“Usinas solares flutuantes em Minas Gerais
Minas
Gerais está próximo de se tornar referência mundial em inovação na geração de
energia elétrica. O Estado tem quatro projetos para instalação de usinas
solares flutuantes, sendo três em reservatórios da Cemig e um em fase final de
desenvolvimento em reservatório de terceiros. Esse tipo de geração de energia
vai ampliar a produção das instalações existentes sem a necessidade de abertura
e utilização de novas áreas em solo, ficando assim liberadas para outros fins,
como pecuária, agricultura, indústria ou preservação.
Trata-se
de tipo de energia mais sustentável atualmente, pois preserva a natureza em
várias frentes: operação com zero emissão de carbono, mínimo impacto ao meio
ambiente, maximização da utilização de infraestrutura existente de produção de
energia e otimização do uso dos recursos naturais.
Além das
já conhecidas vantagens do aproveitamento das superfícies de reservatórios para
instalação de parques solares, essas instalações têm maior eficiência das
células fotovoltaicas, propiciada pela refrigeração natural da água, estando as
usinas solares na vanguarda do desenvolvimento da geração de energia de fonte
renovável.
Importante
ressaltar que, com a instalação de usinas flutuantes de grande porte no Brasil,
o turismo de negócios será impulsionado nas cidades que receberão esses ativos.
Atualmente, apenas países da Europa e da Ásia estão na vanguarda desse tipo de
unidade geradora do mundo. Para conhecer os projetos e visitá-los, os
pesquisadores do Brasil e de países vizinhos precisam ir a outros continentes.
Com essas usinas em Minas Gerais, a preferência dos estudiosos certamente será
redirecionada para o Estado.
A
inovação e a importância tecnológica da usina flutuante podem ser compreendidas
no projeto a ser instalado na Usina Hidrelétrica de Cajuru (UHE Cajuru), que
fica entre os municípios de Carmo do Cajuru, Divinópolis, Cláudio e Itaguara,
no Oeste de Minas Gerais. Implementada na década de 1950, a UHE tem capacidade
instalada de sete megawatts e possui um reservatório de 23,27km2.
Com a instalação da usina solar flutuante, o seu potencial de geração será mais
do que quadruplicado – serão adicionados mais 30 megawatts em apenas 1,3% do
seu reservatório.
Os
painéis solares serão instalados no interior da área de segurança do
reservatório da UHE, local onde é proibido o acesso das pessoas e embarcações,
já que existe risco de acidente com o barramento e o vertedouro. Dessa forma, o
restante do reservatório poderá continuar a ser utilizado para as práticas de
lazer, atividades náuticas e demais usos permitidos pela legislação.
Além
desses quatro projetos, a Cemig já é pioneira nesse tipo de usina em Minas
Gerais. A empresa realizou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma
usina solar flutuante no reservatório da Pequena Central Hidrelétrica de Santa
Marta, em Grão Mogol (MG). Esse projeto tem potência instalada de 1,2 MWp
(megawatt pico) e foi muito importante para que a companhia tivesse contato com
a tecnologia e todas as nuances desse tipo de projeto.
As
usinas solares flutuantes são o que há de mais sustentável no modelo de geração de energia renovável,
contribuindo para a transição energética tão requerida, e estão alinhadas com o
Objetivo nº 7, Energia Limpa e Acessível, do programa de Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Essa
iniciativa tem um apelo global de ações que visam acabar com a pobreza e
proteger o meio ambiente e o clima, além de garantir que as pessoas, em todos
os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade.”.
(Stéfano Miranda. Superintendente de
Desenvolvimento de Projetos da Cemig, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 20 de janeiro de 2024, caderno OPINIÃO, página 12).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 19 de janeiro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“A serviço da fraternidade
Desafio
permanente é tornar a tecnologia um instrumento a serviço da fraternidade,
conforme diz o Papa Francisco, em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz,
dedicada a refletir sobre os impactos da inteligência artificial na sociedade.
A reflexão do Papa não pode ser interpretada como resistência às novidades
criadas no contexto do paradigma tecnocrático. Expressa, sim, zelo e pede
atenção para que sejam buscados modelos normativos com sólida orientação ética,
capazes de fazer com que criadores de novas tecnologias digitais não descurem
sobre a prioridade dos valores humanos. Sublinha o Papa Francisco que se deve
garantir às sociedades o direito de formular e aplicar quadros legislativos
capazes de fazer das tecnologias um serviço prioritário e inegociável à
fraternidade. São necessárias diretrizes éticas que balizem os avanços
tecnológicos de modo que a inteligência artificial não prescinda de parâmetros
essenciais à existência humana, respeitando direitos fundamentais e a busca por
justiça e paz.
A
moldura ética nos procedimentos de paradigmas tecnocráticos comprova-se
fundamental, sob pena de ser pagar alto preço por não se priorizar a
fraternidade. Os prejuízos originados pelo distanciamento da civilização em
relação ao compromisso com a fraternidade se revelam nas guerras, na violência
acentuada pela exclusão social, na dor de crianças e de suas famílias que
passam fome. Esses cenários desoladores justificam a necessidade de lucidez
para que, nos debates sobre regulamentação da inteligência artificial, haja
consideração pelos pobres, marginalizados e por todos aqueles que muitas vezes
são ignorados em processos de decisão. Em perspectiva deve estar sempre, e em
todas as circunstâncias, a dignidade inalienável do ser humano, pelo
compromisso de se buscar o desenvolvimento integral – que contemple todos os
povos.
Há risco
de a inteligência artificial tornar-se gatilho para aumentar desigualdades e
injustiças, acentuando sofrimentos já muito pesados para a humanidade. Por
isso, o Papa Francisco afirma que o respeito a parâmetros éticos é a única
possibilidade de não tornar o paradigma tecnocrático uma espécie de “trator”
que passa por cima de tudo – comprometendo o futuro da humanidade, com o
aumento dos privilégios de uma pequenina parcela da população, enquanto a
grande maioria das pessoas padece. Condutas alicerçadas na ética evitam
massacres e discriminações, já tão comuns na realidade de diferentes povos.
Para exemplificar, o Papa Francisco aponta os riscos de a inteligência
artificial ser utilizada para mensurar se um condenado pela justiça pode se
tornar um reincidente. Ou ser instrumento na avaliação da idoneidade de um
candidato a emprego. Ora, não se pode eliminar a possibilidade de uma pessoa
mudar e “deixar para trás” o passado. Algoritmos substituem sentimentos de
compaixão, misericórdia e perdão.
Basear-se
apenas na frieza dos números é submeter-se aos riscos de preconceitos e de
discriminações, pois sistemas podem falhar. Refletir sobre essas falhas e suas
consequências, buscando superá-las, exige a consideração dos parâmetros
definidos por princípios éticos. A civilização contemporânea convive ainda com
o risco real de decisões humanas serem modeladas a partir da inteligência
artificial, induzindo a possíveis erros por meio de estímulos e dissuasões.
Falhas no sistema podem levar a injustiças e discriminações. O Papa Francisco
adverte sobre a importância de atenção e vigilância cuidadosas dedicadas às
novas tecnologias, acentuando a responsabilidade legal de seus desenvolvedores.
Não se pode, simplesmente, fiar em processos automáticos que buscam categorizar
pessoas valendo-se de procedimentos que ferem a ética.
Importante
é a garantia do respeito pela dignidade humana, não conferindo autoridade a
algoritmos para definirem os direitos que cada ser humano tem. Os avanços
tecnológicos, para se tornarem conquista de toda a humanidade, devem estar
alinhados com o princípio da fraternidade. Incomodados com o peso e a vergonha
de um mundo cada vez mais desigual, todos são chamados a confrontar paradigmas
tecnocráticos com os parâmetros éticos e humanistas, para que a tecnologia
esteja a serviço da fraternidade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,5%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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