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terça-feira, 21 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E NOVAS EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E AS LUZES DO EQUILÍBRIO E CUIDADOS NA TRAVESSIA DA PANDEMIA NA SUSTENTABILIDADE


“Selecionando profissionais
        É inegável que vivemos em um grande manancial de informações, que nos chegam por todos os lados. Registramos que o mundo dos negócios é veloz e marcado por mudanças complexas, que afetam o comportamento em um universo habitado por fakes – ou seja, “a mentira ao alcance de todos”.
         Estão no nosso cotidiano algoritmos alimentados por uma enorme quantidade de dados que geram inteligência e promovem decisões. O acesso à informação ao alcance de um toque de dedos já demonstra o constante desenvolvimento e crescimento da tecnologia. Como resultado, devemos considerar também que manipulações e distorções da realidade se tornam cada vez mais convincentes e difíceis de detectar.
         Fica a interrogação: como fazer para que os processos de melhoria persistam e sejam construtivos para todos? Trabalhamos, acreditamos e contamos com a tecnologia. Implantamos e trabalhamos com a inteligência artificial e passamos a contar também com esse instrumental. Entretanto, sabemos que nada substitui o olho no olho, o respeito, a realização de cada pessoa e a concretização de seus sonhos e valores.
         Pessoas são o alicerce do sucesso das empresas. Elas também escolhem onde querem trabalhar. Quando estão felizes, constroem na adversidade e surpreendem positivamente. Fazem da entrega do trabalho um grande aprendizado e prazer. Pessoas felizes se superam, fazendo sempre o melhor.
         Os projetos de headhunting na busca por profissionais diferenciados ainda carecem de outra moeda além da tecnológica. O conhecimento íntimo sobre o mercado que se move em alta velocidade e o entendimento quanto às pessoas que vivenciam mudanças de cargos, empresas ou carreira também se mostram bastante relevantes. Por aqui e nesse cenário, a prontidão em respostas por escala e em pesquisas soltas em sites e correspondentes exige significativa maturação.
         Com uma rede de contatos ativa, ganha-se muita velocidade e, principalmente, assertividade na entrega. Tais projetos são desenvolvidos sob medida para o cliente, este que é o único em sua diversidade, ciclo ou cultura. O networking sempre imperou, e acredito que sempre terá lugar de destaque.
         Considere alguns códigos a serem decifrados na caixa-preta do headhunter: empresas e pessoas constroem uma relação de interdependência; valores-chave devem andar em concordância com o desenvolvimento da empresa e do profissional; o conhecimento quanto o atual universo do trabalho é imperativo; a prontidão para quaisquer desafios que surjam no caminho é vital; multicanais de busca são necessários; o acompanhamento da carreira e a movimentação de profissionais diferenciados são essenciais.”.

(Efigênia Vieira. CEO da Upside Exccutive Search, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 5).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de abril de 2020, caderno A.PARTE, página 11, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Equilíbrio entre cuidados
        Aproveito este espaço para publicar a resposta a um pedido de esclarecimento de um sindicato de trabalhadores da saúde de Betim, que me solicitou explicação a respeito de um decreto que assinei no dia 17.4 flexibilizando várias atividades econômicas no município.
         Betim apresenta nesta data uma curva epidemiológica praticamente nula, mesmo transcorridos 30 dias da primeira notificação de Covid-19. Registraram-se nesse período nove casos, dos quais seis já superados e três em observação.
         No mesmo período ocorreram demissões de mais de 10 mil trabalhadores formais e informais, paralisações generalizadas de atividades setoriais em decorrência das medidas exaradas em níveis federal, estadual e municipal.
         As atividades produtivas e comerciais no município sofreram um pesado ônus, para evitar a propagação do vírus e um colapso no sistema de saúde pública, que há um mês encontrava-se despreparado para qualquer sobrecarga.
         Nas últimas duas semanas, conseguimos instalar o primeiro hospital de campanha de Minas Gerais, Cecovid, de grande envergadura, com 120 leitos, equipados com instalação de oxigênio e tomadas de energia elétrica, camas adequadas e sala vermelha com quatro equipamentos de ventilação invasiva.
         Além disso, apressamos o término de dois andares do recém-edificado Centro Materno-Infantil, ampliamos e reforçamos o suporte à rede de saúde e teremos mais 70 leitos de UTI prontos na segunda quinzena de maio. Poderemos ainda acrescentar 40 vagas de terapia intensiva, caso se faça necessário.
         Nesta data o Cecovid acolhe seis pacientes, e o CTI outros três pacientes, que representam o uso de apenas 5% da capacidade já instalada e 2% da capacidade potencial.
         Betim está preparada para atender com eficiência, qualidade e segurança um eventual surto, contando já com agentes recrutados e preparados pelo Instituto IBDS, parceiro contratado pela prefeitura.
         Dessa forma, atendendo ao chamado de setores econômicos, ao direito de atividades, discriminamos no decreto publicado no dia 17.4, com sérias restrições de prevenção, a liberação dessas atividades, subordinadas ao uso geral de máscaras em vias públicas, disponibilidade irrestrita de álcool, higienização de local para cada utilização individual, distanciamento físico superior ao recomendado pela OMS, redução de 66% da capacidade de lotação de locais, retirada de assentos, uso de luvas, exposição de cuidados preventivos para a população.
         Mantivemos em vigor as normas de isolamento dos indivíduos de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos, obesos, imunossuprimidos, transplantados, portadores de insuficiência renal crônica e outros.
         O coronavírus, infelizmente, entrou na realidade mundial, e com ele deveremos aprender a conviver por longo período, bem por isso precisamos resguardar a sustentabilidade social e econômica, preservando a estrutura produtiva de um colapso irreparável.
         Permito-me ressaltar que as atividades, como diversões, casas noturnas, práticas de esporte coletivo, exposições de arte, eventos e aglomerações, continuam suspensas. Foram determinadas multas e sanções para quem desrespeitar as normas e possuir capacidade econômica de responder ao pagamento coercitivo de infratores que se repetem em desrespeitos.
         A Constituição garante a liberdade e ir e vir, de exercer atividades que gerem sustento econômico e satisfação, desde que não gerem prejuízo para a comunidade. Neste momento procuramos, como administradores públicos, atender múltiplos aspectos sociais e equilibrar medidas de saúde com aquelas de sustento econômico e de liberdade individual.
         As normas aplicadas em Betim seguem as orientações da OMS. Foram tomadas de forma ainda mais severa de quanto a curva epidemiológica (atual) apresenta. Betim se preparou com seriedade e presteza para garantir atendimento de internação e cuidados aos pacientes.
         A introdução da obrigatoriedade generalizada de máscaras e de higienização, com distribuição de insumos à população carente, diminui significativamente o risco de um surto em até 70%. Consideramos estar o município adequadamente preparado, com medidas efetivas de prevenção e proteção, locais, leitos, agentes treinados, equipamentos especializados para enfrentar o momento crítico.
         Já na próxima semana teremos disponíveis testes de coronavírus em volume de 500 por dia, priorizando o controle dos servidores de saúde.
         Em Betim os casos confirmados até o momento de Covid-19 indicam pacientes de classe média e alta que viajaram para regiões de sério contágio. Foram prontamente isolados e cuidados. A determinação de quarentena para quem volta de viagem está inserida nas precauções dos servidores públicos e sugeridas para o setor privado.
         Neste momento se faz necessário considerar que isolamento, distanciamento, máscaras, luvas, higienização são medidas efetivas e eficazes contra a propagação. De outro lado, preocupa a sustentabilidade socioeconômica da população, da educação dos jovens, da remuneração dos profissionais autônomos, das pequenas e médias atividades, da microeconomia popular, que sofreram forte impacto e precisam ser corretamente preservadas e apoiadas. Quanto mais longa for a paralisação das atividades, mais grave o prejuízo e mais penosa a recuperação delas, sem contar que os mais frágeis serão irreparavelmente inviabilizados.
         Lembramos que as normas que determinamos em nível municipal poderão sofrer revogação e mudança a qualquer momento, em decorrência de indicações da OMS, da evolução da curva epidemiológica, sempre em sintonia com o SUS, o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde.
         Estamos à disposição para mais esclarecimento e contamos com a compreensão desse estimado sindicato de trabalhadores na saúde pública.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



terça-feira, 14 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ E EXIGÊNCIAS DO AMOR E DA SOLIDARIEDADE E OS GRAVES DESAFIOS NA TRAVESSIA DA PANDEMIA NA SUSTENTABILIDADE


“Não estamos sozinhos
        O porte de uma empresa não se mede apenas pelo seu faturamento. Quem acredita que o lucro é o objetivo maior do negócio corre enorme risco de envelhecer rapidamente e perder valor aos olhos do público. A vida exige significado. Ninguém pode bastar a si mesmo, nada pode ser distante e indiferente aos outros. As empresas, como qualquer organismo vivo, precisam de um propósito para viver. Essa é uma convicção do mundo corporativo moderno.
         As duas últimas semanas na Cemig foram vividas com essa intensidade. Tínhamos por desafio adequar a operação de uma empresa presente em 774 municípios, com 5.600 empregados próprios e outros 15 mil contratados, às restrições impostas pela Covid-19. Precisávamos trabalhar com máxima eficiência e com o menor riso de contaminação.
         Ao mesmo tempo, a crise do coronavírus deixou-nos frente a frente com um antigo desafio de gestão do nosso cadastro de clientes. Num momento de dificuldade, precisamos nos comunicar rapidamente com as pessoas por canal digital, passar e receber informações relevantes.
         Foi aí que essa necessidade de estreitar o relacionamento juntou-se à vontade de ter uma presença mais solidária. Nasceu a ideia de criarmos uma campanha para trabalhar as duas vertentes. A solução é dizer a verdade: vamos ajudar, mas vamos pedir ajuda também. Fazendo juntos, podemos resolver nossas dificuldades.
         E, assim, nasceu a campanha “Não estamos sozinhos”. A Cemig vai doar imediatamente R$ 5 milhões para a aquisição de equipamentos hospitalares. E estamos convidando nossos 8,7 milhões de clientes a atualizar seus cadastros, de forma que, a cada atualização, a empresa destina R$ 5 para a campanha. Assim, quando passarmos de 1 milhão de cadastros, a quantia inicial será superada e, se tivermos um sucesso excepcional, o total de doações ultrapassará R$ 40 milhões, sem custar nada a nossos clientes. E eles, ao se cadastrarem, estarão direcionando os equipamentos comprados para a sua própria cidade e cidades vizinhas.
         Achamos o valor desejado fundeado na verdade: as dificuldades são superadas mais facilmente com a busca permanente do bem comum. Isso é o que pode nos unir. Afinal, definitivamente, não estamos sozinhos. O amor e a solidariedade são os maiores valores humanos.”.

(Reynaldo Passanezi Filho. Presidente da Cemig, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de abril de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 6 de abril de 2020, caderno A.PARTE, página 11, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A pandemia chegou
        Os dias passam, e a gravidade aumenta. A preocupação e insegurança tomam conta das pessoas. Se, de um lado, agem com alerta e estimulam precauções, do outro crescem o desespero e o desalento, especialmente de pessoas que, de uma hora para outra, se encontraram sem renda e perspectivas. O Brasil nunca viveu guerras, e o DNA nacional não está preparado para uma emergência devastadora.
         No vácuo das decisões acordadas em uma mesa de articulação, restou para cada Estado e até município agir de forma própria. Não se estabeleceu ainda um padrão consensual de enfrentamento. Essa situação deixa a Covid-19 de rédeas soltas e sem direção. Parece que as atenções se voltam mais à mídia e à cobertura da pandemia. Existe um tanto de sensacionalismo e, ainda, de viés político nesta situação de sobrevivência.
         Isso é triste, e, num ano eleitoral, a situação complica-se sobremaneira. O não adiamento da agenda eleitoral agitou, na última semana, quase 1 milhão de pré-candidatos a vereadores e prefeitos nas ruas, descuidando de mínimas precauções, apertando mãos e dando abraços e tapinhas nas costas. Tanto isolamento quanto distanciamento, máscaras e álcool foram deixados de lado.
         Pela regra estatística, já clara depois de tantas matérias veiculadas, o coronavírus teve a seu favor um aliado poderoso. Em breve, teremos mais casos, e, provavelmente, aceleração e agravamento. Se o ambiente eleitoral persistir, podem-se imaginar as consequências, além do desperdício de fundos públicos e recursos privados em pleno furacão.
         O problema não apenas no Brasil. Nota-se que, em países que ostentam governos autoritários e centralizados, o combate à pandemia tem um rumo mais alinhado com as reais necessidades. Não há eleição em curso em qualquer país. Todas foram adiadas por tempo indeterminado, para tirar de cena uma tendência de conflitos relacionados à política. O eterno debate entre lados opostos deixa o oportunismo e os interesses subalternos soltos. O TSE deixou a agenda eleitoral sem mudanças, apesar de a pandemia correr solta.
         O Brasil tem situações climáticas que ajudam o combate à doença. São poucos aqueles que contraem gripe e resfriados num clima quente e ensolarado. As cidades com grande trânsito em suas vias e indústrias poluidoras apresentam maiores índices de doenças respiratórias. O ar mais puro e o sol estão a favor do Brasil.
         Neste momento, a proteção de uma máscara, seja qual for. Diminui as possibilidades de contágio e de disseminação do vírus. Registra-se em países do Leste Europeu que adotaram em massa essa precaução um contágio muito menor. Nas ruas e nos locais públicos, todos deveriam ser obrigados a cobrir a boca e o nariz ao menos com um lenço para evitar que a saliva se propague e contagie outros – equipamento também protege quem o usa, pois “filtra” o ar que é respirado. Claro que um número maior de camadas de tecido ou o uso de máscaras profissionais proporcionariam uma melhor proteção nos dois sentidos. Essa prática, adotada por todo homem público, pode ser um exemplo. Um bom exemplo.
         Resta ver como a pandemia atingirá a população que vive em moradias precárias e em aglomerados e se o sistema público de saúde suportará as piores ondas.
         Nestes dias, em Betim, montamos um aparato de enfrentamento, instruindo as portas de entrada da saúde municipal, UBSs e UPAs, a direcionar os casos que se apresentam como suspeitos ao Hospital de Campanha, preparado no Clube da Fiat (cedido prontamente pela FCA ao município). Nesse centro, haverá tratamento e atendimento dos casos que não requerem ventilação dos pulmões. Os casos graves são enviados ao Centro de Terapia Intensiva, numa torre do hospital da cidade, com 170 leitos, que foi dedicada para atender as situações que demandam a intubação de pacientes. A recuperação, depois, de negativados, quando necessária, será num terceiro local, no imenso Clube da Fiat.
         Importante é não dividir espaços de contagiados com outras patologias. Essa guerra pode ser vencida. Precisa de foco, união e serenidade para aceitar o desafio, cada um contribuindo como bom soldado neste terrível enfrentamento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.