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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NA ESCOLA, A CIDADANIA E A ESPERANÇA

“Um dos componentes mais importantes do processo educativo é a chamada função cultural da educação, que se realiza através do que chamamos de transmissão de valores”.
(Padre GERALDO MAGELA TEIXEIRA, in artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de julho de 2005).

Mais uma OPORTUNA lição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de dezembro de 2008, Caderno OPINIÃO, pagina 7, de autoria do Mestre em educação pela UFMG, professor LAIR MATTAR, com merecida e integral TRANSCRIÇÃO:

“Escola e esperança

O aumento da violência nas escolas públicas e particulares brasileiras, em geral, tem sido atribuído à omissão das famílias na educação dos filhos, quando, na verdade, pode ser consequência da falta de adaptação das crianças e jovens ao mundo. Os valores de quase toda sociedade contemporânea vinculam-se à produção e ao lucro, mas, já que a criança e o jovem não os geram, passaram a ser vistos apenas ob a ótica de consumidores. Embora vivam melhor do ponto de vista do conforto material que a tecnologia oferece e de certa liberalidade que podem ter no comportamento, as pessoas de todas as faixas etárias sentem que sua participação social restringe-se a consumir o supérfluo. O que é particularmente doloroso para quem não tem dinheiro para exercer esse papel indigno destinado aos cidadãos. Além disso, frente ao discurso amoroso das religiões, a desigualdade social é uma contradição difícil de ser compreendida pelos mais jovens, que ainda não aprenderam a lidar com a hipocrisia.

A vida verticalizou-se; não há mais casas com quintais, na periferia pobre das grandes cidades do País. A maior parte da população vive em apartamentos pequenos e em ruas barulhentas, ou em condições piores, nas favelas. Os pais e as mães precisam sair para trabalhar fora, deixando as crianças sozinhas. Fechadas em pequenos espaços, em virtude da violência, elas acabam ficando muitas horas sob o domínio da televisão, que lhes estimula o consumo. O lazer é caro para as famílias que não dispõem de recursos financeiros sequer para se alimentar, por outro lado, as mais afortunadas têm poucas opções além da ida ao shopping, nos fins de semana.

A sociedade brasileira ainda não se deu conta de que está sonegando às crianças e aos jovens outra parte da vida, que foi tão importante para as pessoas de outras gerações. Trata-se do contato com a natureza, que não pode ser substituído por qualquer outra atividade, pois é por meio dele que as pessoas conseguem transcender à dimensão meramente material da existência. A globalização produziu cidadãos alienados para o consumo de toda espécie, e fez a todos reféns. Assim, na escola, a educação, que se mostra liberal na aparência, continua, em sua essência, autoritária, pois não consegue apresentar alternativas de vida para as novas gerações. Aquelas professoras e professores que eram amados porque levavam seus alunos a querer transformar o mundo, e que inspiraram homens e mulheres que deram e ainda estão dando uma contribuição valiosa para nossa história, quase não existem mais. Quando uma menina de 11 anos escreve de Ibirité, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, para o “Papai Noel dos Correios”, desejando que ele viva mais mil anos, vem-nos o temor provocado pelo aquecimento global. Quando, porém, pede cadernos de desenhos e conta, como entusiasmo, que costuma compartilhar seu material escolar com seus colegas de turma, vizinhos e primos, a chama da utopia volta a iluminar a noite do planeta.”

Eis, pois, a chama do AMOR nos FORTALECENDO na FÉ e NA ESPERANÇA de transformarmos este PAÍS numa GRANDE NAÇÃO, verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, onde as IMENSAS RIQUEZAS NATURAIS e CULTURAIS sejam EFETIVAMENTE compartilhadas com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, reduzindo as DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e pavimentando o ACESSO de TODOS a uma VIDA FELIZ.