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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A CIDADANIA E A RELAÇÃO COM O DINHEIRO E O PODER

“A democracia não é o luxo dos países ricos e sim a glória das nações cultas. Não é o dinheiro que sustenta a democracia, e a formação moral, e a educação moral e a educação do povo. Em Roma e na Grécia não era a riqueza e sim a cultura o pábulo da liberdade pública. Quando esta decaía, as instituições livres entravam também em colapso. Não é no comércio, nem na indústria, nem na prosperidade dos negócios que se forja a democracia, mas na escola.
(AUSTREGÉGILO DE ATHAÍDE, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de julho de 1993).

A idéia era apresentar o excelente artigo acima, entretanto, tendo em vista o quadro nacional, entendemos aproveitar este espaço da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE para outra também OPORTUNA e IMPORTANTE matéria publicada no mesmo veículo, Caderno OPINIÃO, edição de 18 de agosto de 2009, página 9, de autoria do professor PAULO VIEIRA, das Faculdades Novos Horizontes, que faz por merecer transcrição INTEGRAL:

Dinheiro e poder

É tênue a fronteira que separa o dinheiro do poder. Aliás, dinheiro e poder sempre andaram de mãos dadas, a ponto de se confundirem e confundirem estudiosos, analistas e interlocutores. Mas a verdade é que, por toda a história, o chamado vil metal sempre flertou com o mundo do poder, e vice-versa. Num ambiente capitalista – sejamos justos e jamais hipócritas ao querer cultivar e defender um purismo que não existe -, tudo gira em torno do dinheiro.

O poder é uma palavra que, há séculos, fascina o homem. Por ele, se mata e se morre. E o poder se manifesta das mais distintas formas, mas, ao ostentá-lo, o ser humano se coloca num patamar superior aos demais componentes de seu grupo de convivência ou da comunidade de sua influência. E, ao conquistar uma posição de destaque, satisfaz o seu ego. É algo que pode muito bem ser explicado pela psicologia. Afinal, o ser humano precisa respirar poder. Curiosamente, mas não por acaso, o poder é um catalisador do dinheiro, e o dinheiro, algo que atrai o poder. Parece que se completam, em que pese o fato de os detentores de um ou de outro (e de ambos) não admitirem publicamente sequer a atração que existe ao aproximá-los, à semelhança do que ocorre com os ímãs.
A política partidária pressupõe poder. Afinal, o povo confere àqueles homens e mulheres o “poder de representá-lo. O grande problema é que, nos últimos tempos, com tantas notícias desabonadoras envolvendo representantes do povo, criou-se uma impressão geral de que “o governo do povo, pelo povo e para o povo”, mote da democracia, não é pelo povo, nem para o povo. Em que pesem as notícias pipocarem com inquietante freqüência aqui no Brasil, há de se considerar que o fenômeno – digamos assim – de uma relação incestuosa entre dinheiro e poder não é exclusivo do Brasil. Entretanto, até por uma questão de justiça, deve ser registrado que dinheiro e poder têm a capacidade de conviver pacificamente e sem tentações mútuas, o que pode ser comprovado pelas atuações e biografias de vários homens públicos, de todas as esferas.

O grande perigo é fazer com que a democracia sofra ferimentos que não propiciem uma cura. É triste dizer, mas, a cada notícia envolvendo má relação entre dinheiro e poder, ocorre um desalento do povo com relação àqueles homens e mulheres que, um dia, receberam a outorga para representá-lo. Talvez – até para tornar o assunto mais palatável – seja interessante vasculhar o grande acervo de músicas brasileiras, para retirar lições e alertas que podem ser vinculados ao assunto em pauta. Uma delas, exemplarmente aplicável ao quadro atual (e que valeria a pena ser permanentemente lembrada por aqueles que, ao receber a honraria de representar o povo, são os mensageiros e guardiões de projetos e sonhos dos cidadãos), diz que “nada do que foi será do jeito que foi um dia”. E aí, para corroborar isso, olha-se para o passado e vem a lembrança de que, um dia, houve um juramento de posse, em que foi assumido o compromisso de trabalhar o processo democrático com correção e lisura. Também é importante resgatar, ainda, que confiança é um fino vaso de porcelana, que, quebrados (o vaso e a a confiança), jamais retornarão ao estado original.”

Com lições assim, vamos promovendo a CONSCIENTIZAÇÃO para as MUDANÇAS que se impõem à nossa CONVIVÊNCIA CIDADÃ, tendo em vista o horizonte do BRASIL 2014, onde o DINHEIRO e o PODER sejam EFETIVA e ETICAMENTE colocados a serviço de uma PÁTRIA verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, onde os EXTRAORDINÁRIOS recursos da NAÇÃO beneficiem os seus LEGÍTIMOS DESTINATÁRIOS: TODOS OS BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS.

O BRASIL TEM JEITO!...