“Sonho
do homem branco é criar a ilusão de felicidade fácil
A crise
econômico-financeira que está afligindo grande parte das economias mundiais
criou a possibilidade de os muito ricos
ficarem tão ricos como jamais na história do capitalismo, logicamente à custa
da desgraça de países inteiros, como a Grécia.
Ladislau
Dowbor, professor de economia da PUC-SP, resumiu um estudo do famoso Instituto
Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica (ETH) que mostra como funciona a rede do
poder corporativo mundial, constituída por 737 atos principais que controlam os
principais fluxos financeiros do mundo, especialmente ligados aos grandes
bancos e a outras imensas corporações multinacionais. Para esses, a atual crise
é uma incomparável oportunidade de realizar o sonho maior do capital: acumular
de forma cada vez maior e de maneira concentrada.
O
capitalismo realizou até agora seu sonho, possivelmente o derradeiro. Atingiu o
teto extremo. E depois do teto? Ninguém sabe. Mas podemos imaginar que a
resposta virá não de outros modelos de produção e consumo, mas da própria Mãe
Terra, que, finita, não suporta mais um sonho infinito. Ela está dando claros
sinais antecipatórios. Precisamos estar atentos, pois os eventos extremos que
já vivenciamos apontam para eventuais catástrofes ecológico-sociais ainda na
nossa geração.
O pior
disso tudo é que nem os políticos, nem parte da comunidade científica e mesmo
da população se dão conta dessa perigosa realidade. Ela é tergiversada ou
ocultada, pois é demasiadamente antissistêmica. Obrigar-nos-ia a mudar, coisa
que poucos almejam.
Falta-nos
um sonho maior que galvanize as pessoas para salvar a vida no planeta e
garantir o futuro da espécie humana. Morrem as ideologias. Envelhecem as
filosofias. Mas os grandes sonhos parmanecem.
Agora
entendemos a pertinência das palavras do cacique pele-vermelha Seattle
dirigidas ao governador Stevens, do Estado de Washington, nos Estados Unidos,
em 1856, quando este forçou a venda das terras indígenas aos colonizadores
europeus. O cacique não entendia por que pretendiam comprar a sua terra.
Pode-se comprar ou vender a aragem, o verdor das plantas, a limpidez da água
cristalina e o esplendor das paisagens? Para ele, tudo isso é terra, e não o
solo como meio de produção.
Nesse
contexto, ele reflete que os peles-vermelhas compreenderiam o porquê da
civilização dos brancos “se conhecessem os sonhos do homem branco, se soubessem
quais as esperanças que este transmite a seus filhos nas longas noites de
inverno, e quais visões de futuro oferece para o dia de amanhã”.
Qual é
o sonho dominante de nosso paradigma, que colocou o mercado e a mercadoria como
eixos estruturadores de toda a vida social? É o triunfo do materialismo
refinado que coopta até o espiritual. É enganação para criar a ilusão da
felicidade fácil.
Mesmo
assim, por todas as partes surgem grupos portadores de nova reverência para com
a Terra. Inauguram comportamentos alternativos, elaboram novos sonhos de um
acordo de amizade com a natureza e crêem que o caos presente não é só caótico,
mas generativo de um novo paradigma de civilização, que eu chamaria de
“civilização de religação”, sintonizada com a lei mais fundamental da vida e do
universo, a panrelacionalidade, a sinergia e a complementaridade.
Então,
teríamos feito a grande travessia para o realmente humano, amigo da vida e
aberto ao mistério de todas as coisas. Ou mudamos, ou seguiremos por um triste
caminho sem retorno.”
(LEONARDO
BOFF. Filósofo e teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de
novembro de 2014, caderno O.PINIÃO, página
18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de
novembro de 2014, caderno PENSAR, página
3, de autoria de HENRI KAULFMANNER, psiquiatra,
psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e diretor do 20º
Encontro Brasileiro do Campo Freudiano, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Amor
e civilização
Em 1932, Albert
Einstein escreveu a Sigmund Freud para que este lhe ajudasse a entender quais
as razões para a beligerância entre as nações e, quem sabe, a partir desse
entendimento, apontar soluções. Em resposta ao físico, Freud esclarecia que a
violência é um fato da própria condição humana. Ele dizia que a violência
somente era suplantada pela união dos indivíduos e a lei, como consequência,
seria a representação do poder desses que se uniam.
A lei
sustentaria então a força da comunidade resultante dessa união, de tal forma
que ela própria carregaria em si a violência, pronta a se dirigir contra
qualquer indivíduo que se voltasse contra essa força. A própria lei seria,
assim, violenta.
As
leis, segundo Freud, teriam sido criadas para evitar um recrudescimento da
violência por parte dos indivíduos, sobrepondo-se ao poder dos que se uniam. Já
as instituições seriam as responsáveis por zelar pelos interesses comuns que as
leis representavam. A manutenção dos interesses comuns levaria a vínculos
emocionais entre os membros da comunidade, sendo esta, segundo Freud, a
verdadeira fonte de sua força. Os interesses comuns podemos chamar de ideais e
estes ideais coletivos consistiriam a matriz simbólica dos laços entre os
indivíduos.
Este
é, reduzido a poucas palavras, o modelo freudiano para a civilização. A
violência do homem, contida pelas leis também em si mesmas violentas, mas
sustentadas pelos ideais civilizatórios. A correspondência entre Freud e
Einstein ficou conhecida com o título de “Por que a guerra”, e a eclosão da
Segunda Guerra Mundial permite bem perceber o insucesso de Einstein em seus
esforços.
Nesses
últimos, comemoram-se os 25 anos da queda do Muro de Berlim e o mundo dos
sonhos que parecia se anunciar com o aparente fim da divisão representada por
aquele muro não se concretizou. O mundo continua dividido, violento, mas – e
isto nos interessa muito – a violência de nossos dias se mostra diferente
daquela que tanto afligia Einstein.
Hoje
em dia, não há como contestar que a violência é uma presença insistente em
nossa vida cotidiana. É inevitável deparar-se com ela, seja por experiência
direta, seja pelo relato de alguém que nos é próximo, seja por sua onipresença
nas mídias mais diversas Tal realidade, contudo, seria o bastante para nos
permitir afirmar que vivemos em um mundo mais violento?
Seria
o Brasil, hoje, mais violento que aquele dos nossos colonizadores, que
exterminaram boa parte da população indígena que aqui habitava? Ou ainda:
seríamos hoje mais violentos que no tempo em que a escravidão era a ordem da
sociedade, mantida sob o peso da chibata?
A
resposta de Freud a Einstein e o modelo civilizatório que nela se delineia
permite-nos refletir sobre as particularidades da violência em nossos dias, não
pela escala de intensidade, mas pela forma diferenciada em que esta se apresenta.
A grande diferença deste mundo violento para o de outrora – e em nosso país
isso se mostra de maneira bem evidente – é a percepção de que a violência
deixou de ser um assunto de nações, um privilégio de Estado, para se tornar uma
prática privada. Não são mais os ideais coletivos que estão em cena.
Não há
como perceber que a violência hoje em dia não somente é disseminada, como
também não encontra nas leis e nas práticas de contenção qualquer regulação.
Ela se apresenta em cenas corriqueiras, como num desentendimento no trânsito,
um desencontro em um bar, nas escolas, nos espaços da vida privada e, de forma
mais brutal, no latrocínio, nas gangues, nas milícias, no tráfico de drogas e,
por que não, nas chamadas torcidas organizadas dos times de futebol.
É em
torno dessa nova realidade da violência que os psicanalistas da Escola
Brasileira de Psicanálise se reúnem em Belo Horizonte para o seu 20º Encontro
Brasileiro do Campo Freudiano. Com o tema “Trauma nos corpos, violência nas
cidades”, interessa-nos discutir em que a invenção freudiana, a partir dos
avanços do ensino de Lacan, nos permite pensar, enquanto psicanalistas,
caminhos para essa difícil realidade que afeta dos nós.
Os
psicanalistas há muito não se restringem a seus consultórios. Eles hoje estão
presentes nos serviços de saúde mental da rede pública, nos hospitais, nas
instituições da defesa social, nas escolas, nos presídios, nas ruas. Tal
presença se faz a partir da responsabilidade ética com nossa prática e com
nossa experiência, que acreditamos que pode contribuir muito no enfrentamento
de problemas que afetam a sociedade.
Para a
psicanálise, a forma contemporânea da violência está intimamente ligada ao
tratamento que se dá aos corpos em nosso tempo, mais especificamente, o
tratamento que se dá ao que chamamos o corpo traumatizado. O corpo para a
psicanálise não é um amontoado biológico e, portanto, unicamente natural,
regido por hormônios e neurotransmissores. O corpo é afetado, traumatizado pela
palavra e, consequentemente, desnaturalizado.
Diferentemente
do filhote animal, que ao nascer, conduzido por seu instinto, já se dirige ao
úbere materno, ao filhote humano resta o choro e seus gritos como único recurso
ao mal-estar de sua precária existência. E é na expressão desse mal-estar que
se apoia o apelo à sua própria sobrevivência. De tal forma dependente do outro,
o filhote humano tem seu corpo marcado pelas falas e cuidados deste que lhe
acolhe. E nesse caminho criado na relação com o outro, seu corpo vai, pelo
resto de sua vida, buscar de forma incessante e imperativa uma satisfação, um
alívio para seu mal-estar estrutural, aquilo que a partir de Lacan chamamos de
gozo.
MAL-ESTAR
Sobre
essa satisfação, essa busca que se eterniza em sua existência, o ser humano não
tem o menor controle. Foi o encontro com esse outro em cada um de nós que
permitiu a Freud a invenção da psicanálise. O ser humano, que da fala extrai
sua condição de humano, tem assim com seu corpo uma relação de exterioridade e,
por isso, não o somos, nós o temos. Tal singularidade humana tem como efeito
uma relação de estranhamento com o próprio corpo, que passa a ser afetado pelas
falas que recebe desde seus primórdios, um corpo que busca sempre se
satisfazer.
Essa
exterioridade com a natureza é emblematicamente denunciada pelas diversas
formas que o mal-estar se apresenta contemporaneamente, como, por exemplo, em
nossos problemas com a ecologia. Assim como destrói a natureza, o homem atua
sobre os corpos, mais além de sua natureza, sempre na busca imperativa de satisfação.
Daí a afirmação tão aceita de que o ser humano é o único animal que mata por
prazer.
Esse é o trauma
fundante do humano e que nos coloca tensionados pelas demandas deste corpo, que
não se sacia jamais. Há em cada um de nós um outro, que Freud chamou de
inconsciente, mas que bem diferente do que pode parecer, não se trata de uma
memória, mas de um corpo traumatizado, sexualizado e que busca incessantemente
uma satisfação que, como vindo de um outro em nós mesmos, não de provocar
estranhamento, conflitos e mal-estar.
Se
anteriormente a demanda insaciável dos corpos podia ser temperada pelas leis,
em função dos ideais coletivos que as sustentavam, o que vemos proliferar hoje
é aquilo que alguns escolheram nomear como individualismo de massa. Hoje, a
satisfação de cada um, distinto do que Freud então anunciava, não se contém
pela lei ou pelos vínculos. O mal-estar de nosso tempo não se trata mais pela
civilização, pelo menos não como anteriormente.
O
avanço do mundo do consumo, com todos os seus recursos tecnológicos, e a
redução de todos à igualdade aparentemente democrática do consumidor,
esforça-se em reduzir cada sujeito ao que ele pode em seu direito de consumir.
O mundo da técnica e os objetos que produz oferecem a cada um a sua droga lícita
ou ilícita, sua cirurgia, seu telefone, seu computador, uma infinidade de
produtos apoiados no direito ao consumo e na ilusão do gozo acessível, desde
que comprado – e comprar é um direito que nos faz iguais.
Cada
um busca sua própria satisfação, sua vitória sobre o mal-estar do corpo
traumatizado, pela ilusão do consumo do produto, gadget contemporâneo, cada vez mais talhado para servir a cada um.
O mundo se vê habitado em massa por indivíduos que buscam, naquilo que o
consumo lhes oferece, sua satisfação, seu gozo. Constrói-se assim um mundo onde
de cada um se faz um walking dead,
cuja busca de satisfação não encontra limites na dor, nas formas de violência,
e atua diretamente sobre os corpos, seja o próprio seja o do outro.
O
toxicômano é a expressão máxima dessa
lógica e não há, portanto, que se assustar com a sua prevalência nos dias de
hoje. Ele simplesmente traz exposto em seu corpo o modo contemporâneo que a
sociedade do consumo nos oferece para viver.
Provocados
pela perplexidade diante dessa realidade, vimos surgir novas formas de
segregação, como se nos livrando da diferença do outro pudéssemos por magia nos
livrar da diferença que insiste em nós mesmos e que não cessa em nos cobrar a
sua cota. Aparecem as agressões, as práticas violentas, as propostas de redução
da maioridade penal, as internações compulsórias, as diversas formas de racismo
ou os sonhos da volta de uma ditadura, como se um reforço das leis e da
contenção pudessem domar a dispersão de nosso tempo. As propostas violentas, na
medida em que não se apoiam mais em ideais coletivizados, produzem apenas
respostas violentas. Assistimos a isso todos os dias.
A
psicanálise se oferece nesse momento como um parceiro que tem a partir de seu
campo de saber uma experiência e uma prática que nos permitem sustentar a
aposta em um caminho diferente.
É
possível inventar variáveis para uma relação menos devastadora com estes corpos
traumatizados. É preciso criar espaço para as diferenças de cada um a partir do
sintoma de cada um, sem que para isso sejam necessárias intervenções sedativas
ou segregadoras.
Somos
convictos de que um novo laço, um novo vínculo emocional pode ser construído
entre os indivíduos, desde que haja lugar para o singular de cada um, que cada
um, suportando sua própria diferença, horrorize-se menos com a diferença do
outro e possa assim suportar esta diferença, sem o imperativo de fazer do outro
um igual.
Num
mundo sem grandes ideias ou ideais, a diversidade sustentada na absoluta
diferença de cada um pode abrir espaço para um novo amor, bem mais
civilizatório. Um amor da diferença.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de
modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais
livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas;
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade – “dinheiro
público versus interesses privados” –, gerando incalculáveis prejuízos e
comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, inexoravelmente irreparáveis;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de astronômico e
insuportável desembolso de cerca de R$ 1
trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma
imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como:
a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais
com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e
solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas,
oportunidades e potencialidades com todas
as brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e
os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da
globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!