“Como
gerir melhor o seu tempo
Pense no que define o
valor de algo. Certamente, veio em sua mente quão raro seria isso, e tem razão.
Tudo que tem alto valor agregado vem acompanhado de certa exclusividade e
raridade. Pois bem, partindo desse raciocínio, pense no valor do tempo. Quanto
valeria uma hora, por exemplo, para quem precisa dar um abraço naquela pessoa
querida, em um hospital, pessoa que infelizmente já não tem tanto tempo
disponível assim?
No
cotidiano profissional, o tempo certamente se consolidou como um dos principais
ativos. Ele é valioso e por meio dele se define quem toma a decisão correta na
hora certa, o chamado “passo a frente”, mas também define quem fica para trás
por não ter priorizado o que era de fato relevante ou por ter tomado a decisão
em momento inapropriado.
Mesmo
em meio a erros, algo que faz parte do cotidiano de profissionais e empresas
dos mais variados portes e segmentos, restará a oportunidade em novas decisões
que surgirão e poderão ser até mais importantes, futuramente. No entanto, o
fato é que o tempo perdido trata-se de algo que não se recupera. Quando isso
ocorre, cabe apenas olhar pra frente, focado em gerir melhor, definindo o que
de fato é relevante, qualificando e valorizando riscos e oportunidades
relacionados a cada uma das ações.
Para
isso, existe uma ferramenta chamada plano de ações, algo que deve ocupar papel
de destaque para qualquer profissional e empresa. Essa ferramenta funciona como
roteiro para chegar ao destino desejado. Uma das maiores dificuldades, sem
sombra de dúvida, é gerenciar o que fazer e os respectivos prazos, e este é o
melhor caminho para facilitar o seu dia a dia no mundo dos negócios.
O
primeiro passo seria definir, em linhas gerais, quais são as ações que devem
ser realizadas. Por exemplo, o que precisa ser feito, em quanto tempo, custos
envolvidos, quem será responsável e como deverá ser feito. Linhas gerais,
mantendo a coerência com o que realmente pode ser feito, claro. Neste momento,
definir ações incoerentes apenas tomará tempo e recursos.
Segundo
passo: divida grandes objetivos em atividades menores, as quais,
individualmente, servirão como etapas no caminho até os grandes objetivos
planejados. Assim, você distribui melhor suas energias e expectativas, além de
proporcionar maior flexibilidade para corrigir ou aprimorar cada uma das etapas
que serão gradativamente realizadas.
A
definição dos prazos é algo essencial, uma vez que prazos demasiadamente curtos
produzirão sensação de que o plano de ações é algo fictício, além do sentimento
de incapacidade. Prazos muito longos tornam seu plano de ações procrastinador,
o que não se traduz em benefícios. Defina prazos reais, conforme a
característica de cada uma das atividades estabelecidas.
Os
recursos para a execução de cada uma das atividades que fizer constar no plano
de ações devem ter uma relação de custo/benefício coerente. Por esse motivo,
avaliar quais serão os custos sob o ponto de vista de quem espera que
resultados proporcionem retorno em qualidade, segurança, receita, lucro,
valorização da marca. Jamais dedique recursos que não proporcionem benefícios
verificáveis nos seus processos.
Por fim,
caso tenha uma empresa ou equipe, avalie o responsável pela execução de cada
uma das atividades. Avalie a capacidade de quem pretende delegar. Por exemplo,
avalie se o responsável está capacitado, se já executou essa atividade antes.
Considere a possibilidade de algum imprevisto ocorrer, avalie se tal pessoa
está apta para resolver e dar a sequência.
Portanto,
gerir o tempo é uma questão de planejamento e controle. Dedicar parte do tempo
para estabelecer um coerente plano de ações, nos moldes apresentados, agregará
exclusividade e raridade em seus produtos e serviços. Entenda que o tempo é
precioso e por isso merece ser valorizado como tal.”.
(DANTE FARIAS.
Administrador de empresas, consultor e conselheiro empresarial, em artigo
publicado no jornal ESTADO DE MINAS,
edição de 30 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de VANDER
MORALES, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de
Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fnaserhtt), e que merece
igualmente integral transcrição:
“A
tragédia do desemprego
O horizonte cinzento
não permite vislumbrar ainda um bom futuro para o país. No conjunto de
propostas apresentadas até o momento, os candidatos à Presidência da República
discorrem desde o sexo dos anjos à privatização de empresas estatais, ou ao
armamento da população para enfrentar a criminalidade. Estranho, mas nenhum
deles mostrou qualquer preocupação com o desemprego, um dos maiores flagelos
atualmente no Brasil, deixando sem esperança mais de 13 milhões de
trabalhadores e suas famílias.
De
forma genérica, diz-se que o crescimento econômico facilitará a abertura de
mais vagas no mercado de trabalho. É um processo demorado. O fato é que nenhum
candidato se aprofunda no assunto ou mostra disposição para enfrentar o maior
problema do desemprego: o excesso de carga tributária sobre a folha de
pagamento das empresas, o que leva o empresário a pensar duas vezes antes de
abrir uma vaga.
Tudo o
que a tecnocracia promove é no sentido de aumentar a arrecadação, sem se
importar muito com as consequências, com o apoio de sucessivos governos
insensíveis ao problema. E o resultado lógico é um modelo fiscal
esquizofrênico, o que leva a uma das mais altas cargas tributárias do planeta.
O
Brasil tem a sexta maior alíquota de imposto para empresas entre 130 países
pesquisados, segundo levantamento da KPMG Internacional. A carga tributária no
Brasil chega a 34%.
Desde
que a Constituição de 1988 entrou em vigor, mais de cinco milhões de normas
foram criadas para reger a vida do cidadão brasileiro, entre emendas
constitucionais, leis delegadas, complementares e ordinárias, medidas
provisórias, decretos e normas complementares e outros. Ou seja, foram
publicadas, em média, mais de 782 normas por dia nos âmbitos federal, estadual
e municipal.
E boa
parte delas para arrochar mais ainda o caixa das empresas. É importante
destacar que o setor de serviços responde por mais da metade dos empregos
formais no Brasil e, assim, como no resto do mundo, desempenha papel
fundamental no elo das cadeias produtivas.
Por
isso, sabemos bem que a situação é dramática. A força de trabalho no Brasil é
composta por 159,2 milhões de pessoas. Ao decompor essa massa, enxergamos uma
tragédia. Para começar, o contingente de pessoas que não trabalha nem procura
emprego somou 65,6 milhões no segundo trimestre deste ano, segundo o último
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o
maior número de pessoas inativas desde 2012.
A
quantidade de trabalhadores com carteira assinada atingiu o seu menor patamar
no início do ano, com 32,8 milhões. O número de pessoas desempregadas continua
no patamar dos 13 milhões.
Na
composição geral do quadro, os informais somados chegam a 37 milhões, formados
principalmente pelos empregados sem carteira assinada (10,7 milhões) e pelos
que trabalham por conta própria (22,9 milhões).
Ou
seja, ao estrangular empresas, o governo está empurrando a mão de obra para o
suplício da informalidade. E nesse mundo não há exames médicos de admissão e
demissão, repouso semanal remunerado (uma folga por semana), 13º salário,
férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário, vale-transporte ou
vale-refeição, licença-maternidade ou paternidade, Fundo de Garantia,
horas/extras, adicional noturno, aviso prévio em caso de demissão,
seguro-desemprego e outros benefícios.
Tudo o
que os funcionários das empresas de terceirização e do trabalho temporário têm
assegurados por lei. Sem contar que o setor ainda abre oportunidades para
jovens e idosos, os que mais sofrem com esse quadro geral de desalento.
Apesar
disso, em vez de incentivar a abertura de vagas, o sistema em vigor
desestimula. Como no caso da terceirização e do trabalho temporário, que, desde
2002, com a entrada em vigor do regime de não cumulatividade do PIS e da
Cofins, viram seus custos com ambas as contribuições aumentarem mais de 150%.
A soma
de suas alíquotas saltou de 3,65% sobre a receita total bruta para 9,25%. Assim
como outros segmentos de emprego de mão de obra massiva, como informática,
telemarketing e segurança – já beneficiados por regimes específicos à sua
natureza –, as empresas de trabalho temporário e de terceirização também
demandam uma estrutura tributária diferenciada, pois operam com baixíssimas
margens de lucro e o maior peso de seus custos está no pagamento dos salários e
encargos sociais.
No
regime da não cumulatividade elas nem podem usufruir do benefício do abatimento
de insumos ou materiais, já que são itens pouco relevantes em sua realidade de
gastos. Ou seja, essas empresas convivem há 16 anos com um regime distorcido e
extorsivo.
Pelo
número de obstáculos colocados no caminho de sua evolução e pela falta de
sensibilidade para removê-los, o horizonte se torna mais obscuro para quem se
dedica à criação de vagas no mercado de trabalho, com todos os benefícios aos
trabalhadores garantidos por lei.
É
preciso que os candidatos à Presidência sejam ao menos solidários com o drama
de uma quantidade enorme de brasileiros e ponham seus olhos em soluções
concretas para quem quer trabalhar de forma decente e sustentar suas famílias
com dignidade. Não deve ser um item de programa: é prioridade absoluta.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de
271,43% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.