“O que querem os recrutadores?
É recorrente entre
profissionais que participaram de seleção a pergunta: por que não foram
escolhidos? Para eles, dúvida e, por vezes, frustração, enquanto os vencedores
desfrutam da agradável sensação de conquistar a meta. Pois é. Falta feedback ao
candidato e ele não sabe qual requisito o afasta do sucesso.
Dicas
de profissionais da área propiciam mais assertividade, garantindo maior competitividade
na busca pelo novo emprego. Minha recomendação inicial é que você seja
amistoso, simpático e estabeleça um ambiente gentil e agradável. Mostre o seu
melhor e prepare-se ao comentar um assunto sobre o qual não se sinta seguro ou
confortável. Quer um exemplo? Você não tem resultados em seu currículo que
demonstrem tal competência, mas o selecionador pergunta a respeito de sua
disciplina em relação ao gerenciamento do tempo, horários e rigor com prazos.
Responda que está trabalhando para aprimorar seus entregáveis, gerenciando
tempo e qualidade. Mas faça isso indicando exemplos do seu dia a dia.
O
selecionador procura evidências de suas competências, habilidades e atitudes a
partir daquilo que você escreveu em seu currículo, já que isso evidencia seus
projetos vitrines, resultados anteriores, o seu perfil como profissional e/ou
líder de uma equipe. Tenha clareza de suas realizações e construa a narrativa
para o selecionador. Contextualize suas ações com o momento da empresa e do
mercado e destaque o que pode fazer individualmente ou como articulador para o
sucesso de determinada entrega.
Procure captar, por
meio das questões e pistas, o que o selecionador apresenta no decorrer da
entrevista, o “mapa da vaga” e o perfil do gestor que a solicitou; isso ajudará
nos próximos passos do processo. Interaja com o selecionador, demonstre
interesse pela vaga e pela empresa. Em caso de vagas de sigilo, busque pistas
da empresa nos discursos do selecionador e quando o nome for divulgado,
prepare-se, leia a respeito da empresa, conheça o perfil de liderança, a
cultura, resultados e prioridades, busque a comunicação dessa empresa com o
público e construa um protocolo de comunicação indicando que você conhece o
cenário do qual aspira fazer parte. Indique o gostaria de realizar ou agregar
caso seja contratado.
Candidatos ansiosos devem treinar, mesmo diante do espelho.
Organize um roteiro do que evidenciar no currículo, aspectos relevantes e
diferenciais que trazem maior competitividade. Simule e filme a sua atuação e
repertório, retire vícios de linguagem, use corretamente o idioma indicado e
prepare-se para conversar fluentemente com diferentes pessoas envolvidas no
processo, registre e estude esse roteiro, retire o que for periférico e dê foco
no que tenha potencial de gerar o interesse da escuta no selecionador.
Se necessário, recorra ao auxílio profissional para
organizar e simular uma situação de entrevista. Sessões de coaching e/ou
mentoring possibilitam performance mais segura, robusta e com mais chance de sucesso.
Controle os impulsos, fale pausadamente, escute com atenção as perguntas do
selecionador e, quando não entende-lo, peça-o para repetir a questão. Você pode
repetir o que entendeu e perguntar no final: “Seria isso mesmo que você
gostaria que eu respondesse?”.
Após a entrevista,
registre os principais aspectos, questões e momentos da entrevista, sejam
positivos ou não. Além disso, você pode pedir um feedback para o selecionador,
ainda dentro da sala, mesmo que indireto. Anote as impressões advindas do
ambiente, faça um repositório para que você possa refletir, comparar a sua
performance e evidenciar o que precisa aprimorar.
Analise suas emoções, prepare-se para diferentes situações,
desde o acolhimento e a satisfação até a falta de feedback e a frustração. O
que não vale é ficar inerte e deixar de seguir sua meta.”.
(ANA
PAULA ARBACHE, professora dos MBAs em desenvolvimento
humano de gestores e em economia e gestão: recursos humanos; DJALMA SCARTEZENI, aluno do MBA
executivo em economia e gestão: recursos humanos/FGV e coordenador de recursos
humanos do Wal Mart, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de JOÃO
CARLOS MARCHESAN, presidente do conselho de administração da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e do Sindicato
Nacional da Indústria de Máquinas (Sindimaq), e que merece igualmente integral
transcrição:
“Mãos
à obra
Iniciamos o segundo
semestre de 2016 com a convicção de que, apesar do atual cenário nada confortável
da economia, o Brasil continua sendo um país viável, não apenas pelas suas
virtudes geográficas e geológicas, mas porque tem uma base produtiva que o
coloca entre as 10 maiores economias do mundo.
Dentro
dessa premissa e com o objetivo de contribuir com a busca da competitividade de
toda a base produtiva é que temos que reiterar os nossos esforços junto ao
governo federal e onde mais for necessário. A nossa palavra de ordem é
sobrevivência. Não podemos mais continuar convivendo com o atual cenário, em
que, até junho deste ano, a indústria de bens de capital mecânicos acumula uma
brutal redução no seu faturamento, de quase 50%, em relação a 2013. E como
vamos planejar o nosso futuro se ainda não vemos uma luz no final do túnel?
Sabemos
que essa queda poderá ser minimizada se as exportações recuperarem o nível
anterior (de 2012), o que seria viável se o câmbio permanecesse competitivo.
Nossos esforços serão no sentido de atuar, junto ao atual governo, para a
implantação de uma agenda emergencial com o objetivo de a indústria brasileira
de máquinas e equipamentos reencontrar o caminho do desenvolvimento.
Não
podemos perder de vista que o nosso setor é considerado como segmento
estratégico pelo seu papel no processo de expansão e modernização de todos os segmentos
produtivos da economia. Assim, qualquer política de desenvolvimento que tenha
foco no avanço tecnológico, na inovação, na produtividade e em uma maior
competitividade da indústria brasileira precisa, para ter uma chance de
sucesso, de um ambiente macroeconômico favorável ao investimento produtivo ou,
ao menos, de um entorno que não lhe seja hostil, como tem ocorrido nas últimas
décadas.
Assim,
toda a Abimaq trabalhará em consonância de objetivos para obtenção de um câmbio
competitivo, inflação baixa, juros civilizados, carga tributária compatível com
as nossas possibilidades, assim como a criação de uma política industrial que
contemple a criação de financiamentos competitivos, desoneração dos
investimentos, conteúdo tecnológico local mínimo e revisão da atual estrutura
das alíquotas do imposto de importação, de modo que bens manufaturados sejam
menos taxados do que bens intermediários e matérias-primas (alíquotas
escalonadas).
Atuaremos,
ainda, na ampliação dos atuais prazos de recolhimento de tributos federais
(IPI, PIS, Cofins, INSS, FGTS) e na criação de uma linha de financiamento de
capital de giro destinada às pequenas e médias empresas (PMEs). Entendemos que
os juros devem girar em torno do IPCA futuro + 3%. Esses financiamentos seriam
provenientes da liberação de depósitos compulsórios.
Proporemos
ainda a instituição de um Programa de Recuperação Fiscal – Refis – voltado à
regularização e à quitação dos débitos fiscais, que facilitaria, inclusive, a
arrecadação por meio da volta dos contribuintes ao recolhimento dos impostos
gerados a partir da adesão e poderia dar uma sobrevida às empresas com
problemas.
Por
último, trabalharemos a favor de uma moratória para novas obrigações fiscais,
uma vez que a combinação do excessivo número de tributos, da carga dessas taxas
e da complexidade de respectivas legislações coloca o Brasil como o país que
tem o mais oneroso, complicado e inseguro sistema tributário do planeta.
Precisamos,
ainda, da ajuda de todos no sentido de construir alianças produtivas e
alinhadas com os interesses da indústria de transformação em geral, como
iniciamos com a Fiesp no mês passado, buscando a construção de um arco de
alianças junto às outras associações para que possamos atingir os nossos
objetivos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda
estratosférica marca de 470,9% para um período de doze meses; e, em junho, o
IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,84% e a taxa de juros do cheque
especial registrou históricos
315,7%...); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c)
a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 1,044 trilhão), a exigir
alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar
uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria,
ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e
sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...