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segunda-feira, 12 de abril de 2010

A CIDADANIA, O BRASIL E AS ELEIÇÕES

“ c. As práticas populares

[...] Todo o processo das Semanas Sociais Regionais caracterizou-se pela busca de propostas estratégicas alternativas para o país, a partir das experiências já em curso nas localidades e nas regiões. A motivação principal foi a certeza de que o Brasil tem alternativas e protagonistas. Ou seja, é urgente e possível pensar o Brasil na sua globalidade, apontando alternativas viáveis e capazes de superar a exclusão sociocultural-econômico-política, bem como a desagregação política do país. Essa tarefa não pode ficar restrita a uma parcela da sociedade. Aqueles que sempre estiveram à margem das grandes decisões nacionais precisam assumir esse processo como seus protagonistas.”
(Pe. INÁCIO NEUTZLING, s.j. – Em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994,página 22, sob o título BRASIL CIDADÃO: ALTERNATIVAS E PROTAGONISTAS).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de ANDRÉ SOARES, Mestre em Operações Militares, que merece INTEGRAL transcrição:

“O Brasil e as eleições


Ano após ano, os brasileiros se enganam achando que vão construir o Brasil e resolver os problemas nacionais com eleições. Este ano vivemos o ciclo de nova eleição presidencial e a sociedade brasileira está novamente iludida na expectativa de que o seu futuro e o futuro do país dependerão fundamentalmente desse resultado. Se o Brasil é um Estado de direito, democrático e soberano, então independe quem será o próximo presidente eleito, pois o destino de uma nação forte é determinado e comandado exclusivamente pela autoridade da sociedade que a legitima e não pelo personalismo de pessoas eventualmente investidas em cargos eletivos.

Evidentemente, as eleições são um marco histórico importante na agenda política de qualquer país democrático e merecem todo o empenho cívico de seus cidadãos, mas a construção e a condução de uma nação é muito mais do que escolher deputados, prefeitos, governadores, senadores e presidente da República. Esses, na verdade, são operários, temporariamente a serviço do estado, comprometidos em cumprir com a máxima eficiência, publicidade e transparência as políticas públicas. Se isso não estão ocorrendo no Brasil, então estamos com problemas.

Não há dúvida de que o Brasil nasceu em berço esplêndido, abençoado por Deus, contemplado com a dádiva de ser um país privilegiado pelas inúmeras riquezas que tem.Se for só sorte, certamente acabará, pois este fenômeno estocástico é também imprevisível. Se for bênção divina, pior, porque um Deus justo só premia quem faz por merecer – nesse caso, o Brasil está correndo sério risco, pois não tem feito corretamente seu dever de casa.

Ser uma potência mundial como o Brasil pretende é uma conquista que requer mais que crescer e se desenvolver. É preciso mudar e evoluir para essa nova condição, pensando e agindo como tal e libertando-se dos vícios que infelizmente o Brasil persiste em praticar, assemelhando-se ao adolescente infeliz que quer amadurecer. Até quando o Brasil continuará na adolescência do voto obrigatório? Até quando os brasileiros que não encontram candidatos honrados que os representem continuarão na adolescência de eleger seus mandatários, votando no candidato menos pior? Até quando a sociedade continuará na adolescência de permitir a eleição e o mandato de pessoas indignas e corruptas?

Não é só de mais um presidente da República que estamos precisando, pois presidentes, parlamentares e instituições são apenas nossos serviçais. Precisamos, sim, decidir amadurecer ou estaremos condenados a continuar “navegando” à mercê dos populistas oportunistas, dos conchavos partidários, da politicagem e da corrupção institucionalizada, cujo futuro inglório será abandonado pela sorte e pela bênção divina. Que o Brasil adolescente tenha a coragem de iniciar sua vida adulta, deixando para o passado a sua longa dinastia de governantes adolescentes.”

Que ainda nesta primeira DÉCADA do século XXI estejamos fincando o MARCO definitivo de nossa vida ADULTA e, com o mesmo ENTUSIASMO, CORAGEM e MOTIVAÇÃO continuemos a nossa CAMINHADA visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas INÚMERAS e EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS e, assim, reunir MÉRITOS para o concerto das primeiras POTÊNCIAS mundiais...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...