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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A CIDADANIA E AS ESCOLHAS E OS LÍDERES

“[...] I. Fenomenologia da nova linguagem

As palavras do título parecem solenes: cidadania, lógica da exclusão.Mas evidentemente não é questão de apegar-nos demais a esses termos. Seu significado sempre depende do seu uso, e não adianta querer atribuir-lhes um sentido imutável. Vejamos rapidamente algo a respeito da circulação e da serventia desse tipo de linguagem.

1. Cidadania é palavra de muito e diferenciado emprego. Desde a Constituinte (1987-1988), passando pelo acúmulo de frustrações com a “Constituição Cidadã” (como alguns a quiseram batizar), até o incipiente desvendamento do lamaçal de corrupções que encharca o país, sempre de novo a linguagem sobre a cidadania voltou ao centro dos reclamos éticos. É bom saber que o fenômeno adquiriu características bastante peculiares no Brasil.

O fascínio e a manipulação da linguagem sobre a cidadania faz com que ninguém mostre querer desistir dela. Por mais que se trivialize e banalize, continua inegavelmente importante, embora o processo de expropriação dessa linguagem pelos setores mais conservadores tenha avançado assustadoramente. Está, pois, fora de discussão a relevância dessa linguagem, mas seria ingênuo acreditar que a palavra cidadania guarda em si mesma o selo de uma significação exigente. É necessário colocar-lhe referenciais explícitos de proposta política, econômica, educacional etc., para que não flutue no olimpo dos universais abstratos do discurso ideológico, que sempre fareja o “politicamente correto”.

Cidadania será nosso tema indireto, enquanto implicado no da lógica da exclusão. Basta-nos esta definição mínima: cidadania não pode significar mera atribuição abstrata, ou apenas formalmente jurídica, de um conjunto (e, por extensão, da humanidade inteira), mas deve significar o acesso real, e juridicamente exigível, ao exercício efetivo desses direitos e ao cumprimento dos deveres. Não há, pois, cidadania sem a exigibilidade daquelas mediações históricas que lhe confiram conteúdo no plano da satisfação das necessidades e dos desejos, correspondentes àquela noção de dignidade humana que seja extensiva a todos num contexto histórico determinado.

A mediação histórica fundamental da cidadania básica é o acesso seguro aos meios para uma existência humana digna. Todos os demais aspectos de uma cidadania participativa supõe essa base mínima. Daí a correlação estreita entre cidadania e trabalho (no sentido de emprego justamente remunerado) na visão até hoje comum dessa temática. Para o trabalhador e seus dependentes, a cidadania se alicerça no direito ao trabalho.

Que sucede, porém, quando a própria noção do trabalho entre numa profunda transformação, ao ponto de muitos começarem a falar do fim do trabalho no sentido tradicional? Será que isso é assunto apenas para países ricos, ou tem algo que ver com o que já está sucedendo também em nosso país? Salta à vista que a questão do emprego, de todos os modos, permanece como um dos elos básicos entre cidadania e lógica da exclusão.[...]”
(PROF. HUGO ASSMANN, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, página 7, intitulado CIDADANIA: CRÍTICA À LÓGICA DA EXCLUSÃO).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

"Escolhas e líderes

O cenário eleitoral está projetando luzes sobre as escolhas que serão feitas nas eleições deste ano – e também acerca dos líderes que, corajosamente, põem seus nomes para serem sufragados nas urnas. Em questão não está apenas o juízo que se pode emitir sobre os nomes que deverão preencher cargos no Executivo e Legislativo. Sem dúvida, este é um capítulo fundamental no processo eleitoral. Não se pode comprar gato por lebre. Nesse sentido, é fundamental que os candidatos se mostrem e se deeem a conhecer nos seus pensamentos e posições, fora da ribalta do marketing que os emoldura defensivamente e das maquiagens que ajudam muito na amostragem de feições e de contornos que podem não corresponder à realidade.

Os debates são importantes para o conhecimento indispensável na elaboração de critérios nas escolhas a serem feitas. É necessário conhecer bem o candidato, sua posição a respeito de temas pertinentes, como a defesa da vida, a justiça, o aborto, os direitos humanos. Não basta emoldurar o candidato apenas no bojo da ideologia partidária, com suas inconsistências próprias, nem somente respaldar o candidato pelos feitos, tomado como garantia de que ele será bom Cada etapa da história supõe, portanto, respostas próprias e novas e precisa contar, para além daquilo que já se fez, com a competência própria daquele que se propõe a governar e a representar o povo.

Este desafio está posto à sociedade, que precisa aplicar critérios mais exigentes aos nomes que estão sendo oferecidos neste pleito eleitoral. Na verdade, as eleições de 2010 representam mais uma oportunidade para evidenciar traços muito peculiares da cultura brasileira no exercício da liderança e no âmbito das escolhas que determinam caminhos novos para a sociedade e suas instituições. O evento das eleições se findará com os resultados que vão determinar rumos na sociedade brasileira na próxima etapa de sua história. Importa também emitir juízos a respeito da cultura subjacente no exercício da liderança e o que dá consistência às escolhas da sociedade.

O momento eleitoral explicita muitas inconsistências e porosidades existentes na nossa cultura quando se trata de escolhas e de líderes. Lembra “sol forte em monturo depois da chuva”. Além de juízos a respeito de nomes a serem sufragados, a oportunidade nos convida a refletir, avaliar e ter novas compreensões sobre a prática da liderança. Ainda é comum atrelar o exercício da liderança com a distribuição de benesses e favores. Há líderes obsoletos que continuam, em muitas circunstâncias, perpetuando a mentalidade coronelista própria dos antigos fazendeiros e senhores de engenho. Esses líderes não reconhecem e não são capazes de lidar com as novidades das compreensões corporativas na condução de processos – independentemente da instituição em que se encontram, religiosa, política, pública, privada, são todos semelhantes. A visão é da manutenção de dinâmicas que perpetuam, na condição de refém, os destinatários das benesses e favores, na contramão da liberdade e da autonomia como características inegociáveis da cidadania desse tempo.

O tecido cultural no desempenho das lideranças na sociedade brasileira ainda está enrijecido por presenças e atuações que estão atravancando os necessários avanços. Ainda existe uma mentalidade que luta para manter funcionamentos e dinâmicas que, ilusoriamente, pretendem conservar domínios que são em si arcaicos. Ainda existem tentativas de perpetuar modelos de lideranças que não contam mais e que se mantêm à custa da mediocridade dos que não ousam mudanças e ainda sonham com retornos irrealizáveis. A prática obsoleta da liderança, presente na cultura subjacente da sociedade contemporânea, é responsável pelo envelhecimento de instituições, seu uso em proveito próprio e dos seus correligionários e familiares. No cenário nacional, e fundamental avaliar, criteriosamente, os contextos sociais e institucionais – onde estão os prejuízos cometidos pelos líderes que entortam escolhas e perpetuam um modus vivendi contrário às necesssidades e expectativas da sociedade. Este momento eleitoral, além de eleger nomes, precisa projetar nova cultura nas escolhas e nos líderes, avançando em conquistas condizentes com a história do povo brasileiro.”

São, pois, qualificadas PONDERAÇÕES e REFLEXÕES que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO que, além de LÚCIDA e CRITERIOSA nas ESCOLHAS, seja verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS preventos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE, da GLOBALIZAÇÃO, da era do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A CIDADANIA E A INFÂNCIA, O PRESENTE E O FUTURO

“3. Ação política: tarefa de todos

Vamos lembrar o professor Dalmo Dalari quando afirma: “Todas as ações humanas que produzem algum efeito sobre os objetivos dos grupos sociais ou sobre as regras de convivência são de natureza política. É comum que organizações sociais poderosas e influentes se declararem apolíticas, dizendo-se rigorosamente profissionais ou dedicadas a determinado tipo de atividade, sem objetivos políticos. Assim também ocorre com muitos indivíduos que, apesar de exercerem função pública destacada, ou terem uma atividade profissional que acarreta a sua influência sobre o comportamento de muitas pessoas, se dizem politicamente neutros. Não há duvida, por exemplo, de que o Exército, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Escola Superior de Guerra são organizações políticas muito influentes no Brasil, embora não tenham qualquer vinculação partidária e não se definam como políticas”.

Assim, o componente educativo vincula-se à ação política no sentido de estimular a percepção crítica da realidade, tirando amplas parcelas da população do imobilismo, fazendo-as seres participantes do cotidiano em que vivem.

A concretização dos direitos é, portanto, uma conquista a ser atribuída ao povo brasileiro.

Com a construção gradativa da democracia, a idéia é que o povo consiga ir apreendendo a realidade vivenciada e coletivamente a transforme, através da utilização de mecanismos participativos, rompendo com projetos políticos ligados ao conservadorismo e às maracutaias, visto que são responsáveis por quase cinco séculos de miséria e opressão.

O aperfeiçoamento democrático pressupõe a participação popular, nos mais variados níveis, com a real partilha do poder. Embora seja importante as eleições para vereadores, deputados, governadores, senadores, prefeitos e presidente, o que realmente deve ser levado em conta são as propostas dos vários candidatos, que propiciem realmente o exercício do poder por parcelas significativas da população.

Assim, projetos políticos em que os principais interessados possam opinar, reivindicar, sugerir, devem ser levados em consideração, devido ao alto grau pedagógico e educativo. Podemos exemplificar com a criação de canais participativos, como conselhos populares ou de gestão; comissões representativas dos trabalhadores etc.

A população brasileira, através do regime democrático, tem também a oportunidade ímpar de rechaçar projetos paternalistas, em que os direitos são colocados como favores pelos governantes de plantão. É preciso que a população se aperceba de sua importância histórica assim como da necessidade de ver concretizados seus direitos básicos, entre outros: habitação decente, saúde adequada, educação eficiente, trabalho para todos e salário digno.

Como afirmamos, o Estado aliado aos grandes interesses econômicos tem como pressuposto a manutenção do “status quo”, sendo necessário uma grande mobilização popular, para reverter o quadro caótico em que vivemos. Trata-se de uma mudança em todos os níveis – que passa pelas famílias, escolas, igrejas, instituições públicas e privadas etc. –, que propicie a concretização dos direitos considerados universais assim como a criação de novos direitos.”
(MÁRCIA ACCORSI, em artigo intitulado O QUE É CIDADANIA? Processo de construção de cidadania, publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, páginas 14 a 16).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de FLÁVIO CONSTANTINO, Professor de economia da PUC Minas, que merece INTEGRAL transcrição:

“Infância, presente e futuro

No Brasil, de forma genuína, cabe à política educacional a responsabilidade pela proteção e promoção da infância entre 0 e 6 anos, complementando a função da família. Cresce lentamente a cobertura à faixa creche, escola par crianças entre 0 e 3 anos. Conforme Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), 18,1% conseguem acesso, embora a escola não seja obrigatória, conquanto seja dever do Estado/nação oferecer vagas e seja direito da família. Nessa conta estão incluídas as atendidas pelos setores privados comunitários e particulares. A etapa escolar correspondente, educação infantil, antecede o ensino fundamental; pensemos em particular a subetapa creche.

Com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) criaram-se condições de financiamento para que os municípios, prioritariamente, assegurem o atendimento. Mas carecemos de estudos governamentais que ajudem a definir seu custo real, o que não é prerrogativa dessa etapa do ensino, é bom saber. Conforme a mesma lei, comissão com representantes de municípios, estados e União tem competência para definir fatores de ponderação do custo das etapas e modalidades educacionais; em torno de 30% o custo da vaga, a mais ou a menos, da creche ao ensino médio, tendo como base o custo do fundamental. Em 2010, a remuneração do atendimento em creche em tempo integral chegou a 20% a mais que o do ensino fundamental, com muita dos representantes dos municípios e disposição da União para que se avançasse um pouco mais nos valores.

Que está implicado nesse custo? Quais insumos? Os melhores índices, práticas de atendimento e políticas públicas acompanham a compreensão do propósito educativo da escola para esse tempo da vida: como ambiente de desenvolvimento e em estreitas relações com a casa, a comunidade e outros espaços sociais. Como oferecer atendimento de qualidade com recusa em investimento no trabalho da professora? Sua formação e carreira são insumos os mais necessários para que a criança pequena e sua família realmente encontrem na escola proteção e promoção da infância. Com formar e investir na profissionalização quem não compreende as especificidades da escolarização tão cedo na vida? Profissionais se sentem inseguras, cansadas e adoecem frequentemente. É relevante investir em formação em serviço e contínua, não episódica, como prevalece; para muitas isso não existe ainda. É relevante construir planos de carreira dignos para superar a informalidade que despreza a legislação, configurada em arranjos de atendimento por monitora, auxiliar, estagiária e outros, que ferem direitos e comprometem a função social da escola; é necessário condições de trabalho que efetivamente assegurem que propostas pedagógicas não se tornem apenas planos de intenções.

A transição para um modelo de política pública tem sido feita de forma muito descompromissada nesse campo escolar, em nosso país. É preciso que os sistemas de ensino exerçam as responsabilidades legais de acompanhar e controlar o atendimento oferecido às crianças e famílias; é necessário que os compromissos se traduzam em orçamentos públicos respeitando-se os princípios da transparência e da eficiência. Os ganhos advindos de uma política mais compromissada não são poucos, mas podem ser sintetizados na seguinte passagem: “...crianças com idade de 0 a 3 anos, que frequentam creches, e crianças com idades entre 4 e 6 anos, que vão a pré-escola, tem, ao alcançarem a vida adulta, maiores possibilidades de auferirem rendas mais altas. Esses apresentam também menores chances de serem presos, de terem gravidez precoce durante a adolescência e de dependerem de algum tipo de programa de transferência de renda oferecido pelo Estado”. (Heckman e Cunha, citados por Pereira, 2009, pg. 31). O que esses autores chamam a atenção é que o investimento em educação realizado na primeira infância traz elevados retornos sociais, condição fundamental para uma nação que deseja ser desenvolvida. (Com Dineia Domingues, do Proex/PUC Minas no Fórum Mineiro de Educação Infantil).”

São, pois, páginas como essas que tratam tão APROPRIADAMENTE de etapa tão COMPLEXA, IMPORTANTE, FUNDAMENTAL e, ao mesmo tempo DESAFIO INAFASTÁVEL da agenda de POLÍTICAS PÚBLICAS, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previsto para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da GLOBALIZAÇÃO, da SUSTENTABILIDADE, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO E O RESULTADO DO ENEM

“2. Cidadania e democracia, faces da mesma moeda?

Torna-se necessário lembrar que a democracia inexiste se não houver a concretização dos direitos sociais, civis e políticos, apontando para o processo de construção da cidadania.

Nesse sentido, Maria Vitória Benevides conceitua democracia e cidadania nos seguintes termos: “Democracia é o regime político baseado na soberania popular, com respeito à regra da maioria, porém com pleno reconhecimento dos direitos da minoria e respeito integral aos direitos humanos, e Cidadania ativa é aquela que institui o cidadão como portador de direitos para abrir novos espaços de participação política”.

A importância desses dois conceitos remete à interessante idéia de que novos direitos devem ser criados, tendo como pressuposto um viver melhor. Pode-se exemplificar como enriquecedor do exercício democrático o surgimento dos movimentos ecológicos, de mulheres, homossexuais, indígenas, negros etc., que se fazem presentes nas últimas décadas.

Os termos cidadania e democracia correm o risco de ser banalizados, assim como utilizados de maneira oportunista, pois, como nos lembra novamente Maria Vitória Benevides, “as classe privilegiadas não têm medo da cidadania quando está restrita aos direitos do cidadão como eleitor. Pelo contrário, elas desejam este cidadão.Temem apenas a cidadania democrática, a cidadania ativa. Há um grande salto qualitativo entre o cidadão meramente eleitor, contribuinte e obediente às leis, e o cidadão que exige a igualdade através da participação, da criação de novos direitos, novos espaços e da possibilidade de novos sujeitos políticos, novos cidadãos ativos.

É importante acentuar que, durante anos, foi-nos dito que o povo brasileiro é desinformado, não sabe votar nem luta pela concretização dos seus direitos. Essas idéias, no entanto, interessam à classe dominante, pois não se torna oportuno que seja diferente.

A luta pela preservação democrática é fundamental, pois só assim teremos condições objetivas de avanços rumo a uma sociedade justa e igualitária. O caminho para se percorrer é longo e complexo, sendo que o processo educativo deve ser instaurado em todos os níveis, onde a maioria dos brasileiros tenham condições objetivas de tomar consciência sobre as causas dos males que os afligem.

Então a tarefa educativa é de todos. Constitui, portanto, uma ação política, não apenas partidária, evidentemente.”
(MÁRCIA ACCORSI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, página 14, intitulado O QUE É CIDADANIA? – Processo de construção da cidadania).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Ex-ministro da Educação, doutor em direito, presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância (Aced), que merece INTEGRAL transcrição:

“Resultado do Enem

O fracasso dos colégios estaduais no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2009 se tornou pauta dos principais veículos de comunicação do país. Segundo as notas no Enem, apenas duas escolas do governo aparecem na lista das 20 melhores do país. E ambas são ligadas a universidades: Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG), o melhor público do país e 7º no geral, e o Colégio de Aplicação da Universidade o Estado do Rio de Janeiro, em segundo lugar entre as instituições públicas nacionais.

Nessas privilegiadas escolas, por serem ligadas a universidades, quase todos os professores têm mestrado e doutorado e ganham salários de docentes universitários. Além disso, os estudantes contam com atividade extra, ou seja, complementação de práticas além do horário formal de aulas. Esse quadro realista mostra a desigualdade entre as instituições públicas no Brasil. Convém analisar com cuidado os tristes dados apresentados pelo Enem. Já é tempo de avaliá-los buscando, mais do que simples informações estatísticas, alerta de soluções para qualificar o ensino. Uma perspectiva de solução, em que se foca a melhoria do ensino, é a educação a distância (EAD). Em um mundo globalizado, no qual equipamentos tecnológicos fazem parte do dia a dia da maioria da população e da quase totalidade das atividades, por que não utilizar um método de ensino que tem como aliado ferramentas técnicas contemporâneas capacitadas a resultados positivos no ensino?

Instrumental com forte vocação de eficácia na aprendizagem, pode a EAD, facilmente, também ser aplicada nas salas de aula, como material de apoio, reforço ou mesmo para sanar as dúvidas dos estudantes. Sejamos realistas. A maioria das escolas governamentais do Brasil não tem recursos como os dos dois colégios líderes no ranking destacado do Enem. Não é preciso ser um especialista no ramo educacional para conseguir, diante desses resultados, traçar um panorama da situação da educação no Brasil. Apesar dos avanços na economia, em termos de educação, infelizmente, nosso país está aquém do desejável. Então, não seria mais lógico unir o conteúdo do professor com outros recursos didáticos que conseguissem suprir a necessidade de um aprendizado compatível, hoje enfrentando tantas carências e penúrias?

A falta de estímulo para o professor, as condições precárias das salas de aula e o difícil acesso à educação fazem com que esse problema deva ser tratado com mais atenção e eficácia pelas autoridades. Investir em métodos eficazes, sejam eles a distância, presencial ou qualquer outro que ajude a avançar o alcance da educação no Brasil, é uma emergência. Mais que isso, uma urgência. Encarar esse desafio é uma das grandes questões do ensino no país. Trafegar por ele, não há dúvida, é um caminho longo. É mais que possível, bem provável, aliás, que a EAD contribua, sem milagres, com eficiência, para obter-se a melhoria desejada. Com um investimento baixo, poderia o poder público oferecer mais qualidade aos estudantes. A interação entre os métodos presencial e a distância pode e deve ser um caminho mais do que recomendável para o país conquistar resultados melhores na educação.”

São, pois, reflexões como estas que nos mostram a ABSOLUTA NECESSIDADE e URGÊNCIA de se enfrentar o DESAFIO MAIOR que é a EDUCAÇÃO, como a INDUTORA MESTRA das nossas AÇÕES e POLÍTICAS PÚBLICAS, e isto nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências de um mundo GLOBALIZADO, do CONHECIMENTO, da SUSTENTABILIDADE e das NOVAS TECNOLOGIAS e de uma ERA da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

A CIDADANIA E A OUSADIA DA SANTIDADE

“[...] 3.2 Anamnese

Cidadania é memória histórica. Não pode esquece o hediondo, a injustiça, a perversidade política, econômica e social. Apregoa-se o esquecimento como solução para muitos problemas. Marcuse advertia que esquecer aberrações não é arrancá-las, mas consolidá-las. Muitos males não são erradicados porque o esquecimento os encobre e os mantém atuantes.

O esquecimento tem sido absolvição indevida a crimes crônicos na sociedade brasileira. Isso encoraja a reprodução de abusos históricos e o retorno de figuras abomináveis à vida pública. O cidadão há de ter memória crítica para impedir que incorrigíveis agentes da iniqüidade se tornem ainda mais ousados. Os bispos de El Salvador não concordaram com a anistia aos que fuzilaram seis padres jesuítas em 1989. Gesto raro e corajoso. É que a cidadania se constrói com anamnese, e não com amnésia, com memória vigilante, e não com esquecimento conivente.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994,página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de junho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Professor de ética, doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece INTEGRAL transcrição:

“A ousadia da santidade

A editora Quadrante, São Paulo, acaba de lançar uma primorosa reedição de Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. São Josemaria – cuja festa a Igreja celebrou dia 26 –, foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas. O texto de São Josemaria exerceu forte influência no rumo da minha vida.

Propunha, naquela homilia vibrante e carregada de ousadia, “materializar a vida espiritual”. Queria afastar os cristãos da tentação “de levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado, e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas”. O cristianismo encarnado nas realidades cotidianas: eis o miolo da proposta de São Josemaria. “Não pode haver uma vida dupla, não podemos ser esquizofrênicos, se queremos ser cristãos”, sublinha. E, numa advertência contra todas as manifestações de espiritualismo mal entendido e de beatice, afirma de modo taxativo: “Ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias ou não o encontraremos nunca”.

“A vocação cristã consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia”. A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgias do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades das coisas diárias é para os homens e mulheres do mundo é coisa oposta à vontade de Deus”. A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.

O pensamento de São Josemaria, apoiado numa visão transcendente da vida, e, ao mesmo tempo, com os pés bem fincados na realidade material e cotidiana, consegue, de fato, captar plenamente a contextura humana e ética dos acontecimentos. Ele tem, no fundo, a terceira dimensão: a religiosa e ética – e só com esse foco é possível entender plenamente o mundo em que vivemos. Na verdade, o esgotamento do materialismo histórico e a crescente frustração do consumismo hedonista prenunciam uma mudança comportamental: o mundo está sedento de liberdade, mas nostálgico de certezas. Articular verdade e liberdade e, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discurso único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que um cristão não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo, sofreu incompreensões, inclusive de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.

São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado. A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa a fé e da verdade não é, de fato, “antinada”, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma vida livre resposta de cada ser humano. A figura de São Josemaria Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade, tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

São, pois, páginas que, além de nos trazer mais LUZES na vivência da VERDADE e da LIBERDADE nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, AMANTE DA VERDADE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com os eventos previstos, com a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em sintonia com as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

É este o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

UMA VITÓRIA DA CIDADANIA

“[...] 5. Pastoral da cidadania

Para os antropólogos, a religião é elemento fundamental nas diversas culturas. Mircea Eliade diz que “o sagrado é componente estrutural da consciência, e não um estágio na história da consciência”. Na Grécia e em Roma, a plebe começou a ingressar na cidadania através da religião. Nessa perspectiva, a pastoral da cidadania não é enxerto desajeitado no corpo social. É, até, expressão arquetípica na população brasileira marcada por referenciais cristãos e pela ação social da Igreja.

A eclesiologia de “Povo de Deus” pode inspirar a cidadania. Pois, Povo de Deus é comunidade de irmãos, e não sociedade de senhores e súditos. E deve ser testemunho de liberdade, de igualdade e de convivência evangélica. Assim, o Povo de Deus poderá ser fermento de cidadania que leve a população a tornar-se verdadeira comunidade nacional.

Rasgada pela injustiça e dicotomizada pela desigualdade, a sociedade brasileira reclama audaciosa pastoral da justiça. Além de valor bíblico, a justiça é valor humano, social e histórico. Por exigência cristã concreta, a pastoral há de propor a justiça como pedra angular da cidadania. A evangelização, hoje, precisa impacientar a sociedade com a fome e sede de justiça, e não entorpecê-la na injustiça.

A Igreja poderá vigorizar a cidadania com a ética comprometida com a vida humana. O que é aliado do ser humano é ético. Saúde, moradia, nutrição, emprego são morais porque favorecem a vida. Injustiça, miséria, desemprego e violência são imorais porque deterioram o ser humano. A ética consistente é antropobiofílica porque desperta paixão pela vida humana. Essa ética vitaliza, dignifica e impulsiona a cidadania.”
(Padre JUVENAL ARDUINI, em O QUE É PRECISO PARA SER CIDADAO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 9 e 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL publicado pelo Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de junho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 8, que merece INTEGRAL transcrição:

“EDITORIAL

Vitória da cidadania


A cidadania já tem um bom motivo para tocar as vuvuzelas, pois seu alarido só vai incomodar quem vinha atirando contra a boa prática republicana e os interesses do povo. Mas a sociedade terá de ficar atenta ao gigantesco, embora ainda incipiente, passo que o país pode dar rumo ao saneamento dos quadros da representação popular e da administração pública brasileira. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cumpriu quinta-feira o que dele esperava: livrou a sociedade dos efeitos da esperteza de uma emenda de última hora ao texto da Lei da Ficha Limpa. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) mudou o tempo verbal da frase “tenham sido condenados” para “que forem condenados”. Essa tentativa de anistiar os já julgados culpados por corrupção e improbidade esteve perto de frustrar o sonho de 1,6 milhão de eleitores que assinaram o projeto de iniciativa popular, apoiados pela maioria da opinião pública. Se tivesse prevalecido a interpretação pretendida pelo autor e alguns políticos interessados em preservar amigos, a porta se fecharia apenas para os futuros bandidos e acabaria servindo de abrigo e de imerecido perdão a figuras que dispensam apresentação, mas não a necessidade de serem banidas da vida pública.

Questões semânticas à parte, seguiram os ministros do TSE boa prática jurídica de levar em conta a intenção do legislador. No caso, o desejo dos milhões de cidadãos que patrocinaram a redação do projeto e não desistiram de pressionar o tempo todo, por meio de entidades como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), pela sua rápida tramitação e aprovação pelo Congresso Nacional. Como ocorre numa negociação democrática, o texto original foi abrandado em seus rigores para evitar protelações por parte de interesses poderosos dentro e fora do Legislativo. As duas principais alterações aceitas por todos foram a exigência de condenação por decisão colegiada (mais de um juiz) e a admissão de recurso à instância superior para suspender a inelegibilidade.

Mas o saldo dessa batalha cívica chega a ser surpreendente, ante o festival de avacalhações que vinha fazendo da carreira política no Brasil um campeonato de espertezas e velhacarias, frustrando as verdadeiras vocações para a vida pública. Não se conhece democracia que tenha avançado rumo à construção da prosperidade econômica e a justiça social sem que o povo tenha contado com lideranças confiáveis, aptas ao debate elevado e comprometidas com projetos de país claramente postos à escolha do eleitor. Em vez do valhacouto procurado pelos ficha-suja que se especializaram em tirar vantagem das verbas e cargos públicos, a representação política, desde as câmaras municipais até o Senado Federal, assim como a administração das prefeituras, estados e União, pode voltar a atrair os que somam honestidade e inteligência com dedicação à causa pública. É verdade que nem tudo está resolvido. Há muito ainda fazer pela democracia e pelas boas práticas republicanas no Brasil. Mas, com a Lei da Ficha Limpa, a cidadania volta a ter certeza de que esse é um combate que vale a pena travar.”
A CIDADANIA VO
Vale, pois, repetir e grifar: “...A CIDADANIA VOLTA A TER A CERTEZA DE QUE ESSE É UM COMBATE QUE VALE A PENA TRAVAR” , que também nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como os previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A CIDADANIA COMBATE ROMBOS... ATÉ GIGANTES COMO O MARACANÃ

“[...] 4. Participação e cidadania

A cidadania supõe a construção de um grande espaço público. Isso significa que há a necessidade de a sociedade poder se informar e participar. Por isso, toda a vez que se discute cidadania, desemboca-se na questão da democracia. Na situação brasileira, a cidadania se identifica com a democracia. A publicização é vital na construção da cidadania. É necessário construir uma prática a partir do exercício democrático que não pode ser uma democracia clandestina. É preciso, realmente, espaço de decisão que ponha, face a face, os interesses opostos.”.
(PROFª ALDAÍZA SPOSATI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, página s 4 e 5, sob o título CIDADANIA E POBREZA – DESAFIOS ATUAIS).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADA NIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de maio de 2010, Caderno SUPERESPORTES, página12, na coluna UM MOMENTO NA HISTÓRIA, de autoria de EUGÊNIO MOREIRA, que merece INTEGRAL transcrição:

“ROMBO GIGANTE
COMO O MARACANÃ

No momento em que o país se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014, com a construção e reforma de estádios e a discussão a respeito do uso de verbas públicas nessas obras, é interessante relembrar o caso da construção do Maracanã, para o Mundial de 1950, o primeiro no Brasil. Uma comissão de sindicância apurou o desvio de mais de Cr$ 100 milhões, mas não houve punição exemplar para os envolvidos.

O Estado de Minas publicou em 4 de maio de 1955 reportagem sobre o assunto, baseada no parecer do procurador do município do Rio de Janeiro, José Emídio de Oliveira. “Raramente se terá visto tamanha sequência de irregularidades no trato de interesses públicos, tantas providências anômalas, tantas arbitrariedades com repercussões desastrosas no erário”, citava a reportagem.

A comissão apontava graves irregularidades na Administração de Estádios Municipais (Adem), criada em 1947 para gerenciar o projeto. Com a transferência da capital federal para Brasília e a criação do Estado da Guanabara, a Adem passou a se chamar Administração dos Estádios Municipais do Estado da Guanabara (Adeg) e, em 1975, com a fusão da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, mudou novamente para Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj).

A construção do Maracanã foi muito criticada pelo vereador Carlos Lacerda, adversário político do prefeito do Rio, o general Ângelo Mendes de Morais, não só pelos gastos, mas também devido à localização, no terreno do Derby Club. Lacerda defendia que o estádio fosse construído em Jacarepaguá. O projeto arquitetônico vencedor da concorrência foi apresentado por Miguel Feldman, Waldir Ramos, Raphael Galvão, Oscar Valderato, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro.

O lançamento da pedra fundamental foi em 20 de janeiro de 1948, mas as obras só começaram em 2 de agosto. Trabalharam na construção cerca de 1.500 homens, número que subiu para 3.500 na reta final. Apesar de ter sido inaugurado em 1950, o Maracanã somente foi concluído em 1965.

De acordo com a comissão de sindicância, as irregularidades começaram na elaboração do projeto, pois não houve concurso, apesar das exigências legais. Outro problema foi a definição dos honorários dos arquitetos. Para fixação desses honorários, a Comissão Executiva da Adem estabeleceu em Cr$ 100 milhões o custo total da obra. Como esse valor foi majorado para Cr$ 300 milhões, os arquitetos notificaram a Prefeitura do Rio, pleiteando o pagamento do excedente, de Cr$ 3,5 milhões.

“Cumpre ressaltar que os projetos dos arquitetos foram apresentados com atraso, sem que lhes aplicasse as multas previstas. O crédito de Cr$ 5 milhões para as despesas com o concurso, execução do projeto classificado e instalação da autarquia (Adem) foi maltratado”, descrevia o parecer. “Na construção da estrutura de concreto armado, o limite máximo de remuneração não podia exceder a Cr$ 4,4 milhões, limite que não foi observado, pois o consórcio construtor apresentou faturas no montante de Cr$ 12.471.718,60.”

TRANSGRESSÃO A comissão de sindicância levantou que o custo real da estrutura de concreto armado foi de Cr$ 106 milhões. No entanto, na contabilidade apresentada pela Adem o valor foi de Cr$ 200 milhões – diferença de Cr$ 94 milhões. O preço máximo estabelecido no contrato era de Cr$ 68,5 milhões. “Nada justificava a transgressão do contrato, nem o aumento excessivo do custo, pois não houve escassez de tempo para a execução da obra, que deveria estar concluída em 300 dias úteis. O que não houve foi organização administrativa e técnica, assim como eficaz fiscalização”, relatava o parecer.

Irregularidade também na instalação de bares e restaurantes dentro do estádio e na concessão para os vendedores ambulantes. Os contratos foram assinados e o pagamento feito no valor de Cr$ 3,99 milhões. Entretanto, o dinheiro não entrou no caixa da Adem nem foi recolhido aos cofres da Prefeitura do Rio.”

São páginas como essas que nos mostram de modo CONTUNDENTE o quanto a CORRUPÇÃO vem SOLAPANDO os RECURSOS PÚBLICOS do País, reduzindo SIGNIFICATIVAMENTE a nossa capacidade de INVESTIMENTO seja em EDUCAÇÃO, SAÚDE, INFRAESTRUTURA URBANA, SANEAMENTO BÁSICO, SEGURANÇA PÚBLICA, MEIO AMBIENTE, ESPORTE, CULTURA, LAZER sejam na QUALIFICAÇÃO dos projetos através de consistentes POLÍTICA PÚBLICAS...

Como está na essência deste nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, elencamos os 3 MAIORES e mais DEVASTADORES e cruéis INIMIGOS do BRASIL que são: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO e seu irmão siamês o DESPERDÍCIO, este seja de natureza for.

Entretanto, nada faz diminuir a nossa MOTIVAÇÃO e, ainda mais, nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A CIDADANIA, O BRASIL E AS ELEIÇÕES

“ c. As práticas populares

[...] Todo o processo das Semanas Sociais Regionais caracterizou-se pela busca de propostas estratégicas alternativas para o país, a partir das experiências já em curso nas localidades e nas regiões. A motivação principal foi a certeza de que o Brasil tem alternativas e protagonistas. Ou seja, é urgente e possível pensar o Brasil na sua globalidade, apontando alternativas viáveis e capazes de superar a exclusão sociocultural-econômico-política, bem como a desagregação política do país. Essa tarefa não pode ficar restrita a uma parcela da sociedade. Aqueles que sempre estiveram à margem das grandes decisões nacionais precisam assumir esse processo como seus protagonistas.”
(Pe. INÁCIO NEUTZLING, s.j. – Em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994,página 22, sob o título BRASIL CIDADÃO: ALTERNATIVAS E PROTAGONISTAS).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de ANDRÉ SOARES, Mestre em Operações Militares, que merece INTEGRAL transcrição:

“O Brasil e as eleições


Ano após ano, os brasileiros se enganam achando que vão construir o Brasil e resolver os problemas nacionais com eleições. Este ano vivemos o ciclo de nova eleição presidencial e a sociedade brasileira está novamente iludida na expectativa de que o seu futuro e o futuro do país dependerão fundamentalmente desse resultado. Se o Brasil é um Estado de direito, democrático e soberano, então independe quem será o próximo presidente eleito, pois o destino de uma nação forte é determinado e comandado exclusivamente pela autoridade da sociedade que a legitima e não pelo personalismo de pessoas eventualmente investidas em cargos eletivos.

Evidentemente, as eleições são um marco histórico importante na agenda política de qualquer país democrático e merecem todo o empenho cívico de seus cidadãos, mas a construção e a condução de uma nação é muito mais do que escolher deputados, prefeitos, governadores, senadores e presidente da República. Esses, na verdade, são operários, temporariamente a serviço do estado, comprometidos em cumprir com a máxima eficiência, publicidade e transparência as políticas públicas. Se isso não estão ocorrendo no Brasil, então estamos com problemas.

Não há dúvida de que o Brasil nasceu em berço esplêndido, abençoado por Deus, contemplado com a dádiva de ser um país privilegiado pelas inúmeras riquezas que tem.Se for só sorte, certamente acabará, pois este fenômeno estocástico é também imprevisível. Se for bênção divina, pior, porque um Deus justo só premia quem faz por merecer – nesse caso, o Brasil está correndo sério risco, pois não tem feito corretamente seu dever de casa.

Ser uma potência mundial como o Brasil pretende é uma conquista que requer mais que crescer e se desenvolver. É preciso mudar e evoluir para essa nova condição, pensando e agindo como tal e libertando-se dos vícios que infelizmente o Brasil persiste em praticar, assemelhando-se ao adolescente infeliz que quer amadurecer. Até quando o Brasil continuará na adolescência do voto obrigatório? Até quando os brasileiros que não encontram candidatos honrados que os representem continuarão na adolescência de eleger seus mandatários, votando no candidato menos pior? Até quando a sociedade continuará na adolescência de permitir a eleição e o mandato de pessoas indignas e corruptas?

Não é só de mais um presidente da República que estamos precisando, pois presidentes, parlamentares e instituições são apenas nossos serviçais. Precisamos, sim, decidir amadurecer ou estaremos condenados a continuar “navegando” à mercê dos populistas oportunistas, dos conchavos partidários, da politicagem e da corrupção institucionalizada, cujo futuro inglório será abandonado pela sorte e pela bênção divina. Que o Brasil adolescente tenha a coragem de iniciar sua vida adulta, deixando para o passado a sua longa dinastia de governantes adolescentes.”

Que ainda nesta primeira DÉCADA do século XXI estejamos fincando o MARCO definitivo de nossa vida ADULTA e, com o mesmo ENTUSIASMO, CORAGEM e MOTIVAÇÃO continuemos a nossa CAMINHADA visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas INÚMERAS e EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS e, assim, reunir MÉRITOS para o concerto das primeiras POTÊNCIAS mundiais...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A CIDADANIA BUSCA LIMITE PARA A EDUCAÇÃO PERMISSIVA

“ ‘Buscar, de uma vez e para sempre, uma democracia não excludente, contemporânea da modernidade e da ousadia aos novos sujeitos da política brasileira’ (Francisco de Oliveira)'.

O Brasil vive atualmente um momento de revisão e proposição que atinge, inevitavelmente, a sociedade e suas expressões organizadas, como os movimentos sociais, com suas bandeiras e formas de luta. Trata-se da necessidade de um processo de reflexão permanente sobre a nova conjuntura que não se esgota a cada nova descoberta, por mais apaixonante e instigante que ele seja. Por exemplo, as eleições gerais deste ano abrem a oportunidade de renovação das estruturas políticas de representação. Caso isso aconteça, poderemos vivenciar o início de um movimento mais amplo e direção a um país ético e justo.

Não se pode discutir cidadania no Brasil sem tocar na questão do enfrentamento do apartheid social. Nesse contexto, coloca-se um desafio para aqueles que têm o compromisso histórico com a justiça, a liberdade e pobreza. [...].”
(Profª. ALDAÍZA SPOSATI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, página 2, sob o título CIDADANIA E POBREZA – DESAFIOS ATUAIS).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ELDO PENA COUTO, Diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, que merece INTEGRAL transcrição:

"Educação permissiva

Nos últimos tempos, é frequente ouvirmos pais se perguntarem onde erraram na educação dos filhos ou até mesmo buscarem culpados pelo comportamento da criança, jovem ou adulto. São muitas as dúvidas e julgamentos mas o que poucos sabem é que as respostas para tantas indagações são mais simples do que imaginamos.

Com a modernidade e os avanços tecnológicos, as mães começam a assumir novos papéis na sociedade e, fora do ambiente doméstico, ganham espaço no meio empresarial. Isso demanda mais tempo fora de casa e uma procura por alternativas que possam ajudar na missão de cuidar do lar e dos filhos. Aos poucos, a tarefa de educar, que era basicamente dirigida a elas, passa a ser dividida com outros personagens.

As escolas, que sempre foram instituições responsáveis por disseminar e estimular a prática do conhecimento, amplia seus horários e, de maneira integral, se adaptam para oferecer atividades físicas, sociais e pedagógicas que extrapolam o conteúdo ministrado em sala de aula, o que as torna ainda mais requisitadas para assumirem o papel de formar cidadãos críticos. Uma opção construtiva para as famílias e para as crianças, que, em vez de ficarem sozinhas em casa, passam mais tempo na escola. Esta situação tem acontecido com muita frequência, o que nos faz pensar que é a solução mais viável para a formação de uma juventude saudável. Se não fosse o outro lado da história.

Pelo fato de alguns pais passarem mais tempo fora de casa e cada dia mais distantes dos filhos, buscam de maneira incessante compensar a ausência, a falta de atenção, carinho e tempo com materialismo e vista grossa. Por isso, mesmo sem avaliar riscos, muitos preferem optar por uma educação permissiva que resolve os problemas e transforma a lágrima em um belo sorriso. Uma solução rápida e indolor, certo?

Errado. Sobre o fato de ser rápida, não me oponho, mas as consequências geradas pela falta do não atingem diretamente a formação do caráter da criança, sua personalidade e a forma de encarar a vida, fazendo com que se torne um adulto mimado e sem capacidade de lutar pelos sins que receberá na vida pessoal e profissional e muito menos sonhar ou desejar aquilo que por tantas vezes almejou.

Sem a parceria fundamental família e escola, dar continuidade ao processo de educação e a busca por formar cidadãos se torna ainda mais complicado. Os professores, diariamente, lidam com frutos de diferentes meios que refletem em atitudes e comportamentos o que aprenderam em casa com os pais ou responsáveis e repetindo posturas que tomaram como exemplo.

Mesmo utilizando elementos lúdicos e interativos para que a sala de aula seja um ambiente prazeroso e atraente, o professor age como o artesão que aparara a personalidade do aluno, trabalhando a pedra bruta. Ciente de que não consegue mudar a matéria prima, ele busca de maneira gradativa e persistente levar desafios e dificuldades para o ambiente escolar com o intuito de fazer com que a criança ou adolescente busque melhores resultados e se supere a cada dia. Fazer com que entenda o valor da luta, o sabor da derrota e a busca pelo sucesso.

Para aqueles que ainda perguntam onde estão os erros que refletem na educação, as respostas são simples. O erro está na falta de limite, de desafio, na falta de oportunidade que a criança encontra para mostrar que pode ir além, se superar e aprender que a perda, assim como a vitória, faz parte da vida. O erro está na educação permissiva, que inibe a possibilidade do sonho e do desejo.

Por isso, antes de indagarmos sobre em que mundo vivemos, seria bom pensarmos que crianças estamos formando para este mundo.”

São páginas assim que enriquecem a nossa reflexão sobre a complexidade do mundo em que vivemos e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possam permitir a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS POTENCIALIDADES e RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente em vista de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, inserindo DEFINITIVAMENTE o PAÍS no concerto das PRIMEIRAS nações do mundo...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

NA CIDADANIA, O HERÓI PROFESSOR (10/50)

(Abril = Mês 10; Faltam 50 meses para a COPA DO MUNDO de 2014).

“3.3. In-tolerância

[...] O cidadão brasileiro precisa ser intolerante com abusos cínicos, que afrontam a dignidade humana. A tolerância desculpa os que torturam a paciência do povo. Não é possível tolerar a corrupção política, a parcialidade do judiciário, a tirania econômica, o desemprego, a miséria, o extermínio de menores, o roubo o dinheiro necessário à saúde, à educação, à moradia, aos aposentados, à nutrição das crianças. O povo não pode tolerar aqueles que o trapaceiam e humilham. O direito de cidadania conquista-se também com indignação e intolerância lúcidas.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, página 7, sob o título O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO?).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“O professor, esse herói

Entre as sentinelas da grande vigília de amor à Pátria estão, entre outros, aqueles homens que se dedicam à nobre arte de ensinar. Todos nós sentimos que somos intimamente ligados a eles, identificados com esta grande família que são os nossos mestres, no meio dos quais vivemos desde nossa infância e a cuja generosidade incomparável muito devemos do que conseguimos ser.

O professor não se limita a transmitir seus ensinamentos a seus alunos, mas dirige o pensamento também à comunidade. Esta ação tem enorme interesse, pois, na sua grande maioria, as comunidades modelam-se conforme a conduta de um guia que encontra no professor sua maior expressão pelo exemplo que a existência lhe oferece e pelo estímulo que seu trabalho apresenta.

Assim, o magistério é como o exército do espírito que tem que combater as forças destruidoras da alma coletiva; a missão do professor representa uma das manifestações mais elevadas do desinteresse humano.

O magistério é um sacerdócio; a escola verdadeira tem sempre o sentido de uma missão. As mãos que tocam o sacrário da consciência infantil são limpas e movidas por um espírito superior e isto se consegue através do amor, que supõe plenitude da alma, riqueza de vida interior, segurança e confiança em si mesmo.

O professor prodigalizando-se aos seus discípulos sente satisfação, partilha de suas alegrias, sofre as suas desditas, penetra na intimidade de sua alma, de sua vida interna e chega à percepção desse mundo que para ele é valioso.

Esta compreensão do aluno alarga os horizontes da vida do professor, abre o universo às mais amplas perspectivas, reúne na unidade de uma comunhão a multiplicidade dispersa e fechada de visões individuais sós e separadas.

Escola é a oficina de trabalho do professor. E a propósito sendo responsável pela educação no mundo moderno, cuja complexidade lhe plasmou atribuições de caráter construtivo em prol do progresso dos povos, o Estado tem que fazer das escolas órgão por excelência da sociedade e não instrumento de seu domínio.

Emanações das vastas comunidades humanas as escolas completam, suplementando a ação educativa da família, e coordenam como órgãos específicos que são as fontes de difusão cultural e os demais estímulos educativos que o meio proporciona por tão diversas formas.

O professor é um herói. A sua formação, a sua carreira, a sua remuneração condigna são assuntos de forçosa incorporação à política educacional. Neste sentido, a liberdade de cátedra só colimará sua posição de total valia com a independência econômica do professor. Fora da política eleitoral, sem prejuízo dos direitos e deveres de cidadania, sob o amparo eficaz de leis que lhes dêem segurança, livrando-os das incertezas do amanhã, os professores poderão dedicar-se com patriótico estímulo ao exercício de sua profissão, reconhecendo que entregarem-se às lutas irritantes das discórdias é renunciarem ascendência que exercem sobre a alma das coletividades e esquecerem-se da dignidade e do caráter austero e generoso de sua missão.

Na tarefa quotidiana insisto em dizer que o professor é a encarnação da moral, fazendo de sua existência um continuado exemplo, pelo desinteresse de sua conduta e pelo espírito de sacrifício com que pauta seus atos. Seu trabalho diário é um ininterrupto esforço construtivo que dá vida profunda ao verso do poeta: semeando sempre, sempre semeando. Com isto ganham a confiança da sociedade e o coração do povo.”

Assim, pois, mergulhados nesse permanente aprendizado e reaprendizado, nos devotemos cada vez mais à EDUCAÇÃO POPULAR, generalizando a consciência de um sistema EDUCACIONAL, que seja EFICAZ e DEMOCRÁTICO, é requisito essencial para que a nossa SOCIEDADE realize suas PONTENCIALIDADES dentro da civilização a que pertencemos, e tudo isso com GRANDEZA MORAL, SENTIMENTO PATRIÓTICO e CLAREZA de ESPÍRITO, valendo ainda evocar PLATÃO: “Feliz o reino governado por sábios...”.

São fontes como essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas INESTIMÁVEIS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente considerando o horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014,a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL ...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 12 de março de 2010

A CIDADANIA, OS 500 ANOS E A HERANÇA MALDITA


“[...] 2.2. Arquétipo oligárquico


O arquétipo oligárquico perpetua a mentalidade e as práticas herdadas da oligarquia grega e romana, e também da sociedade senhorial brasileira. São atuais os testemunhos de filósofos gregos. Na “República Ateniense”, diz Aristóteles: “No governo oligárquico, todas as pessoas humildes eram servas dos ricos”. E na “República”, Platão é enfático: “Os ricos têm o poder e o mando enquanto os pobres de nada participam. A oligarquia é a forma de governo em que as rendas decidem a sorte de cada cidadão”.

A estirpe do arquétipo oligárquico prolonga-se na sociedade brasileira através dos usineiros, de latifundiários, de empresários, da primazia da propriedade sobre o trabalho, da indústria que, em 1993, cresceu 9,6%, e o emprego caiu 2%. No Brasil, 1% da população mais rica detém 15% da renda nacional, enquanto 50% da população mais pobre só possui 11% dessa renda. Essa escandalosa concentração de renda comprova que a matriz oligárquica ainda impera por aqui.

Para que haja cidadania é preciso apear o arquétipo oligárquico que encurva a sociedade. A cidadania exige ruptura ântropo-psico-cultural que desatrele a população da Senzala do mandonismo da Casa Grande. A oligarquia manda, e os mandados são sub-ordinados, colocados debaixo de ordens. Para ser cidadão, o povo terá de des-montar a cultura do”Mando” e provocar a salutar “des-mando”. Há que ser in-subordinado para implodir a ordem oligárquica. Cidadania é também insurreição”.

(Pe. JUVENAL ARDUINI, in artigo publicado na revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 5 e 6, sob o título O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Herança maldita

Além de reafirmar o vigor do regime democrático, a realização das eleições de outubro também representa uma grave convocação à sociedade brasileira. Pela força do voto, teremos a oportunidade de nos posicionar diante de questões fundamentais que condicionam e determinam o tipo de nação que queremos construir. Nosso compromisso dever ser o de edificar um país do qual possamos nos orgulhar no presente e do qual nos orgulhemos por legar às gerações futuras. Nesse cenário, à frente de todas as outras, se destaca a questão ética. Majoritariamente honrada e moldada, segundo princípios de patriotismo e civismo, a sociedade brasileira não pode mais aceitar teses forjadas para justificar a falta de ética, a corrupção desenfreada e a ausência de compromisso com o país. Não podemos mais admitir a visão fatalista de que o Brasil é assim porque nasceu assim, fruto de uma herança maldita que viria desde os tempos do nosso descobrimento e do perfil da colonização que tivemos. Também não somos uma sociedade que sempre quer levar vantagem e está pronta para dar um jeitinho em tudo.

Nosso país, cujo povo tem a qualidade de ser pacífico, está deixando de ser passivo. Começamos o ano com a prisão de um governador em pleno exercício do seu mandato – fato inédito na história brasileira. Nos últimos anos, a um só tempo, testemunhamos cenas ao mesmo tempo tristes, mas esperançosas, como a prisão de juízes, desembargadores, cassação de parlamentares e até o impeachment de um presidente da República. Lamentavelmente, muitos acabam voltando, quase sempre pela via do voto. São estes os arautos da chamada herança maldita, que, 500 anos depois, insistem em tentar nos convencer de que prevalece na sociedade brasileira a tolerância às transgressões, uma postura cuja gênese estaria na índole dos nossos primeiros colonizadores e dos povos que habitavam a recém-descoberta Terra de Santa Cruz.

São ardilosos e a todos tentam cooptar com a propagação de seus condenáveis atos de esperteza, que envolvem grandes infrações às leis, como corrupção, mensalões e propinas. Com isso, procuram minimizar o impacto dos seus crimes e, perversamente, induzir segmentos da sociedade à prática de transgressões menores, como comprar e vender sem nota fiscal, adquirir produtos piratas, conduzir veículos acima da velocidade permitida, parar o carro em fila dupla, dizer uma pequena mentira ou jogar lixo pela janela. É uma técnica subliminar sedutora, da qual precisamos nos defender em nome da construção de uma sociedade íntegra e honrada.

Outubro está chegando e é preciso dizer um sonoro basta a todas essas práticas, que degradam a ética e desconstroem uma nação. Como cristãos, não podemos nos resignar passivamente a essa situação e, menos ainda, aceitar a condenação de que seremos sempre uma sociedade de segunda categoria, desprovida de princípios fundamentais, como honestidade, disciplina, ordem, respeito e retidão. O nosso passado é importante como fonte de lições, mas não para determinar o nosso futuro – até porque, se assim fosse, não haveria espaço para o sonho e para a esperança, que devem nos mover sempre. Como nos ensinaram nossos pais avós, devemos nos dar ao respeito!

Na verdade, devemos acelerar a nossa cobrança por padrões éticos que queremos para o nosso país e, assim, avançar na construção de uma sociedade onde prevaleça a confiança nas relações, o orgulho de ser honesta, guardiã de um tesouro valioso que dará um novo significado para nós e para as gerações que nos sucederão. Indignar-se é o primeiro passo. Vontade de mudar é o segundo – e, para que mudanças ocorram, é preciso atitudes verdadeiras e concretas, ação e coragem. Nas eleições que se aproximam, devemos nortear nossas escolhas por duas premissas fundamentais: banir da vida pública aqueles que agem contra a sociedade e escolher líderes comprometidos com valores fundamentais na construção de um país.

Precisamos de líderes que compreendam a importância da educação, da formação e valorização dos educadores. Estes são os responsáveis diretos em promover uma educação de qualidade para as crianças e os jovens – é de cedo que se incute a consciência do certo e do errado, dos direitos e das obrigações, a clara separação entre o público e o privado, a noção de liberdade e justiça, de cidadania e do bem comum. Por seu componente pedagógico, o exemplo é um poderoso instrumento de transformação e deve vir dos líderes nos universos político e empresarial. Para mostrar que estão a favor das mudanças, os políticos podem começar pela aprovação do projeto Ficha Limpa, movimento popular que angariou 1,3 milhão de assinaturas para impedir que pessoas condenadas pela Justiça de primeira instância possam se candidatar. Se insistirem em manter sua atual postura, que produz e dissemina maus exemplos, a própria sociedade haverá de expurgá-los por meio do exercício do voto.”

Eis, pois, mais lições cívicas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e principalmente tendo no horizonte eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, com previsão de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS que, de fato, tornem BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, contemplando, entre outros, a melhoria da nossa INFRAESTRUTURA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, SANEAMENTO BÁSICO, MEIO AMBIENTE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SOS DISTRITO FEDERAL: O CORAÇÃO DO BRASIL ESTÁ SANGRANDO

Uma síntese de 500 anos de CORRUPÇÃO no BRASIL se instala com “requintes” em 50 no DISTRITO FEDERAL


"[...] 2. Arquétipos ântropo-psico-culturais

Arquétipos são matrizes que se instalam na consciência e principalmente no inconsciente e influenciam mentalidades, julgamentos, valores e procedimentos. Os arquétipos não predeterminam as pessoas, mas podem favorecer ou bloquear a cidadania. Para que a cidadania prospere há que desbloquear arquétipos que alienam e subordinam a sociedade.

[...] 2.4 Arquétipo fatalista

Há pecado original que nos onera. Os colonizadores não vieram trazer bens ao Brasil, mas levá-los do país. Não vieram semear e cultivar a terra, mas “feitorizar uma riqueza fácil quase ao alcance da mão”, registra Sérgio Buarque de Holanda. A independência de 1822 não emancipou o povo. A abolição da escravatura foi legal, mas não social. A República fortaleceu os proprietários agrários, mas não os peões. Quilombos incendiados, levantes esmagados, trabalhadores rurais escravizados e assassinados. O povo vota e depois descobre que fora enganado mais uma vez. É experiência histórica que traz frustração e deixa sentimento de impotência. E, então, a população refugia-se no fatalismo, atribuindo a causas mecânicas ou a Deus o que é produzido por gatunos e espertalhões.

Para viver a cidadania há que vencer a frustração. E, para isso, o povo precisa des-enganar-se, sair do engano, e deixar de acreditar naqueles que o embrulham e lesam. E a sociedade há de remover o fatalismo que a imobiliza. As pessoas devem desfatalizar-se ântropo, psíquica, cultural e religiosamente, e não esperar que as soluções venham dos outros ou sejam presenteados pelos poderosos. O brasileiro há de acreditar em sua exuberante criatividade e assumir seu destino com as próprias mãos. Pois o cidadão não vem feito, mas faz-se a cada dia.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI – In O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 5 e 6).

Mais uma IMPORTANTE e CONTUNDENTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2152 – ano 43 – nº 7, de 17 de fevereiro de 2010, páginas 42 a 45, com PARCIAL transcrição:

“CORRUPÇÃO
Arruda, do DF, é o primeiro governador a conhecer a cadeia



[...] Quase todo mundo viu o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, estrela o mais bem documento caso de corrupção do país. Em uma série de vídeos, um ex-secretário, Durval Barbosa, registrou cenas explícitas de arrecadação e distribuição de propinas em Brasília. O dinheiro era guardado em malas, bolsos de paletó, meias, cuecas e até em uma banheira de hidromassagem. O governador, filmado acomodando 50 000 reais num envelope pardo, alegou ter usado o montante na compra de panetones para os pobres. Não convenceu nem seu partido, o DEM, e teve de se desfiliar para evitar uma expulsão. O abandono da sigla impediu Arruda de disputar a própria sucessão nas eleições de outubro. Existe papel pior para um político? Existe. Entrou em cartaz, na semana passada, mais um capítulo do cinema de horror protagonizado pelo governador e sua trupe. Tentativas de sabotar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo inquérito que apura a corrupção na capital do país, a decretar a prisão preventiva do governador. O STJ também o afastou do cargo. Arruda se entregou à polícia espontaneamente. Ele é o primeiro governador a ser preso em pleno exercício do mandato.

A prisão de um suspeito antes de uma sentença definitiva se justifica em alguns casos. O mais clássico deles, que agora se verifica em Brasília, ocorre quando um suspeito se vale de seu poder para atrapalhar as investigações. O Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, costuma referendar a perda da liberdade de suspeitos quando eles apresentam risco para a apuração das denúncias. O autor do decreto de prisão de Arruda, o ministro Fernando Gonçalves, entendeu que é exatamente esse o caso do governador. O ministro também interpretou que sua liberdade é um risco para a ordem pública graças a uma sucessão de episódios ocorridos nos últimos dias. Dados a excepcionalidade da prisão e o ineditismo de mandar para a cadeia um governador em pleno exercício do cargo, Gonçalves convocou uma reunião com quinze magistrados do STJ. O ministro pediu a eles que referendassem sua decisão. Por 12 votos a 2, o colegiado confirmou a prisão preventiva. Como tem foro privilegiado, Arruda foi recolhido a uma cela da superintendência da Polícia Federal em Brasília. Seus advogados requereram ao STF a concessão de um habeas corpus, que, se concedido, permitirá a Arruda esperar em liberdade a conclusão das investigações.

O STJ autorizou a prisão de Arruda ao cabo de uma sequência de graves episódios. Há duas semanas, a Polícia Federal prendeu um funcionário do governo, Antônio Bento da Silva, que tentava subornar um jornalista, testemunha no inquérito que investiga o governador. Silva é aliado de Arruda e conselheiro da estatal que administra o metrô de Brasília. Ele foi preso ao entregar 200 000 reais à testemunha. Era o pagamento para que ela afirmasse em depoimento que os vídeos tinham sido editados para incriminar o governador. O dinheiro foi entregue ao dirigente do metrô pelo sobrinho e secretário particular de Arruda, Rodrigo Diniz Arantes. A polícia também apreendeu um bilhete manuscrito pelo governador no qual ele pede ajuda à testemunha. Um secretário do governo, Wellington Moraes, chegou a ser despachado para negociar com o jornalista. Além de Arruda, o sobrinho, o secretário e outras duas pessoas tiveram a prisão decretada pelo STJ. “A organização criminosa instalada continua se valendo do poder econômico e político para atrapalhar as investigações e garantir a impunidade”, escreveu o ministro Gonçalves no decreto de prisão. O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, assumiu o cargo de Arruda. Como Paulo Octávio também é citado nos vídeos (sem que sua imagem apareça, porém) que detonaram o escândalo, sua presença à frente do governo do DF sofrerá contestação nas ruas e na Justiça.

[...] A tentativa de interferir na investigação, que fundamenta o decreto de prisão de Arruda, não se limita ao campo da Justiça. Aliados do governador têm tentado sabotar as investigações na Câmara do Distrito Federal, que instalou uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o escândalo e analisa três pedidos de impeachment de Arruda.A manobra mais escandalosa até agora foi vincular a análise do impeachment à conclusão da CPI. A comissão, controlada pelo governador, determinou que a investigação retroagisse duas décadas. Além disso, ela só pode avançar de maneira cronológica, uma forma de jogar para as calendas a apuração dos vídeos. A estratégia sofreu o primeiro revés no mês passado. Um juiz de primeira instância determinou que oito deputados, todos aliados de Arruda, fossem afastados das “investigações”. Todos são suspeitos de receber dinheiro do esquema que, de acordo com a polícia, era comandado por Arruda. O segundo golpe ocorreu agora. Na semana passada, foi anunciada a prisão de dois policiais de Goiás. Eles são acusados de instalar grampos ilegais nos gabinetes de deputados que fazem oposição a Arruda. A dupla receberia 300 000 reais pelo serviço. Já se sabe que eles foram contratados por um ex-assessor de Arruda.

Na quinta-feira passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou ao STF que decretasse intervenção federal no Distrito Federal. O procurador argumenta que o sistema político do DF está contaminado pela corrupção. Além do governador afastado, seu vice, Paulo Octávio, e dez deputados distritais também são investigados por corrupção. Segundo Gurgel, eles não teriam isenção nem legitimidade para assumir ou participar da indicação de um novo governante. [...]”

Eis, pois, mais episódios que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM na grande CRUZADA NACIONAL, que congregue TODAS as FORÇAS VIVAS da nossa SOCIEDADE para as URGENTES e INADIÁVEIS transformações que nos levem à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, ÍNTEGRA, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, iniciando JÁ, ainda nesta DÉCADA, uma ERA de LUZ, ALEGRIA e FRATERNIDADE e, bem assim, merecer os IDEAIS OLÍMPICOS... e um coração SAUDÁVEL...

Este é nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A AGENDA ÉTICA

“[...] 3. Criticidade

Cidadania requer senso crítico. A criticidade leva o cidadão a questionar fatos, injustiças, autoritarismo, nepotismo, desigualdade social, pobreza crônica. A criticidade confere aos cidadãos capacidade de interpretar idéias e situações, de avaliar o que há de positivo e negativo na sociedade. E evita o ufanismo, que acende ilusões, e o pessimismo, que reduz o brasileiro a bagaço. A análise ântropo-psico-cultural revela que o brasileiro tem sido mais desconfiado do que crítico. E, por isso, tem-se mostrado arredio e lento para participar.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, in O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Agenda ética

Passada a fase mais aguda da crise financeira e econômica internacional, líderes políticos e empresariais apressam-se em apresentar as perspectivas para este ano. São previsões otimistas: a economia voltará crescer no mundo, no Brasil e em Minas Gerais, a taxas iguais e até superiores às registradas no período pré-crise. Significa que teremos mais investimentos, mais produção, maior geração de riqueza e renda, mais empregos. É um cenário alentador, mas revela uma abordagem míope à medida que omite uma variável fundamental na agenda de 2010 – a questão ética que, necessariamente, precisa avançar junto com as atividades política e com o crescimento econômico. Lamentavelmente, nos últimos anos, o Brasil tem se revelado pródigo em exemplos pouco edificantes, dos quais o “Mensalão do Arruda” é apenas a face mais recente, denunciando absoluta falta de compromisso com princípios e valores que devem nortear relações sadias entre os diversos segmentos da sociedade.

Isso precisa mudar. Independentemente do país, da religião, da cultura e da posição hierárquica, as principais características de um líder devem ser a sua retidão, sua atitude comprometida com a verdade, com a justiça, com o desejo de servir e de inspirar pessoas com o rumo correto e ético, edificando uma comunidade embasada em fundamentos sólidos, ordeira, respeitosa e que cresça e evolua alicerçada no b em e ao amor ao próximo. Este é o alerta que nos faz o livro Liderança baseada em valores, recentemente lançado pelo casal de professores Marco Túlio Zanini e Carmem Migueles, da Fundação Dom Cabral, com a participação de um grupo de pensadores acadêmicos, executivos e empresários, do qual tive a honra de participar.

Indignados diante da desastrosa postura dos nossos líderes – claro, há exceções – , os autores cumprem o objetivo de mostrar o que a sociedade espera deles, bem como os princípios e valores sobre os quais devem fundamentar sua atuação. O livro tem o propósito de mostrar que as profundas transformações sociais das últimas décadas romperam vínculos com o passado, sem formar novos, e quebraram paradigmas, sem estabelecer sucedâneos. Enfim, desorganizaram as instituições e as empresas, trazendo incertezas sobre os caminhos a seguir. Nesse vácuo, muitos líderes têm fraquejado diante das tentações. Nos momentos mais críticos, justificam suas decisões e ações com um relativismo sem precedentes, em um vale-tudo interpretativo, seguindo maus exemplos de outros que os antecederam. Predomina a ambição desmesurada e o egoísmo extremado, ultrapassam-se limites e regras da boa convivência, rompendo o princípio mais importante para o desenvolvimento das pessoas, das instituições e da sociedade: a confiança.

Nesse ambiente marcado por tantas mudanças tecnológicas, comportamentais e culturais, é hora de construir novos paradigmas, com a consciência de que o que ancora a sociedade e assegura solidez e perenidade às relações são os princípios e valores. São eles a bússola que o indica o norte verdadeiro, motiva as pessoas, dá significado à existência humana, fazendo com os indivíduos se sintam inseridos no processo de construção de uma nova realidade, permitindo que ajam de maneira independente, mas interdependente, e de forma responsável. Esta é a mensagem central do livro em apreço, que guarda total alinhamento de ideias com a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG).

Na política, no mundo empresarial e todas as atividades da sociedade, precisamos de líderes que se empenhem em construir uma comunidade de bem. Os líderes que queremos devem abandonar o atalho da esperteza, da desonestidade, da corrupção, das vantagens obtidas com as doações ilegais de campanha e com os serviços superfaturados. A sociedade civil organizada está cada vez mais menos tolerante com esses esquemas e conchavos. Entendemos, na ADCE, que a moderna liderança empresarial deve ser inspiradora e atuar segundo princípios cristãos. É, também, o entendimento do livro dos professores Nanini e Migueles, que apresentam um novo perfil de liderança, que não é mais apenas tecnicista, mas busca sensibilizar e mobilizar seus liderados para uma participação espontânea, solidária e ética. Este ano, tão importante e de tantas expectativas em função da retomada do crescimento da economia e das eleições presidenciais, para governos estaduais, Congresso Nacional e parlamentos estaduais, o Brasil precisa, como nunca, de grandes líderes empresariais e de grandes estadistas. Enfim, precisa de líderes que entendam as verdadeiras aspirações da nova sociedade e dos novos homens que habitam as empresas e o país.”

São páginas e livros que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, com a implantação INADIÁVEL, URGENTE, IMEDIATA, DETERMINADA da cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA e do ESPÍRITO PÚBLICO, uma das marcas dos grandes LÍDERES e dos ESTADISTAS, que permita PARTILHAR as CONQUISTAS e EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS do PAÍS, com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

Por tudo isso,O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E A DOR QUE NÃO ESPERA

“[...] 4. Subjetividade e projeto antropogenético

Para ser cidadão é preciso participar. E para participar é preciso que haja motivação. A grande motivação para participar da cidadania é a proposta de projeto histórico que responda às necessidades vitais da sociedade, como emprego, salário suficiente, moradia, educação, saúde, alimentação, segurança e dignidade. O projeto deve ser antropogenético para que a evolução ascendente do ser humano seja colocada como eixo da cidadania. Sacrificar as necessidades humanas para resguardar interesses econômicos e grupalistas é antiantropológico.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI – In artigo O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – Revista VIDA PASTORAL – Julho-Agosto de 1994, página 7).

Mais uma contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de janeiro de 2010, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS, Coordenadora e professora do curso de Administração da AJES – Faculdades de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena (MT), que merece INTEGRAL transcrição:

“Uma dor que não espera

Em tempos da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca), é preciso discutir a mazela que conduz ao desequilíbrio ambiental: a fome.

Para quem tem fome, no seu estado crônico, não há razões muito fortes e consistentes para respeitar o meio ambiente e nem tampouco se preocupar com o aquecimento global. A dor da fome não espera e mata, frente aos anseios de longa data de nações de todo o mundo, que buscam medidas para reduzir gases e o efeito estufa na atmosfera, no médio prazo.

Todo dia, 1,020 bilhão de seres humanos, ou seja, um sexto da humanidade, ou seja, um sexto da humanidade, dorme com fome, conforme dados do ano passado da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Deste total, 53 milhões de pessoas vivem na América Latina e Caribe, sendo que o Índice Global de Fome elaborado pela FAO (dados de 2009) aponta o Brasil com 5% da sua população nessa condição. São números que crescem numa velocidade muito mais rápida do que a elevação da temperatura do planeta.

A questão ambiental é uma pauta relevante e que depende de uma esforço coletivo dos governos, porque se a temperatura do planeta aumentar demais, a raça humana, assim como todo o resto, estará comprometida. Contudo, é preciso compreender que na dinâmica das relações internacionais, o que importa é a sobrevivência do Estado, portanto, no curtíssimo prazo, a questão do meio ambiente não passará de um foro diplomático, que demanda articulação institucional e muito esforço de negociação para a construção de um consenso.

A cúpula de Copenhague (COP-15) falhou, infelizmente, sinal de que as costuras em prol da mitigação do efeito estufa podem demorar tanto quanto as negociações da Rodada de Doha ou ainda, poderão não sair do papel. O Brasil, desde que sediou a ECO-92, já vem cumprindo o seu dever de casa na área ambiental: temos uma das melhores legislações do mundo nesse campo e, de forma gradativa, ampliamos o cumprimento da Agenda 21. Nesse sentido, pode-se dizer que o país tem condições, no curtíssimo prazo, de zelar pelo atendimento das necessidades básicas de seus cidadãos, cumprindo o disposto na Constituição Federal.

Os 5% da população brasileira que dormem com fome diariamente representam 9,195 milhões de cidadãos, que não têm acesso a um prato e comida, ao menos, por dia. Isso é desesperador, considerando-se que o Brasil detém a maior capacidade de produção de alimentos no mundo.

Enquanto essa vergonhosa mazela fizer parte do nosso cotidiano, o meio ambiente estará em xeque, por a sustentabilidade ambiental não se faz sem levar em conta o bem-estar humano. Sustentabilidade, de acordo com Organização das Nações Unidas (ONU) é um conceito sistêmico que reúne as vertentes econômica, social, ambiental, cultural e político-institucional. Logo, se uma delas estiver fragilizada, o conceito inexiste, na prática. A fome é uma decorrência da fragilidade das vertentes econômica e social e que gera na sua retaguarda a prostituição, especialmente a infantil, o tráfico de drogas, de armas, de seres humanos e de animais, a depredação ambiental e conflitos armados.

Quem não tem acesso a alimentos, todos os dias, não tem dignidade, nem, tampouco, “cabeça” para imaginar se as calotas polares da Antártica vão derreter, se preocupar com quantas espécies de pinguins serão extintas ou quantos países vão desaparecer por causa da elevação do nível do mar. Quem tem fome, todo dia, caminha em doses homeopáticas para os braços da morte. Este é um retrato triste que o Brasil precisava parar de pintar na sua história cotidiana, porque compromete qualquer ideal de desenvolvimento no médio e longo prazos. Acabar com a fome em nosso território é fundamental para o crescimento do país e para o maior comprometimento da nossa nação com as questões do meio ambiente. É uma condição sine qua non.

É preciso, finalizando, ponderarmos sobre um modelo de desenvolvimento que privilegie a liberdade e que garanta o atendimento real dos dispositivos constitucionais, entre eles, e, sobretudo, o acesso cotidiano à alimentos. Dizendo um não em caráter sumário a fome, o país poderia respirar a real liberdade proporcionada pela sustentabilidade, que faz de cada homem, mulher e criança, seres mais dignos e felizes. Quem está saciado, tem energia para o trabalho e para a geração de riquezas e prosperidade. Provaríamos da real democracia, já que todos os cidadãos do país poderiam ser realmente chamados de cidadãos. Esta deveria ser a ambição do Estado Brasileiro a partir da nova década que chega.”

Mais do que objetivo fundamental previsto na Constituição Federal, erradicar essa “dor que não espera” constitui MISSÃO que está entranhada nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE que visa, com todo ARDOR, a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, em conformidade com as exigências do SÉCULO XXI, da era da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS e da FRATERNIDADE MUNDIAL.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa ESPERNÇA ...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

UM PERMANENTE EXERCÍCIO DE CIDADANIA

“6. Cultura da cidadania

Cidadania é processo cultural. É conquista demorada e construção dialética. É ação estrutural permanente, e não só campanha emergencial. O emergencialismo pode carunchar a cidadania e cooestar setores que desempregam trabalhadores e depois distribuem cestas para a fome.

A cultura da cidadania é “palégica”. É luta obstinada que soma esforços, ciência, arte, trabalho e oração para elaborar a cultura da cidadania que substitua a cultura da anti-cidadania. A cultura da cidadania este malha antropossociogenética que entrelaça os cidadãos por dentro, pela mentalidade, pela consciência, pela solidariedade, pelos valores, pela liberdade responsável, pelo amor, pela tecelagem de uma sociedade de todos e para todos. A cultura da cidadania é gênese do novo brasileiro “des-anulado”, emancipado e criador de sua história.”
(PE. JUVENAL ARDUINI – in artigo O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994 – página 10).

Mais uma IMPORTANTE para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de outubro de 2006, Caderno OPINIÃO, página 19, de autoria de MARIA AMÉLIA BRACKS DUARTE, Procuradora do Trabalho em Minas Gerais, que merece INTEGRAL transcrição:

“Exercício de cidadania


Neste outubro, a democracia no país se mostrou fortalecida com o exército de cidadãos cravando, conscientemente, as suas escolhas para o novo Parlamento e os governos estaduais. O povo afastou as oligarquias, puniu corruptos, não endossou acordos espúrios, ignorou negociações partidárias, concedeu mandatos a políticos injustamente afastados do cenário nacional, perdoou outros, surpreendeu nas urnas, mostrando coragem para a renovação, revelando que, com raras exceções, acompanhou as denúncias de escândalos publicadas na imprensa. O Ministério Público, Polícia Federal e a imprensa ganharam vigor institucional para continuar investigando, informando, e publicando provas de crimes cometidos por indivíduos inescrupulosos que agem com torpeza contra a nação. Um outro político envolvido em quebra de decoro, lamentavelmente, continuará no poder legitimado pelo voto, mas, com certeza, atento à vulnerabilidade em que agora se encontra, porque não se admitirá mais se enodoem os princípios democráticos tão duramente conquistados nas últimas décadas. Contra todas as evidências de marasmo e descrédito nos candidatos, exerceu-se de forma plena a cidadania, comprovando-se que, a cada eleição, o Brasil é redescoberto pelos valores da decência e do comportamento ético.

Dia 12, homenageiam-se as crianças no Brasil. Os políticos eleitos e os que disputarão a segunda rodada da disputa sabem que um grande desafio é acabar com o abandono em que se encontram os meninos e as meninas de rua, esmolando em semáforos, sujeitos a abordagens sexuais e conquistados pelo tráfico de drogas. Os novos parlamentares, imbuídos de propostas e boas intenções, têm que implementar, com urgência, políticas públicas capazes de gerar renda para os pais dessas crianças; fomentar a educação de primeiro grau, mantendo as crianças em jornada integral. É inadiável a meta de combater os salários indignos do professor da escola pública, que convive com a miséria das populações carentes e é submetido à violência das comunidades: não basta o assistencialismo da distribuição da cesta básica – os últimos quatro anos de governo já o desmonstraram.

Se queremos avançar em desenvolvimento, temos que ser vigilantes e cobrar o cumprimentos das propostas acenadas dos palanques eleitorais; não deixar calado na garganta o grito por um Brasil justo e que afaste as desigualdades sociais, e manter a inquietude do agir, a crítica construtiva aos poderes judiciário, executivo e legislativo, oferecendo soluções e achando formas de participação, pois “a democracia, da mesma forma que a civilização, é um processo em movimento, e não uma utopia estática”.”

Eis, pois, indicações PRECIOSAS da mais PREMENTE necessidade de uma grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, que permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, na conformidade com as EXIGÊNCIAS do TERCEIRO MILÊNIO e da SUSTENTABILIDADE que constitui base de um mundo GLOBALIZADO, FASCINANTE e BELO, que queremos HUMANO e FELIZ.

É o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...