“Vantagens
para salvar seu negócio
Até pouco tempo atrás,
tudo ia relativamente bem no Brasil, mas empresários e executivos de muitas companhias
já podiam enxergar que, a qualquer momento, a crise ia chegar. E de fato,
chegou. A indústria parou de produzir, as empresas pararam de crescer e os
clientes a diminuir – tudo porque ficamos “escravos” de uma única economia. Com
isso, muitas empresas ficaram no vermelho, sendo que algumas já estão pedindo
para fechar as portas. Mas existe uma alternativa que poucos empresários, por
falta de conhecimento ou receio, tentaram: a internacionalização de sua
empresa.
Internacionalizar
seu negócio significa que você vai empreender em um novo país, que requer
planejamento, preparo e conhecimento, mas também uma “pitada” de coragem – que
ainda falta em muitas empresas. Qualquer uma pode se internacionalizar e, como
tal, deve obedecer as regras legislativas do país que deseja empreender.
Portanto, estudar o mercado e a cultura deles é essencial. Você passa a ser uma
empresa global, antenada no mundo e, com isso, o reconhecimento e a
credibilidade do público local aumentam. Além disso, você conhecerá novas práticas
de negócios, podendo ter insights de
inovação para o seu negócio local. Conhecer novas tecnologias, novos parceiros,
que podem trazer redução de custos e aumento da lucratividade ou mesmo
otimização da sua operação.
O
fortalecimento da marca em um nível global não torna a empresa invulnerável,
mas, certamente, afasta qualquer crise. O seu maior custo nesse processo é
tempo e coragem, pensar no assunto e planejar a operação. Existem países que
estão buscando atrativos para chamar novas companhias, como Estado Unidos,
Alemanha, Portugal e até mesmo o nosso vizinho Paraguai. A sua empresa pode
estar no mundo todo, mesmo que não seja fisicamente, mas pode ter produtos e
serviços onde o mercado consumidor demandar.
Um
executivo com visão de futuro certamente já pensou nisso algumas vezes e, se
ele souber para onde vai o processo, é mais fácil e rápido, pois já está com a
“mão na massa”. Ou seja, preparando os atos constitutivos da empresa no país
escolhido, realizando o estudo de planejamento tributário internacional (que é
fundamental para a viabilidade do projeto), procedendo ao registro da marca e
dos demais procedimentos necessários para operar no país. Os momentos de crise
são também os de oportunidade. Talvez esta seja a sua.”.
(ANDRÉA
GIUGLIANI. Advogada da Giugliani Advogados, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de
dezembro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
28 de dezembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de REINALDO MOURA, engenheiro e mestre em
ciências e engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, e que merece igualmente integral transcrição:
“Miopia
na educação
Ideias
excelentes como a do governo estadual paulista, em fins de 2015, puseram por
água abaixo a concentração em uma só escola as séries do nível fundamental e em
outras as de nível médio. E aí faltou vender a ideia a todos.
A
imposição gerou ocupação das escolas e revolta de todos os afetados até o recuo
do governo e abandono da lei. Haveria uma redução nos gastos para todos, mas a
falta de negociação só demonstrou que os pais teriam que levar os filhos em
duas escolas e muitos professores ficariam sem aulas para ministrar durante a
semana, ou que teriam o desconforto do deslocamento.
Incrível,
mas toda esta falta de visão holística voltou a repetir-se este ano pelo
governo federal, ao impor a retirada de algumas disciplinas por caráter
econômico sem razões de conteúdo no processo educacional.
Enquanto,
no mundo inteiro, os estudantes dedicam de oito a 12 horas diárias para estudo,
incluindo disciplinas teóricas e práticas com conteúdo via internet, aqui em
nossa terra há restrições, além de um abandono da questão educacional dos
jovens.
De um
lado, é notória a falência do Ministério da Educação (MEC) que não prepara ou
incentiva os professores a atualizarem seus métodos de ensino. E os que querem
mudar são impedidos pelo arcaico e burocrático sistema básico. Pais desejam
delegar à escola seu papel de educação.
Do
outro lado, governo e políticos continuam afirmando que não cortarão despesas
com educação, ou seja, misturam políticas públicas com as econômicas.
Vale citar aqui o slogan de três anos atrás de
um conhecido candidato a deputado que dizia que “pior do que estava não
ficará”. Ma ficou. Vejam: desde setembro as escolas estão em greve, o que
afetou o Enem, que vários estudantes não puderam fazer, e os vestibulares mais
cobiçados no fim de novembro.
Afinal,
foi prejudicado o 2º semestre inteiro deste ano, que “por decreto” estão todos
aprovados, uma vez que ninguém quer voltar às escolas em plenas férias de
verão.
Outro
fator desmotivador foi a questão do Fies – escolas e estudantes entraram em conflito
o ano todo.
Todas
essas discussões deveriam ser debatidas agora para efetivação, no próximo ano,
com a sociedade, mas não foram, e o processo de reformas deteriorou-se a ponto
e a escola pública estar desqualificada.
Feliz
dos alunos e pais que estão em algumas escolas privadas e que abandonaram essas
discussões e venderam a ideia de que a competição no mundo não é para os que
têm diplomas, mas sim pelo grau de conhecimento. E vamos embora, sigam em
frente! Pratiquem o autodesenvolvimento.
A profissão
de professor, que deveria ser continuamente valorizada não só no aspecto
monetário, mas também e principalmente motivacional, entra num ciclo caótico de
causa-efeito-causa.
A
baixa remuneração e a falta de perspectiva da carreira no magistério desmotivam
aqueles mestres que são essenciais para o aprendizado. E daí? Surgem os novos
professores, aqueles que não conseguiram ingressar nas promissoras carreiras, e
acabam tornando-se os futuros mestres, com títulos filosóficos e pedagógicos
fora da realidade.
Se em
poucos anos a maioria das profissões serão substituídas por outras que estão
nascendo, o momento é de aprender a ensinar em vez de debater as políticas de
educação. Resumindo: até o MEC aprovar um novo currículo ou faculdade, a onda,
moda ou tendência já foi. Imaginem quatro anos depois, com a graduação
concluída.
Só
para ilustrar: por que as questões de geografia não podem ser mescladas com as
de aritmética? Ou de redação com as de história ou atualidades? Práticas de
laboratório em outras línguas?”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 482,05% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em
novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da
paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...