busca de aprendizados, acolhimentos e do cultivo de valores. Por isso mesmo, o imperativo de “alargar a tenda” para comportar sempre mais pessoas deve inspirar a vida de todos: é preciso alargar o próprio coração, tornando-o “tenda interior” que alicerça a fraternidade solidária. Ao mesmo tempo, deve-se investir no cuidado de uma tenda essencial à vida, que permite o aconchegar-se, a partilha e o aprendizado da escuta: a família. Neste horizonte, a Igreja Católica no Brasil mobiliza suas comunidades e instâncias para a celebração, a cada mês de agosto, da Semana Nacional das Famílias, iniciada no domingo, Dia dos Pais. Em clima de oração, retoma-se o significado da família, a partir do que ensina a doutrina da Igreja Católica. Especialmente em agosto, celebrado como Mês das Vocações – e no contexto da vivência do Ano Vocacional – a Igreja oferece a sua contribuição para que a sociedade reconheça e reafirme a centralidade da família. Uma necessidade neste tempo marcado por profundas transformações.

         A Igreja compreende que a família possibilita conhecer e aprender a amar o Senhor da vida, com desdobramentos na configuração de vínculos relacionais que geram qualidade ao viver humano. A família, assim, é essencial para construir uma sociedade nos parâmetros da fraternidade universal. Cada contexto familiar, considerados seus limites e vicissitudes, tem potencial para ser escola do amor conjugal, do amor a Deus, desenvolvendo, consequentemente, a competência para amar cada semelhante. Por isso, iluminada pela Palavra de Deus, a Igreja, em diálogo e cooperação com outros segmentos da sociedade, considera a família como a primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários, colocando-a no centro da vida social. Essa convicção sustenta um trabalho incansável para não permitir que seja atribuído à família um papel subalterno ou irrelevante.

         A sociedade precisa da família com a sua vocação – primeiro lugar para se viver a experiência da comunhão. Obviamente não se trata de um lugar perfeito, mas constitui alicerce sólido e renovador, capaz de inspirar um exercício da cidadania que é essencial à qualificação da sociedade, tornando-a mais justa e solidária. Há, pois, um protagonismo da instituição familiar no contexto social e na existência de cada pessoa, pois a família é berço da vida e do amor. Promover a família é gesto em defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte, com o declínio natural, reconhecendo que cada pessoa é dom de Deus. Um compromisso que precisa se desdobrar na busca pela superação dos vergonhosos cenários de exclusões e misérias que ameaçam as famílias. E o ser humano precisa da “tenda familiar” para desenvolver suas potencialidades, fecundadas pela força singular da primeira experiência de amor, proporcionada no contexto de sua família.

         A experiência afetiva da comunidade familiar, apesar de suas idiossincrasias, tem força estruturante. A ausência ou o comprometimento dessa experiência afetiva podem trazer prejuízos insuperáveis. A família é o lugar primordial onde se inicia o desenvolvimento de habilidades essenciais à sociabilidade. Buscar fortalecer o contexto familiar amplia a possibilidade de se alcançar uma civilização à altura da dignidade humana. Por isso mesmo, a Igreja afirma que “sem famílias fortes na comunhão e estáveis no seu compromisso os povos se debilitam”. Na tenda familiar são estruturados e aprendidos valores morais, a partir da experiência da fé, com a transmissão de importantes patrimônios religiosos e culturais. A família possibilita, assim, a cada ser humano, reconhecer a sua responsabilidade no exercício da solidariedade.

         Reflexões oportunas precisam unir diferentes segmentos da sociedade para proteger e promover a família. Trata-se de propósito da celebração da Semana da Família, buscando afastar a possibilidade terrível de relativizações e imposições que desconsideram a primeira escola do ser humano. Ecoe, portanto, a convocação de se reconhecer a importância da família – preciosa tenda. Assim, cada pessoa, em sua peregrinação, possa sempre se ancorar e encontrar amparo na indispensável tenda familiar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em julho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

        

 

 

        

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