“Empresas
e o capital humano
É cada vez mais
necessário o posicionamento das empresas quanto à valorização do capital
humano, tendo em vista que essas pessoas são a energia motriz para que as
corporações se mantenham ativas. E, para que alcancem seus objetivos, é
fundamental contar com uma equipe engajada, satisfeita e, principalmente,
motivada.
Motivação
nas corporações é tema que deveria exigir o máximo de atenção por parte de
líderes e profissionais de recursos humanos, pois é por meio desse estímulo que
o colaborador “veste a camisa” da empresa e luta pelos objetivos da companhia.
A partir do momento em que formos capazes de ter a visão de que, sem funcionários
engajados a empresa não existe, o sucesso organizacional estará muito mais
próximo do que se imagina.
As
empresas de call center, por exemplo, movimentaram no último ano mais de R$ 45
bilhões, de acordo com dados levantados pelo Sindicato Paulista de Empresas de
Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark), em parceria com a
empresa E-Consulting. É um resultado que segue na contramão de diversos outros
segmentos, que sofreram grande impacto com a crise econômica. E, baseado nessa
crescente, o setor vem apostando em capacitação profissional e atendimento
humanizado. E, também, no desenvolvimento de sistemas de educação nos quais a
rapidez e a qualidade do atendimentos dos colaboradores têm o devido destaque,
a fim de atuar de forma mais competitiva no mercado de trabalho.
Uma
aposta para esse segmento de capacitação e motivação interna são os cursos que
seguem a metodologia EAD, uma alternativa que proporciona mais praticidade para
compor, modificar e complementar os treinamentos, mais do que os métodos
convencionais de educação. Esse modelo de ensino dirigido se propõe a preparar
os colaboradores para trabalhar com novas técnicas, atualizar práticas de
trabalhos, desenvolver a liderança dentro da organização, além de construir uma
força de trabalhadores preparados que proporcione à empresa mais vantagens
competitivas.
Assim,
não basta lançar o desafio de motivar uma equipe somente para profissionais de
recursos humanos e acreditar que seu trabalho está feito. É fundamental que os
líderes se envolvam para preparar os colaboradores a atuarem com novas
técnicas, atualizar práticas de trabalho e desenvolver a liderança dentro da
organização. Dessa forma, é possível construir uma equipe forte para se
destacar no mercado nacional.”.
(VICTOR FELIPE
OLIVEIRA. CEO da VGX Contact Center, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio
de 2017, caderno OPINIÃO, página 9).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
21 de julho de 2017, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Moralização:
a urgência
O desafio de reverter o
grave quadro de crises que afetam a sociedade brasileira requer o indispensável
e urgente investimento na assimilação da norma moral, prioridade para
confeccionar um tecido cultural capaz de sustentar processos que promovam o respeito,
a verdade e o bem de todos. Situações absurdas confirmam que a vida pautada
pela moral é ainda uma meta distante, o que exige mudanças. Um exemplo é a
conduta, não rara, de indivíduos que participam de protestos contra a corrupção
em grande escala ou em instâncias superiores do poder e, ao mesmo tempo, usam a
energia elétrica ou a água a partir de mecanismos irregulares. Não se incomodam
em assumir práticas lesivas ao bem comum e à dignidade dos outros. Essas e
tantas outras situações revelam que não são suficientes apenas intervenções
corretivas – por meio de reformas legais, administrativas e sistêmicas – para
construir um futuro promissor, pois a falta de moralidade corrói o
comportamento individual. O desafio é justamente investir para que a norma
moral torne-se, para cada pessoa, força de sustentação dos propósitos e das
práticas. Disso podem resultar processos renovadores, nos mais diferentes
âmbitos, orientados pelo respeito inegociável ao bem comum.
Todos
precisam assumir o mesmo compromisso: tornar-se referência da moralidade. Assim
se corrige um ponto muito frágil no contexto cultural da sociedade brasileira.
Há uma comprometedora perda do sentido de respeito, de limite, de consideração
do direito das outras pessoas. Percebe-se, ainda, crescente desleixo pelo
cumprimento dos próprios deveres. As consequências são notórias:
comprometimentos substituídos pelas irresponsabilidades, descasos e
indiferenças. É preciso reconhecer que a vivência da cidadania só pode ganhar
novos horizontes quando são assimiladas normas morais. De outra forma, serão
crescentes as perdas que impactam a sociedade, enjaulando-a nos atrasos de toda
ordem, que são produzidos, exatamente, pela imoralidade presente nos atos e nas
escolhas.
A
norma moral não pode ser considerada simplesmente como rigidez a ser sempre
contestada, em nome da procura por liberdade. Essa busca não pode precipitar
cada indivíduo na vala da anomia – acreditar que tem o direito de não respeitar
normas, configurando uma permissividade que acirra as crises e as injustiças.
Assumir a necessidade de uma norma moral é imprescindível e, para isso,
oportunidade de ouro é reconhecer a importância dos valores cristãos, que
convocam as pessoas a fazer o bem e a evitar o mal. Nesse sentido, ensina a
Constituição Pastoral Gaudium et Spes – sobre a Igreja no mundo atual, fruto do
Concílio Vaticano II: “No mais profundo de sua consciência, o homem descobre a
existência de uma lei a que deve obedecer e cuja voz ecoa, quando necessário,
nos ouvidos do coração, advertindo-o de que deve amar e praticar o bem e de que
deve evitar o mal”.
Deus é
quem inscreve essa instância moral que atravessa a consciência humana. Por
isso, indiscutível é priorizar a espiritualidade como experiência cotidiana na
formação da consciência. Um investimento que convence a respeito da
centralidade da prática do bem. A experiência espiritual é um remédio indispensável
no enfrentamento da delinquência, nas suas mais diferentes configurações, que
entorta os rumos da sociedade e oficializa dinâmicas perversas, por fazer ruir
o verdadeiro sentido da vida. Uma sociedade delinquente deixa assorear,
progressivamente, as suas fontes culturais e não consegue trilhar um caminho
que leve a avanços, pois não há garantia da qualificada participação cidadã e
da proteção à vida. Por isso, os cenários de uma sociedade imoral ou
desmoralizada são de grande confusão e de incompetência. O caos se expande
justamente porque, mesmo reconhecendo que há muitas situações a serem
corrigidas, não se sabe por onde começar, como aplicar a justiça e de que modo
é possível abrir os caminhos para os reparos necessários. Diante de tanta
confusão, prevalece o pessimismo, que se manifesta em uma crença muito comum:
ninguém presta, nada presta e não há saídas para as crises que se multiplicam.
Os
segmentos diversos da sociedade, para além de discursos, precisam articular
posicionamentos alicerçados na moralidade. Esse movimento na direção do que é
norteado pela moral tem força para garantir seriedade e justiça nos diferentes
processos, o compromisso com a verdade e o bem de todos. A grande mudança
necessária em todo o contexto social exige uma reformulação interior de cada
pessoa. Esse exercício requer enfrentar a avalanche de conexões deficitárias,
que desconsideram a importância dos valores e princípios – norteadores do gosto
pelo que é honesto e transparente. Um inadiável desafio para a sociedade
brasileira é, pois, investir na moralização, mas sem o moralismo – mecanismo
que apenas cria uma imagem pública ilusória, diferente do que efetivamente se
faz, fala e realiza.
O
desafio é grande porque exige mais ética, tanto das autoridades políticas
quanto dos demais cidadãos, nas suas diferentes tarefas cotidianas. Demando
comportamento ético na esfera pública e no âmbito da privacidade. Os sistemas
educativos e governamentais, as práticas religiosas, todas as instâncias
capazes de interferir na modelagem, promoção e assimilação de valores precisam
de atenção e reconhecimento, para que se alcance a meta comum de configurar
novo tecido cultural, Efetiva-se, assim, um processo, a partir da sinergia de
diferentes instâncias, capaz de garantir a moralização necessária à sociedade
brasileira, conduzindo-a rumo a novos caminhos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas
abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca
de 345,10% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses, em junho, chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico
de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...