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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA INDÚSTRIA NA RETOMADA DO CRESCIMENTO E AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A indústria puxará o crescimento
        ‘A política industrial que nos convém se reduz a umas poucas regras de bom senso. A primeira é que o mais importante incentivo ao progresso é assegurar liberdade empresarial pela abolição de monopólios estatais e reservas de mercado. A segunda é aumentar a previsibilidade econômica pela estabilização de preços. A terceira é que, antes da concessão de incentivos, é necessário remover obstáculos, pois, isso feito, na maioria das vezes o mercado cuidará de si mesmo’. Essa frase, atribuída a Roberto Campos, economista, professor, escritor, diplomata e político, reflete bem o momento em que estamos vivendo e o clima de otimismo que começamos a perceber.
         Já começamos a sentir os primeiros sinais de que as medidas adotadas pelo governo para evitar o colapso das contas públicas, que tiveram início com a reforma previdenciária e com a sanção de medida provisória para desburocratizar e simplificar processos para empresas e empreendedores, começam a surtir efeito.
         O governo tem acenado positivamente não só com as medidas acima citadas, mas também mantendo uma interlocução com o setor produtivo nunca antes experimentada. Soma-se a esses fatos uma redução de juros aos menores patamares da história, mantendo a inflação controlada e estabelecendo um contexto adequado para o Brasil voltar a crescer.
         São dados animadores e consistentes, o que nos permite afirmar que, em 2020, vamos continuar trabalhando para o crescimento do setor, buscando crédito suficiente, redução do custo Brasil e condições adequadas que garantam isonomia em relação aos nossos concorrentes internacionais.
         Vamos continuar defendendo a iniciativa privada e precisamos de um empurrão gigantesco na indústria nacional, o que parece estar se configurando neste início de 2020. O ano de 2019 terminou com sinais evidentes do governo e do Congresso. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado; a criação de mais de 800 mil empregos formais; o aumento nos últimos cinco meses de 2019 do faturamento industrial; e os sucessivos recordes da Bolsa de Valores, que, pela primeira vez, ultrapassou os 110 mil pontos, são provas de que os agentes de mercado estão respondendo positivamente.
         Os indicadores econômicos oficiais sinalizam que o Brasil começa a se reerguer, resgatando aos poucos a confiança dos setores envolvidos e responsáveis por alavancar o crescimento e reencontrando o caminho do desenvolvimento.
         A atenção aos alertas apresentados pelo setor produtivo ao governo indicam que começamos a ser ouvidos. O próprio envolvimento do Estado em relação às medidas para entender, apurar e diminuir o custo Brasil indicam que estamos no caminho certo. Finalmente encontramos ressonância em um trabalho desenvolvido na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) há anos para apurar o diferencial de custo para se produzir o mesmo produto no Brasil ou no exterior e estamos conseguindo demonstar que esse diferencial é causado principalmente por deficiências em fatores sistêmicos.
         A sensação que externamos hoje é compartilhada por outros segmentos industriais, como demonstra a sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a respeito do Índice de Confiança do Empresário Industrial, que atingiu 62,5 pontos em novembro, 7,9 pontos acima da média histórica. Para 75% dos quase 2.000 empresários ouvidos em pesquisa realizada entre 2 e 10 de dezembro, as ações e as políticas do atual governo contribuíram para a melhoria dos índices econômicos.
         Temos certeza de que 2020 será melhor que 2019, e os nossos números demonstram isso. E, se eles não bastassem, baseando-se na pesquisa da CNI, 57% dos empresários brasileiros já consideram que o ambiente de hoje (2020) é muito mais seguro para tomar decisões de negócios e investimentos que em dezembro de 2018. Mas o mais significativo da pesquisa é que 84% dos empresários industriais pretendem investir nos seus negócios em 2020, e esse é o maior índice dos últimos cinco anos.
         A pesquisa demonstra que é a indústria que será responsável por puxar o crescimento do Brasil em 2020. O PIB do país deve crescer 2,5%, mais que o dobro do aumento estimado para 2019. Enquanto os setores industriais cresceram apenas 0,7% nos últimos 12 meses, a projeção para 2020 é um avanço de 2,8%. Que venha o crescimento.”.

(João Marchesan. Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:
“O lado obscuro
        A raça humana existe no plano de evolução planetária como um único projeto, e não é difícil imaginar que em alguns séculos os aspectos multirraciais se apagarão, deixando esse conceito mais claro. O Brasil é um laboratório dessa miscigenação e sincretismo que agrega experiências de todos os povos.
         Alguns elementos da raça humana possuem uma capacidade e sensibilidade maiores (os espiritualistas os classificam como “almas amigas com muitas e proveitosas vidas passadas”), e a eles se deve o trabalho de abrir a picada que se transformará em avenidas do futuro. Alguns trabalham plantando sementes com centenas de anos de antecedência, quando nem sequer existe o vislumbre da mudança.
         Charles Leadbeater, em seu livro “O Homem Donde e Como Veio e para Onde Vai”, descrevia em 1910, quando nem existia o rádio, que os jornais seriam lidos em caixas espelhadas e que seriam transmitidas para toda a terra as notícias, que “poderiam ser estampadas por qualquer interessado”.
         Alguns seres dotados de excepcional vidência, ou mesmo de clarividência, dificilmente foram ou serão aceitos por quem domina economicamente o planeta. Muito disso em função da capacidade de alterar equilíbrios, fluxos, rotas de ganhos.
         Acabam frequentemente martirizados, e quem escapa o deve, como sugeriu o filósofo Descartes, à regra: “Vive bem quem bem se esconde”. A inteligência descomunal desses indivíduos desenvolve a visão das consequências impactantes que podem desencadear. Rudolf Steiner, talvez mais que Leonardo da Vinci, doou à humanidade centenas de ensinamentos que antecipam os séculos vindouros.
         Alfred Nobel lavou sua alma depois da invenção da dinamite, que, além da utilidade inegável, muitos lutos trouxe ao planeta. Imortalizou-se deixando uma fortuna incalculável, destinada a premiar pessoas que se destacassem pelos serviços prestados à humanidade.
         Os escolhidos para o Nobel podem ser enquadrados na categoria de “precursores que não incomodam”, inseridos quase exclusivamente na lógica de mercado. Os gênios maiores permanecem ocultos e invisíveis, portanto fora da premiação.
         Inquestionáveis exemplos de ameaças disruptivas se apresentaram nos últimos anos.
         Quem não se lembra da máquina de escrever Olivetti, líder mundial até a década de 90, ou da Blockbuster, que oferecia fitas de vídeo e disseminou lojas no mundo, ou da Atari, que vendia os melhores jogos eletrônicos. Ou ainda da Xerox, que inventou e monopolizou o setor de fotocópias, chegando a ser a mais poderosa empresa de tecnologia do planeta. Ou da Yahoo, que em 2005 valia US$ 125 bilhões – recusou proposta de US$ 44,8 bilhões da Microsoft em 2008 e hoje pode ser adquirida por apenas US$ 4,8 bilhões. Mais casos como a MySpace, com seu Orkut, que foi varrida pelo Facebook, hoje avaliado em US$ 400 bilhões, ou ainda a empresa de celulares Blackberry com o teclado que até 2005 era preferência de nove em cada dez executivos. Esta fechou as portas no último dia 12. E o mais comentado “case” de extinção de mercado com a Kodak, que literalmente queimou todos os seus filmes.
         Embora o mercado esteja aberto para qualquer tecnologia, algumas não encontram brechas para chegar ao mercado, tanto pelo interesse privado como por serem ameaças à arrecadação de impostos e ao desfrute de poucos.
         Tecnologias não varrem apenas impérios e lucros fáceis., varrem também empregos. A discussão se alonga desde quando o Senado romano tentou forçar Nero a abandonar máquinas e contrapesos para arrastar blocos que desempregavam milhares de homens e escravos.
         No Brasil temos um caso inverso, conduzido pelo governo federal e pela Petrobras, que dificultou o avanço dos biocombustíveis, algo extremamente nobre e proveitoso para o país. A lógica adotada na primeira década de 2000 foi conceder o controle dos biocombustíveis à Petrobras, como se o Flamengo pudesse controlar o Vasco da Gama.
         Perdemos duas décadas e desperdiçamos alguns bilhões de barris de petróleo com o adiamento de 2007 para 2020 do motor exclusivo a etanol, que garante um consumo menor que o da gasolina, e não 30% a mais, como acontece com a escolha do flex, determinando uma vantagem enorme para a gasolina.
         Isso custou o fechamento de cem usinas de etanol, que geravam 200 mil empregos diretos e indiretos, provocou o maior endividamento setorial no país.
         Etanol sob a consideração social gera empregos na proporção de 8 x 1 em relação ao equivalente petróleo, arrecada mais aos cofres públicos pela indução de inúmeras trocas internas, ativa a microeconomia e a permanência da liquidez no mercado local.
         O Estado existe para atenuar impactos sociais desagradáveis, mas não pode de forma alguma adiar benefícios ambientais e sociais, no exato momento em que deixou o mecanismo do “petróleo”, desmascarado pela operação Lava Jato, provocar uma devastação nacional generalizada.
         Para um país como o Brasil, de enorme potencialidade, é imperdoável subordinar o desenvolvimento ao interesse predatório de um mecanismo de exploração.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

        

segunda-feira, 8 de julho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DAS REFORMAS E PRODUTIVIDADE E A FECUNDA ALIANÇA DA POUPANÇA E INVESTIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“Reformar e aumentar a produtividade
        Estima-se que 2019 será o terceiro ano consecutivo em que cresceremos em torno de 1%, algo que choca quando se considera que essa sequência de crescimento medíocre sucede à maior contração do PIB desde o início do século 20. Ademais, a imagem do Brasil esteve sempre associada à dos países emergentes de melhor desempenho nessa área.
         Óbvio que não existe bala de prata para o país voltar a crescer. Mas há dois fatores cruciais: um é o ajuste das contas públicas com destaque para a Previdência, assunto que está ainda longe de ser equacionado, e sobre o qual continuarei divulgando minhas análises.
         O segundo é a retomada da produtividade, área na qual o país está também deixando muito a desejar. Sem aumento mais expressivo da produtividade, não há como o país voltar a crescer de forma satisfatória. No Fórum Nacional, entidade que hoje presido com o apoio central do BNDES e da Finep, entre outros entes que se dedicam a discutir e indicar soluções para o desenvolvimento brasileiro, o tema da estagnação da produtividade do trabalho tem merecido ênfase especial. Desde a primeira metade dos anos 90, a produtividade do trabalhador no Brasil vem crescendo, em média, apenas 0,7% ao ano, taxa claramente insatisfatória. E no centro da retomada da produtividade estão os investimentos em infraestrutura.
         Um exemplo gritante de como os investimentos em infraestrutura são capazes de aumentar dramaticamente a produtividade está na nossa experiência com portos. Nos anos 1990, o número de movimentações de contêineres era em torno de 10 por hora. Atualmente, graças a vultosos investimentos, alguns terminais chegam a movimentar até 120 contêineres por hora. Com isso, o tempo de atracação de um navio caiu de dois ou três dias para 10 horas. Esse ganho de produtividade permite redução do custo do frete para importadores e exportadores, bem como amplia a capacidade importação/exportação do país, com fortes ganhos para a nossa competitividade.
         Infelizmente, contudo, isso é mais a exceção do que a norma. Sabe-se que é necessário investir em infraestrutura pelo menos 4% do PIB, durante 20 anos, para alcançar qualidade compatível com a renda que queremos para o país. Atualmente, o investimento não chega a 2% do PIB, valor insuficiente para repor a depreciação. Diferentes estimativas mostram a necessidade de aumentarmos o investimento em infraestrutura em torno de R$ 200 bilhões anuais. Enquanto isso não ocorrer, figuraremos entre os países com pior oferta. De acordo com a pesquisa de competitividade do Fórum Econômico Mundial, a qualidade de nossa infraestrutura em 2017/2018 foi a 108ª pior em um grupo de 137 países...
         Dada a falência pública, a solução para o problema parece óbvia: investir mais, atraindo o setor privado para o setor. E também porque o investimento privado tende a ser mais eficiente. De acordo com a CNT, as 10 melhores rodovias do país são concessionadas. De acordo com a Antaq, os três portos mais produtivos são terminais de uso privado (TUP). Ademais, em portos públicos, como o de Santos, onde, nos últimos anos, houve importante entrada do capital privado na operação de terminais portuários, a produtividade aumentou substancialmente, com a movimentação média passando de 28 para 61 contêineres por hora entre 2010 e 2018.
         A grande questão é, por que o capital privado não investe mais em infraestrutura? Diante da abundância de recursos em escala mundial, o problema não parece ser falta de recursos, mas, sim, um ambiente regulatório pouco propício para a atração do capital privado. É verdade que houve avanços importantes nos últimos anos, principalmente na área de governança, mas ainda há muito a ser feito.
         As decisões das agências reguladoras são frequentemente questionadas por outros órgãos do governo, como os de fiscalização e controle ou de defesa da concorrência, que, muitas vezes, analisam a árvore sem enxergar a floresta, no caso, a política pública que se deseja implementar. O resultado é uma paralisia decisória e incerteza jurídica.
         No caso das rodovias, a rodada de concessões de 2013 resultou em fracasso por causa de um balanço inadequado de riscos e pouco disposição da agência reguladora de renegociar os contratos. No setor portuário, os TUPs não vêm tendo a liberdade de fixar preços que estava prevista nos contratos de autorização. Já os terminais privados instalados em portos organizados ficam reféns das decisões das respectivas autoridades portuárias, havendo casos, por exemplo, de não haver reajuste nos preços de alguns serviços desde 2006, afetando severamente a equação financeira dos investimentos.
         Há ainda o problema da morosidade na entrega das licenças ambientais e, no caso dos portos organizados, uma legislação trabalhista que precisa ser revista. Enfim, há uma enorme agenda para que possamos atrair mais capital privado para a infraestrutura, agenda essa que precisa ser adotada para que possamos crescer mais do 1% ano.”.

(RAUL VELOSO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de julho de 2019, caderno ECONOMIA, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SHOTOKU YAMAMOTO, diretor da Sky Corte Laser e diretor conselheiro da Abimaq, e que merece igualmente integral transcrição:

“Poupança e investimento
        Para falar sobre o elevado nível de desemprego existente no país, é preciso distinguir dois importantes conceitos da economia, consumo e investimento. O primeiro é definido como a destruição de um bem ou serviço para satisfazer as necessidades humanas, enquanto que o investimento é a geração de nova riqueza. Portanto, a única medida que pode diminuir o nível de desemprego no Brasil é o aumento líquido dos investimentos, entendendo como tal a formação bruta de capital fixo menos a depreciação. Para o Brasil crescer, em torno de 4 a 4,5% ao ano, é preciso investir, aproximadamente, 25% do PIB, e isso só se concretizará se houver fontes de financiamento dos investimentos. Para o Brasil não ficar dependente de investimentos estrangeiros, é preciso gerar poupança de R$ 1,7 trilhão, considerando o PIB de 2018.
         A poupança nacional tem três fontes de geração:
         Poupança das famílias, que é a diferença entre a renda menos o consumo das famílias. O Brasil, nos últimos governos, tem estimulado o aumento do consumo por meio do financiamento de bens de consumo duráveis, sob o pretexto de aumentar a demanda agregada e, portanto, desestimulando o ato de poupar das famílias, sem falar no efeito colateral dos juros exagerados cobrados pelo sistema financeiro, que diminuiu a capacidade futura de consumo das famílias e, portanto, anulando aquele pretexto de aumentar a demanda e a produção futuras de bens de consumo.
         Poupança das empresas, que é o lucro líquido dos negócios empresariais que deve remunerar o capital ou o patrimônio líquido das empresas todos os anos, a uma taxa no mínimo igual ao rendimento do capital numa aplicação financeira. Tendo em vista que o governo, como foi dito acima, incentivou o consumo das famílias e o Banco Central, que tem como missão o controle da inflação, adotou uma política de valorização da nossa moeda para baratear as importações, de modo que as empresas brasileiras não pudessem repassar os aumentos nos preços dos insumos industriais, principalmente o custo da mão de obra, indexada com a inflação passada mais o aumento real sem correspondente aumento da produtividade. A consequência dessa política suicida não poderia ser outra, senão a recessão. Como resultado disso, as empresas não só pararam de obter lucros, como passaram a operar no vermelho e muitas quebraram. Tanto é verdade que a participação das indústrias de transformação na formação do PIB diminuiu para algo em torno de 11% em 2018, o que é pior, pagando 30% da arrecadação bruta de todos os impostos. Portanto, o lucro líquido das empresas, que é a poupança das empresas, principal financiador da formação bruta de capital fixo, também secou.
         Poupança do setor governamental, que é o superávit orçamentário dos três níveis de governo. Não é preciso falar muito a esse respeito, pois sé sobejamente conhecido que, há muito tempo, a União, os estados e os municípios, esses últimos com raras exceções, são deficitários. Ouço comentaristas de economia afirmarem que o Brasil está indo para o mesmo destino da Grécia, na minha opinião, uma grande ignorância. Se o Brasil, a exemplo da Grécia, renunciasse ao poder de emitir moeda, teria sido obrigado a fazer as devidas reformas há muitos anos. Aproveito para alertar aos contrários à reforma da Previdência de que o governo não vai deixar de pagar os aposentados exatamente porque tem o poder de emitir moeda e, se o governo recorrer a essa solução, irão rapidamente lembrar-se da inflação galopante de 2% ao dia. É preciso falar disso aos trabalhadores da iniciativa privada. Se a reforma previdenciária não for aprovada, só restam três alternativas: aumentar a carga tributária, que hoje já está em 34% do PIB – e como os impostos indiretos têm um peso significativo, o aumento da carga tributária prejudicaria, principalmente, os mais pobres. Portanto, uma péssima solução, além de injusta. Outra medida seria tomar dinheiro emprestado do sistema financeiro, em última análise, dos ricos, aumentando ainda mais a dívida bruta do governo geral, que, em fevereiro deste ano, alcançou o montante de R$ 5,3 trilhões, equivalentes a 77,4% do PIB. E, finalmente, a última solução seria emitir dinheiro para pagar os aposentados, como já foi mencionado. Portanto, analisando as três fontes de poupança interna, concluímos que não há geração de poupança suficiente para financiar os investimentos necessários. Essa é a razão por que o Brasil precisa atrair investimentos estrangeiros, aumentando a dívida externa brasileira, porque o Brasil é, tradicionalmente, deficitário em transações correntes com o resto do mundo, portanto, integrando o bloco dos devedores do planeta.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 299,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


          

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A CIDADANIA, OS DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE PROFISSIONAL E EMPRESARIAL E A SUSTENTABILIDADE

“O que querem os recrutadores?
        É recorrente entre profissionais que participaram de seleção a pergunta: por que não foram escolhidos? Para eles, dúvida e, por vezes, frustração, enquanto os vencedores desfrutam da agradável sensação de conquistar a meta. Pois é. Falta feedback ao candidato e ele não sabe qual requisito o afasta do sucesso.
         Dicas de profissionais da área propiciam mais assertividade, garantindo maior competitividade na busca pelo novo emprego. Minha recomendação inicial é que você seja amistoso, simpático e estabeleça um ambiente gentil e agradável. Mostre o seu melhor e prepare-se ao comentar um assunto sobre o qual não se sinta seguro ou confortável. Quer um exemplo? Você não tem resultados em seu currículo que demonstrem tal competência, mas o selecionador pergunta a respeito de sua disciplina em relação ao gerenciamento do tempo, horários e rigor com prazos. Responda que está trabalhando para aprimorar seus entregáveis, gerenciando tempo e qualidade. Mas faça isso indicando exemplos do seu dia a dia.
         O selecionador procura evidências de suas competências, habilidades e atitudes a partir daquilo que você escreveu em seu currículo, já que isso evidencia seus projetos vitrines, resultados anteriores, o seu perfil como profissional e/ou líder de uma equipe. Tenha clareza de suas realizações e construa a narrativa para o selecionador. Contextualize suas ações com o momento da empresa e do mercado e destaque o que pode fazer individualmente ou como articulador para o sucesso de determinada entrega.
Procure captar, por meio das questões e pistas, o que o selecionador apresenta no decorrer da entrevista, o “mapa da vaga” e o perfil do gestor que a solicitou; isso ajudará nos próximos passos do processo. Interaja com o selecionador, demonstre interesse pela vaga e pela empresa. Em caso de vagas de sigilo, busque pistas da empresa nos discursos do selecionador e quando o nome for divulgado, prepare-se, leia a respeito da empresa, conheça o perfil de liderança, a cultura, resultados e prioridades, busque a comunicação dessa empresa com o público e construa um protocolo de comunicação indicando que você conhece o cenário do qual aspira fazer parte. Indique o gostaria de realizar ou agregar caso seja contratado.
         Candidatos ansiosos devem treinar, mesmo diante do espelho. Organize um roteiro do que evidenciar no currículo, aspectos relevantes e diferenciais que trazem maior competitividade. Simule e filme a sua atuação e repertório, retire vícios de linguagem, use corretamente o idioma indicado e prepare-se para conversar fluentemente com diferentes pessoas envolvidas no processo, registre e estude esse roteiro, retire o que for periférico e dê foco no que tenha potencial de gerar o interesse da escuta no selecionador.
         Se necessário, recorra ao auxílio profissional para organizar e simular uma situação de entrevista. Sessões de coaching e/ou mentoring possibilitam performance mais segura, robusta e com mais chance de sucesso. Controle os impulsos, fale pausadamente, escute com atenção as perguntas do selecionador e, quando não entende-lo, peça-o para repetir a questão. Você pode repetir o que entendeu e perguntar no final: “Seria isso mesmo que você gostaria que eu respondesse?”.
Após a entrevista, registre os principais aspectos, questões e momentos da entrevista, sejam positivos ou não. Além disso, você pode pedir um feedback para o selecionador, ainda dentro da sala, mesmo que indireto. Anote as impressões advindas do ambiente, faça um repositório para que você possa refletir, comparar a sua performance e evidenciar o que precisa aprimorar.
         Analise suas emoções, prepare-se para diferentes situações, desde o acolhimento e a satisfação até a falta de feedback e a frustração. O que não vale é ficar inerte e deixar de seguir sua meta.”.

(ANA PAULA ARBACHE, professora dos MBAs em desenvolvimento humano de gestores e em economia e gestão: recursos humanos; DJALMA SCARTEZENI, aluno do MBA executivo em economia e gestão: recursos humanos/FGV e coordenador de recursos humanos do Wal Mart, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de JOÃO CARLOS MARCHESAN, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e do Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindimaq), e que merece igualmente integral transcrição:

“Mãos à obra
        Iniciamos o segundo semestre de 2016 com a convicção de que, apesar do atual cenário nada confortável da economia, o Brasil continua sendo um país viável, não apenas pelas suas virtudes geográficas e geológicas, mas porque tem uma base produtiva que o coloca entre as 10 maiores economias do mundo.
         Dentro dessa premissa e com o objetivo de contribuir com a busca da competitividade de toda a base produtiva é que temos que reiterar os nossos esforços junto ao governo federal e onde mais for necessário. A nossa palavra de ordem é sobrevivência. Não podemos mais continuar convivendo com o atual cenário, em que, até junho deste ano, a indústria de bens de capital mecânicos acumula uma brutal redução no seu faturamento, de quase 50%, em relação a 2013. E como vamos planejar o nosso futuro se ainda não vemos uma luz no final do túnel?
         Sabemos que essa queda poderá ser minimizada se as exportações recuperarem o nível anterior (de 2012), o que seria viável se o câmbio permanecesse competitivo. Nossos esforços serão no sentido de atuar, junto ao atual governo, para a implantação de uma agenda emergencial com o objetivo de a indústria brasileira de máquinas e equipamentos reencontrar o caminho do desenvolvimento.
         Não podemos perder de vista que o nosso setor é considerado como segmento estratégico pelo seu papel no processo de expansão e modernização de todos os segmentos produtivos da economia. Assim, qualquer política de desenvolvimento que tenha foco no avanço tecnológico, na inovação, na produtividade e em uma maior competitividade da indústria brasileira precisa, para ter uma chance de sucesso, de um ambiente macroeconômico favorável ao investimento produtivo ou, ao menos, de um entorno que não lhe seja hostil, como tem ocorrido nas últimas décadas.
         Assim, toda a Abimaq trabalhará em consonância de objetivos para obtenção de um câmbio competitivo, inflação baixa, juros civilizados, carga tributária compatível com as nossas possibilidades, assim como a criação de uma política industrial que contemple a criação de financiamentos competitivos, desoneração dos investimentos, conteúdo tecnológico local mínimo e revisão da atual estrutura das alíquotas do imposto de importação, de modo que bens manufaturados sejam menos taxados do que bens intermediários e matérias-primas (alíquotas escalonadas).
         Atuaremos, ainda, na ampliação dos atuais prazos de recolhimento de tributos federais (IPI, PIS, Cofins, INSS, FGTS) e na criação de uma linha de financiamento de capital de giro destinada às pequenas e médias empresas (PMEs). Entendemos que os juros devem girar em torno do IPCA futuro + 3%. Esses financiamentos seriam provenientes da liberação de depósitos compulsórios.
         Proporemos ainda a instituição de um Programa de Recuperação Fiscal – Refis – voltado à regularização e à quitação dos débitos fiscais, que facilitaria, inclusive, a arrecadação por meio da volta dos contribuintes ao recolhimento dos impostos gerados a partir da adesão e poderia dar uma sobrevida às empresas com problemas.
         Por último, trabalharemos a favor de uma moratória para novas obrigações fiscais, uma vez que a combinação do excessivo número de tributos, da carga dessas taxas e da complexidade de respectivas legislações coloca o Brasil como o país que tem o mais oneroso, complicado e inseguro sistema tributário do planeta.
         Precisamos, ainda, da ajuda de todos no sentido de construir alianças produtivas e alinhadas com os interesses da indústria de transformação em geral, como iniciamos com a Fiesp no mês passado, buscando a construção de um arco de alianças junto às outras associações para que possamos atingir os nossos objetivos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 470,9% para um período de doze meses; e, em junho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,84% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 315,7%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...