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quinta-feira, 3 de junho de 2010

A CIDADANIA E A LIBERDADE

“[...] Liberdade e Independência – duas palavras, dois ideais pelos quais nossos povos empenharam suas vidas e fortunas. Hoje, no bicentenário do início desse processo de emancipação da Argentina, lembramos com profunda emoção esse movimento revolucionário e renovamos nossa devoção por esses homens e mulheres que nos deram uma pátria livre e republicana. Esse legado de liberdade, esse grito sagrado que nós, argentinos, cantamos ao mundo quando entoamos nosso hino nacional, várias vezes, foi perdido no decorrer de nossa bicentenária história. As tiranias e o despotismo suprimiram em mais de uma ocasião – às vezes, por muitos anos – a liberdade e os direitos humanos de nossos povos. Isso também ocorreu em outros países irmãos do subcontinente. Mas uma e outra vez, não sem incontáveis sofrimentos, a Argentina, assim como aqueles, reagiu, recuperou sua liberdade e restaurou a democracia. O ideal libertário de nossos próceres de maio, compartilhado por outros contemporâneos no continente, levou-os também a sonhar com uma América Latina unida, solidária, justa e integrada. Esse anelo, que ainda não terminou de realizar-se, continua vivo em nossos povos e algum dia, não tão distante, será alcançado plenamente. [...]”
(RAMÓN VILLAGRA DELGADO, Cônsul-geral da República Argentina em Belo Horizonte, em artigo intitulado Aquele 25 de maio de 1810, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, mesma edição, no Caderno CULTURA, página 10, de autoria de FERNANDO BRANT, que merece INTEGRAL transcrição:

“Liberdade

Um belo rosto de mulher, com um cartaz nas mãos. Juliette Binoche chora, lágrimas rolam por sua face de atriz. Mas ela não está representando nenhum papel cinematográfico. Seu choro é real, vivo e de protesto pela prisão, nos porões do governo do Irã, do cineasta Jafar Panahi. A poesia das lágrimas femininas se contrapõe à brutalidade de governantes selvagens, que matam nas ruas e torturam em celas os cidadãos que defendem seus direitos em Teerã.

O protesto pacífico da musa comove e me leva a pensar em meus semelhantes massacrados pela brutalidade de bárbaros dirigentes espalhados pelo mundo. Parece ser sina de todos os que chegam ao poder e não trazem em seu íntimo o sentimento de servir ao público com democracia. Democracia, palavra antiga e essencial, bela e pura quando realmente praticada, única forma política razoável de conviver com os nossos semelhantes, com nossas diferenças. Somos iguais e diferentes, essa a grandeza da humanidade.

Calar as vozes dissidentes dos que enxergam outros caminhos e ouvir somente os que aclamam é a regra do jogo em vários países. E me entristece perceber que, por acomodamento ou dogma, muita gente boa que lutou e protestou por causas justas, que arriscou sua segurança e sua vida para que nos livrássemos de uma ditadura não tenha olhos para ver o abuso praticado pelos variados regimes, não ouça o grito de desespero dos presos políticos encarcerados pela direita e pela esquerda. Se é que esses conceitos resistem ainda ou são utilizados somente para escamotear necessidades partidárias e de mando.

Bebo nos versos de Cecília Meireles.
“Liberdade – essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda.”

Saio de casa para respirar um pouco o ar gostoso dessa manhã de outono. Há sempre um sol em nosso outono, um céu azul, uma vontade de deitar na rede e meditar nas pessoas e coisas da vida. Preciso manter aceso o pensar e o sentir. Não me acostumar com os recados vindos dos novos e velhos meios de comunicação, convites para me afogar na multidão de informações inúteis, aceitar tudo o que diz a propaganda e o marketing, concordar que o país e o mundo seguem seus cursos e não há nada a fazer para modificá-los.

Sou apenas um homem, mineiro e brasileiro, que continua acreditando na poesia, na amizade, no afeto, na justiça, na democracia e nas três palavras irmãs que definem o que entendo por civilização: liberdade, igualdade e fraternidade. Sou teimoso.”

Sim, bebendo nessas fontes inesgotáveis é que encontramos MOTIVAÇÃO e FORÇA para esta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências da MODERNIDADE e de uma nova era da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como os previstos para a COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...