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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA ÉTICA PÚBLICA E PRIVADA E A LUZ DA SABEDORIA NA SUSTENTABILIDADE

“Ética pública e privada
        Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), fundador da filosofia crítica, a ética baseava-se em imperativos categóricos e morais, que são as condições necessárias para desenvolvê-la.
         Para Kant, o dever é o bem. A boa vontade é a vontade de agir por dever. O imperativo categórico, ou da moralidade, determina a ação independentemente de todo o fim a atingir e tem seu fundamento apenas na consciência moral. O imperativo moral não é hipotético.
         Note-se que, desde a Antiguidade, os filósofos tentam analisar e compreender os princípios e os valores de uma sociedade e como eles ocorrem na prática. A ética e a moral sempre mereceram considerações particulares dos grandes mestres da filosofia e, embora parecidas, não têm a mesma equivalência, porquanto sejam exigidas em diferentes condições. Não devem ser confundidas.
         A ética é a parte da filosofia que estuda o comportamento humano e sua relação com as normas. Ela, essencialmente, reflete os princípios e os valores morais, questionando se certas formas de agir contribuem ou não para a vida na sociedade, cujo objetivo é a justiça social. A justiça e a sociedade são as metas.
         Já a moral é o conjunto de regras que se baseiam em valores culturais e históricos de cada sociedade, por meio da prática ou de aspectos de condutas humanas específicas; está balizada na subordinação aos costumes, regras e hábitos determinados por cada sociedade.
         Não vai aqui nenhuma condenação, sem o devido contraditório, daqueles que não são éticos, mas os tempos são outros, a globalização está aí, o mundo está mais próximo nas telas e nas redes sociais. Portanto, sirva-se o cidadão dos melhores exemplos, e não dos piores.
         A falta de ética presta-se, em muitas situações, a superar as adversidades da vida num país marcado por desigualdades sociais, deficiências nos serviços públicos, maus exemplos da política e complexidades da vida moderna. No entanto, não se justificam o jeitinho, a falta de ética pública e privada e a ausência de moral. A qualidade precisa superar a mediocridade.
         Se a falta de ética pública é vista como um fato normal, jamais seremos uma nação de fato, verdadeira e respeitada. Essa aberração contribui para o atraso social, econômico e moral de um povo.
         Não menos grave, a falta de ética privada constitui-se em agir com “jeitinho”, levando “vantagem” e passando os outros para trás, quebrando normas e regras (éticas e sociais), violando leis e degradando até mesmo o ambiente familiar. Um chefe de família sem ética contamina os seus pelo mau comportamento. O custo moral é grande e não vale a pena.
         O avanço do processo civilizatório não admite mais as presenças de aleivosias e vitórias sem esforço. O povo brasileiro é cheio de esperança, trabalhando em busca da alegria. Parece difícil alcançar essa felicidade, mas também eram árduas as batalhas que foram vencidas.”.

(Wilson Campos. Advogado, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de janeiro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de janeiro de 2018, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reverenciando Geoffrey Hodson
        Da leitura do sábio Geoffrey Hodson, tirei este artigo.
         O homem tem quatro grandes instrutores.
         O primeiro é representado pelos fracassos, isso mesmo: não são os sucessos, mas as derrotas, tão lamentadas, que indicam o correto caminho, são as quedas e as humilhações sofridas que fornecem as melhores lições.
         O segundo instrutor são os eventos, qualquer um, desde os menores e mais insignificantes, já que, atentamente observados, revelam as regras que regem a vida e o destino, até aqueles que, inexplicavelmente “fortuitos”, possuem a razão perfeita de ser.
         O terceiro são as oportunidades, as situações favoráveis e especiais que oferecem condições de realização, já que, em outros momentos, seriam impensáveis ou distantes como planetas. Saber, assim, aproveitar o momento em que aparentemente as portas se abrem para avançar, expandir-se e apoiar a evolução de todos.
         O quarto, são as ações que são provocadas nos outros, ou melhor, as reações motivadas por nossa atividade. Representam um despertar na consciência da interdependência entre as decisões, escolhas e exemplos prestados.
         Embora ofuscado pelo raciocínio animal que domina os instintos “comuns”, qualquer cuidado com as consequências precisa ser levado a sério. O mau exemplo de um pai deseduca a prole, o de um líder, os liderados; os mais fracos são sempre os mais prejudicados.
         O que atrapalha o homem é o apego aos frutos do trabalho que executa, enquanto deveria apenas cuidar do motivo para o qual se dedica e ser impassível diante do sucesso ou derrota. Ciente de que o fracasso também é um sucesso para a evolução e a verdadeira obrigação é realizar tudo que for possível.
         Claro que o bom homem não agirá para fracassar, mas, se isso acontecer, aceitará como efeito da justiça e oportuno a seu aprendizado.
         Ser incompreendido faz parte do “jogo”. Ser altruisticamente indiferente a toda opinião a respeito de si mesmo é ser livre e, ainda, imune à perda de tempo e de entusiasmo com a missão.
         As influências astrológicas, as explosões solares, os eclipses se fazem sentir, os pensamentos e ações dos outros produzem efeitos. As mudanças ocultam a visão comum, atingem o indivíduo, influenciam constantemente. Mesmo assim, o respeito aos princípios é fundamental. Quem permanece em postura serena, não afetada, despojada de vaidades não é arranhado, será mais resistente nas quedas e sucessos de grande intensidade. Não se perde em comemorações, pois sabe que a vitória pode estar a um passo de uma derrotam e que a humildade o fortalece e consolida os resultados.
         O aprofundamento da existência tem que se dar sem a menor tensão. Sem querer nada, possuindo tudo, navegando no infinito, enraizado no eterno. O desabrochar da alma do homem ocorre, misteriosamente, quando “tudo vem para aquele que renuncia”.
         “Nada peço, e o que tenho está à disposição de Ti. Não a minha, mas a Tua vontade seja feita”. A espontaneidade, o naufragar no imenso, torna-se assim a característica da vida. Como ensinou o Mestre Guatama: “Mate o egoísmo e terá tudo. Desapegue-se!”.
         A pessoa deve estar pronta ao assentimento, mesmo ao que parece injustiça. “Bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a Terra”.
         Santa Teresa d’Ávila, ao ser atacada de forma cruel por sua família: Que Deus possa lhes compensar pelos favores que vocês me concedem”.
         Hodson afirma que a vida do bem-aventurado é fazer o melhor possível para verter a Luz da verdade sobre o mundo. Conceber a vida como um prolongado treinamento para as tarefas mais difíceis e maiores do que aquelas que se enfrentam momentaneamente, de forma valorosa, filosófica e sem hesitar. Receber o sucesso com humildade e colocá-lo à disposição da humanidade. Inculque, em seus liderados, os mais elevados princípios de moralidade e o selo da perfeição em tudo que faz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.