terça-feira, 14 de novembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ECOLOGIA, VISÃO OLÍMPICA, HUMANIDADE E EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

 

“Perspectivas para a inteligência artificial no Brasil

       É inegável o avanço da utilização da Inteligência Artificial (IA) para otimizar atividades de trabalho. Mas qual é o real cenário no Brasil? Como as empresas brasileiras se localizam nesse contexto de crescimento? Antes de definir as perspectivas para 2024, é necessário entender a situação nacional, que se apresenta muito promissora.

         Segundo o relatório “Artificial Intelligence – In-depth Market Insights & Data Analysis”, divulgado pelo site de inteligência de dados Statista, o mercado global de softwares que utilizam IA deve crescer 35% até 2025, o que movimentará mais de US$ 120 bilhões. O Brasil é o país que mais utiliza IA na América Latina, e, no território nacional, 63% das empresas têm soluções de dados e analytics com IA, de acordo com estudo feito pela International Data Corporation (IDC), a pedido da empresa SAS.

         Esse crescimento reforça o movimento internacional na utilização da IA, e isso se deve, principalmente, aos benefícios. Tecnologias como ChatGPT, Surfer e IDfy ajudam na otimização de tarefas, sobretudo naquelas que demandam análise de dados como audiência, concorrência, perfil do consumidor e engajamento. Mais do que isso, um dos grandes feitos da IA é também conseguir propor planos de ação embasados, proporcionando a redução de erros e a diminuição de riscos na tomada de decisões. A pesquisa realizada pela Universidade de Stanford e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revelou que o uso de ferramentas de IA generativa, aquelas capazes de responder como humanos, resultou num aumento de 14% na produtividade dos trabalhadores.

         Em relação ao setor empresarial, é importante destacar a pesquisa feita pela Opinion Box, que ouviu mais de 2.000 internautas de todas as regiões do Brasil e foi divulgada em 2023. Os dados revelaram que 91% dos entrevistados conhecem o tema de IA, e 57% afirmaram que o impacto na sociedade é positivo. Nas empresas, 721 profissionais foram entrevistados, e 70% já utilizam ou pretendem utilizar a IA. No que diz respeito à importância da formação na área, 67% dos participantes concordam que os profissionais que não aprenderem a utilizar IA podem ficar em desvantagem no mercado de trabalho.

         O cenário no desenvolvimento e utilização de tecnologia com IA é bastante animador e precisa ser fortalecido no Brasil. É claro que o avanço dialoga com a realidade estrutural e financeira de cada organização. Mas um fator que ainda enfrentamos é o desconhecimento. Portanto, é fundamental facilitar o entendimento do assunto e reforçar que temos excelentes instituições acadêmicas de pesquisa e empresas competentes para tanto.

         A adoção de IA no cotidiano não é uma previsão, mas uma realidade. Diante dos inegáveis benefícios, é urgente que as companhias e os profissionais invistam em formação para manejo e desenvolvimento de IA, sobretudo num cenário promissor para 2024.”.

(Rafael Dantas. Diretor da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de novembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 10 de novembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“O ‘Grito’ do Papa

       O Papa Francisco volta a ‘gritar’ sobre a crise climática, para alertar as pessoas, no mundo todo, sobre a responsabilidade humana a respeito desse grave problema que ameaça o planeta. Esse alerta é indispensável para inspirar ações mais assertivas de governantes, de construtores da sociedade, dos cidadãos. A superação da crise climática exige, especialmente, mais compromisso com a efetivação de um novo estilo de vida, em harmonia com a natureza. Nos últimos 50 anos, houve uma forte aceleração na emissão de dióxido de carbono. No mesmo horizonte trágico, houve um grande aumento da temperatura, em velocidade impressionante, sem precedentes nos últimos dois mil anos – realidade que tem provocado alarmantes prejuízos para a humanidade. Há de se investir na sensibilização do ser humano para tratar adequadamente a crise climática, ou todo o planeta sofrerá as consequências, muitas irreversíveis.

         Na exortação apostólica Laudate Deum, o Papa Francisco sublinha que ponderações sobre as mudanças climáticas podem parecer óbvias, mas ainda são necessárias, pois não há suficiente sensibilização para inspirar novas posturas e novos marcos regulatórios dedicados à preservação ambiental. Particularmente triste é esta situação apontada pelo Papa: até mesmo dentro da Igreja Católica existem pessoas resistentes ao adequado tratamento das mudanças climáticas. Há também quem considere assunto de menor importância. Urgente é uma visão mais ampla, capaz de maravilhar-se com o real progresso técnico da humanidade e, ao mesmo tempo, dedicar atenção aos fenômenos provocados pelo ser humano que causam prejuízos de todo tipo. Não se pode esquecer que a pandemia da COVID-19 e suas consequências tornaram ainda mais evidente a estreita relação da vida humana com os outros seres vivos e com o ambiente, conforme sublinha o Papa Francisco, fazendo um alerta: o que acontece em qualquer parte do planeta repercute em todo o mundo. Por essa razão, o Pontífice sempre afirma que tudo está interligado e ninguém se salva sozinho.

         De modo especial, o Papa Francisco expressa a sua preocupação com o crescente paradigma tecnocrático que enfraquece o sentido de responsabilidade ambiental de todos. O paradigma tecnocrático está na base do atual processo de degradação ambiental. Aponta-se a existência de um modo desordenado de conceber a vida e a ação do ser humano que arruína a realidade pela força de um equivocado entendimento compartilhado entre as pessoas. O que seria esse entendimento equivocado? Considerar que o bem e a verdade somente são alcançados a partir do poder da tecnologia e da economia. Isto leva à errônea crença de que é possível buscar um crescimento infinito e ilimitado de riquezas, levando a um entusiasmo e a uma preponderância hegemônica de economistas, dos teóricos das finanças e da tecnologia. O paradigma tecnocrático, fortalecido pela inteligência artificial e outros recentes avanços tecnológicos, vem alimentando a ilusória convicção de que não há limites para o ser humano. Esse paradigma alimenta-se, monstruosamente, de si próprio, conforme a indicação do Papa Francisco.

         Pensa-se que a tecnologia pode levar o ser humano ao impossível. Há, pois, uma ideologia na base desse entendimento equivocado, quando se pretende aumentar o poder humano para além de tudo o que se possa imaginar. Esse entendimento incapacita a humanidade para a indispensável compreensão de que tudo o que existe é uma dádiva que se deve apreciar, valorizar e cuidar, afirma o Papa Francisco, e não para se tornar escravo ou vítima dos caprichos da mente humana. O “grito” do Papa aponta a necessidade urgente de se repensar o modo como se utiliza e se exerce o poder. Por isso, lembra que nem todo aumento de poder significa progresso para a humanidade. Basta pensar nas tecnologias sofisticadas a serviço do extermínio de pessoas.

         O progresso técnico é admirável, mas, lamentavelmente, carrega no seu reverso muitos horrores, pois não tem sido acompanhado de uma irrenunciável responsabilidade: o apreço por valores que direcionam a consciência para um inegociável sentido humanitário. O ensinamento papal, com força de grito, aponta a necessidade de confrontar o paradigma tecnocrático com o entendimento de que o meio ambiente não é simples objeto de exploração e utilização desenfreada. O ser humano deve compreender-se como parte do meio ambiente. Preciosa é a argumentação do Papa que leva a compreender a vida, a inteligência e a liberdade humana como parte da natureza, a serviço do seu equilíbrio. Um planeta saudável depende da adequada interação humana com o meio ambiente, a exemplo do que ocorre na cultura indígena e do que ocorreu durante muitos séculos em diferentes lugares do planeta.

         O “grito” do Papa Francisco, convocando, mais uma vez, para se efetivar novo paradigma que priorize a relação equilibrada da humanidade com o planeta, inclui o confronto com o paradigma tecnocrático. Isto significa buscar o desenvolvimento do sentido humanitário que recoloca o ser humano na sua real condição vocacional e missionária. Levar em consideração o “grito” do Papa Francisco é rever critérios e fomentar novas posturas. Seja ouvido o apelo do Papa, inspirando investimentos para salvar a humanidade. Ecoe o “grito” do Papa Francisco.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em outubro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,82%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

 

 

 

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