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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A EXCLUSIVIDADE E A RARIDADE NA GESTÃO DO TEMPO E OS GRAVES DESAFIOS DO COMBATE AO DESEMPREGO NA SUSTENTABILIDADE


“Como gerir melhor o seu tempo
        Pense no que define o valor de algo. Certamente, veio em sua mente quão raro seria isso, e tem razão. Tudo que tem alto valor agregado vem acompanhado de certa exclusividade e raridade. Pois bem, partindo desse raciocínio, pense no valor do tempo. Quanto valeria uma hora, por exemplo, para quem precisa dar um abraço naquela pessoa querida, em um hospital, pessoa que infelizmente já não tem tanto tempo disponível assim?
         No cotidiano profissional, o tempo certamente se consolidou como um dos principais ativos. Ele é valioso e por meio dele se define quem toma a decisão correta na hora certa, o chamado “passo a frente”, mas também define quem fica para trás por não ter priorizado o que era de fato relevante ou por ter tomado a decisão em momento inapropriado.
         Mesmo em meio a erros, algo que faz parte do cotidiano de profissionais e empresas dos mais variados portes e segmentos, restará a oportunidade em novas decisões que surgirão e poderão ser até mais importantes, futuramente. No entanto, o fato é que o tempo perdido trata-se de algo que não se recupera. Quando isso ocorre, cabe apenas olhar pra frente, focado em gerir melhor, definindo o que de fato é relevante, qualificando e valorizando riscos e oportunidades relacionados a cada uma das ações.
         Para isso, existe uma ferramenta chamada plano de ações, algo que deve ocupar papel de destaque para qualquer profissional e empresa. Essa ferramenta funciona como roteiro para chegar ao destino desejado. Uma das maiores dificuldades, sem sombra de dúvida, é gerenciar o que fazer e os respectivos prazos, e este é o melhor caminho para facilitar o seu dia a dia no mundo dos negócios.
         O primeiro passo seria definir, em linhas gerais, quais são as ações que devem ser realizadas. Por exemplo, o que precisa ser feito, em quanto tempo, custos envolvidos, quem será responsável e como deverá ser feito. Linhas gerais, mantendo a coerência com o que realmente pode ser feito, claro. Neste momento, definir ações incoerentes apenas tomará tempo e recursos.
         Segundo passo: divida grandes objetivos em atividades menores, as quais, individualmente, servirão como etapas no caminho até os grandes objetivos planejados. Assim, você distribui melhor suas energias e expectativas, além de proporcionar maior flexibilidade para corrigir ou aprimorar cada uma das etapas que serão gradativamente realizadas.
         A definição dos prazos é algo essencial, uma vez que prazos demasiadamente curtos produzirão sensação de que o plano de ações é algo fictício, além do sentimento de incapacidade. Prazos muito longos tornam seu plano de ações procrastinador, o que não se traduz em benefícios. Defina prazos reais, conforme a característica de cada uma das atividades estabelecidas.
         Os recursos para a execução de cada uma das atividades que fizer constar no plano de ações devem ter uma relação de custo/benefício coerente. Por esse motivo, avaliar quais serão os custos sob o ponto de vista de quem espera que resultados proporcionem retorno em qualidade, segurança, receita, lucro, valorização da marca. Jamais dedique recursos que não proporcionem benefícios verificáveis nos seus processos.
         Por fim, caso tenha uma empresa ou equipe, avalie o responsável pela execução de cada uma das atividades. Avalie a capacidade de quem pretende delegar. Por exemplo, avalie se o responsável está capacitado, se já executou essa atividade antes. Considere a possibilidade de algum imprevisto ocorrer, avalie se tal pessoa está apta para resolver e dar a sequência.
         Portanto, gerir o tempo é uma questão de planejamento e controle. Dedicar parte do tempo para estabelecer um coerente plano de ações, nos moldes apresentados, agregará exclusividade e raridade em seus produtos e serviços. Entenda que o tempo é precioso e por isso merece ser valorizado como tal.”.

(DANTE FARIAS. Administrador de empresas, consultor e conselheiro empresarial, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de VANDER MORALES, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fnaserhtt), e que merece igualmente integral transcrição:

“A tragédia do desemprego
        O horizonte cinzento não permite vislumbrar ainda um bom futuro para o país. No conjunto de propostas apresentadas até o momento, os candidatos à Presidência da República discorrem desde o sexo dos anjos à privatização de empresas estatais, ou ao armamento da população para enfrentar a criminalidade. Estranho, mas nenhum deles mostrou qualquer preocupação com o desemprego, um dos maiores flagelos atualmente no Brasil, deixando sem esperança mais de 13 milhões de trabalhadores e suas famílias.
         De forma genérica, diz-se que o crescimento econômico facilitará a abertura de mais vagas no mercado de trabalho. É um processo demorado. O fato é que nenhum candidato se aprofunda no assunto ou mostra disposição para enfrentar o maior problema do desemprego: o excesso de carga tributária sobre a folha de pagamento das empresas, o que leva o empresário a pensar duas vezes antes de abrir uma vaga.
         Tudo o que a tecnocracia promove é no sentido de aumentar a arrecadação, sem se importar muito com as consequências, com o apoio de sucessivos governos insensíveis ao problema. E o resultado lógico é um modelo fiscal esquizofrênico, o que leva a uma das mais altas cargas tributárias do planeta.
         O Brasil tem a sexta maior alíquota de imposto para empresas entre 130 países pesquisados, segundo levantamento da KPMG Internacional. A carga tributária no Brasil chega a 34%.
         Desde que a Constituição de 1988 entrou em vigor, mais de cinco milhões de normas foram criadas para reger a vida do cidadão brasileiro, entre emendas constitucionais, leis delegadas, complementares e ordinárias, medidas provisórias, decretos e normas complementares e outros. Ou seja, foram publicadas, em média, mais de 782 normas por dia nos âmbitos federal, estadual e municipal.
         E boa parte delas para arrochar mais ainda o caixa das empresas. É importante destacar que o setor de serviços responde por mais da metade dos empregos formais no Brasil e, assim, como no resto do mundo, desempenha papel fundamental no elo das cadeias produtivas.
         Por isso, sabemos bem que a situação é dramática. A força de trabalho no Brasil é composta por 159,2 milhões de pessoas. Ao decompor essa massa, enxergamos uma tragédia. Para começar, o contingente de pessoas que não trabalha nem procura emprego somou 65,6 milhões no segundo trimestre deste ano, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior número de pessoas inativas desde 2012.
         A quantidade de trabalhadores com carteira assinada atingiu o seu menor patamar no início do ano, com 32,8 milhões. O número de pessoas desempregadas continua no patamar dos 13 milhões.
         Na composição geral do quadro, os informais somados chegam a 37 milhões, formados principalmente pelos empregados sem carteira assinada (10,7 milhões) e pelos que trabalham por conta própria (22,9 milhões).
         Ou seja, ao estrangular empresas, o governo está empurrando a mão de obra para o suplício da informalidade. E nesse mundo não há exames médicos de admissão e demissão, repouso semanal remunerado (uma folga por semana), 13º salário, férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário, vale-transporte ou vale-refeição, licença-maternidade ou paternidade, Fundo de Garantia, horas/extras, adicional noturno, aviso prévio em caso de demissão, seguro-desemprego e outros benefícios.
         Tudo o que os funcionários das empresas de terceirização e do trabalho temporário têm assegurados por lei. Sem contar que o setor ainda abre oportunidades para jovens e idosos, os que mais sofrem com esse quadro geral de desalento.
         Apesar disso, em vez de incentivar a abertura de vagas, o sistema em vigor desestimula. Como no caso da terceirização e do trabalho temporário, que, desde 2002, com a entrada em vigor do regime de não cumulatividade do PIS e da Cofins, viram seus custos com ambas as contribuições aumentarem mais de 150%.
         A soma de suas alíquotas saltou de 3,65% sobre a receita total bruta para 9,25%. Assim como outros segmentos de emprego de mão de obra massiva, como informática, telemarketing e segurança – já beneficiados por regimes específicos à sua natureza –, as empresas de trabalho temporário e de terceirização também demandam uma estrutura tributária diferenciada, pois operam com baixíssimas margens de lucro e o maior peso de seus custos está no pagamento dos salários e encargos sociais.
         No regime da não cumulatividade elas nem podem usufruir do benefício do abatimento de insumos ou materiais, já que são itens pouco relevantes em sua realidade de gastos. Ou seja, essas empresas convivem há 16 anos com um regime distorcido e extorsivo.
         Pelo número de obstáculos colocados no caminho de sua evolução e pela falta de sensibilidade para removê-los, o horizonte se torna mais obscuro para quem se dedica à criação de vagas no mercado de trabalho, com todos os benefícios aos trabalhadores garantidos por lei.
         É preciso que os candidatos à Presidência sejam ao menos solidários com o drama de uma quantidade enorme de brasileiros e ponham seus olhos em soluções concretas para quem quer trabalhar de forma decente e sustentar suas famílias com dignidade. Não deve ser um item de programa: é prioridade absoluta.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        

        
        

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RESTAURAÇÃO DA ÉTICA CORPORATIVA E A LUZ NO CUIDADO E FRUIÇÃO DOS SANTUÁRIOS DE MINAS NA SUSTENTABILIDADE


“Fraude corporativa: além do e-mail e do WhatsApp
        Há 13 anos, a Justiça alemã constatou que a Siemens, gigante de tecnologia, era parte de uma rede internacional de distribuição de subornos que incluía também o Brasil. Calcula-se que o caso acabou custando a uma das empresas de maior prestígio na Alemanha cerca de 2,5 bilhões de euros, ou seja, mais de R$ 8 bilhões.
         De 2005 até os dias de hoje, com o escândalo mais recente que envolveu a Odebrecht, o maior grupo da construção da América Latina, as formas de combate ao crime vêm se sofisticando e o fraudador vem tomando maiores cuidados com o passar do tempo e a partir do uso constante da tecnologia. Nesse sentido, podemos considerar que investigações e fraudes corporativas figuram quatro momentos diferentes.
         Tendo como marco importante a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), que passou a valer a partir de 2013 e que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, a primeira fase ocorreu antes dessa legislação entrar em vigor. Na época em que não havia uma norma jurídica que desse conta das fraudes, as ações de combate eram apenas reativas, e não preventivas, e realizadas por escritórios não especializados em investigação.
         Com a entrada em vigor da lei no ordenamento jurídico brasileiro, as firmas de investigação começaram a se consolidar no mercado. Nesse período, começa-se a pensar em prevenção de fraudes e surgem os primeiros programas de compliance nas companhias estrangeiras sediadas no Brasil. Contraditoriamente, as empresas brasileiras ainda estavam resistentes à aplicação da Lei 12.846/13.
         Num terceiro momento, entre 2014 e os dias atuais, temos como referência o início da Operação Lava-Jato – que investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos –, ainda com ações fortemente reativas, mas com o objetivo de estabelecer padrões de prevenção com equilíbrio entre investigações internas e externas. Na realidade atual, vimos finalmente programas de compliance ganhando corpo e entrando finalmente em fase de maturidade no Brasil.
         Diante desse cenário, podemos vislumbrar que, no futuro, nas ações de combate e de resposta a incidentes de fraudes, haverá um equilíbrio entre prevenção e reação e o fortalecimento ainda maior da maturidade de compliance com as empresas aptas a responder às demandas que surgirem. Podemos apostar que o tema fraude corporativa irá fazer parte permanente da agenda da auditoria externa e da pauta dos comitês de administração e de auditorias das empresas. Sendo assim, a revisão de documentos dará lugar ao apoio das ferramentas de tecnologia da informação, sendo implementadas de forma combinada e cruzada com o conhecimento contábil, o que terá papel importante e será um diferencial desse processo. Surge aqui a importância do uso de dados e análises e da inteligência artificial como parceiros na identificação de transações suspeitas, relação de conflito de interesses, entre outros.
         Frente a um ambiente corporativo cada vez mais complexo e de fraudadores ainda mais especializados, com práticas sofisticadas que vão além da troca de mensagens por e-mail e pelo WathsApp, as investigações terão que aprender a navegar nesse universo para trazes as respostas, que se espera, num futuro bem próximo.”.

(MARCELO ALCIDES C. GOMES. Sócio da área de Strategic & Compliance Risk da KPMG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os santuários de Minas
        Minas Gerais é uma terra de santuários. É urgente enxergar e compreender a realidade desse estado que hospeda importantes lugares sagrados, merecedores de respeito e adequado tratamento, exigindo nova mentalidade e o repúdio a interesses pouco altruístas. Há uma luz que precisa brilhar para se enxergar essa realidade. Essa luz é a consciência cidadã, fundamental para que todos os segmentos da sociedade mineira saibam cuidar bem do tesouro tricentenário forma pela cultura e o patrimônio sociopolítico de Minas. Um tesouro tão maltratado pela corrupção e pela mediocridade de líderes que deveriam representar o povo. Eis aqui o urgente desafio: a sociedade mineira precisa cultivar a ampla visão capaz de priorizar o desenvolvimento integral do estado, com qualificado tratamento de toda essa imensurável riqueza.
         Esse tesouro está nos territórios de Minas, que ao serem reconhecidos como santuários, conseguem vencer as “bitolas estreitas”, impedindo, assim, que o estado mineiro fomente as mudanças tão necessárias ao país. Por isso é preciso que se faça, antes, justiça ao seu riquíssimo e diversificado patrimônio de tradições imateriais, incluindo as diferentes culturas que, singularmente, compõem as muitas Minas. Destacam-se ainda os santuários ambientais, de inestimável valor, que exigem adequados discernimentos em cada uma de suas microrregiões. Os muitos e diferentes biomas reunidos em todo estado não podem ser devastados pela insanidade da ganância e do lucro. Um risco sempre presente em razão de miopias. Há urgência de se estabelecerem marcos regulatórios diferentes dos tendenciosos e que não ofereçam respaldo legal a atitudes fora dos parâmetros de uma ecologia integral.
         O adequado tratamento dos santuários de Minas é ponto de parte para a constituição de novas práticas, capazes de incidir nas ações políticas, nas relações sociais e nas iniciativas religiosas. Um tempo diferente que possa acabar com as dispersões do povo mineiro, que o fragilizam, incapacitando-o para perceber o próprio valor. Sem a consideração da importância de seus santuários, os mineiros se habituarão, cada vez mais, a valorizar o que “é de fora”, de outros lugares. Mas o patrimônio de Minas Gerais é tão valioso que, mesmo diante de tantas atitudes absurdas que levaram – e ainda levam – a graves perdas, continua a reunir riquezas inestimáveis. Percebe-se, pois, que são muito importantes novos parâmetros éticos e regulatórios, para evitar tragédias a exemplo da que ocorreu em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, até hoje sem medidas suficientes para minimizar o sofrimento da população, os danos à natureza e ao patrimônio histórico-cultural.
         Pelo bem do povo mineiro, além do cumprimento das regulamentações vigentes, são imprescindíveis legislações capazes de proteger o território do estado. Sem essas medidas necessárias e urgentes, Minas continuará a conviver com a possibilidade de novas tragédias provocadas pelo insaciável apego ao lucro, que alguns fazem questão de cultivar. E o povo mineiro permanecerá convivendo com cenários de exclusão e pobreza, uma imposição amarga às pessoas que vivem sobre um chão tão rico. Minas são muitas e cada uma é um santuário ecológico, sociopolítico e cultural, com suas singularidades, que precisam estar integradas e preservadas para que seja alcançado o desenvolvimento integral.
         A valorização desse patrimônio mineiro – de norte a sul, de leste a oeste, incluindo a região central do estado – significa, entre outros aspectos, parar de negociar frações do território de Minas como se fossem pedaços de lugares sem importância. Os santuários de Minas são inesgotáveis minas de valores que sustentam a cultura do estado, tão importante para o contexto nacional. Por isso, cada região deve ser tratada adequadamente, com o devido reconhecimento de suas necessidades – nos campos da infraestrutura, da educação, entre tantos outros. Merecem atenção especial a cultura e a religiosidade do estado, que detêm a força para alavancar o desenvolvimento integral e superar a violência.
         Todo cidadão mineiro precisa compreender: cada um dos territórios de Minas, assim como as famílias que os habitam, constituem santuários. Lugares de vivências e dinâmicas que geram a união e a partilha de responsabilidades. São, pois, força educativa existencial exemplar. Minas é ainda um conjunto de santuários da religiosidade, com enraizamentos profundos, verdadeiros tesouros que demandam dedicação e qualificação dos que professam a fé cristã católica. Nos santuários mineiros da religiosidade está o maior acervo sacro e barroco nacional, que nutre um patrimônio imaterial alicerçado nas tradições, instrumento indispensável para edificar uma sociedade mais solidária e fraterna.
         Muitos são os santuários de Minas e todos, igualmente, requerem responsabilidades e competências no seu tratamento. É necessário conhecê-los para fomentar o sentido de autoestima e pertencimento de seu povo, vetores que qualificam a cidadania. Nesse rico conjunto, merece especial atenção e acompanhamento o Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, padroeira do estado de Minas Gerais. Há 250 anos, o santuário recebe peregrinos e há quase 60 é considerado o coração de Minas, com o reconhecimento oficial de que Nossa Senhora da Piedade é a padroeira do estado. O fluxo crescente de peregrinações comprova sua importância. E entre as singularidades do santuário da padroeira de Minas, destacam-se seus bens culturais, históricos e arquitetônicos.
         De modo especial, o Santuário da Piedade é um patrimônio ambiental singular, nos seus mais de 1,2 milhão de metros quadrados, com fauna e flora dos biomas mata atlântica, cerrado e campos rupestres. É, assim, um jardim botânico e, ao mesmo tempo, um museu ambiental a céu aberto, dom de Deus na magnificência de sua criação. Merece, pois, a atenção de todos os mineiros, especialmente de quem mora em suas proximidades, para acompanhar as movimentações de mineradoras e combater interesses meramente financeiros, com certos respaldos legais que precisam ser repensados. Pensando nesse santuário mineiro, que é herança de cada pessoa, a Arquidiocese de Belo Horizonte instituiu a Associação para o Desenvolvimento Regional Integral (Aderi), que, entre suas finalidades, assume a tarefa de contribuir com projetos de caráter ambiental, promovendo a defesa de direitos sociais relacionados ao meio ambiente.
         Há uma verdadeira “guerra surda” em curso. O povo, os devotos, religiosos e igrejas, segmentos todos que reconhecem a importância dos santuários mineiros, são convocados: aproximem-se do Santuário da Piedade, criando uma rede de proteção que se transforme em paradigmas de um tempo novo marcado pela defesa dos muitos santuários de Minas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A CONSCIÊNCIA DA SABEDORIA ETERNA E A REVOLUÇÃO NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E PROFISSIONAL

“O ensinamento revela-se de acordo 
com o grau da nossa consciência
        Nos antigos ensinamentos espirituais mencionam-se os catecismos esotéricos. São instruções sobre o Caminho, fruto do relacionamento interno entre Mestre e discípulo; são orientações que, sob a Luz da Hierarquia, a alma revela ao eu consciente.
         Diferentes são os níveis de ensinamento nos autênticos textos espirituais aos quais o homem hoje tem acesso. Há os que fornecem as bases do caminho interior; manifestam-se sob diversas vestes, de modo que cada alma possa levar o eu consciente a encontrar o alimento que lhe for mais adequado, e há também os que dizem respeito à expressão da vida em âmbito divino, e que não se atêm ao processo individual dos seres humanos. Estes últimos transmitem a essência da manifestação cósmica; são colhidos de registros universais mais elevados, registros inicialmente difíceis de serem tocados pelo aspirante ou mesmo pelo discípulo. Chegam à humanidade por meio das aberturas que a Hierarquia efetua na densa camada que separa o consciente humano da Realidade Imutável. São revelações da Sabedoria Eterna que vêm regar um mundo carente de Luz. Em geral formalizados numa linguagem abstrata, atraem a consciência humana para vibrações e estados de energia que transcendem a manifestação concreta. Não pertencem a uma escola de instrução interna específica, e estão presentes em todas as que nascem da mesma Fonte de onde eles emanam. São verdadeiros tesouros, não apenas pelas informações que contêm, mas principalmente pelo inefável manancial de vida nascente que os permeia.
         Ainda que pareçam infinitamente distantes daqueles que começa a trilhar a senda interior, as chispas do fogo da sabedoria cósmica aproximam-se dos que que por sua luz são atraídos, eliminando os obstáculos que os impedem de ingressar no centro dessa existência sublime. Aos primeiros passos, o peregrino ouvirá, como um clamor, que não pode ser ocultado:
         Subjugai vossa natureza inferior; ofertai-vos em plena consciência Àquele que vos concedeu a Vida e deixai-vos mergulhar no centro dessa Fonte inesgotável.
         A potência irradiante desse legado pode ser contatada diretamente pelo homem apenas quando a sua consciência se unificou a núcleos internos espirituais ou divinos, o que lhe permite suportar a incidência de uma Luz mais abrangente. Por isso, legiões de elevadas consciências, membros da Hierarquia do planeta, encarregam-se de adequar a energia e a revelação às possibilidades de cada circunstância.
         A exteriorização de uma realidade interna em forma de palavras ou imagens simbólicas traz em si os matizes característicos da consciência que a capta. Exprime a parcela da Verdade que essa consciência pode abarcar e está em consonância com o conjunto de impulsos que a esfera de manifestação planetária pode comportar naquele momento. Portanto, a Verdade não se restringe a uma só visão; ela se aprofunda à medida que cada um de seus aspectos é trazido à consciência do homem. Da síntese de revelações sucessivas, ainda que aparentemente contraditórias, forma-se uma ideia mais próxima da Verdade essencial.
         A plena compreensão da Verdade Eterna decorre do contato da consciência individual com os mares de Fogo e Luz que margeiam o universo imanifestado. A transmissão do que é colhido nesses contatos traz o que é pura Vida.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMP Belo Horizonte, edição de 10 de setembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CLÉBIO BATISTA, engenheiro, mestre em engenharia e diretor da Inova BH, e que merece igualmente integral transcrição:

“Cinco anos dedicados à educação
        Há cinco anos o município de Belo Horizonte estabelecia uma importante parceria com a Inova BH e, assim, dava um grande passo para ampliar o atendimento à educação municipal. O contrato tinha como objetivo a construção, manutenção e gerenciamento de serviços não pedagógicos de 51 unidades de ensino na capital mineira e já começava com um grande desafio: construir 46 Umeis e cinco Emefs em apenas três anos, com o objetivo de oferecer 25 mil novas vagas a crianças e adolescentes da cidade.
         Hoje, todas as unidades de ensino estão em pleno funcionamento. Estima-se que, nesse período, as escolas construídas e operadas pela Inova BH já receberam mais de 30 mil alunos, atendendo crianças até 6 anos nas Umeis, e de 7 a 14 anos nas Emefs, muitas delas estudando em período integral. As unidades estão espalhadas por várias regiões da cidade. Desde a primeira unidade disponibilizada, a Umei Belmonte, entregue em setembro de 2013, na Regional Nordeste, até a última a ficar pronta, a Umei Barreiro, em janeiro de 2016, na Regional Barreiro, as escolas operadas pela Inova BH são facilmente encontradas.
         A Inova BH é responsável por todas as atividades administrativas da escola, incluindo os serviços de portaria, segurança patrimonial, reprografia, limpeza, jardinagem, controle de pragas, manutenção hidráulica, elétrica e predial, disponibilização de mobiliário, fornecimento e higienização de enxoval, além do provimento de materiais descartáveis para os usuários da escola, pelo período de 20 anos. A qualidade de todo esse serviço é garantida por um rígido quadro de indicadores de desempenho da Inova BH. Tudo para que os alunos desfrutem de um ambiente de qualidade e que propicie a melhor experiência possível para que a absorção do conhecimento ocorra em seu grau máximo. Todo esse escopo de serviços conta com o empenho diário dos mais de 500 profissionais.
         Com os serviços não pedagógicos sendo cuidados pela Inova BH, a intenção é oferecer à direção das unidades de ensino ainda mais tempo para que se dediquem às questões pedagógicas, voltadas à aprendizagem dos alunos, sem precisar se preocupar com funções de gestão dos serviços de apoio.
         Acreditamos que um projeto como este, que une qualidade na construção e eficiência na prestação dos serviços não pedagógicos, são fortes aliados para que a educação alcance melhores níveis. Com o suporte logístico oferecido pela parceria, professoras(es), diretoras(es) e gestores educacionais tornam-se mais livres para explorar todo o seu potencial pedagógico em benefício dos alunos. E os resultados já têm aparecido: as mudanças proporcionadas por esta modalidade de gestão são reconhecidas por aqueles que vivem o dia a dia das escolas e já atraiu a atenção até mesmo de pesquisadores. O projeto já foi tema de estudos acadêmicos, artigos e dissertações de mestrado. Um desses estudos, realizado em 2016, apontou, entre outros resultados, que o tempo dedicado pela direção das escolas às atividades pedagógicas é 25% maior nas unidades que fazem parte do escopo do contrato.
         O modelo atraiu, também, a atenção de gestores educacionais de outras partes. Mais de 30 representantes de municípios, estados e até outros países interessados em conhecer o projeto já estiveram em Belo Horizonte para ver de perto o funcionamento das escolas, que hoje são exemplo para diversos governos que desejam aumentar e melhorar o alcance da sua rede de ensino. Esse pioneirismo da Prefeitura de Belo Horizonte fez com que ela se tornasse finalista regional da América Latina do prêmio City Ingenuity Awards em 2013, oferecido pela revista britânica Financial Times, além de ter sido premiada pela renomada consultoria internacional KPMG como detentora de um dos 100 projetos de infraestrutura urbana mais inovadores do mundo.
         Mais crianças e adolescentes na escola e educadores com mais tempo para cuidar do verdadeiro ensino. É isso o que nos move a continuar este trabalho, com o constante intuito de aperfeiçoá-lo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em agosto/2017, chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...