quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS ENERGIAS LIMPAS E DESCARBONIZAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DAS TECNOLOGIAS, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, DIGNIDADE HUMANA, ÉTICA, PAZ E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Usinas solares flutuantes em Minas Gerais

       Minas Gerais está próximo de se tornar referência mundial em inovação na geração de energia elétrica. O Estado tem quatro projetos para instalação de usinas solares flutuantes, sendo três em reservatórios da Cemig e um em fase final de desenvolvimento em reservatório de terceiros. Esse tipo de geração de energia vai ampliar a produção das instalações existentes sem a necessidade de abertura e utilização de novas áreas em solo, ficando assim liberadas para outros fins, como pecuária, agricultura, indústria ou preservação.

         Trata-se de tipo de energia mais sustentável atualmente, pois preserva a natureza em várias frentes: operação com zero emissão de carbono, mínimo impacto ao meio ambiente, maximização da utilização de infraestrutura existente de produção de energia e otimização do uso dos recursos naturais.

         Além das já conhecidas vantagens do aproveitamento das superfícies de reservatórios para instalação de parques solares, essas instalações têm maior eficiência das células fotovoltaicas, propiciada pela refrigeração natural da água, estando as usinas solares na vanguarda do desenvolvimento da geração de energia de fonte renovável.

         Importante ressaltar que, com a instalação de usinas flutuantes de grande porte no Brasil, o turismo de negócios será impulsionado nas cidades que receberão esses ativos. Atualmente, apenas países da Europa e da Ásia estão na vanguarda desse tipo de unidade geradora do mundo. Para conhecer os projetos e visitá-los, os pesquisadores do Brasil e de países vizinhos precisam ir a outros continentes. Com essas usinas em Minas Gerais, a preferência dos estudiosos certamente será redirecionada para o Estado.

         A inovação e a importância tecnológica da usina flutuante podem ser compreendidas no projeto a ser instalado na Usina Hidrelétrica de Cajuru (UHE Cajuru), que fica entre os municípios de Carmo do Cajuru, Divinópolis, Cláudio e Itaguara, no Oeste de Minas Gerais. Implementada na década de 1950, a UHE tem capacidade instalada de sete megawatts e possui um reservatório de 23,27km2. Com a instalação da usina solar flutuante, o seu potencial de geração será mais do que quadruplicado – serão adicionados mais 30 megawatts em apenas 1,3% do seu reservatório.

         Os painéis solares serão instalados no interior da área de segurança do reservatório da UHE, local onde é proibido o acesso das pessoas e embarcações, já que existe risco de acidente com o barramento e o vertedouro. Dessa forma, o restante do reservatório poderá continuar a ser utilizado para as práticas de lazer, atividades náuticas e demais usos permitidos pela legislação.

         Além desses quatro projetos, a Cemig já é pioneira nesse tipo de usina em Minas Gerais. A empresa realizou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma usina solar flutuante no reservatório da Pequena Central Hidrelétrica de Santa Marta, em Grão Mogol (MG). Esse projeto tem potência instalada de 1,2 MWp (megawatt pico) e foi muito importante para que a companhia tivesse contato com a tecnologia e todas as nuances desse tipo de projeto.

         As usinas solares flutuantes são o que há de mais sustentável  no modelo de geração de energia renovável, contribuindo para a transição energética tão requerida, e estão alinhadas com o Objetivo nº 7, Energia Limpa e Acessível, do programa de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

         Essa iniciativa tem um apelo global de ações que visam acabar com a pobreza e proteger o meio ambiente e o clima, além de garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade.”.

(Stéfano Miranda. Superintendente de Desenvolvimento de Projetos da Cemig, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de janeiro de 2024, caderno OPINIÃO, página 12).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 19 de janeiro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“A serviço da fraternidade

       Desafio permanente é tornar a tecnologia um instrumento a serviço da fraternidade, conforme diz o Papa Francisco, em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, dedicada a refletir sobre os impactos da inteligência artificial na sociedade. A reflexão do Papa não pode ser interpretada como resistência às novidades criadas no contexto do paradigma tecnocrático. Expressa, sim, zelo e pede atenção para que sejam buscados modelos normativos com sólida orientação ética, capazes de fazer com que criadores de novas tecnologias digitais não descurem sobre a prioridade dos valores humanos. Sublinha o Papa Francisco que se deve garantir às sociedades o direito de formular e aplicar quadros legislativos capazes de fazer das tecnologias um serviço prioritário e inegociável à fraternidade. São necessárias diretrizes éticas que balizem os avanços tecnológicos de modo que a inteligência artificial não prescinda de parâmetros essenciais à existência humana, respeitando direitos fundamentais e a busca por justiça e paz.

         A moldura ética nos procedimentos de paradigmas tecnocráticos comprova-se fundamental, sob pena de ser pagar alto preço por não se priorizar a fraternidade. Os prejuízos originados pelo distanciamento da civilização em relação ao compromisso com a fraternidade se revelam nas guerras, na violência acentuada pela exclusão social, na dor de crianças e de suas famílias que passam fome. Esses cenários desoladores justificam a necessidade de lucidez para que, nos debates sobre regulamentação da inteligência artificial, haja consideração pelos pobres, marginalizados e por todos aqueles que muitas vezes são ignorados em processos de decisão. Em perspectiva deve estar sempre, e em todas as circunstâncias, a dignidade inalienável do ser humano, pelo compromisso de se buscar o desenvolvimento integral – que contemple todos os povos.

         Há risco de a inteligência artificial tornar-se gatilho para aumentar desigualdades e injustiças, acentuando sofrimentos já muito pesados para a humanidade. Por isso, o Papa Francisco afirma que o respeito a parâmetros éticos é a única possibilidade de não tornar o paradigma tecnocrático uma espécie de “trator” que passa por cima de tudo – comprometendo o futuro da humanidade, com o aumento dos privilégios de uma pequenina parcela da população, enquanto a grande maioria das pessoas padece. Condutas alicerçadas na ética evitam massacres e discriminações, já tão comuns na realidade de diferentes povos. Para exemplificar, o Papa Francisco aponta os riscos de a inteligência artificial ser utilizada para mensurar se um condenado pela justiça pode se tornar um reincidente. Ou ser instrumento na avaliação da idoneidade de um candidato a emprego. Ora, não se pode eliminar a possibilidade de uma pessoa mudar e “deixar para trás” o passado. Algoritmos substituem sentimentos de compaixão, misericórdia e perdão.

         Basear-se apenas na frieza dos números é submeter-se aos riscos de preconceitos e de discriminações, pois sistemas podem falhar. Refletir sobre essas falhas e suas consequências, buscando superá-las, exige a consideração dos parâmetros definidos por princípios éticos. A civilização contemporânea convive ainda com o risco real de decisões humanas serem modeladas a partir da inteligência artificial, induzindo a possíveis erros por meio de estímulos e dissuasões. Falhas no sistema podem levar a injustiças e discriminações. O Papa Francisco adverte sobre a importância de atenção e vigilância cuidadosas dedicadas às novas tecnologias, acentuando a responsabilidade legal de seus desenvolvedores. Não se pode, simplesmente, fiar em processos automáticos que buscam categorizar pessoas valendo-se de procedimentos que ferem a ética.

         Importante é a garantia do respeito pela dignidade humana, não conferindo autoridade a algoritmos para definirem os direitos que cada ser humano tem. Os avanços tecnológicos, para se tornarem conquista de toda a humanidade, devem estar alinhados com o princípio da fraternidade. Incomodados com o peso e a vergonha de um mundo cada vez mais desigual, todos são chamados a confrontar paradigmas tecnocráticos com os parâmetros éticos e humanistas, para que a tecnologia esteja a serviço da fraternidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 11,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em dezembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,62%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,5%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo; pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

 

 

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