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segunda-feira, 15 de julho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DA DEMOCRACIA E OS GRAVES DESAFIOS DA HUMANIDADE NO CUIDADO COM OS IDOSOS NA SUSTENTABILIDADE


“Democracia em perigo no Brasil
        Os dados das últimas pesquisas de satisfação das instituições públicas brasileiras são reveladores da total desconfiança que o povo tem, principalmente, com os políticos. A instituição na qual os brasileiros mais confiam é a Igreja (a pesquisa da CNT – Confederação Nacional dos Transportes – não menciona uma denominação religiosa específica: católica, evangélica, protestante, ou outra). A Igreja, ou a instituição religiosa, é merecedora de confiança para 40% dos brasileiros. Em segundo lugar, vem os bombeiros, com 20%, e as Forças Armadas, com 16%. Breve análise sobre esses números: cerca de 90% dos brasileiros declaram que pertencem a uma religião, ainda que confundam religião com filosofia de vida. De qualquer modo, somos uma sociedade crédula nas coisas do alto, portanto, é natural que acreditemos na instituição Igreja, embora, também neste caso, os números que sempre foram bem altos, estejam caindo. Os bombeiros entram em cena em caso de risco, tragédias, situações dramáticas, quando colocam sua vida em perigo para salvar os demais. É natural que ocupem o segundo lugar nessa pesquisa. Já com as Forças Armadas, podemos refletir um pouco, pois somos uma sociedade que que vive em paz com os demais Estados. Talvez, como não acreditamos nas forças de segurança interna, queremos que as Forças Armadas desempenhem esse papel. Se é assim, é lamentável e muito preocupante.
         O grupo que vem a seguir é: Justiça, com 10%; polícia, com 4%; imprensa, com 4%. O número de 10% é, certamente, influenciado positivamente pela atuação do ex-juiz Sergio Moro e da Operação Lava-Jato, quando, pela primeira vez na história deste país, políticos e ricos empresários foram julgados, condenados e presos. Como a política é, em geral, repressora, e devido à enorme desigualdade social, é natural que a maioria da população não confie nela. Muito preocupante é essa baixa confiança na imprensa. Nos tempos de internet e redes sociais, ela já não é uma formadora de opinião. Basta analisar os resultados das últimas eleições.
         Mas o último grupo é realmente o fundo do poço, é a falência, em poucas palavras, de uma verdadeira democracia: o governo (Executivo) tem 3% de confiança; o Congresso Nacional (Legislativo) tem 2%, e os partidos políticos, 1%. Ou seja, o povo brasileiro, por essa pesquisa, não tem nenhuma confiança em seus dirigentes políticos. Isso é um absurdo para uma sociedade democrática. A democracia só pode sobreviver na política partidária! Está claro que o sistema político brasileiro está falido, é um “cadáver” insepulto, em decomposição, fétido mas recusa-se ser enterrado. Mantém-se, em seu dia a dia, atrapalhando o crescimento do país e o bem-estar dos cidadãos. Então, devemos acabar com a política? Claro que não, devemos contribuir com a política, elegendo bons e conscientes políticos que realmente se preocupam com o bem comum da população. A democracia, por definição, é o regime político do povo. Cabe ao povo exercer e proteger a democracia.”.

(CELSON TRACCO. Escritor, palestrante e consultor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de julho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 6 de julho de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de CLAUDIA AJZEN, psicóloga e coordenadora da Universidade Aberta para as Pessoas Idosas (Uapi), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e que merece igualmente integral transcrição:

“Solidão na velhice
        O aumento do número de idosos é uma tendência mundial e o Brasil acompanha de perto essa enorme mudança na pirâmide etária. Junto dessa transformação surgem diversos fatores a serem trabalhados, entre eles a solidão na velhice.
         Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, a população idosa com mais de 60 anos era de 14,5 milhões de pessoas, um aumento de 35,5% ante os 10,7 milhões em 1991. Hoje, esse número ultrapassa os 29 milhões e a expectativa é que, até 2060, suba para 73 milhões com 60 anos ou mais, o que representa um aumento de 160%.
         A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera um envelhecendo quando 14% da sua população tem mais de 65 anos. Na França, por exemplo, esse processo levou 115 anos. Na Suécia, 85. No Brasil, levará pouco mais de duas décadas, sendo considerado um país velho em 2032, quando 32,5 milhões dos mais de 226 milhões de brasileiros terão 65 anos ou mais.
         Viver mais e com maior qualidade de vida é a meta, portanto, entender o processo de envelhecimento e as atitudes que podem e devem ser tomadas por familiares, profissionais da saúde e políticas públicas passa a ser fundamental.
          São algumas as razões que levam ao isolamento do idoso: aposentadoria, abandono familiar, viuvez, depressão, entre outras. A mudança de padrão de vida e a sensação de perda de utilidade social são gatilhos importantes geradores de depressão e posterior isolamento. A perda do cônjuge pode gerar sentimentos de solidão e sentimentos de desamparo, sendo que muitas vezes são os próprios idosos que se isolam. O abandono por parte dos familiares é um dos que mais afetam este grupo etário, levando por vezes o idoso a severo quadro de depressão. Doenças surgem em razão do quadro depressivo e o ciclo se agrava.
         Diferentes modalidades de atenção aos idosos têm surgido nas últimas décadas, entre elas a Universidade Aberta para as Pessoas Idosas (Uapi), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Um curso gratuito, de extensão universitária, presente na Unifesp desde 1999, que tem os objetivos de atualizar e reciclar conhecimentos e, principalmente, de promover a inserção social. É nesse contexto que, diariamente, tenho a possiblidade de conhecer ainda mais esse público com o qual venho trabalhando nos últimos 20 anos.
         Ao perguntar sobre solidão ao grupo de estudantes da Uapi/Unifesp, as respostas variam quanto ao nível. A maturidade lhes fez perceber que a seleção de companhia é um fator importante para o bem-estar, portanto, não é com “qualquer um” que querem estar, e sim com quem lhes acrescenta algo à vida. Acontecimentos durante a vida como um casamento mal sucedido e/ou traição refletem no comportamento atual, fazendo com que alguns idosos prefiram viver distantes de uma relação conjugal ou um relacionamento.
         O público da Uapi/Unifesp é privilegiado no tocante à companhia familiar. Salvo raras exceções, a maioria mantém um núcleo familiar ativo e aqueles que já não têm mais familiares revelam a fundamento importância da existência de um núcleo social funcional. Atividades físicas, intelectuais, espirituais e culturais formam o conexto.
         Importante salientar que aqueles que têm independência física e mobilidade preservada preferem, majoritariamente, morar sozinhos a dividir espaço com os filhos, pois a autonomia e a liberdade adquirida vêm se mostrando como uma grande colaboração para a manutenção da longevidade.
         Atualmente, estão sendo criadas as moradias compartilhadas, chamadas de cohousing, que não uma espécie de condomínio privado onde os moradores têm suas casas individuais, mas têm por opção partilhar um espaço comum. Conhecidas como repúblicas, cada grupo estabelece suas regras e alguns modelos apresentam lavanderias, refeitórios e bibliotecas comunitárias; alguns compartilham serviços e meios de transporte. Dessa forma, é mantida a liberdade de morar em sua própria casa e se privilegiar da companhia dos demais moradores nos espaços coletivos, driblando, assim, qualquer possiblidade de solidão.
         Estamos em atividade intensa na busca por políticas públicas eficazes que façam valer os direitos dos idosos. O Estatuto do Idoso ainda está, em sua maioria, no papel e não na prática.
         O ser humano é um ser social e como tal deve estar inserido na sociedade e respeitado não somente pela idade atingida, mas pela pessoa que é, um ser integral.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 299,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


            

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A CIDADANIA O PESO DA IDADE E AS VANTAGENS COMPETITIVAS

“3. A vantagem competitiva só é mantida pela melhoria constante

São poucas as vantagens competitivas que não podem ser imitadas. As empresas coreanas reproduziram a capacidade das companhias japonesas de produzir em massa aparelhos de televisão em cores e videocassetes, padronizados. Empresas brasileiras têm tecnologia e modelos comparáveis à Itália em sapatos de couro informais.

As empresas (e indústrias nacionais) que permanecem estacionárias acabam sendo ultrapassadas pelas rivais. Posições competitivas firmes podem, por vezes, ser mantidas durante anos ou décadas depois de paralisadas as melhorias, tendo por base as vantagens dos que começaram primeiro, como relações estabelecidas com clientes, economias de escala nas tecnologias existentes e fidelidade dos canais de distribuição. Mas, rivais mais dinâmicos acabam encontrando meios de contornar essas vantagens, descobrindo formas mais baratas (ou melhores) de fazer as coisas. Empresas britânicas e americanas perderam posições quase seculares em máquinas-ferramentas no espaço de uma década, por exemplo, quando rivais estrangeiros aproveitaram-se da nova tecnologia do computador. Empresas alemãs perderam liderança em máquinas fotográficas por motivos semelhantes, quando os japoneses agiram, mais agressivamente, no desenvolvimento da tecnologia de lente de reflexão única e na adoção eletrônica. Na construção naval, foram as empresas japonesas que abriram mão de uma parcela substancial quando a melhoria se tornou mais lenta e os coreanos repetiram as estratégias japonesas, usando mão-de-obra mais barata.

Uma vez obtida, a vantagem só se mantém pela constante busca de maneiras diferentes e melhores de fazer as coisas e continuadas modificações no comportamento da empresa, dentro de um contexto estratégico geral. A empresa que compete com estratégia de diferenciação, por exemplo, tem de encontrar muitas maneiras novas de aumentar a diferenciação ou, ao menos, melhorar a eficiência pela diferenciação ao estilo antigo. Não obstante, a necessidade de inovação continuada contraria as normas organizacionais da maioria das companhias. As empresas preferem não mudar. Particularmente numa empresa bem-sucedida, forças poderosas atuam contra a modificação da estratégia. Abordagens passadas institucionalizam-se em procedimentos e controle administrativos. Criam-se instalações especializadas. O pessoal é treinado em determinado tipo de comportamento. A auto-seleção atrai novos empregados que acreditam nas maneiras existentes de fazer as coisas e são particularmente adequados à implementação. A estratégia transforma-se, praticamente, numa religião e questionar qualquer dos seus aspectos é considerado quase uma heresia. As informações que poderiam questionar as atuais abordagens são filtradas ou rejeitadas. Os que desafiam a sabedoria estabelecida são afastados ou isolados. Quando uma organização amadurece, a necessidade de estabilidade e segurança para aumentar.

São necessárias fortes pressões para neutralizar essas forças. Muito raramente vêm apenas de dentro da organização. As companhias não costumam mudar espontaneamente: é o ambiente que as impulsiona (ou as força) à mudança. Uma empresa deve estar sujeita a pressões e estímulos externos que motivem e guiem a necessidade de agir. Deve criar o ímpeto da mudança. A maneira pela qual se posiciona dentro da base nacional (e em outros lugares) é instrumento importante para isso.

A dificuldade de inovação significa que são os “estranhos” à empresa, à indústria, à estrutura social estabelecida ou baseados em outros países que, com freqüência, são os catalizadores da inovação. Os estranhos podem perceber mudanças que passam despercebidas ou contrariam a sabedoria convencional. Os estranhos não estão ligados às estratégias passadas nem se preocupam com a perturbação da indústria ou das normas sociais. Se uma companhia e sua direção podem comportar-se como “estranhos” é um desafio interessante. Se o papel de estranho puder ser desempenhado pelas empresas de dentro do país (e não pelas de outros países) isso terá muita influência sobre o progresso da indústria do país. [...]”
(MICHAEL E. PORTER, in A vantagem competitiva das nações, tradução Waltensir Dutra. – Rio de Janeiro: Campus, 1989, páginas 650 e 651).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de janeiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de GILSON FONSECA, Consultor de empresas, que merece INTEGRAL transcrição:

“O peso da idade

A preocupação com a velhice é natural e bastante comum porque, à medida que a idade avança, nossa compreensão do tempo que nos resta é maior. Mais difícil é aceitar que seremos inexoravelmente substituídos. No trabalho, envelhecer, para muitas pessoas, também é tão angustiante quanto traumático. Tudo advém de preconceitos históricos arraigados nas sociedades e nas organizações; basta lembrar-nos do provérbio latino senectus et morbus (a velhice é uma doença). O medo de perder emprego, com as inseguranças existentes no Brasil, ainda há muito que avançar, já tirou o sono de muita gente e, segundo pesquisas, é a maior preocupação dos brasileiros.

A nossa cultura ocidental valoriza muito as aparências e o vigor físico, em detrimento do conhecimento, da experiência e da sabedoria. Em muitos países do oriente, onde há maior espaço para contemplações e reflexão, parece que o trinômio nascer/envelhecer/morrer é muito mais bem compreendido. Nesses lugares, a sabedoria, seja pelo conhecimento ou, sobretudo, pela intuição dos mais velhos, é muito mais valorizada, inclusive, pelos próprios jovens, e tais conceitos estão nas gerências empresariais. No Brasil, muitos jovens ficam de olho no lugar dos mais velhos e até conspiram contra eles. A competição é inevitável e sempre vai existir. O que não se pode é recorrer à deslealdade com insinuações do tipo “fulano está ultrapassado, já passou do seu tempo”.

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) foi um avanço, reconhecemos. O idoso está sendo mais respeitado nas repartições públicas, nos transportes urbanos, agências bancárias, supermercados etc. Até mesmo a Justiça, por conta do estatuto, tem agilizado processos que envolvem os mais velhos. Nas empresas, entretanto, esses conceitos não estão exercitados na plenitude ou de forma humanizada, como se espera. É só vislumbrar uma crise econômica que os empresários pensam, primeiramente, em dispensas de empregados. As primeiras vítimas são os “mais velhos de casa” e, sempre com a justificativa de que estão cansados, superados profissionalmente por não se reciclarem ou, até mesmo, que estão perto de aposentar-se. Empresas que adotaram esse expediente, inclusive as de grande porte, na última crise de 2008, sentiram o erro que cometeram.

A grande reativação da economia em 2010, com carência de pessoal qualificado, em todas as áreas, fez com que elas saíssem à procura dos “velhinhos” para readmissão, visto que os novos não davam conta do trabalho. O grande castigo foi a constatação de que muitos não aceitaram voltar, porque se sentiram humilhados com a dispensa e procuraram receber valorização profissional em outras empresas, ou porque montaram seus próprios negócios. A lacuna em 2011 continua grande. Penso que o melhor não é ainda a competição nas organizações, por mais leal que seja, mas compartilhar as qualidades de cada um para suprir as deficiências do outro. O arrojo dos jovens e a sabedoria dos mais velhos não só podem, como devem, formar a parceria necessária para o sucesso empresarial.”

Eis, portanto, mais e OPORTUNAS abordagens que acenam com REFLEXÕES e PONDERAÇÕES a respeito do CAPITAL HUMANO, essência que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...