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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA E DESAFIOS DA RESILIÊNCIA NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E OS RISCOS E POTENCIALIDADES TRANSFORMADORAS NA SUSTENTABILIDADE


“Resiliência: 
por que ela é a “competência do século”
        Resiliência. Termo comumente usado na física e que significa e que significa o nível de resistência um material sofre frente a pressões e, ainda assim, consegue retornar ao estado original. Mas, de uns tempos para cá essa palavra, até então de uso restrito nas aulas do ensino fundamental, passou a figurar no ambiente empresarial, nas conversas empreendedoras, nas universidades, nas disciplinas relacionadas ao comportamento humano. E o motivo não poderia ser mais óbvio: a resiliência é uma competência fundamental no qual as mudanças nunca foram tantas, tão rápidas e tão intensas.
         O Brasil está passando por uma das piores crises políticas e econômicas da sua história recente. O mercado de trabalho apresenta, a cada mês, índices altos de desemprego. Os profissionais nunca sofreram tanta pressão – e nunca se sentiram tão competitivos como agora. Todos esses fatores justificam a resiliência como a competência do século. Para sobreviver, as pessoas precisam, mais do que nunca, voltar ao estado normal após situações de extrema instabilidade.
         Há um provérbio japonês que diz “caia sete vezes e levante oito”. Apesar de antigo, ele nunca fez tanto sentido como agora, momento em que somos praticamente obrigados a enxergar as mudanças como oportunidades, simplesmente porque não há outra escolha. Mas sim: a resiliência nos beneficia com a capacidade de desenvolver novas competências, de realizar novos projetos, conseguir outros recursos, estimular a criatividade e, por que não, a alcançar nossas metas de forma mais rápida. Porque quando estamos abertos a minimizar o impacto das mudanças é que vamos aprendendo a lidar com as intempéries da vida e, assim, “ganhando músculos” para seguir o caminho mais fortes.
         Mas como minimizar tantos impactos de uma só vez? Objetivo, planejamento e foco. Ter os objetivos claros (e aqui destaco a importância do autoconhecimento), planejar-se para alcançá-los e não perder o foco diante das adversidades. Muitas conquistas, novos projetos, ideias inovadoras e disruptivas nascem de momentos de mudança e incerteza, porque neles somos obrigados a, de forma criativa, evoluir.
         E a ótima notícia é que, como qualquer outra competência, a resiliência pode ser aprendida e estimulada em qualquer estágio da vida, não só no ambiente profissional, mas em vários outros aspectos sociais. Mudanças acontecem o tempo todo e em todos os sentidos. A nossa atitude e reação diante delas é que nos permitem avaliar o quão estamos encarando o processo com leveza, otimismo e abertura para o novo.
         Um ponto relevante é que, como tudo na vida, o equilíbrio é a solução. Um profissional que sofre assédio ou é maltratado pelo chefe não tem que ficar resiliente nessa posição. É claro que situações negativas são comuns, principalmente em tempos mais críticos, como o atual, mas cada um precisa definir o seu limite para que ser resiliente não seja confundido com aguentar qualquer situação, inclusive as que afetem diretamente a saúde física, mental e emocional e, principalmente, os valores de cada um.
          Por isso é tão importante que as pessoas saibam aonde querem chegar. Que estabeleçam metas desafiadoras e tomem as iniciativas necessárias para alcançá-las. O sucesso não é uma linha reta, mas com o foco no resultado, ou seja, no objetivo final, fica mais fácil compreender que as experiências do caminho são importantes aprendizados. E que, abertas a elas, o universo vai conspirar sempre a favor.”.

(ALESSANDRA FONSECA. Consultora organizacional, instrutora e palestrante especializada em empreendedorismo, gestão de pessoas e recursos humanos. Sócia-proprietária da ConsultaRH - Coaching e Treinamentos, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de dezembro de 2017, caderno ADMITE-SECLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 29 de novembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Riscos e tiranias
A fragilidade do tecido sociopolítico e religioso-cultural da sociedade brasileira aponta o preocupante fenômeno das tiranias, exigindo redobrada atenção para o conjunto dos descompassos que pesa sobre os ombros de todos. 
Curvada sobre si mesma, a sociedade apresenta preocupantes sinais de morte, o que requer urgente e adequado tratamento, ante o risco iminente de prejuízos irreversíveis. 
Por isso mesmo, há de se ter consciência mais clara sobre a realidade, para que se possa tomar direções acertadas e superar as graves lacunas que impõem sacrifícios e atrasam conquistas. 
Na ausência das providências necessárias, cresce a violência, aumenta o número de desempregados, multiplicam-se cenários de vergonhosas pobrezas, manipulações em instâncias que deveriam servir ao povo, mas se dedicam a oligarquias. 
A indiferença compromete a sensibilidade social e preocupa, com seus impactos negativos na justiça, inviabilizando a paz. Incapaz de atender às exigências contemporâneas e antropológicas, merece especial atenção o campo da educação, ainda muito balizado pela formalidade acadêmica e conceitual. Há, notadamente, um desafio na formação dos jovens: além de suas responsabilidades com o presente e o futuro, precisam lidar com as aceleradas mudanças que afligem a todos existencialmente. Considerar esta complexa realidade atual permite enxergar fragilidades que levam a ações, escolhas e palavras desprovidas de consistência e, consequentemente, incapazes de oferecer respostas aos desafios contemporâneos.  Ao invés disso, alimentam mecanismos de tiranias.
Manifestação de uma força que busca esconder as fragilidades, as tiranias precisam ser enfrentadas urgentemente, a partir de investimentos para mudar mentalidades e qualificar as muitas dinâmicas da vida. Particularmente no contexto democrático, as tiranias promovem estragos, por encobrirem incompetências individuais e entendimentos que fundamentam propostas comprometedoras. Ora, a democracia inclui muitas exigências opostas às tiranias: capacidade de diálogo, sensibilidade social e política para respeitar e promover a igualdade, habilidade em articular a riqueza das diferenças e diversidades a partir de princípios irrenunciáveis, intocáveis. Assim, tiranias no exercício de poderes são sinais de alerta, pois ameaças à democracia levam a perdas irreparáveis. Reações e propostas não podem seguir na direção contrária aos parâmetros da democracia, com a opção por tiranias que simplesmente revelam fragilidades humanísticas e antropológicas, sinais do enfraquecimento geral das instituições, cada vez menos capazes de se orientarem pelo que, de fato, é importante para as pessoas a quem deveriam servir, não oferecendo respostas às muitas questões existenciais e cotidianas.
Constitui-se tirania não prover a sociedade dos funcionamentos necessários que venham a atender suas demandas e mobilizá-la na direção da justiça e da paz. Nesse sentido, vale, pois, analisar e considerar as posturas de cada cidadão e cidadã que podem ser também expressões de tiranias. As polarizações e extremismos, por exemplo, que se materializam nas relações estabelecidas especialmente nas redes sociais, são claros sinais desse mal. As atitudes que alimentam tiranias têm várias causas e origens. Entre elas, a falta de autocrítica tão fundamental em qualquer relacionamento. Essa capacidade é determinante no exercício de todas as responsabilidades, para que não se corra o risco de alimentar a presunção, que cega pessoas, enjaulando-as na mediocridade.  Sem autocrítica, cresce a falta de respeito e perdem-se os parâmetros da urbanidade, inviabilizando avanços e a indispensável criação de consensos - entendimentos construtivos.
Não menos preocupante é o quadro de tiranias alimentado por fundamentalismos religiosos, no horizonte de um cristianismo torto que leva a perigos muito sérios, particularmente por influências indevidas, inclusive de instâncias democráticas. Essa e tantas outras formas de tirania merecem considerações à luz de análises, a partir de diferentes campos do saber, para que se perceba, com ainda mais clareza, os riscos causados pelo comprometimento da democracia, pela indiferença ante os clamores dos pobres, pelos autoritarismos e conservadorismo religioso inócuo, pelas crescentes intolerâncias, violências domésticas, particularmente, com abomináveis ocorrências de feminicídio.  
O momento atual exige autocrítica, cuidados, atenção e empenhos para serem alcançadas legislações adequadas aos novos contextos. É indispensável, sobretudo, conversão pessoal para alavancar as necessárias mudanças e se viver tempos com mais civilidade e solidariedade. É hora de investir na superação dos sinais preocupantes, os riscos de tiranias.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS COMPETÊNCIAS DA RESILIÊNCIA E AS TEIMOSIAS NA CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

“Resiliência: por que ela é a ‘competência do século’ – e o que isso tem a ver com você
        Resiliência. Termo comumente usado na física e que significa o nível de resistência que um material sofre frente a pressões e, ainda assim, consegue retornar ao estado original. Mas de uns tempos pra cá essa palavra, até então de uso restrito nas aulas do ensino fundamental, passou a figurar no ambiente empresarial, nas conversas empreendedoras, nas universidades, nas disciplinas relacionadas ao comportamento humano. E o motivo não poderia ser mais óbvio: a resiliência é uma competência fundamental para enfrentar os desafios de um mundo no qual as mudanças nunca foram tantas, tão rápidas e tão intensas.
         O Brasil está passando por uma das piores crises políticas e econômicas da sua história recente. O mercado de trabalho apresenta, a cada mês, índices altos de desemprego. Os profissionais nunca sofreram tanta pressão – e nunca se sentiram tão competitivos como agora. Todos esses fatores justificam a resiliência como a competência do século. Para sobreviver, as pessoas precisam, mais do nunca, voltar ao estado normal após situações de extrema instabilidade.
         Há um provérbio japonês que diz “caia sete vezes e levante oito”. Apesar de antigo, ele nunca fez tanto sentido como agora, momento em que somos praticamente obrigados a enxergar as mudanças como oportunidades, simplesmente porque não há outra escolha. Mas sim: a resiliência nos beneficia com a capacidade de desenvolver novas competências, de realizar novos projetos, conseguir outros recursos, estimular a criatividade e, por que não, alcançar nossas metas de forma mais rápida. Porque quando estamos abertos a minimizar o impacto das mudanças é que vamos aprendendo a lidar com as intempéries da vida e, assim, “ganhamos músculos” para seguir o caminho mais fortes.
         Mas como minimizar tantos impactos de uma só vez? Objetivo, planejamento e foco, Ter os objetivos claros (e aqui destaco a importância do autoconhecimento), planejar-se para alcançá-los e não perder o foco diante das adversidades. Muitas conquistas, novos projetos, ideias inovadoras e disruptivas nascem de momentos de mudança e incerteza, porque neles somos obrigados a, de forma criativa, evoluir.
         E a ótima notícia é que, como qualquer outra competência, a resiliência pode ser aprendida e estimulada em qualquer estágio da vida, não só no ambiente profissional, mas em vários outros aspectos sociais. Mudanças acontecem o tempo todo e em todos os sentidos. A nossa atitude e reação diante delas é que nos permitem avaliar o quão estamos encarando o processo com leveza, otimismo e abertura para o novo.
         Um ponto relevante é que, como tudo na vida, o equilíbrio é a solução. Um profissional que sofre assédio ou é maltratado pelo chefe não tem que ficar resiliente nessa posição. É claro que situações negativas são comuns, principalmente em tempos mais críticos como o atual, mas cada um precisa definir o seu limite para que ser resiliente não seja confundido com aguentar qualquer situação, inclusive as que afetem diretamente a sua saúde física, mental e emocional e, principalmente, os valores de cada um.
         Por isso é tão importante que as pessoas saibam aonde querem chegar. Que estabeleçam metas desafiadoras e tomem as iniciativas necessárias para alcançá-las. O sucesso não é uma linha reta, mas, com foco no resultado, ou seja, no objetivo final, fica mais fácil compreender que as experiências do caminho são importantes aprendizados. E que, abertas a elas, o universo vai conspirar sempre a favor.”.

(ALESSANDRA FONSECA. Consultora organizacional, instrutora e palestrante especializada em empreendedorismo, gestão de pessoas e recursos humanos, professora da pós-graduação da FGV, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de outubro de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Teimosias
        Característica humana e tema complexo, a teimosia pode ser detalhada em uma poesia, gênero literário consagrado a partir de inspirados e talentosos autores. Nas cultuas e na história, a poesia é uma alicerce sustentador capaz de gerar o sentido necessário para a vida humana. Afinal, o que seria de nosso mundo sem a força poética? A poesia é um recursos imprescindível para pensar e agir com parâmetros que vão além do conhecimento técnico. E é nesse sentido que a teimosia pode inspirar os poetas a novas composições capazes de transformar modos de agir a partir de diferentes sensibilidades. Mas, aqui, a reflexão sobre as teimosias se faz em prosa: um convite para que cada pessoa pense sobre o significado de ser “cabeça-dura” no contexto de instituições, famílias e no exercício da cidadania.
         Ser teimoso, intransigente, remete à ignorância, à falta de formação humanística. Evidencia também desajustes na dimensão psicoafetiva – obscuridade que gera uma postura fechada ao diálogo. Essa teimosia se alimenta e também contribui com a síndrome do pensamento único, que gera muitos danos. Há também, entre os diferentes tipos de teimosias, uma que não gera prejuízos. Trata-se da esperada perseverança em continuar agindo no bem e pelo bem, mesmo que sejam enfrentadas inúmeras dificuldades.
         Esse tipo de teimosia permite não desistir, avançar sempre, até o fim, cultivando o compromisso de fazer o bem. Cada pessoa é desafiada a percorrer, assim, o itinerário da própria vida, como um peregrino, perseverante no exercício da bondade. Isso requer um processo de revisão pessoal. Além de buscar uma vida saudável do ponto de vista psicológico, esse exercício exige vencer os radicalismos. É preciso, pois, debelar o crescimento assustador das intolerâncias que alimentam preconceitos e acirram as disputas. Desse modo, serão enfrentados diferentes tipos de violência – desde torcedores de futebol a atiradores que atacam multidões.
         Para avaliar criticamente se a teimosia é construtiva ou prejudicial, devem-se rastrear as dinâmicas da estrutura psicológica de cada pessoa. Nesse processo, é preciso observar se há alguma “enfermidade” que compromete a insubstituível competência moral, tão necessária para o fecundo exercício da cidadania, cultivo da honestidade, adoção de gestos marcados por fraterna solidariedade. As teimosias patológicas precisam ser combatidas por diferentes instituições – familiar, educativas, religiosas e tantas outras. Essas instituições sociais não podem ser reféns das loucuras de ditadores, das inoperâncias de quem quer apenas conquistar benefícios, sem priorizar a busca pelo bem do semelhante. É também questão prioritária de saúde pública investir no equilíbrio dos cidadãos, pois a violência, a incontrolável busca por dinheiro, o prazer mórbido pelo poder e outras situações que geram prejuízos para a sociedade podem ser loucuras que merecem tratamento.
         Importante destacar ainda o dever das instituições que se dedicam aos processos de formação humana. Essas instituições precisam combater a “síndrome do pensamento único”, capaz de formar agrupamentos a partir de objetivos questionáveis, gerando campo fértil para fundamentalismos e radicalismos. Nas instituições, a “síndrome do pensamento único” ainda faz com que pessoas se encastelem nos seus próprios posicionamentos, trazendo prejuízos tanto para o indivíduo, fechado ao diálogo, quanto para o lugar de onde recebe seu sustento. Essas teimosias descompassam a sociedade.
         Por isso, a humanidade precisa investir na compreensão das diferentes teimosias. O desafio é contribuir para cultivar um jeito teimoso que signifique dedicar-se, perseverantemente, à prática do bem, sem nunca desistir. Desse modo, os projetos e as causas que contribuam para a paz no planeta, a Casa Comum, ganharão mais apoiadores. Haverá uma teimosia crescente que se desdobra no altruísmo, capacidade humana de agir pelo bem, de não desistir dos bons projetos, ainda que demorem décadas para ser assimilados e compreendidos. Essa é a teimosia da perseverança no bem, na verdade e na luta pela justiça, que não permite radicalismo ou fundamentalismo, alicerça-se sempre na busca pelo diálogo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...