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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO

“Para um grupo de participantes, o importante não é ensinar valores e cultura na forma tradicional, mas desenvolver nos estudantes a capacidade de olhar sociedade de forma independente e crítica. Nessa perspectiva, a educação não deveria ser uma linha de mão única de transmissão de conhecimentos e valores estabelecidos, e sim um processo criativo através do qual os estudantes, junto com os professores, pudessem desenvolver suas mentes, a habilidade de pensar por conta própria e de transformar sua sociedade. Se as escolas pudessem funcionar conforme esse modelo, elas deixariam de ser instrumentos de reprodução de diferenças e hierarquias sociais estabelecidas e se transformariam, em si mesmas, em poderosos instrumentos de mudança. O problema é que, na prática, os professores raramente têm os recursos pedagógicos e culturais para desenvolver esse tipo de trabalho, e a perspectiva “construtivista” acaba por deixar os estudantes sem aprender os conteúdos mínimos de competência de leitura, escrita e matemática, sem os quais educação não pode avançar.”
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA PROBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 151).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOSÉ NAZARENO ATAÍDE, Professor universitário, filósofo, teólogo, advogado, mestre em direito, tradutor público juramentado, que merece INTEGRAL transcrição:

“Informação e conhecimento

Alguém disse que, se vivo estivesse, Karl Marx não mais escreveria O , capital, mas O conhecimento. Realmente, conhecimento é hoje o maior capital. É sempre bom estar atento à etimologia da palavra, pois nenhuma palavra existe à toa. Sua raiz traz sempre um significado. Na língua grega, conhecer é gnósko; lá está gn, de gênese, dar origem, gerar. No latim, conhecer é cognoscere; veja a persistência do gn. Em português, deu conhecer; em francês, connaître. Etimologicamente, em todas essas línguas, conhecer é exatamente conascer, nascer com. Quando conheço você, você nasce para mim, e eu nasço para você. Nascemos juntos (conascemos) um para o outro. Existe nisso algo simples, mas profundo, não é preciso ser complexo (complicado). No ato de conhecer, existe um nascimento, uma geração, uma nova vida. Quando adquiro um conhecimento, não sou mais o mesmo.

Conhecimento é mais do que uma simples informação, aquela que se dá, por exemplo, por um noticiário lido ou ouvido. O conhecimento pode, sim, partir de uma informação. Alguma informação é recebida, introjetada, assimilada, isto é, torna-se semelhante a mim, passa a circular no meu sangue, fazendo parte de mim. Ali, ela germina, cresce em mim e comigo. Isso é conhecimento. Das informações, algumas se perdem, vão com o vento; outras se plantam em mim e viram conhecimento. Quando você chega a saborear o conhecimento, sentir prazer nele, a ponto de colocá-lo a serviço do próprio crescimento e do crescimento dos outros, aí já é sabedoria. Sabedoria, sapientia, do verbo latino sapere, saborear, degustar. Veja como saber se parece com sabor. Saber com sabor; isso é sabedoria. Existe, portanto, uma dinâmica progressiva: informação... conhecimento... sabedoria. Ao que parece, existe hoje uma avalanche, uma superprodução de informações, mas pouco conhecimento; sabedoria, menos ainda. Ouve-se muito, muito se informa, muito se pega na internet. Obviamente, é útil, mas não basta. Fica um saber fragmentado, disperso. Pouco se retém, pouco se reflete, pouco se assimila e se aproveita em benefício próprio e em benefício dos outros. Dá para pensar. E redirecionar. De que vale o meu conhecimento, se ele simplesmente vai ser sepultado comigo? Não podemos fazer diferente? Saber para quê?

Busquemos, pois, um país melhor com o conhecimento sustentado em embasamento concreto do seu povo. Só assim poderemos um dia alardear que somos realmente uma nação desenvolvida social e economicamente, como se espera de um país de Primeiro Mundo.”

Eis, nessas páginas, mais uma PROFUNDA MOTIVAÇÃO para a grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que coloque TODO o seu POTENCIAL – de que natureza for – efetivamente em BENEFÍCIO de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS, “como se espera de um País de Primeiro Mundo”, e mais ainda, quando se considera os BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS para a COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos recursos originados do PRÉ-SAL.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA...

O BRASIL TEM JEITO!...