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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A CIDADANIA O PESO DA IDADE E AS VANTAGENS COMPETITIVAS

“3. A vantagem competitiva só é mantida pela melhoria constante

São poucas as vantagens competitivas que não podem ser imitadas. As empresas coreanas reproduziram a capacidade das companhias japonesas de produzir em massa aparelhos de televisão em cores e videocassetes, padronizados. Empresas brasileiras têm tecnologia e modelos comparáveis à Itália em sapatos de couro informais.

As empresas (e indústrias nacionais) que permanecem estacionárias acabam sendo ultrapassadas pelas rivais. Posições competitivas firmes podem, por vezes, ser mantidas durante anos ou décadas depois de paralisadas as melhorias, tendo por base as vantagens dos que começaram primeiro, como relações estabelecidas com clientes, economias de escala nas tecnologias existentes e fidelidade dos canais de distribuição. Mas, rivais mais dinâmicos acabam encontrando meios de contornar essas vantagens, descobrindo formas mais baratas (ou melhores) de fazer as coisas. Empresas britânicas e americanas perderam posições quase seculares em máquinas-ferramentas no espaço de uma década, por exemplo, quando rivais estrangeiros aproveitaram-se da nova tecnologia do computador. Empresas alemãs perderam liderança em máquinas fotográficas por motivos semelhantes, quando os japoneses agiram, mais agressivamente, no desenvolvimento da tecnologia de lente de reflexão única e na adoção eletrônica. Na construção naval, foram as empresas japonesas que abriram mão de uma parcela substancial quando a melhoria se tornou mais lenta e os coreanos repetiram as estratégias japonesas, usando mão-de-obra mais barata.

Uma vez obtida, a vantagem só se mantém pela constante busca de maneiras diferentes e melhores de fazer as coisas e continuadas modificações no comportamento da empresa, dentro de um contexto estratégico geral. A empresa que compete com estratégia de diferenciação, por exemplo, tem de encontrar muitas maneiras novas de aumentar a diferenciação ou, ao menos, melhorar a eficiência pela diferenciação ao estilo antigo. Não obstante, a necessidade de inovação continuada contraria as normas organizacionais da maioria das companhias. As empresas preferem não mudar. Particularmente numa empresa bem-sucedida, forças poderosas atuam contra a modificação da estratégia. Abordagens passadas institucionalizam-se em procedimentos e controle administrativos. Criam-se instalações especializadas. O pessoal é treinado em determinado tipo de comportamento. A auto-seleção atrai novos empregados que acreditam nas maneiras existentes de fazer as coisas e são particularmente adequados à implementação. A estratégia transforma-se, praticamente, numa religião e questionar qualquer dos seus aspectos é considerado quase uma heresia. As informações que poderiam questionar as atuais abordagens são filtradas ou rejeitadas. Os que desafiam a sabedoria estabelecida são afastados ou isolados. Quando uma organização amadurece, a necessidade de estabilidade e segurança para aumentar.

São necessárias fortes pressões para neutralizar essas forças. Muito raramente vêm apenas de dentro da organização. As companhias não costumam mudar espontaneamente: é o ambiente que as impulsiona (ou as força) à mudança. Uma empresa deve estar sujeita a pressões e estímulos externos que motivem e guiem a necessidade de agir. Deve criar o ímpeto da mudança. A maneira pela qual se posiciona dentro da base nacional (e em outros lugares) é instrumento importante para isso.

A dificuldade de inovação significa que são os “estranhos” à empresa, à indústria, à estrutura social estabelecida ou baseados em outros países que, com freqüência, são os catalizadores da inovação. Os estranhos podem perceber mudanças que passam despercebidas ou contrariam a sabedoria convencional. Os estranhos não estão ligados às estratégias passadas nem se preocupam com a perturbação da indústria ou das normas sociais. Se uma companhia e sua direção podem comportar-se como “estranhos” é um desafio interessante. Se o papel de estranho puder ser desempenhado pelas empresas de dentro do país (e não pelas de outros países) isso terá muita influência sobre o progresso da indústria do país. [...]”
(MICHAEL E. PORTER, in A vantagem competitiva das nações, tradução Waltensir Dutra. – Rio de Janeiro: Campus, 1989, páginas 650 e 651).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de janeiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de GILSON FONSECA, Consultor de empresas, que merece INTEGRAL transcrição:

“O peso da idade

A preocupação com a velhice é natural e bastante comum porque, à medida que a idade avança, nossa compreensão do tempo que nos resta é maior. Mais difícil é aceitar que seremos inexoravelmente substituídos. No trabalho, envelhecer, para muitas pessoas, também é tão angustiante quanto traumático. Tudo advém de preconceitos históricos arraigados nas sociedades e nas organizações; basta lembrar-nos do provérbio latino senectus et morbus (a velhice é uma doença). O medo de perder emprego, com as inseguranças existentes no Brasil, ainda há muito que avançar, já tirou o sono de muita gente e, segundo pesquisas, é a maior preocupação dos brasileiros.

A nossa cultura ocidental valoriza muito as aparências e o vigor físico, em detrimento do conhecimento, da experiência e da sabedoria. Em muitos países do oriente, onde há maior espaço para contemplações e reflexão, parece que o trinômio nascer/envelhecer/morrer é muito mais bem compreendido. Nesses lugares, a sabedoria, seja pelo conhecimento ou, sobretudo, pela intuição dos mais velhos, é muito mais valorizada, inclusive, pelos próprios jovens, e tais conceitos estão nas gerências empresariais. No Brasil, muitos jovens ficam de olho no lugar dos mais velhos e até conspiram contra eles. A competição é inevitável e sempre vai existir. O que não se pode é recorrer à deslealdade com insinuações do tipo “fulano está ultrapassado, já passou do seu tempo”.

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) foi um avanço, reconhecemos. O idoso está sendo mais respeitado nas repartições públicas, nos transportes urbanos, agências bancárias, supermercados etc. Até mesmo a Justiça, por conta do estatuto, tem agilizado processos que envolvem os mais velhos. Nas empresas, entretanto, esses conceitos não estão exercitados na plenitude ou de forma humanizada, como se espera. É só vislumbrar uma crise econômica que os empresários pensam, primeiramente, em dispensas de empregados. As primeiras vítimas são os “mais velhos de casa” e, sempre com a justificativa de que estão cansados, superados profissionalmente por não se reciclarem ou, até mesmo, que estão perto de aposentar-se. Empresas que adotaram esse expediente, inclusive as de grande porte, na última crise de 2008, sentiram o erro que cometeram.

A grande reativação da economia em 2010, com carência de pessoal qualificado, em todas as áreas, fez com que elas saíssem à procura dos “velhinhos” para readmissão, visto que os novos não davam conta do trabalho. O grande castigo foi a constatação de que muitos não aceitaram voltar, porque se sentiram humilhados com a dispensa e procuraram receber valorização profissional em outras empresas, ou porque montaram seus próprios negócios. A lacuna em 2011 continua grande. Penso que o melhor não é ainda a competição nas organizações, por mais leal que seja, mas compartilhar as qualidades de cada um para suprir as deficiências do outro. O arrojo dos jovens e a sabedoria dos mais velhos não só podem, como devem, formar a parceria necessária para o sucesso empresarial.”

Eis, portanto, mais e OPORTUNAS abordagens que acenam com REFLEXÕES e PONDERAÇÕES a respeito do CAPITAL HUMANO, essência que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...