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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA JUVENTUDE NA BOA GOVERNANÇA E A LUZ DAS REFORMAS NA SUSTENTABILIDADE

“As gerações que mudam a gestão
        Eles fazem parte de um grupo conectado, inquieto, curioso, ávido por aprendizado e satisfação pessoal e profissional. Os millennials – ou geração Y – e a geração Z cresceram, são jovens e também adultos na casa dos 30 que estão se inserindo e ganhando espaço ao transformar o mercado, trazendo questionamentos e apresentando novas condutas que exigem o desenvolvimento diferenciado de modelos de gestão.
         Presas em regras e normas do passado, algumas empresas penam para se adaptar às novas demandas desses colaboradores. São eles que moldam suas vontades, que se arriscam em novas oportunidades de trabalho caso reconheçam possibilidades de crescimento. São inquietos para ter mais e mais experiências, a ponto de trocar um período garantido de estabilidade por uma vivência de meses no exterior para aprender um idioma, por exemplo.
         Entre o fim da década de 1970 e o início dos anos 2000, essas pessoas vieram ao mundo para viver a transição para uma era completamente conectada e tecnológica. Não é surpresa que elas tenham suas próprias demandas, vontades e ideias, uma vez que constroem seus perfis profissionais com muito mais autonomia do que seus pais e avós. E precisamos destacar continuamente que essa sede por autodesenvolvimento começou a crescer com os millennials, faixa que representa 44% da população economicamente ativa do país, segundo a consultoria Booz Allen.
         As pessoas dessas gerações aprendem rápido e, consequentemente, são capazes de produzir em alta velocidade, uma característica que ganha a confiança daqueles que estão no comando de setores e empresas. É claro que esse aprendizado veloz tem amparo na internet e em todas as ferramentas que a rede global nos proporciona. E, se são esses jovens e jovens adultos os mais conectados, cabe aos gestores aprenderem a lidar com o dinamismo que pauta essas gerações. Essa é uma peça fundamental para que administradores não caiam na cilada de “competir” com a tecnologia, a grande aliada.
         É preciso lembrar ainda que o conceito de personalização nunca foi tão explorado. Por exemplo, foram as demandas dessas gerações que levaram à criação de produtos e serviços que podem ser moldados e adaptados às necessidades pessoais. Cartões de crédito com vencimento à escolha do cliente, academias com planos ultrapersonalizados, aplicativos de transporte que impulsionaram o ir e vir, só para citar alguns dos serviços que tiveram influência no poder de exigência dessas pessoas.
         Isso não seria diferente no contexto do ambiente de trabalho. A solução para uma gestão que dialogue com as demandas de cada jovem colaborador é justamente atender de forma personalizada. Cada companhia deverá encontrar a melhor forma de fazer isso. Possivelmente, modelos flexíveis de jornada e a elaboração de planos de carreira específicos, conforme capacidades e habilidades únicas, seriam estratégias valorizadas pelas gerações Y e Z.”.

(VICTOR FELIPE OLIVEIRA. CEO da VGX Contact Center, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de agosto de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de agosto de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro-agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reformar para sobreviver
        A história nos revela inúmeros grandes pensadores e estadistas que foram essenciais em suas épocas, apresentando soluções para os problemas até então considerados intransponíveis. Algumas dessas soluções incorporaram de tal forma as tradições humanas, tornando-se intocáveis como dogmas, e assim, isentas de ser questionadas.
         No entanto, nada concernente ao ser humano e sua vida sobre a Terra é inquestionável. Afinal, a vida é contínua e novos tempos sempre requerem novas ideias e novas abordagens. Na verdade, o que está por trás desse apego humano contra a atualização de certas velhas ideias no seu modo de vida é a resistência das pessoas às consequências que as transformações trazem consigo. Pois, normalmente, elas geram desconforto e insegurança quanto ao futuro, originárias do velho dilema que continuamente aflige a humanidade: “Como sobreviver?”.
         E aí se destaca a instituição previdenciária, filha da ideologia do Estado do bem-estar social. Ela foi a universal esperança de sobrevivência na velhice, em um contexto todo específico no século 20, quando a expectativa de vida da população, até mesmo nos países mais desenvolvidos, era bem menor que a atual, permitindo um perfeito equilíbrio, na época, à manutenção da matemática financeira social entre o contingente trabalhador e o dos segurados. Hoje, com os avanços desfrutados por todas as nações, de melhores condições vivenciais, resultando em vidas mais longevas, já não se permite que os parâmetros antigos sejam mantidos, pois os novos contextos são completamente diferentes, inviabilizando a sustentação matemática dessa conta. Portanto, nada resta aos gestores responsáveis a não ser a readequação de todos os parâmetros de modo a ressuscitar o velho equilíbrio do sistema previdenciário. Em verdade, não se trata de caso político, mas, sim, gerencial, com a obrigação inadiável de reformar para continuar sobrevivendo. Caso contrário, rápido se dará a quebra de todo o sistema do bem-estar social, com consequências inimagináveis para o país e sua população.
         Somando-se a isso, diante do agravante quadro exposto da profunda e generalizada corrupção institucional no Brasil e da já manifestada defesa desse sistema corrupto, no uso massivo e repetitivo do dissimulado pretexto de que “isso sempre foi assim e não há jeito de ser transformado”. Cabe à sociedade civil demonstrar sua força e ir de encontro à tentativa de manutenção desse status, cuja única vítima é o povo brasileiro, que trabalha como camelo para sustentar toda essa casta de parasitas. Pois, de nada adianta a reordenação de parâmetros na questão previdenciária se não se extinguir a corrupção em outras áreas do setor público, além de reduzir drasticamente esse ineficiente setor. Será como despir um santo para vestir outro. E as contas públicas continuarão a ser deficitárias, travando a retomada econômica sustentada do Brasil. E assim inviabilizando o futuro da atual e futuras gerações de brasileiros.
         De uma vitória urgente contra a corrupção, de uma reordenação dos parâmetros previdenciários e da redução acentuada do setor público depende o Brasil para diminuir seu custo operacional e para crescer em importância no contexto político internacional, a fim de se reinserir com destaque na nova geopolítica mundial, após os últimos vergonhosos anos como anão diplomático.
         Para isso, serão necessários cidadãos esclarecidos e detentores de uma nova perspectiva de vida bem como de representantes que estejam à altura do importante papel de destaque a ser desempenhado pelo país. Pois, na infeliz manutenção desse atual atoleiro de corrupção, ineficiência e insegurança em que se encontra o país, o único futuro de destaque que lhe aguarda vai ser o aterrorizante caos social. E ele já está batendo à porta. Cabe saber se vai entrar ou se será responsavelmente despachado para bem longe.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica marca de 378,30% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses em julho/2017 chegou a 2,71%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

 




segunda-feira, 24 de julho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RIQUEZA DA LIDERANÇA E DA HUMANIDADE E A LUZ DA ÉTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Empresas e o capital humano
        É cada vez mais necessário o posicionamento das empresas quanto à valorização do capital humano, tendo em vista que essas pessoas são a energia motriz para que as corporações se mantenham ativas. E, para que alcancem seus objetivos, é fundamental contar com uma equipe engajada, satisfeita e, principalmente, motivada.
         Motivação nas corporações é tema que deveria exigir o máximo de atenção por parte de líderes e profissionais de recursos humanos, pois é por meio desse estímulo que o colaborador “veste a camisa” da empresa e luta pelos objetivos da companhia. A partir do momento em que formos capazes de ter a visão de que, sem funcionários engajados a empresa não existe, o sucesso organizacional estará muito mais próximo do que se imagina.
         As empresas de call center, por exemplo, movimentaram no último ano mais de R$ 45 bilhões, de acordo com dados levantados pelo Sindicato Paulista de Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark), em parceria com a empresa E-Consulting. É um resultado que segue na contramão de diversos outros segmentos, que sofreram grande impacto com a crise econômica. E, baseado nessa crescente, o setor vem apostando em capacitação profissional e atendimento humanizado. E, também, no desenvolvimento de sistemas de educação nos quais a rapidez e a qualidade do atendimentos dos colaboradores têm o devido destaque, a fim de atuar de forma mais competitiva no mercado de trabalho.
         Uma aposta para esse segmento de capacitação e motivação interna são os cursos que seguem a metodologia EAD, uma alternativa que proporciona mais praticidade para compor, modificar e complementar os treinamentos, mais do que os métodos convencionais de educação. Esse modelo de ensino dirigido se propõe a preparar os colaboradores para trabalhar com novas técnicas, atualizar práticas de trabalhos, desenvolver a liderança dentro da organização, além de construir uma força de trabalhadores preparados que proporcione à empresa mais vantagens competitivas.
         Assim, não basta lançar o desafio de motivar uma equipe somente para profissionais de recursos humanos e acreditar que seu trabalho está feito. É fundamental que os líderes se envolvam para preparar os colaboradores a atuarem com novas técnicas, atualizar práticas de trabalho e desenvolver a liderança dentro da organização. Dessa forma, é possível construir uma equipe forte para se destacar no mercado nacional.”.

(VICTOR FELIPE OLIVEIRA. CEO da VGX Contact Center, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de julho de 2017, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Moralização: a urgência
        O desafio de reverter o grave quadro de crises que afetam a sociedade brasileira requer o indispensável e urgente investimento na assimilação da norma moral, prioridade para confeccionar um tecido cultural capaz de sustentar processos que promovam o respeito, a verdade e o bem de todos. Situações absurdas confirmam que a vida pautada pela moral é ainda uma meta distante, o que exige mudanças. Um exemplo é a conduta, não rara, de indivíduos que participam de protestos contra a corrupção em grande escala ou em instâncias superiores do poder e, ao mesmo tempo, usam a energia elétrica ou a água a partir de mecanismos irregulares. Não se incomodam em assumir práticas lesivas ao bem comum e à dignidade dos outros. Essas e tantas outras situações revelam que não são suficientes apenas intervenções corretivas – por meio de reformas legais, administrativas e sistêmicas – para construir um futuro promissor, pois a falta de moralidade corrói o comportamento individual. O desafio é justamente investir para que a norma moral torne-se, para cada pessoa, força de sustentação dos propósitos e das práticas. Disso podem resultar processos renovadores, nos mais diferentes âmbitos, orientados pelo respeito inegociável ao bem comum.
         Todos precisam assumir o mesmo compromisso: tornar-se referência da moralidade. Assim se corrige um ponto muito frágil no contexto cultural da sociedade brasileira. Há uma comprometedora perda do sentido de respeito, de limite, de consideração do direito das outras pessoas. Percebe-se, ainda, crescente desleixo pelo cumprimento dos próprios deveres. As consequências são notórias: comprometimentos substituídos pelas irresponsabilidades, descasos e indiferenças. É preciso reconhecer que a vivência da cidadania só pode ganhar novos horizontes quando são assimiladas normas morais. De outra forma, serão crescentes as perdas que impactam a sociedade, enjaulando-a nos atrasos de toda ordem, que são produzidos, exatamente, pela imoralidade presente nos atos e nas escolhas.
         A norma moral não pode ser considerada simplesmente como rigidez a ser sempre contestada, em nome da procura por liberdade. Essa busca não pode precipitar cada indivíduo na vala da anomia – acreditar que tem o direito de não respeitar normas, configurando uma permissividade que acirra as crises e as injustiças. Assumir a necessidade de uma norma moral é imprescindível e, para isso, oportunidade de ouro é reconhecer a importância dos valores cristãos, que convocam as pessoas a fazer o bem e a evitar o mal. Nesse sentido, ensina a Constituição Pastoral Gaudium et Spes – sobre a Igreja no mundo atual, fruto do Concílio Vaticano II: “No mais profundo de sua consciência, o homem descobre a existência de uma lei a que deve obedecer e cuja voz ecoa, quando necessário, nos ouvidos do coração, advertindo-o de que deve amar e praticar o bem e de que deve evitar o mal”.
         Deus é quem inscreve essa instância moral que atravessa a consciência humana. Por isso, indiscutível é priorizar a espiritualidade como experiência cotidiana na formação da consciência. Um investimento que convence a respeito da centralidade da prática do bem. A experiência espiritual é um remédio indispensável no enfrentamento da delinquência, nas suas mais diferentes configurações, que entorta os rumos da sociedade e oficializa dinâmicas perversas, por fazer ruir o verdadeiro sentido da vida. Uma sociedade delinquente deixa assorear, progressivamente, as suas fontes culturais e não consegue trilhar um caminho que leve a avanços, pois não há garantia da qualificada participação cidadã e da proteção à vida. Por isso, os cenários de uma sociedade imoral ou desmoralizada são de grande confusão e de incompetência. O caos se expande justamente porque, mesmo reconhecendo que há muitas situações a serem corrigidas, não se sabe por onde começar, como aplicar a justiça e de que modo é possível abrir os caminhos para os reparos necessários. Diante de tanta confusão, prevalece o pessimismo, que se manifesta em uma crença muito comum: ninguém presta, nada presta e não há saídas para as crises que se multiplicam.
         Os segmentos diversos da sociedade, para além de discursos, precisam articular posicionamentos alicerçados na moralidade. Esse movimento na direção do que é norteado pela moral tem força para garantir seriedade e justiça nos diferentes processos, o compromisso com a verdade e o bem de todos. A grande mudança necessária em todo o contexto social exige uma reformulação interior de cada pessoa. Esse exercício requer enfrentar a avalanche de conexões deficitárias, que desconsideram a importância dos valores e princípios – norteadores do gosto pelo que é honesto e transparente. Um inadiável desafio para a sociedade brasileira é, pois, investir na moralização, mas sem o moralismo – mecanismo que apenas cria uma imagem pública ilusória, diferente do que efetivamente se faz, fala e realiza.
         O desafio é grande porque exige mais ética, tanto das autoridades políticas quanto dos demais cidadãos, nas suas diferentes tarefas cotidianas. Demando comportamento ético na esfera pública e no âmbito da privacidade. Os sistemas educativos e governamentais, as práticas religiosas, todas as instâncias capazes de interferir na modelagem, promoção e assimilação de valores precisam de atenção e reconhecimento, para que se alcance a meta comum de configurar novo tecido cultural, Efetiva-se, assim, um processo, a partir da sinergia de diferentes instâncias, capaz de garantir a moralização necessária à sociedade brasileira, conduzindo-a rumo a novos caminhos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em junho,  chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...