“As
gerações que mudam a gestão
Eles fazem parte de um
grupo conectado, inquieto, curioso, ávido por aprendizado e satisfação pessoal
e profissional. Os millennials – ou geração Y – e a geração Z cresceram, são
jovens e também adultos na casa dos 30 que estão se inserindo e ganhando espaço
ao transformar o mercado, trazendo questionamentos e apresentando novas
condutas que exigem o desenvolvimento diferenciado de modelos de gestão.
Presas
em regras e normas do passado, algumas empresas penam para se adaptar às novas
demandas desses colaboradores. São eles que moldam suas vontades, que se
arriscam em novas oportunidades de trabalho caso reconheçam possibilidades de
crescimento. São inquietos para ter mais e mais experiências, a ponto de trocar
um período garantido de estabilidade por uma vivência de meses no exterior para
aprender um idioma, por exemplo.
Entre
o fim da década de 1970 e o início dos anos 2000, essas pessoas vieram ao mundo
para viver a transição para uma era completamente conectada e tecnológica. Não
é surpresa que elas tenham suas próprias demandas, vontades e ideias, uma vez
que constroem seus perfis profissionais com muito mais autonomia do que seus
pais e avós. E precisamos destacar continuamente que essa sede por
autodesenvolvimento começou a crescer com os millennials, faixa que representa
44% da população economicamente ativa do país, segundo a consultoria Booz
Allen.
As
pessoas dessas gerações aprendem rápido e, consequentemente, são capazes de
produzir em alta velocidade, uma característica que ganha a confiança daqueles
que estão no comando de setores e empresas. É claro que esse aprendizado veloz
tem amparo na internet e em todas as ferramentas que a rede global nos
proporciona. E, se são esses jovens e jovens adultos os mais conectados, cabe
aos gestores aprenderem a lidar com o dinamismo que pauta essas gerações. Essa
é uma peça fundamental para que administradores não caiam na cilada de
“competir” com a tecnologia, a grande aliada.
É
preciso lembrar ainda que o conceito de personalização nunca foi tão explorado.
Por exemplo, foram as demandas dessas gerações que levaram à criação de
produtos e serviços que podem ser moldados e adaptados às necessidades
pessoais. Cartões de crédito com vencimento à escolha do cliente, academias com
planos ultrapersonalizados, aplicativos de transporte que impulsionaram o ir e
vir, só para citar alguns dos serviços que tiveram influência no poder de
exigência dessas pessoas.
Isso
não seria diferente no contexto do ambiente de trabalho. A solução para uma
gestão que dialogue com as demandas de cada jovem colaborador é justamente
atender de forma personalizada. Cada companhia deverá encontrar a melhor forma
de fazer isso. Possivelmente, modelos flexíveis de jornada e a elaboração de
planos de carreira específicos, conforme capacidades e habilidades únicas,
seriam estratégias valorizadas pelas gerações Y e Z.”.
(VICTOR
FELIPE OLIVEIRA. CEO da VGX Contact Center, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de agosto
de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
15 de agosto de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO,
engenheiro-agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:
“Reformar para sobreviver
A história nos revela
inúmeros grandes pensadores e estadistas que foram essenciais em suas épocas,
apresentando soluções para os problemas até então considerados intransponíveis.
Algumas dessas soluções incorporaram de tal forma as tradições humanas,
tornando-se intocáveis como dogmas, e assim, isentas de ser questionadas.
No
entanto, nada concernente ao ser humano e sua vida sobre a Terra é
inquestionável. Afinal, a vida é contínua e novos tempos sempre requerem novas
ideias e novas abordagens. Na verdade, o que está por trás desse apego humano
contra a atualização de certas velhas ideias no seu modo de vida é a
resistência das pessoas às consequências que as transformações trazem consigo.
Pois, normalmente, elas geram desconforto e insegurança quanto ao futuro,
originárias do velho dilema que continuamente aflige a humanidade: “Como
sobreviver?”.
E aí
se destaca a instituição previdenciária, filha da ideologia do Estado do bem-estar
social. Ela foi a universal esperança de sobrevivência na velhice, em um
contexto todo específico no século 20, quando a expectativa de vida da
população, até mesmo nos países mais desenvolvidos, era bem menor que a atual,
permitindo um perfeito equilíbrio, na época, à manutenção da matemática
financeira social entre o contingente trabalhador e o dos segurados. Hoje, com
os avanços desfrutados por todas as nações, de melhores condições vivenciais,
resultando em vidas mais longevas, já não se permite que os parâmetros antigos
sejam mantidos, pois os novos contextos são completamente diferentes,
inviabilizando a sustentação matemática dessa conta. Portanto, nada resta aos
gestores responsáveis a não ser a readequação de todos os parâmetros de modo a
ressuscitar o velho equilíbrio do sistema previdenciário. Em verdade, não se
trata de caso político, mas, sim, gerencial, com a obrigação inadiável de
reformar para continuar sobrevivendo. Caso contrário, rápido se dará a quebra
de todo o sistema do bem-estar social, com consequências inimagináveis para o
país e sua população.
Somando-se
a isso, diante do agravante quadro exposto da profunda e generalizada corrupção
institucional no Brasil e da já manifestada defesa desse sistema corrupto, no
uso massivo e repetitivo do dissimulado pretexto de que “isso sempre foi assim
e não há jeito de ser transformado”. Cabe à sociedade civil demonstrar sua
força e ir de encontro à tentativa de manutenção desse status, cuja única
vítima é o povo brasileiro, que trabalha como camelo para sustentar toda essa
casta de parasitas. Pois, de nada adianta a reordenação de parâmetros na
questão previdenciária se não se extinguir a corrupção em outras áreas do setor
público, além de reduzir drasticamente esse ineficiente setor. Será como despir
um santo para vestir outro. E as contas públicas continuarão a ser
deficitárias, travando a retomada econômica sustentada do Brasil. E assim
inviabilizando o futuro da atual e futuras gerações de brasileiros.
De uma
vitória urgente contra a corrupção, de uma reordenação dos parâmetros
previdenciários e da redução acentuada do setor público depende o Brasil para
diminuir seu custo operacional e para crescer em importância no contexto
político internacional, a fim de se reinserir com destaque na nova geopolítica
mundial, após os últimos vergonhosos anos como anão diplomático.
Para
isso, serão necessários cidadãos esclarecidos e detentores de uma nova
perspectiva de vida bem como de representantes que estejam à altura do
importante papel de destaque a ser desempenhado pelo país. Pois, na infeliz
manutenção desse atual atoleiro de corrupção, ineficiência e insegurança em que
se encontra o país, o único futuro de destaque que lhe aguarda vai ser o
aterrorizante caos social. E ele já está batendo à porta. Cabe saber se vai
entrar ou se será responsavelmente despachado para bem longe.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade,
em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da
modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica
marca de 378,30% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses em julho/2017 chegou a 2,71%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...