quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS, EFICIÊNCIA E ECONOMICIDADE DOS INSTRUMENTOS LEGAIS PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, SACRALIDADE DA VIDA, ÉTICA, PAZ E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Um pandemônio legislativo no Brasil

       Ao completarmos 35 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988, a complexidade da legislação brasileira segue aumentando, de acordo com novo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que faz anualmente um levantamento, muito interessante, sobre a quantidade de normas brasileiras.

         A legislação já se tornou tão intrincada e confusa que afeta diretamente a vida dos cidadãos e das empresas em todo o país. Desde a promulgação, em 1988, até setembro de 2023, o Brasil editou mais de 7,4 milhões de normas. Isso equivale a uma média de 586 normas editadas diariamente – ou 845 normas por dia útil. Cada norma editada possui, em média, cerca de 3.000 palavras, tornando a legislação ainda mais difícil de ser compreendida.

         Em relação às normas tributárias, cerca de 6,58% de todas as normas editadas no Brasil nesses 36 anos tratam dessa matéria, totalizando 492 mil normas tributárias. Isso significa uma média de 38 normas tributárias por dia, ou 1,6 norma tributária por hora.

         Os dados são impactantes e refletem a confusão que os cidadãos e as empresas enfrentam diariamente. Nós estamos diante de um cenário em que a legislação é difícil de interpretar e seguir, o que causa gastos para o cumprimento das obrigações legais.

         O levantamento do IBPT mostrou que a complexidade da legislação também tem um custo significativo para empresas e cidadãos, com um investimento estimado em R$ 228 bilhões por ano apenas para acompanhar e cumprir todas essas regulamentações em constante mudança.

         Analisando-se o referido estudo, a conclusão a que chegamos é que existe no nosso país uma excessiva liberdade das instituições em editar normas, devido à própria liberdade constitucional em termos legislativos.

         Se formos mais a fundo, perceberemos que temos diversas espécies de leis emanadas também pelas mais diversas instituições, como: medidas provisórias e decretos (Poder Executivo), emendas constitucionais, leis ordinárias e complementares (Congresso Nacional), além das normas complementares da Receita Federal do Brasil, do Banco Central, do Denatran, etc. isso no ambiente federal, mas temos também uma enorme quantidade de normas editadas pelos Estados e pelos municípios.

         Essa situação é muito séria para o país, porque cria um agravamento importante no chamado “custo Brasil”, causando um caos interno, um verdadeiro pandemônio legislativo, e inibindo a entrada de investimentos externos, que se assustam com toda essa burocracia e desembolsos, necessários para fazer frente ao acompanhamento e cumprimento de todas essas normas.

         Ao completarmos 35 anos da promulgação de nossa Carta Magna, concluímos que a edição de normas gerais e tributárias continua em grande volume, fazendo com que o custo despendido aos interessados, para acompanhar todas as mudanças legais ocorridas, continua aumentando, causando problemas financeiros e de cognição para todos os que militam em áreas de contabilidade, direito e consultoria. Esse é mais um problema que encarece o empreendimento, e urge um interesse maior por parte dos nossos representantes, no sentido de diminuir essa enorme quantidade de normas em vigor.

         Esperamos que os nossos representantes parlamentares atentem para esse grave problema e possam intervir, com o poder a eles emanados, com propostas e ações, no intuito de resolvermos essa drástica situação, que causa um entrave muito grande no desenvolvimento do nosso país.”.

(João Eloi Olenike. Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de janeiro de 2024, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Espadas em Relhas

       O Papa Francisco evoca uma significativa passagem do profeta Isaías, sublinhando: será dada a decisão a povos numerosos para que efetivem a fundição de espadas em relhas de arado. A metáfora, retomada pelo Papa Francisco na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, é muito oportuna no atual contexto de corrida armamentista, quando se requer nova mentalidade capaz de contribuir para a paz mundial, para o respeito irrestrito aos que querem viver pacificamente. A referência a Isaías, o “profeta da esperança”, remete ao caminho para a paz, possível desde que não sejam negociadas referências fundamentais, especialmente o reconhecimento da sublime presença de Deus e, consequentemente, da sacralidade da vida de cada pessoa. A profecia de Isaías reza o tempo em que nenhuma nação pegará em armas uma contra a outra, e nunca mais se treinará para a guerra. O convite é simples: caminhar à luz do Senhor, fundamentando decisões e escolhas em princípios ético-morais.

         Em sua profecia, ao preconizar uma subida jubilosa à montanha de Sião, Isaías aponta um horizonte cuja amplitude tem força para debelar muitos estreitamentos, relacionados à priorização de interesses de grupos muito restritos, em prejuízo do bem de todos. A simbologia da transformação de espadas em relhas de arado, clarividente no mundo da agricultura, é a opção de colocar tudo sempre a serviço do desenvolvimento integral, por um humanismo que não venha a ser desconsiderado por arroubos expansionistas, por interesses egoístas, em prejuízo dos mais fracos. Mas para alcançar esse tempo de paz, é preciso ter clareza sobre a realidade e seus riscos. Dentre os desafios para a superação dos muitos conflitos, o Papa Francisco adverte sobre a sedutora e entusiasmante emergência da inteligência artificial, que pode ser equivocadamente utilizada para operações militares de sistemas de controle remoto. Essas operações militares, conduzidas por algoritmos, podem comprometer a percepção humana sobre a devastação causada em conflitos. São capazes ainda de levar a relativizações perigosas sobre as consequências e responsabilidades dessas operações militares, um cenário propício para que a humanidade conviva com guerras ainda mais devastadoras.

         O Papa Francisco lembra que a pesquisa sobre tecnologias emergentes no setor dos chamados sistemas de armas letais autônomas, incluindo a utilização bélica da inteligência artificial, é grave motiva de preocupação ética. Ora, é evidente: sistemas autônomos nunca poderão ser sujeitos moralmente responsáveis. Apenas seres humanos são capazes de julgar e decidir eticamente. Uma decisão ética é muito mais que um conjunto complexo de algoritmos. Por isso, a responsabilidade humana não pode ser relativizada ou negociada. Ao contrário, as atitudes e relações que ocorrem no contexto de uma civilização devem estar sob a regência da ética, totalmente vinculada às capacidades humanas – e não ao universo tecnológico.

         Quando a ética preside as relações, o progresso econômico e social, alcança-se a compreensão partilhada pelo Papa Francisco, que afirma categoricamente: o mundo não precisa que as novas tecnologias contribuam para o iníquo desenvolvimento do mercado e do comércio de armas, alimentando em desarvoro a loucura da guerra. Os avanços técnicos e as conquistas científicas não podem dispensar a regência ética do ser humano, essencial para que sejam evitadas ações violentas na busca pela solução de conflitos. Quando se promove um confronto, abandona-se a tarefa de ser agente da paz. E a promoção da paz é o primeiro passo para que haja desenvolvimento sustentável, capaz de tornar o mundo mais justo.

         A inteligência artificial possa ser usada para promover o desenvolvimento humano integral, inspirando inovações na agricultura, na educação, na cultura, na melhoria de vida de todas as nações, priorizando a superação da miséria e da fome, a serviço da consolidação da amizade social. A humanidade, a partir da tecnologia, tem a chance de melhorar o mundo, valendo-se de escolhas alicerçadas na ética. Um caminho para superar lógicas perversas, excludentes e egoístas que têm se revelado de diferentes formas, a exemplo de certos discursos e debates políticos com incidências maléficas no tecido social, com repercussões em diferentes setores, alimentando intolerâncias. Parâmetros éticos iluminem os horizontes das pesquisas para que a tecnologia realmente promova conquistas a serviço de todos, especialmente dos mais pobres. Assim se efetivará a opção de transformar espadas em relhas de arados pela força da ética, sem jamais negociar a vida. E, conforme a profecia de Isaías, se caminhará na luz do Senhor, vida plena para todos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 11,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em dezembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,62%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo; pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

 

 

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