Mostrando postagens com marcador eleições unificadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador eleições unificadas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A CIDADANIA E O DISCURSO DA POLÍTICA

“[...] A história não é determinada pelo destino, pela religião, pela geografia, pela hidrologia ou pela cultura nacional. É determinada pelas pessoas. Este livro não é uma coleção caprichosa de histórias desconectadas. É uma explicação sobre como os seres humanos moldaram seu próprio destino. Também mostra como as decisões tomadas no presente estão determinando nosso futuro. Na pode fazer retroceder o passo da história, apagando nem sequer meia linha do que já foi escrito. Mas ainda podemos compor o roteiro para o resto de nossas vidas e para o futuro além delas. [...]”
(ALAN BEATTIE, in FALSA ECONOMIA – Uma surpreendente história econômica do mundo. – Editora Jorge Zahar, 296 páginas).-

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“O discurso da política


A luta contra o enfeitiçamento de nossas mentes pela linguagem há que ser permanente. E pela brecha da fala, seja ela de pessoa a pessoa, escrita ou pelos meios de comunicação de massa, é que entram, subliminarmente, as ideologias e os preconceitos. Nenhuma área é mais afetada pelas distorções introduzidas por meio do discurso humano do que a política, em que o jogo de interesses econômicos de pessoas e de grupos é predominante.

As palavras quando pronunciadas e emitidas significam e emprestam sentido aos fatos, e, portanto sua interpretação pelos receptores dependendo da embalagem retórica com a qual são embrulhados. Nesse processo, o conteúdo das mensagens pode ser deformado, seja pelas meias verdades, seja pelas omissões de detalhes importantes, ou ainda pelo feitiço das insinuantes figuras de linguagem. Não é à toa que a maioria dos candidatos se cerca dos chamados marqueteiros, verdadeiros alfaiates, encarregados de tecer em torno de seus clientes uma imagem sempre positiva e favorável.

Em função desse viés, não pedimos aos candidatos programas, nem antecedentes, mas quase só posturas. Pelos mesmos critérios com os quais avaliamos artistas de cinema, observamos como os postulantes a cargos eletivos reagem às perguntas dos repórteres, se são bonitos ou feios, simpáticos ou antipáticos. Importante é ler no seu passado como testemunharam seu espírito público separando os interesses particulares dos sociais, de como foram capazes de dialogar com os diferentes e proteger a causa dos menos afortunados. Alguém disse que no exercício do poder não cabe os “eu acho”, “eu penso” “me parece”, porém ou se faz ou não se faz, assumindo-se as consequências das decisões tomadas, que sempre afetam irremediavelmente muitas pessoas e grupos sociais, para o bem ou para o mal. E na ação o mais difícil é mandar fazer e ser obedecido, o que nesse último caso implica ter autoridade reconhecido fruto de sua legitimidade eleitoral.

Nada mais necessário do que levantar essas questões durante o período eleitoral de eleições majoritárias, em particular para a Presidência da República, cargo que envolve tomar decisões sobre o futuro do país e o que do presente será mantido. No caso do Brasil pergunta-se: Como serão aplicados os impostos? Que medidas macro-econômicas contribuirão para uma sempre melhor distribuição de renda? De que forma serão privilegiadas no orçamento as áreas de educação, saúde pública, moradia e de segurança? Como o novo presidente desenvolverá a política externa do país? E, por fim, como todo esse programa está bem fundamentado nos recursos orçamentários e no tempo disponível do mandato?

O líder deve ter um perfil equilibrado, mas não sem uma certa dose de afoiteza que o leve a tirar do povo aquele algo mais que ele é capaz de dar quando lhe apontam a possibilidade de queimar criativamente etapas no rumo do futuro. Charles de Gaule já chamava a atenção para o caráter contingente do ato de governar, que se por um lado é um risco, porque os fatos previstos podem ou não ocorrer, por outro abre as portas para a criatividade e a inovação. O líder deve, pois, combinar inteligência com intuição para descobrir e se aproveitar das oportunidades que a deusa da fortuna sempre lhe pode oferecer.”

São páginas assim que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e mais ainda neste CRUCIAL momento de GRANDES DECISÕES e de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 ao lado os projetos do PRÉ-SAL, segundo exigências da MODERNIDADE, da GLOBALIZAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um mundo sedento da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A CIDADANIA, O BRASIL E AS ELEIÇÕES

“ c. As práticas populares

[...] Todo o processo das Semanas Sociais Regionais caracterizou-se pela busca de propostas estratégicas alternativas para o país, a partir das experiências já em curso nas localidades e nas regiões. A motivação principal foi a certeza de que o Brasil tem alternativas e protagonistas. Ou seja, é urgente e possível pensar o Brasil na sua globalidade, apontando alternativas viáveis e capazes de superar a exclusão sociocultural-econômico-política, bem como a desagregação política do país. Essa tarefa não pode ficar restrita a uma parcela da sociedade. Aqueles que sempre estiveram à margem das grandes decisões nacionais precisam assumir esse processo como seus protagonistas.”
(Pe. INÁCIO NEUTZLING, s.j. – Em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994,página 22, sob o título BRASIL CIDADÃO: ALTERNATIVAS E PROTAGONISTAS).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de ANDRÉ SOARES, Mestre em Operações Militares, que merece INTEGRAL transcrição:

“O Brasil e as eleições


Ano após ano, os brasileiros se enganam achando que vão construir o Brasil e resolver os problemas nacionais com eleições. Este ano vivemos o ciclo de nova eleição presidencial e a sociedade brasileira está novamente iludida na expectativa de que o seu futuro e o futuro do país dependerão fundamentalmente desse resultado. Se o Brasil é um Estado de direito, democrático e soberano, então independe quem será o próximo presidente eleito, pois o destino de uma nação forte é determinado e comandado exclusivamente pela autoridade da sociedade que a legitima e não pelo personalismo de pessoas eventualmente investidas em cargos eletivos.

Evidentemente, as eleições são um marco histórico importante na agenda política de qualquer país democrático e merecem todo o empenho cívico de seus cidadãos, mas a construção e a condução de uma nação é muito mais do que escolher deputados, prefeitos, governadores, senadores e presidente da República. Esses, na verdade, são operários, temporariamente a serviço do estado, comprometidos em cumprir com a máxima eficiência, publicidade e transparência as políticas públicas. Se isso não estão ocorrendo no Brasil, então estamos com problemas.

Não há dúvida de que o Brasil nasceu em berço esplêndido, abençoado por Deus, contemplado com a dádiva de ser um país privilegiado pelas inúmeras riquezas que tem.Se for só sorte, certamente acabará, pois este fenômeno estocástico é também imprevisível. Se for bênção divina, pior, porque um Deus justo só premia quem faz por merecer – nesse caso, o Brasil está correndo sério risco, pois não tem feito corretamente seu dever de casa.

Ser uma potência mundial como o Brasil pretende é uma conquista que requer mais que crescer e se desenvolver. É preciso mudar e evoluir para essa nova condição, pensando e agindo como tal e libertando-se dos vícios que infelizmente o Brasil persiste em praticar, assemelhando-se ao adolescente infeliz que quer amadurecer. Até quando o Brasil continuará na adolescência do voto obrigatório? Até quando os brasileiros que não encontram candidatos honrados que os representem continuarão na adolescência de eleger seus mandatários, votando no candidato menos pior? Até quando a sociedade continuará na adolescência de permitir a eleição e o mandato de pessoas indignas e corruptas?

Não é só de mais um presidente da República que estamos precisando, pois presidentes, parlamentares e instituições são apenas nossos serviçais. Precisamos, sim, decidir amadurecer ou estaremos condenados a continuar “navegando” à mercê dos populistas oportunistas, dos conchavos partidários, da politicagem e da corrupção institucionalizada, cujo futuro inglório será abandonado pela sorte e pela bênção divina. Que o Brasil adolescente tenha a coragem de iniciar sua vida adulta, deixando para o passado a sua longa dinastia de governantes adolescentes.”

Que ainda nesta primeira DÉCADA do século XXI estejamos fincando o MARCO definitivo de nossa vida ADULTA e, com o mesmo ENTUSIASMO, CORAGEM e MOTIVAÇÃO continuemos a nossa CAMINHADA visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas INÚMERAS e EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS e, assim, reunir MÉRITOS para o concerto das primeiras POTÊNCIAS mundiais...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

REMENDO OU REFORMA POLÍTICA: O QUE QUEREMOS?

Segundo ALVIN TOFFLER: “Os analfabetos do século XXI serão todos aqueles que não desenvolverem a capacidade de APRENDER, DESAPRENDER E REAPRENDER”. (o grifo é meu).

Numa coisa velha e boa, o remendo faz sentido e sempre e se reveste de importância, tornando o seu uso novamente adequado, podendo até ter vida longa e útil.

Mas, se tratamos da POLÍTICA ela não é de forma alguma coisa velha e é sempre boa, porque carrega consigo, de modo inexpugnável, a ÉTICA, comportamento moral a guiar os CIDADÃOS à prosperidade e à felicidade, fim primordial de nossa existência.

Ocorre, entretanto, que uma parcela jurássica de nossas lideranças, movidas quase sempre por inconfessáveis interesses e desmedida ganância, não percebem que este fascinante mundo novo conta o tempo, para as grandes e notáveis realizações, em unidades cada vez menores. Assim, a vida das pessoas pode sofrer impactos extraordinários até em fração de segundos.

Desse modo, falar em ano, década, século, ganha proporções muito especiais, que estão a exigir, cada vez, mais responsabilidade, qualificação e grandeza de espírito, enfim, mais humanidade.

Então, queremos trazer uma despojada visão a respeito da imperiosa necessidade de tratarmos, neste momento, da REFORMA POLÍTICA, de maneira rigorosamente patriótica, não nos deixando levar pelas esfarrapadas desculpas de calendário eleitoral e outras inaceitáveis imoralidades,

Entendemos que, ao lado dos temas que já estão fartamente colocados na mídia como LISTA PARTIDÁRIA, FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS, FIDELIDADE PARTIDÁRIA, INELEGIBILIDADE, COLIGAÇÕES, CLÁUSULAS DE BARREIRA, todas sem dúvida alguma, importantes, deveríamos juntar, aprofundar e ampliar também o debate de questões como, por exemplo, ELEIÇÕES UNIFICADAS A CADA QUATRO ANOS , FIM DA ELEIÇÃO “CASADA” DO SUPLENTE DE SENADOR E VOTO DISTRITAL.

O BRASIL vive talvez a mais aguda CRISE DE ÉTICA de toda sua história, onde a CORRUPÇÃO e o DESPERDÍCIO atingem níveis INTOLERÁVEIS, manchando especialmente parcela expressiva de nossas lideranças, uma vez que as decisões políticas permeiam e norteiam toda a SOCIEDADE, causando prejuízos incalculáveis e absolutamente irrecuperáveis.

Os exemplos de malversação do dinheiro público chegam a todo momento, numa escalada cruel e devastadora. Neste momento, vem de um dos mais importantes e prósperos Estados brasileiros – RIO GRANDE DO SUL, como noticia à exaustão a Revista VEJA – edição 2113 – ano 42 – nº 20, páginas 62 e 63: CAIXA UM NO CAIXA DOIS? – “...que VEJA revelou a existência de gravações que apontam que sua campanha eleitoral foi abastecida com recursos provenientes de caixa dois.” As denúncias envolvem a ex-Ministra, ex-Senadora e atual governadora YEDA CRUSIUS, lançando suspeição sobre a face de liderança de tamanha influência, o que contagia seriamente gerações de brasileiros.

E que não se tente contabilizar valores das campanhas no modelo existente, pois não há tribunal no mundo que consiga trazer à luz as verdadeiras quantias despendidas em cada pleito. Apenas a título de ilustração: sabemos que cada eleição custa, aos cofres públicos, algo em torno de R$ 800 milhões. A questão não é de caixa um ou caixa dois, mas simplesmente de CAIXA, sob a luz da legalidade e da moralidade, eis que vamos eleger nossos representantes, que queremos ÍNTEGROS, HONESTOS, ÉTICOS e VOCACIONADOS para o sagrado INTERESSE PÚBLICO.

O que é mais grave ainda, a constatação de que o País, com o status vigente, vive em permanente e nocivo período eleitoral, vez que mal termina uma eleição e já os plantonistas agem diuturnamente nas articulações que conduzem ao poder.

A CRISE DE ÉTICA não tem fronteiras. A mídia noticia também fartamente o escândalo que levou à renúncia o presidente da Câmara dos Comuns, do quase milenar Parlamento britânico, “modelo da moderna democracia representativa copiado mundo afora”, conforme informa SÍLVIO QUEIROZ no Jornal ESTADO DE MINAS, Caderno INTERNACIONAL, página 16, de 20/05/2009 (internacional.em@uai.com.br).

Urge, pois, implantarmos definitivamente em nossa SOCIEDADE a cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em todas as nossas relações.