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terça-feira, 3 de novembro de 2009

A CIDADANIA NA TRILHA DA DEMOCRACIA (5/55)

(Novembro = Mês 5; Faltam 55 meses para a Copa do Mundo de 2014).


“A realização pessoal, enfim, não se realiza plenamente nunca. A consciência de que é parte de algo maior motiva o sujeito a colocar-se a serviço da comunidade, quando reconhece que há muito que fazer pelo bem da humanidade. À medida que amplia a sua visão de mundo, descobre que, por detrás de cada perda, existe uma ordem, por detrás de cada pena, há a possibilidade de aprendizagem. Chega a desconfiar-se que o mundo todo é regido por um maestro capaz de conduzir uma orquestra tão rica em recursos que o que sentimos como um desafino não é mais do que a nossa incapacidade de ouvir a música e seus tons na sua totalidade.

Quando se sente partícipe do todo e pensa que a sua compreensão da vida coincide com o que a vida é, o ser humano sente-se feliz, capaz de perceber a harmonia e a unidade de tudo que há. Á medida que erra, descobre que a sua idéia da realidade ainda não era totalmente verdadeira. Aprende assim com a sua desilusão. Sem ilusões, reconhece que a vida é mesmo um vazio (mistério) e que não deve usar do conhecimento nem dos valores para fugir dessa realidade. Religa-se, desse modo, ao mistério da criação, abrindo-se à experiência de viver cada momento de forma íntegra e integrada, com responsabilidade.”
(ROBERTO PATRUS MUNDIM PENA, in Ética e Felicidade. – Belo Horizonte: Faculdade de Estudos Administrativos, 1999.

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de abril de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Pela democracia

O Brasil onde não devem vicejar privilégios de espécie alguma, as classes se formam pela função que exercem e não pelas barreiras que criam. A elas e ao Estado cabe, em princípio, a tarefa ingente de realizar a felicidade humana, através da união de esforços de todas as camadas sociais, com a formação de uma mentalidade ética, cívica e responsável, capaz de nos livrar dos colapsos econômicos e sociais, especialmente em fases críticas de desequilíbrio financeiro. A maré montante dos escândalos, a permanente desordem financeira e o inferno da carestia da vida alarmam justamente os brasileiros, privados do bem-estar, que estão aí a sofrer imerecidos sacrifícios.

Urge, pois, suscitar outros valores, adotar novos métodos, percorrer melhores caminhos. E, neste caso, nenhuma reação é mais legítima numa democracia que o sério empenho de purificar a sufocante atmosfera moral que satura e aniquila os esforços mais vivos e cheios de intenção pública.

Raciocinar patrioticamente sobre o Brasil e pela democracia, em termos de futuro próximo, significa raciocinar em termos de franqueza, em termos de qualidade de esforços no mesmo rumo e com o mesmo objetivo. O Brasil ainda não se encontrou, e o que temos a fazer, brasileiros de qualquer cor política, de qualquer origem, é ajudar o País a achar o seu caminho, é ajudar o País a encontrar-se. Mas este dever, se bem que seja de todos, é precipuamente das classes políticas, que devem, acima de tudo, serem leais ao País e falar ao País a verdade.

Reconheçamos, sinceramente, que as exigências partidárias não devem e não podem se sobrepor aos interesses administrativos, e tenhamos a coragem de admitir que, por força de injunções partidárias, nem todos os setores da administração pública se acham entregues aos mais capazes. Ora, nesta complexa conjuntura nascida de vícios perniciosos e de visão deformada da realidade, seria injusto exigir-se de um governo a correção instantânea deste quadro institucional. Cuidemos de fiscalizar os governantes que devem ser criticados severamente naquilo que estiverem errados, mas não lhes neguemos apoio para o que demonstrem pretender realizar de realmente útil e proveitoso à obra administrativa que o País está a reclamar.”

Eis, pois, mais uma BELA página conclamando-nos à mais SÓLIDA união de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS, sob a INSPIRAÇÃO de LIDERANÇAS CAPAZES e absolutamente COMPROMETIDAS com a ÉTICA, com a VERDADE, com a CIDADANIA e com a QUALIFICAÇÃO TÉCNICA e MORAL, para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO.

É a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A CIDADANIA E A RELAÇÃO COM O DINHEIRO E O PODER

“A democracia não é o luxo dos países ricos e sim a glória das nações cultas. Não é o dinheiro que sustenta a democracia, e a formação moral, e a educação moral e a educação do povo. Em Roma e na Grécia não era a riqueza e sim a cultura o pábulo da liberdade pública. Quando esta decaía, as instituições livres entravam também em colapso. Não é no comércio, nem na indústria, nem na prosperidade dos negócios que se forja a democracia, mas na escola.
(AUSTREGÉGILO DE ATHAÍDE, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de julho de 1993).

A idéia era apresentar o excelente artigo acima, entretanto, tendo em vista o quadro nacional, entendemos aproveitar este espaço da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE para outra também OPORTUNA e IMPORTANTE matéria publicada no mesmo veículo, Caderno OPINIÃO, edição de 18 de agosto de 2009, página 9, de autoria do professor PAULO VIEIRA, das Faculdades Novos Horizontes, que faz por merecer transcrição INTEGRAL:

Dinheiro e poder

É tênue a fronteira que separa o dinheiro do poder. Aliás, dinheiro e poder sempre andaram de mãos dadas, a ponto de se confundirem e confundirem estudiosos, analistas e interlocutores. Mas a verdade é que, por toda a história, o chamado vil metal sempre flertou com o mundo do poder, e vice-versa. Num ambiente capitalista – sejamos justos e jamais hipócritas ao querer cultivar e defender um purismo que não existe -, tudo gira em torno do dinheiro.

O poder é uma palavra que, há séculos, fascina o homem. Por ele, se mata e se morre. E o poder se manifesta das mais distintas formas, mas, ao ostentá-lo, o ser humano se coloca num patamar superior aos demais componentes de seu grupo de convivência ou da comunidade de sua influência. E, ao conquistar uma posição de destaque, satisfaz o seu ego. É algo que pode muito bem ser explicado pela psicologia. Afinal, o ser humano precisa respirar poder. Curiosamente, mas não por acaso, o poder é um catalisador do dinheiro, e o dinheiro, algo que atrai o poder. Parece que se completam, em que pese o fato de os detentores de um ou de outro (e de ambos) não admitirem publicamente sequer a atração que existe ao aproximá-los, à semelhança do que ocorre com os ímãs.
A política partidária pressupõe poder. Afinal, o povo confere àqueles homens e mulheres o “poder de representá-lo. O grande problema é que, nos últimos tempos, com tantas notícias desabonadoras envolvendo representantes do povo, criou-se uma impressão geral de que “o governo do povo, pelo povo e para o povo”, mote da democracia, não é pelo povo, nem para o povo. Em que pesem as notícias pipocarem com inquietante freqüência aqui no Brasil, há de se considerar que o fenômeno – digamos assim – de uma relação incestuosa entre dinheiro e poder não é exclusivo do Brasil. Entretanto, até por uma questão de justiça, deve ser registrado que dinheiro e poder têm a capacidade de conviver pacificamente e sem tentações mútuas, o que pode ser comprovado pelas atuações e biografias de vários homens públicos, de todas as esferas.

O grande perigo é fazer com que a democracia sofra ferimentos que não propiciem uma cura. É triste dizer, mas, a cada notícia envolvendo má relação entre dinheiro e poder, ocorre um desalento do povo com relação àqueles homens e mulheres que, um dia, receberam a outorga para representá-lo. Talvez – até para tornar o assunto mais palatável – seja interessante vasculhar o grande acervo de músicas brasileiras, para retirar lições e alertas que podem ser vinculados ao assunto em pauta. Uma delas, exemplarmente aplicável ao quadro atual (e que valeria a pena ser permanentemente lembrada por aqueles que, ao receber a honraria de representar o povo, são os mensageiros e guardiões de projetos e sonhos dos cidadãos), diz que “nada do que foi será do jeito que foi um dia”. E aí, para corroborar isso, olha-se para o passado e vem a lembrança de que, um dia, houve um juramento de posse, em que foi assumido o compromisso de trabalhar o processo democrático com correção e lisura. Também é importante resgatar, ainda, que confiança é um fino vaso de porcelana, que, quebrados (o vaso e a a confiança), jamais retornarão ao estado original.”

Com lições assim, vamos promovendo a CONSCIENTIZAÇÃO para as MUDANÇAS que se impõem à nossa CONVIVÊNCIA CIDADÃ, tendo em vista o horizonte do BRASIL 2014, onde o DINHEIRO e o PODER sejam EFETIVA e ETICAMENTE colocados a serviço de uma PÁTRIA verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, onde os EXTRAORDINÁRIOS recursos da NAÇÃO beneficiem os seus LEGÍTIMOS DESTINATÁRIOS: TODOS OS BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS.

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

AS LIÇÕES DE EINSTEIN PARA A CIDADANIA

“Não se pode dizer pelas aparências como as coisas vão caminhar. Algumas vezes, a imaginação faz as coisas parecerem muito piores do que são – ainda que, sem imaginação não se pode fazer muita coisa. As pessoas que são imaginativas vêem mais perigos do que estes talvez existam, certamente vêem sempre muito mais do que acontece e, assim, devem também rezar para que lhes seja dada uma coragem extra para lidar com toda essa imaginação.

Mas para todos, certamente, pelo que atravessamos neste período – e eu estou me referindo à escola – certamente neste período de dez meses a lição é: jamais ceder, jamais ceder, jamais, jamais, jamais, jamais – em nada, seja grande seja pequeno, amplo ou trivial – jamais ceder exceto a convicções de honra e bom senso”.

(WINSTON CHURCHILL, em 29 de outubro de 1941, quando de visita à escola onde estudou – Escola Harrow, Londres).

É exatamente em busca dessa CORAGEM EXTRA, quando vislumbramos a grande porta para as grandes transformações do BRASIL através da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE que encontramos mais uma INESTIMÁVEL contribuição vinda de artigo do jornalista OTACÍLIO LAGE, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 08 de julho de 2009, no Caderno OPINIÃO, página 9, que nos impõe a transcrição na ÍNTEGRA:

“Lições de Einstein

Ele formulou a teoria da relatividade, estabeleceu a base da matemática da estrutura do universo e substituiu a Teoria da atração gravitacional, de Isaac Newton, pela Teoria de um campo de gravitação no contínuo espaço de tempo. Mas nem por isso deixou de dar atenção às coisas simples., de ser feliz, amigo de todos; amava as crianças e era capaz de passar horas tocando violino à cabeceira da cama de uma tia doente. Dava valor extremo à conduta humana, tanto que repetia sempre que “sem cultura moral não haveria nenhuma saída para os homens”. Nasceu em 14 de março de 1879 em Wurtttemberg, Sul da Alemanha, e morreu em 18 de abril de 1955, aos 76 anos, em Princeton, Nova Jersey, Estados Unidos.

Albert Einstein, alemão de origem judaica, refugiado nos EUA desde 1935, fugindo da perseguição de Adolf Hitler, é o cara. Para o mundo, a imagem que ficou dele foi aquela em que aparece com a língua de fora, feita quatro anos antes de morrer, em 1951, no aniversário de 72 anos. Além de violino, Einstein tocava piano e era muito religioso, sem, contudo, professar religião alguma. Para o genial matemático, “a paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos”. Era, acima de tudo, um místico, pois, intuitivamente, ele tirava da sintonia que tinha com o universo cósmico muitas respostas para suas constantes indagações. “Eu penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar e mergulho no silêncio; e eis que a verdade me é revelada”, dizia sempre. Para Einstein, Deus era a lei, a voz da natureza.

Desde jovem, revelava ojeriza às autoridades. Então, já cinqüentão, ao ser forçado a deixar a Alemanha, ficou ainda mais incisivo, tanto que questionava sempre a razão de os religiosos e os governos não dizerem a verdade sobre Deus, o mundo e o homem. “Quais as intenções secretas que eles tinham para manter o homem na ignorância?, questionava Einstein, que insistia que “meditar não é pensar, mas esvaziar os canais de toda substância oriunda dos nossos sentidos e colocar-se diante da Fonte”, segundo ele, a realidade, a imaginação de Deus. “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”, reforçava.

Quando estudava em Princeton, o filósofo brasileiro Humberto Rohden, catarinense de Tubarão, escreveu sobre o colega Albert: “Lá estava um homem cujo corpo ainda vivia na Terra, mas cuja mente habitava as mais remotas plagas do Cosmo”. Realmente, Einstein era desprendido, desgarrado das coisas mundanas. Certa vez, sua empregada encontrou um cheque de
US$ 1,5 mil, recebido por ele há meses, marcando a leitura de um livro. Era comum ele não se lembrar se já havia almoçado, nem sequer sabia o número do telefone de casa, onde vivia com a mulher e dois filhos. Sobre a Teoria da relatividade, o matemático revelou que ela lhe veio por intuição, pois sabia que a certeza intuitiva era anterior a qualquer prova.

Muitos contemporâneos de Einstein, de vários segmentos da sociedade, questionavam por que ele falava tanto com Deus, apesar de os teólogos de então acharem que era ateu. Ele não admitia um Deus pessoal, mas um Deus Supremo, onipresente e onisciente, que está no centro de todos os lugares e de todas as coisas, como já intuíra Santo Agostinho, fazendo Einstein sentir-se em meio a uma grande fraternidade universal. Em suma, para ele, Deus não era uma personalidade capaz de premiar ou punir, mas a invisível realidade do Universo, o que fazia o cientista pensar 99 vezes até que a resposta lhe chegasse intuitivamente, resultando na perfeita sintonia com a Fonte, “o silêncio dinâmico onde tudo já está pronto e acabado”. O matemático era um religado – religião significa religação do homem com o poder infinito. Frisava sempre: “O homem pode não achar Deus, mas Deus o achará, se o homem, naturalmente, não se esconder Dele”.

Sobre o conhecimento, era direto: “A leitura, depois de certa idade, distrai excessivamente o espírito humano de suas reflexões criadoras. Todo homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire preguiça de pensar. A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Einstein tinha forte atração pelo mistério. Segundo ele, o homem que desconhece esse encanto, incapaz de sentir admiração e estupefação, já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. “A emoção é fundamental e está na raiz de toda ciência e arte”, dizia.

Quanto à fama, tinha resposta curta: “Ela é para o homem como os cabelos – crescem depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia”. Tinha com ele que não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável, e não uma personalidade. É necessário que ele adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser compreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.

Pouco antes de morrer, Einstein preconizou: “Nossa era deveria ser a do Paraíso na Terra. A humanidade nunca teve, como agora, melhor ensejo de ser feliz. Quando o Instituto de Estudos Superiores de Princeton foi organizado e Einstein se dispôs a ser um de seus membros, veio a questão salarial. A direção pediu a ele uma proposta de remuneração. O Conselho Diretor da instituição, em resposta, acentuou que pelos seus padrões havia fixado o salário do cientista numa quantia adequada, três vezes maior ao proposto pelo matemático, autor da equação E = mc2 (A massa de um corpo é uma medida do seu conteúdo de energia).

“O meu ideal político é a democracia, na qual seja cada homem respeitado como um indivíduo; e ninguém idolatrado”, pontuava. Bom seria se os homens de hoje que detêm o poder, financeiro e político, tivessem um pouco de humildade e se espelhassem no cientista que esquecia cheque ao portador dentro de livros; que detestava mesquinharia, brutalidade, militarismo e guerra; que primava pela ética e que tinha a certeza e que estava sempre falando com Deus. A utopia, às vezes, vale a pena.”

São páginas como essas que nos FORTALECEM na FÉ e na ESPERANÇA de enfrentarmos os DESAFIOS que estão colocados e, principalmente, com vistas ao BRASIL 2014, promovermos a MOBILIZAÇÃO de todo o POVO brasileiro, fazendo VALER o império da ÉTICA, da DECÊNCIA, do ESPÍRITO PÚBLICO, da TRANSPARÊNCIA, da EFICIÊNCIA e AUSTERIDADE na aplicação de CADA CENTAVO dos BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS que estão previstos para os próximos cinco anos.

Ao final, que tenhamos como resultado uma GRANDE NAÇÃO: JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, inteiramente do SÉCULO XXI.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

QUEM SÃO AS PESSOAS COMUNS?

“Escrevo com o dicionário.
Sem dicionário não posso escrever – como escritor”.
GILBERTO AMADO, ap. ANTÔNIO CARLOS VILAÇA, O Anel.

Mais uma grande oportunidade de aprofundarmos uma FECUNDA LIÇÃO de CIDADANIA que vem de BRASÍLIA, através de matéria publicada na Revista VEJA – edição 2118 – ano 42 – n° 25, páginas 58 a 68, invocando a CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição:

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Nunca será demais DISCERNIR e NÃO TOLERAR que práticas do BRASIL COLONIAL, INSISTAM em adentrar AINDA na segunda DÉCADA do século XXI; “Ao afirmar que Sarney merece um tratamento diferenciado, o presidente atropelou o preceito constitucional expresso no artigo 5°, que estabelece a igualdade de todos perante a lei. “Lula foi absolutamente infeliz. Reforçou a idéia de que um é melhor do que o outro. Restabeleceu a lógica do “você sabe com quem está falando?”. Bateu de frente na Constituição e no princípio basilar da democracia”, resume o historiador Marco Antônio Villa”. É a NEFASTA CULTURA atravessando séculos como abordado na reportagem que oferece VASTO CAMPO para a PEDAGOGIA da CIDADANIA.

Segue a reportagem:

“Dono de uma biografia comovente e de uma popularidade acachapante, Lula não parece preocupado com arranhões em sua imagem pessoal. Parece fiar-se nas cicatrizações promovidas pelo tempo. Espontâneo como nos tempos de sindicalista barbudão, ele não é, ainda, afeito a liturgias do cargo que ocupa. Nada disso representa um grande problema. A questão é que, no exercício da Presidência da República, Lula personifica muito mais do que o operário que chegou ao poder. Ele é ao mesmo tempo o mestre e o servo dos brasileiros ao se investir dos poderes de uma instituição, a Presidência da República. Entre seus inúmeros e vitais papéis está o de zelar pela Constituição. Ao declarar que Sarney é um personagem que paira sobre tudo e todos, o presidente da República foi além de cometer uma gafe pessoal. Ele feriu a Carta que jurou defender. E isso nem um presidente popular, simpático e bem-sucedido como Lula pode fazer impunemente.

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O QUE DIZEM AS PESSOAS COMUNS

A esmagadora maioria dos 100 cidadãos de dez estados ouvidos pela reportagem de VEJA mostrou-se indignada com as frases condescendentes do presidente Lula em relação à corrupção e à impunidade. Eles responderam a duas indagações: por que no Brasil as denúncias não dão em nada e se concordam com Lula em que políticos como Sarney devem ter tratamento diferente do que têm as pessoas comuns. Entre os entrevistados, há estudante, cientistas, artistas, comerciantes e profissionais liberais. Há brasileiros anônimos e famosos, ricos e pobres. Não importa. São todos iguais perante a lei e – o mais importante – querem que seja assim. A comparação entre o que eles e o presidente pensam sobre o assunto revela um fenômeno preocupante: o distanciamento entre a política e o mundo real. Passou da hora de os senhores de Brasília ouvirem a voz dos cidadãos conscientes.

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Na véspera da declaração de apoio de Lula, o senador “incomum” subiu à tribuna. Em um de pouco mais de meia hora, disse que a crise não é dele, mas de todo o Senado, e que não aceita ser julgado por questões menores, o que é uma “falta de respeito para quem tem mais de cinqüenta anos de vida pública”. VEJA ouviu uma centena de pessoas “comuns” em várias partes do país, para saber como receberam a defesa do tratamento diferenciado aos políticos proposto pelo presidente. As opiniões estão produzidas ao longo das páginas desta reportagem. Em 1890, Benjamim Constant, ardoroso republicano brasileiro, saiu de uma audiência com o marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil, indignado com o tratamento que lhe fora dispensado. “Não era esta a República com que eu sonhava”, disse Constant. Mais de um século depois, é como se sua frase continuasse a ressoar entre os milhões de cidadãos que vivem sob o império da lei, sem privilégios e pagando a conta dos “incomuns” de Brasília.”

Consideramos também RELEVANTE para o nosso propósito de MOTIVAR toda a SOCIEDADE para a MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, a contribuição qualificada de SACHA CALMON, advogado tributarista, coordenador do curso de especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, presidente honorário da Associação Brasileiro de Direito Tributário, no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de junho de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9:

“Ao presidente da República cabe um certo recato, mormente no Brasil, onde o povo o vê não apenas como o supremo magistrado do país, a exemplo dos Estados Unidos (EUA), incumbido de tomar as decisões atinentes à nação, mas o enxerga também como o pai, protetor e guia moral. Se o presidente acha “isso” ou “aquilo”, quem sou eu para discordar, pensa o humílimo homem do povo; porque ainda temos baixos níveis de educação cívica e política, resultado de sermos um país de recente urbanização e industrialização. Aliás, fomos, numa série de 100 anos (1908 a 2008), o país no mundo que mais se industrializou, courbanizou-se e cresceu nesse período

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O presidente – voltando ao senado – desta vez errou feio. Sua declaração de que o senador Sarney não podia ser criticado ou julgado como qualquer um é inaceitável. A uma, porque reza a Constituição que todos são iguais perante a lei, independentemente de raça, cor, religião, filiação partidária, sexo, condição social etc. Sarney não está acima da lei, em que pese ser o mais antigo político em atividade no Senado. E daí? Tem até maiores responsabilidades. A duas, porque passou recados ao povo, nos seguintes termos: “Aos amigos tudo, aos inimigos a lei, venha a nós o Queiróz”, ou então “Amigos, se tiverem defeitos, eu tiro. Os inimigos se não tiverem defeitos, eu ponho”, ou “Vale mais a companheirada emporcalhada do que a ética na política”, ou: “Os fins justificam os meios”, ou: “Não adianta espernear, porque vai ficar tudo na mesma”. Com um presidente assim não há ética que agüente. A ética na política foi apenas um bordão do PT para nos enganar? Presidente, o senhor tem responsabilidades perante o povo. Um dia suas falas serão analisadas pelos historiadores. E os efeitos também. Preze, ao menos, o seu retrato na parede.”
Tudo isso, enfim, nos MOTIVA e nos FORTALECE em nossa PROFISSÃO DE FÉ: as grandes transformações virão com a implantação definitiva em nosso País da CULTURA da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO, e, sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossas AÇÕES, perseguindo com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ENERGIA, o mesmo ESPÍRITO CÍVICO, a mesma CORAGEM, a construção de uma sociedade verdadeiramente JUSTA, LIVRE e DEMOCRÁTICA, porque TODOS nós SOMOS IGUAIS. TODOS. TODOS. TODOS!...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

REMENDO OU REFORMA POLÍTICA: O QUE QUEREMOS?

Segundo ALVIN TOFFLER: “Os analfabetos do século XXI serão todos aqueles que não desenvolverem a capacidade de APRENDER, DESAPRENDER E REAPRENDER”. (o grifo é meu).

Numa coisa velha e boa, o remendo faz sentido e sempre e se reveste de importância, tornando o seu uso novamente adequado, podendo até ter vida longa e útil.

Mas, se tratamos da POLÍTICA ela não é de forma alguma coisa velha e é sempre boa, porque carrega consigo, de modo inexpugnável, a ÉTICA, comportamento moral a guiar os CIDADÃOS à prosperidade e à felicidade, fim primordial de nossa existência.

Ocorre, entretanto, que uma parcela jurássica de nossas lideranças, movidas quase sempre por inconfessáveis interesses e desmedida ganância, não percebem que este fascinante mundo novo conta o tempo, para as grandes e notáveis realizações, em unidades cada vez menores. Assim, a vida das pessoas pode sofrer impactos extraordinários até em fração de segundos.

Desse modo, falar em ano, década, século, ganha proporções muito especiais, que estão a exigir, cada vez, mais responsabilidade, qualificação e grandeza de espírito, enfim, mais humanidade.

Então, queremos trazer uma despojada visão a respeito da imperiosa necessidade de tratarmos, neste momento, da REFORMA POLÍTICA, de maneira rigorosamente patriótica, não nos deixando levar pelas esfarrapadas desculpas de calendário eleitoral e outras inaceitáveis imoralidades,

Entendemos que, ao lado dos temas que já estão fartamente colocados na mídia como LISTA PARTIDÁRIA, FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS, FIDELIDADE PARTIDÁRIA, INELEGIBILIDADE, COLIGAÇÕES, CLÁUSULAS DE BARREIRA, todas sem dúvida alguma, importantes, deveríamos juntar, aprofundar e ampliar também o debate de questões como, por exemplo, ELEIÇÕES UNIFICADAS A CADA QUATRO ANOS , FIM DA ELEIÇÃO “CASADA” DO SUPLENTE DE SENADOR E VOTO DISTRITAL.

O BRASIL vive talvez a mais aguda CRISE DE ÉTICA de toda sua história, onde a CORRUPÇÃO e o DESPERDÍCIO atingem níveis INTOLERÁVEIS, manchando especialmente parcela expressiva de nossas lideranças, uma vez que as decisões políticas permeiam e norteiam toda a SOCIEDADE, causando prejuízos incalculáveis e absolutamente irrecuperáveis.

Os exemplos de malversação do dinheiro público chegam a todo momento, numa escalada cruel e devastadora. Neste momento, vem de um dos mais importantes e prósperos Estados brasileiros – RIO GRANDE DO SUL, como noticia à exaustão a Revista VEJA – edição 2113 – ano 42 – nº 20, páginas 62 e 63: CAIXA UM NO CAIXA DOIS? – “...que VEJA revelou a existência de gravações que apontam que sua campanha eleitoral foi abastecida com recursos provenientes de caixa dois.” As denúncias envolvem a ex-Ministra, ex-Senadora e atual governadora YEDA CRUSIUS, lançando suspeição sobre a face de liderança de tamanha influência, o que contagia seriamente gerações de brasileiros.

E que não se tente contabilizar valores das campanhas no modelo existente, pois não há tribunal no mundo que consiga trazer à luz as verdadeiras quantias despendidas em cada pleito. Apenas a título de ilustração: sabemos que cada eleição custa, aos cofres públicos, algo em torno de R$ 800 milhões. A questão não é de caixa um ou caixa dois, mas simplesmente de CAIXA, sob a luz da legalidade e da moralidade, eis que vamos eleger nossos representantes, que queremos ÍNTEGROS, HONESTOS, ÉTICOS e VOCACIONADOS para o sagrado INTERESSE PÚBLICO.

O que é mais grave ainda, a constatação de que o País, com o status vigente, vive em permanente e nocivo período eleitoral, vez que mal termina uma eleição e já os plantonistas agem diuturnamente nas articulações que conduzem ao poder.

A CRISE DE ÉTICA não tem fronteiras. A mídia noticia também fartamente o escândalo que levou à renúncia o presidente da Câmara dos Comuns, do quase milenar Parlamento britânico, “modelo da moderna democracia representativa copiado mundo afora”, conforme informa SÍLVIO QUEIROZ no Jornal ESTADO DE MINAS, Caderno INTERNACIONAL, página 16, de 20/05/2009 (internacional.em@uai.com.br).

Urge, pois, implantarmos definitivamente em nossa SOCIEDADE a cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em todas as nossas relações.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

HELENA ANTIPOFF: CIDADÃ POR EXCELÊNCIA

A vida e as obras de HELENA ANTIPOFF são testemunhos históricos da fé na LIBERDADE, na CIDADANIA e, de modo muito especial, na DEMOCRACIA, cenário fértil para a prosperidade e felicidade dos povos.

Toca-me particularmente o coração, pela afável e fraterna convivência com a inesquecível Mestra, trazer à reflexão, neste momento de profunda crise global, financeira antes, depois econômica, política, social e, sobretudo, de ética, o papel desempenhado por essa EDUCADORA na formação e aperfeiçoamento de várias gerações e, ainda hoje, rico manancial de estudos por universidades de todo o mundo.

Aí, sim, evocar a trajetória de HELENA ANTIPOFF, nascida russa (1892), tendo chegado ao Brasil em 1929, a convite do Governo do Estado de Minas Gerais, para a conspícua tarefa de introduzir a Psicologia na Educação, obtendo a CIDADANIA brasileira (1951), Cidadã Honorária de IBIRITÉ (1974), onde faleceu em 1974, e longe de tentar enveredar pelo vastíssimo campo de atuação no desenvolvimento da ciência, da psicologia, da educação e da pesquisa social, é dever cívico que carrega consigo a chama dos ideais de fraternidade universal.

Quis a providência divina que esta “Terra Firme”, amada, chamada IBIRITÉ, abrigasse o Complexo Educacional da Fazenda do Rosário que na visão extraordinária da mestra HELENA, haveria de incorporar a necessária estrutura para atendimento de todos os níveis educacionais, indo da Educação Infantil ao Ensino Superior, contemplando o pioneiro trabalho de Educação Especial e a ousada assistência aos Bem-Dotados.

Assim, HELENA ANTIPOFF, principalmente nos seus 50 anos (1924-1974) de fecunda e extensa vida laboral, deve servir de inspiração à consciência nacional para um mergulho definitivo na sagrada missão de transformar a EDUCAÇÃO em prioridade absoluta na formulação e implantação de políticas públicas, vez que, no dizer da notável Mestra: “Persistir na idéia de que o verdadeiro progresso social, econômico, político e espiritual não se opera senão através da educação, da educação esmerada das novas gerações, principalmente, cabendo assim aos educadores a máxima responsabilidade tanto pelos males que afligem os povos quanto pelo bem-estar alcançado”.
(A Fazenda do Rosário como experiência social e pedagógica no meio rural – Publicado por HELENA ANTIPOFF em setembro de 1952 e no Boletim da Associação Pestalozzi do Brasil, Rio de Janeiro, 1953).

Ver também HELENA ANTIPOFF – Textos Escolhidos, de autoria de REGINA HELENA DE FREITAS CAMPOS (Organizadora) – São Paulo: Casa do Psicólogo; Conselho Federal de Psicologia, 2002. – (Coleção clássicos da Psicologia Brasileira).
Por oportuno, um abraço à prezada professora REGINA HELENA e sua equipe da Universidade Federal de Minas Gerais, incansáveis no estudo da inesgotável obra de HELENA ANTIPOFF, cidadã por excelência, que continua influenciando gerações de jovens, professores, educadores, pesquisadores, intelectuais e líderes vocacionados para o serviço, o amor e todos aqueles que se juntam para as transformações de uma sociedade global que entre outros desafios, merecem destaque: - as mudanças no perfil demográfico, as novas tecnologia, a internacionalização das economias, a crescente preocupação com o meio ambiente e o impacto das ações governamentais na complexidade da cidadania no século XXI.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A OPINIÃO PÚBLICA E A VELHA E DECOMPOSTA ‘LIXA’

Através da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, é a mais profunda fé que nos move, estaremos qualificando o voto brasileiro e será apenas uma lembrança trágica a cena protagonizada por um deputado da Câmara Federal, que disse à imprensa: “ESTOU ME LIXANDO PARA A OPINIÃO PÚBLICA. ATÉ PORQUE PARTE DA OPINIÃO PÚBLICA NÃO ACREDITA NO QUE VOCÊS ESCREVEM. VOCÊS, BATEM, BATEM E A GENTE CONTINUA SE REELEGENDO.” (E.M, 09/05/09 - o grifo é meu).

Não será com ódio, nem rancor, nem nos sentindo atingidos, mas, pelo contrário, com altivez, com entusiasmo, alegria, discernimento e o mesmo sentimento de amor à pátria que inflamava o coração de brasileiros como FELIPE DOS SANTOS e TIRADENTES, que promoveremos, numa grande cruzada cívica,
a substituição desses que vêm usando, através de séculos, de uma velha e decomposta “lixa”.

O Parlamento é nobre, enquanto fiel guardião da DEMOCRACIA, em perfeita sintonia com a IMPRENSA LIVRE, AUTÊNTICA, RESPONSÁVEL e QUALIFICADA como a que temos, não será, da mesma forma, enlameado por eventuais e indignos ocupantes de cadeiras que pertencem ao POVO, que os ELEGE e os PAGA, e muito bem, e do qual emana todo o poder.

Não há tempo a perder, as eleições se aproximam e, com elas, os fantasmas rondam as cabines indevassáveis que devem abrigar, inexoravelmente, CIDADÃOS LIVRES, CONSCIENTES e QUALIFICADOS, para permitir assento nos parlamentos de HOMENS e MULHERES que sejam absolutamente, ÉTICOS, ÍNTEGROS, HONRADOS, DIGNOS e perfeitamente VOCACIONADOS para os legítimos e sagrados INTERESSES DO POVO.

Então, há que se destacar ainda uma das dívidas da ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA: a da opressão do VOTO. Eis a nossa fé, a nossa determinação, a nossa esperança, que a CADA CIDADÃO corresponda exata e soberanamente CADA VOTO.