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quarta-feira, 29 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO E O PODER DA BIOECONOMIA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE


“Possibilidades da tecnologia no campo do agronegócio
        A transformação digital tem se tornado uma realidade permanente em praticamente todos os segmentos. E no caso do agronegócio, um dos mais importantes na economia brasileira, não é diferente. Com o crescimento da oferta e da demanda por novas tecnologias aplicáveis à  cadeia produtiva agrícola e pecuária, crescem as oportunidades de negócios.
         Nos últimos anos, o setor tem se tornado cada vez mais moderno. De acordo com uma pesquisa da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), 67% das propriedades agrícolas já são adeptas das inovações tecnológicas em suas atividades. Nesse sentido, a chamada “agricultura de precisão” tem ganhado força. Trata-se de um conjunto de práticas voltadas para o mapeamento das características físicas, geográficas e biológicas do ambiente, buscando adequá-las às diferentes espécies cultivadas.
         Algumas das principais soluções utilizadas nessa etapa são sensores óticos e eletroquímicos, que servem para avaliar os nutrientes do solo e otimizar o processo de adubação e aplicação de fertilizantes, tratores e drones automatizados, que funcionam por meio de tecnologias GPS e podem ser controlados remotamente; e alterações do material genético de plantas e organismos por meio de biotecnologia, criando espécies mais promissoras e resistentes.
         Quando o assunto é automação no agronegócio, um dos grandes destaques é a Agrosmart, que oferece um serviço de monitoramento de lavouras e leva informações em tempo real aos produtores, para que eles possam tomar as melhores decisões na condução dos seus negócios. A startup foi criada em 2014 e hoje monitora cerca de 600 mil hectares.
         Também existe uma alta demanda por soluções administrativas. Um exemplo de ferramenta que tem ganhado espaço no mercado é o aplicativo Aegro, que permite o registro das atividades realizadas nas etapas da semeadura, aplicação de defensivos, fertilizantes e colheita. Em seguida, essas informações são cruzadas e podem oferecer ao produtor dados concretos sobre a efetividade dos processos. Ela foi criada em 2016 e atualmente conta com cerca de 4.000 usuários em todo o Brasil.
         A força do agronegócio pode ser comprovada pelo seu desempenho recente no Produto Interno Bruto (PIB). Foi o único setor da economia que cresceu no primeiro trimestre deste ano, em meio à pandemia. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor gerado no campo foi de R$ 120 bilhões, e estima-se que possa chegar a R$ 697 bilhões até o fim do ano.
         São resultados como esse que justificam o fato de o setor ser o centro das atenções no mercado de inovação. Com tendência de crescimento, surge a demanda por novas soluções. Além de poder render boas oportunidades de negócio, pode ser um destino adequado para os investimentos no período pós-pandemia.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 29 de junho de 2020, caderno Opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Luís Roberto Barroso e Patrícia Perrone Campos Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal e professora de direito constitucional; ambos elaboraram estudo sobre o tema, que seria apresentado em abril em Congresso da ONU em Kyoto, no Japão, mas foi adiado em razão da pandemia de Covid-19, e que merece igualmente integral transcrição:

“Bioeconomia pode salvar a Amazônia
        A Amazônia ocupa uma área correspondente a cerca de 40% da América do Sul. A região, de densa floresta tropical, espalha-se por nove países, mas 60% de sua extensão situa-se no Brasil. Na Amazônia legal brasileira, vivem 27 milhões de pessoas.
         A região desempenha um papel de grande relevância por três razões principais: a extraordinária biodiversidade, constituindo a maior concentração de plantas, animais, fundos, bactérias e algas da Terra; o papel no ciclo da água e no regime de chuvas, com implicações por todo o continente sul-americano; e a função de grande significado na mitigação do aquecimento global, absorvendo e armazenando dióxido de carbono.
         Entre 1970 e 1990, 7,4% da floresta foram desmatados. O desflorestamento atingiu seu ápice em 2004, alcançando uma área equivalente a 27.772 km2. Nesse ano de 2004, foi deflagrado um ambicioso programa, com medidas que incluíram monitoramento, fiscalização efetiva e combate à grilagem. Os resultados foram notáveis: entre 2004 e 2012, o desmatamento caiu mais de 80%, passando para menos de 4.600 km2. Lamentavelmente, contudo, a partir de 2013 o desmatamento voltou a crescer, chegando a 7.536 km2 em 2018. No ano de 2019, atingiu quase 10 mil km2 e, neste ano, a perspectiva não é melhor.
         Organizações ambientais, defensores da floresta e cientistas atribuíram o incremento ao governo, apontando declarações públicas de altas autoridades que sinalizaram desinteresse pela questão ambiental, associadas a atos concretos que implicaram uma substancial alteração das políticas públicas necessárias à prevenção e ao controle do desmatamento. O desgaste internacional do país foi imenso.
         A destruição e degradação da floresta amazônica decorrem, sobretudo, de atividades criminosas, como: desmatamento e queimadas (sendo a pecuária o principal agente de desmatamento); extração e comércio ilegal de madeira; e garimpo e mineração ilegais.
         Ao longo do tempo, a Amazônia experimentou atividades econômicas de baixo impacto ambiental (como produção de açaí, babaçu, borracha, castanha do Brasil) e de alto impacto (como agronegócio, extração de madeira e mineração). Tentou-se um modelo híbrido, que também não foi capaz de conter o desmatamento.
         Diante desse quadro, cientistas dedicados ao estudo da Amazônia têm procurado desenvolver novas ideias para velhos desafios, apostando em novas tecnologias. A bioeconomia é um modelo econômico que prioriza a sustentabilidade. A ideia é transformar os recursos naturais em produtos de maior valor agregado, gerados e consumidos de forma sustentável.
         A aplicação desse modelo à Amazônia tem sido defendida pelo climatologista Carlos Nobre e pelo Instituto Socioambiental, entre outros. A bioeconomia da floresta consiste em utilizar o conhecimento propiciado pelas ciências para a elaboração de novos produtos farmacêuticos, cosméticos e alimentícios, bem como para a pesquisa de novos materiais e soluções energéticas. Exemplo: as plantas da Amazônia contêm segredos bioquímicos, como novas moléculas, enzimas, antibióticos e fungicidas naturais, que podem ser sintetizados em laboratório e resultar em produtos de valor agregado.
         Em suma: a maior proteção contra a destruição da floresta é que haja maior racionalidade econômica em preservá-la do que em destruí-la, quer porque a sua preservação gera renda para a população, quer porque gera resultados econômicos substanciais de que o país não pode prescindir – ou, ainda, porque gera avanços biotecnológicos que aproveitam a toda a humanidade.
         Existe uma lógica econômica e social na devastação da floresta. É uma lógica perversa, mas poderosa. Para que ela seja derrotada, é necessário um modelo alternativo consistente, capaz de trazer desenvolvimento sustentável, segurança humana e apoio da cidadania. A ignorância, a necessidade e a omissão estatal são os inimigos da Amazônia. A ciência, a inclusão social e a conscientização da sociedade serão a sua salvação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



  

domingo, 29 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA GESTÃO PÚBLICA E CIDADES INTELIGENTES E A TRANSCENDÊNCIA DO EXÍLIO E AUSTERIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Gestores públicos e as cidades inteligentes
        Há poucos anos, o conceito de cidades inteligentes (smart cities) parecia uma realidade distante. Hoje, apresenta-se como o melhor caminho a ser seguido no desenvolvimento de centros urbanos em todo o mundo, por fazer uso da tecnologia para integrar governos, empresas e a sociedade na busca por soluções criativas e inovadoras para diversos problemas, como os ligados ao meio ambiente, mobilidade urbana, habitação, saúde, segurança e muitos outros.
         Planejamento urbano e smart cities andam de mãos dadas. Somente com um real olhar voltado para o futuro é que os gestores públicos são capazes de projetar um desenvolvimento urbano eficiente, e este não pode estar atrelado a ciclos políticos, mas sim econômicos. Dessa forma, investimentos constantes em tecnologia por parte dos governos, em todas as esferas, são essenciais, pois formam a base de uma cidade inteligente.
         Com o avanço dos dispositivos que usam a internet das coisas, por exemplo, hoje é possível aplicar soluções voltadas aos centros urbanos para quase tudo, permitindo aos governantes tomadas de decisões mais rápidas e assertivas. Além disso, ao conectar infraestrutura local, serviços e a população, é possível, também, uma melhor compreensão das necessidades, vocações e características de cada município. Como?
         Em um mundo cada vez mais conectado, basta imaginar a imensidão de dados que são gerados a todo instante pelos cidadãos, via plataformas digitais. Já está mais do que na hora de o setor público entender e saber utilizar essas informações em benefício da população. Olhemos para o estado de São Paulo. Com a intensificação do processo de urbanização, os desafios para assegurar o desenvolvimento de cidades mais resilientes e sustentáveis economicamente estão cada vez mais complexos.
          Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Seade, estima-se que até 2050, dos mais de 47 milhões de cidadãos que habitarão este estado, 85% viverão em regiões urbanizadas. Além disso, o crescimento populacional anual se tornará negativo, e 22% dos paulistas terão mais de 65 anos, o que denota um rápido envelhecimento de nossa população. Para efeito de comparação, em 2010, a população era de 41 milhões e apenas 7% estavam acima de 64 anos.
         Neste cenário, o uso da tecnologia para tornar tudo mais eficiente torna-se crucial. Muitas prefeituras já deram o primeiro passo para se  tornarem uma smart citie, seja por meio de projetos via parcerias público-privadas (PPPs), seja por meio dos chamados living labs, espaços onde soluções desenvolvidas pela iniciativa privada podem ser experimentadas em situações reais e, se validadas, podem ser adotadas pelos municípios.
         Entre a infinidade de soluções, muitas têm sido criadas para realizar melhorias na oferta de transporte público, de acordo com a demanda da população; para diminuir o trânsito, com o uso de semáforos inteligentes; na conscientização e ampliação da coleta seletiva; na gestão mais eficiente da iluminação pública e de áreas arborizadas; na evacuação de áreas de risco com alertas sobre possibilidades de enchentes e deslizamentos; na otimização do agendamento remoto de consultas e exames médicos e de tantos outros serviços públicos existentes.
         Este novo modelo de gestão, preocupado com o futuro das próximas gerações, já dá passos decisivos para transformar nossas cidades em lugares cada vez mais inteligentes e conectados. Mas não podemos descansar. A necessidade de adaptação é constante. Novos problemas relacionados aos centros urbanos surgem a todo o momento e antecipar soluções para resolvê-los, através da inovação, deve ser um compromisso diário na agenda dos gestores públicos.”.

(ALVARO SEDLACEK. Advogado, executivo do setor financeiro e diretor-presidente do Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com.br, edição de 20 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Exílio e austeridades
        O dom de viver é compromisso diário que inclui muitos desafios e, certamente por isso, diz-se que viver é uma arte. Mas não se trata de arte confeccionada isoladamente. Depende da participação de todos, a partir da inigualável contribuição da solidariedade, único remédio que tem força para mudar tristes cenários, a exemplo dos que são desenhados pelas pandemias que assolam o mundo ao longo de toda a história. Há muitas pandemias: da violência crescente, da fome e da miséria, da indiferença que compromete a justiça e a paz. Há também a pandemia da ganância que cega o coração e leva à predatória busca pelo lucro, com a exploração desmedida do meio ambiente, em diferentes lugares do Brasil, a exemplo de uma mineração irresponsável. A partir de triste realidade, muitas pandemias se perpetuam: os ouvidos de muitos são surdos para os clamores dos pobres e o grito dos profetas.
         Atualmente, desafiando a sociedade mundial, a pandemia do Coronavírus, o COVID-19 caminha para o seu auge. Impacto que abala a frágil estrutura da economia global, comprovando que tiros e moedas não vencem a guerra viral. A pandemia do Coronavírus bate à porta de todos e configura um tempo de exílio, lembrado o desafio existencial vivido pelo Povo de Deus, em etapas diferentes de sua história. Todos agora confinados têm oportunidade austera de repensar caminhos, alimentar-se pela espiritualidade, enquanto colaboram para superar a pandemia. O exílio é oportunidade para renovar a esperança e nos fortalecer. Tempo de aprendizagens e novas conquistas, jamais de medo e pânico.
         Deus tudo conduz. É o Senhor da história. É o Vencedor. A fé inabalável alimenta a esperança e consolida a caridade. A convocação é para se viver fecunda espiritualidade, balizando ações de prevenção, gestos de solidariedade, obediência às indicações e determinações das autoridades em saúde pública para, em breve, abrir novo ciclo, no Brasil e no mundo. Além do Coronavírus, a humanidade inteira está contaminada e adoecida por modelos econômicos, políticos e até religiosos que a enfraquecem. A constatação não é um apanágio de pessimismo, mas uma convocação a levantar a bandeira da esperança, investindo na competência humanística para encontrar novos modelos de sociedade que possam emoldurar a vida com grande alegria.
         Com a força da fé, inabalável porque assentada em Deus, o único que tudo pode, por uma cidadania corresponsável e solidária, impulsionados pelas ciências, responsavelmente conduzidos por sérios líderes mundiais, referentes a cada pessoa, todos contribuam para que novo ciclo seja aberto, coerente com as expectativas da humanidade. Iluminada pela Luz da esperança, a sociedade brasileira passe por este exílio, deixando-se conduzir pela força transformadora do amor, convencida de que é imprescindível exercer a solidariedade.
         Prevaleçam os compromissos com a austeridade e com a cooperação e ninguém fuja do exílio – é preciso permanecer mais no próprio lar. Na luta contra essa e tantas outras pandemias, seja inspiração o horizonte da fraternidade e da vida, dom e compromisso. Unido, orante, austero e solidário, o povo brasileiro vencerá e encontrará a paz. Triunfará, pela bênção de Deus, o dom da vida. Cresça, agora, na interioridade de cada brasileiro, um coração samaritano, aquele que, diante da dor e do sofrimento do outro, é capaz de ver, sentir compaixão e cuidar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,01%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OS INESTIMÁVEIS ENCANTOS E POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE


“Insight sobre a carreira profissional
        A taxa de desemprego fechou 2019 em 11,9%, atingindo 11 milhões de pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em tempos incertos, para se ter acesso a uma oportunidade para trabalhar, com base na própria experiência de vida, é preciso combinar decisões complexas e cotidianas, tendo o domínio sobre tecnologias, sem esquecer a versatilidade de comportamentos e habilidades.
         É um experimento de muitas emoções e racionalidade caminhando juntos. Ante uma decisão desse porte, chega a hora de fazer a si perguntas e buscar respostas. Saber mais de você e ter a sensação de escolha.
         É impossível falar de carreira sem olhar para o propósito, a intencionalidade. Uma carreira de sucesso é definida por cargos, remuneração, promoções e privilégios? É preciso fazer algo fora de você para estar apto a responder por uma demanda com efetividade?
         O futuro chega velozmente, de sobressalto, oriundo de boatos ou previsões, exigindo respostas rápidas que surpreendem e demandam, de pronto, a presença de novas habilidades. Ainda não há aptidão para responder por novos e, até mesmo, não conhecidos desafios? Com certeza ée preciso confiança para reconhecer que a mudança é interna e que sempre haverá imagens e sonhos que, intimamente, não refletem o caminho. A carreira, de fato, é definida por habilidades e competências, e por como são usadas.
         Cabe uma nota sobre o “mindsete”, lembrando que, segundo a pesquisadora Carol Dweck, trata-se da atitude mental com que encaramos a vida. Existe o “mindset fixo”, em que a inteligência, assim como certas características da personalidade, não pode mudar, e o “mindset em crescimento”, em que o nível de inteligência pode ser aumentado, e suas características de personalidade, transformadas.
         Dentro do exposto, não são somente o talento, as habilidades e os recursos que garantem o êxito. as competências de inteligência emocional como a autoestima, capacidade de realização e a resiliência se fazem presentes. Tudo vai ao encontro, também, da originalidade, que ressalta como os inconformistas mudam o mundo.
         A situação é simples! Você busca e sente-se feliz com o contentamento dos clientes em relação ao seu trabalho. Importa-se com as suas experiências individuais e sempre busca se superar. Existem preparações no cotidiano que podem proporcionar prosperidade em tempos incertos. As habilidades e competências são adquiridas e ganham força no dia a dia. Nada de milagres que acontecem fora de você.
         Acredite firmemente que você é dono e responsável por sua carreira, assim como por sua vida, pois dessa forma terá a total capacidade de se moldar e superar mais do que qualquer outra pessoa.
         A mensagem é simples. Crie uma imagem mental construtiva e flexível de si mesmo. Construa, assim, o seu futuro. Acredite, faça e realize. A marca de uma grande carreira é que cada decisão tomada tem um propósito e que somente você é o ator.”.

(Efigência Vieira. Chief executiv officer da Upside Group, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 14 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alinhados com os sonhos de Francisco
        ‘Sonho com uma Amazônia que lute por direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo a Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos” – é o que partilha, sábia e corajosamente, o papa Francisco na exortação apostólica Querida Amazônia.
         Fruto esperançoso do abençoado Sínodo dos Bispos para a Amazônia, a exortação apostólica, com sua linguagem sapiencial, poética e profética, tem força de convocação: todos são desafiados a seguir o percurso indicado em suas linhas, para promover a vida e ser fiel à missão de toda a Igreja. Cada pessoa, especialmente os evangelizadores, se comprometa a cultivar um novo modo de viver no horizonte intocável do Evangelho de Jesus Cristo. Assim a Igreja inteira assume o compromisso de dedicar-se, sempre mais, à Amazônia, que se apresenta aos olhos do mundo com todo o seu mistério, o seu esplendor e o seu drama.
         Dedicar-se à Amazônia exige abertura para o diálogo, escutando especialmente os que mais entendem da realidade desse território, os povos amazônicos e, assim, ajudar de maneira mais qualificada os pobres, excluídos, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e migrantes. “Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho; que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis leigos da Amazônia se empenhem na sua realização e que, de alguma forma, possa inspirar todas as pessoas de boa vontade”, eis o primeiro sonho do papa Francisco apresentado na exortação apostólica Querida Amazônia.
         A exortação apostólica, além de indicar a necessidade do cuidado com a Amazônia, orienta a Igreja e o mundo a aprender com o próprio território amazônico, escola de experiências, sabedorias e lições, para mudar dinâmicas e possibilitar vivências coerentes com os ensinamentos de Jesus Cristo. Particularmente, a Amazônia pode ajudar a Igreja de Cristo na exigente tarefa de percorrer caminhos novos e encontrar novas respostas. Consequentemente, contribuir, sempre mais, para que o mundo contemporâneo se aproxime dos valores atemporais do Evangelho. Na exortação apostólica, o papa Francisco convida a Igreja a sonhar. E os sonhos partilhados pelo Santo Padre, se acolhidos como meta e lição, terão propriedade para se tornar realidade na Igreja, no território da Amazônia e em todos os lugares. São quatro sonhos indicados pela papa Francisco: um sonho social, um sonho cultural, um sonho ecológico e um sonho eclesial.
         No coração pulsante de cada uma das aspirações indicadas na exortação apostólica estão interpelações norteadoras. Sonhos que, acolhidos como se espera, reconfiguram juízos e escolhas, fortalecendo a Igreja. Desmontarão, assim, o que já não tem força missionária e reaviverá a nova profecia – a ser anunciada na voz da Igreja – para interpelar o mundo a estar no horizonte e a caminho do Reino de Deus, possibilitando novas lógicas de organização e governos, mais fraternidade, justiça e paz para todas as sociedades. Esse caminho leva ao verdadeiro desenvolvimento integral, com novos hábitos, práticas e lógicas.
         O papa Francisco, em seu sonho social, detalha uma Amazônia que deve integrar e promover todos os seus habitantes, para que possam consolidar o “bem viver”, com a força de um grito profético e um árduo empenho dedicado aos mais pobres. Para isso, são necessárias atitudes que façam frente às injustiças e aos crimes cometidos, aos que ferem o meio ambiente e seus povos. No âmbito cultural, o papa Francisco sonha com ações que busquem cuidar das tradições. Nas raízes do povo amazônico está a força para se contrapor “à visão consumista do ser humano, incentivada pelos mecanismos da econômica globalizada, que a homogeneizar as culturas e a debilitar a imensa variedade cultural, que é um tesouro da humanidade”. O sonho ecológico do papa trata da oportunidade para se conquistar a libertação das escravidões a partir de nova aprendizagem. Se o cuidado com as pessoas é inseparável da dedicação aos ecossistemas, isso se torna ainda mais evidente na realidade amazônica. Sobre o sonho eclesial, o papa indica o desafio da Igreja na busca de novos caminhos, por sábia e profética enculturação, do ministério e na liturgia, assegurando serviços pródigos a todos. A Igreja deve valorizar sempre e mais a religiosidade dos povos e procurar, continuamente, novos modos de servir, para que todos sejam contemplados com os dons dos sacramentos, especialmente a Eucaristia. O sacerdócio seja capaz de oferecer novas respostas e a Igreja se configure, cada vez mais, como Casa da Palavra de Deus, a partir da força vivificante das mulheres, com práticas criativas, inovadoras, autênticas respostas às demandas de evangelização.
         No coração de cada pessoa esteja a força interpelante dos sonhos partilhados pela papa Francisco e, assim, aprendidas as lições da exortação apostólica Querida Amazônia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.