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quarta-feira, 12 de maio de 2010

A CIDADANIA E A METADE DO CAMINHO

“2 – Pobreza e exclusão

[...] Como no passado, estes altos níveis de pobreza e exclusão são causados por combinação de heranças, condições e escolhas de natureza econômica, política e cultural. É ingênuo supor que a pobreza e a desigualdade poderiam ser eliminadas pela simples “vontade política”, ou pela redistribuição de recursos dos ricos para os pobres. Analistas que têm tratado do tema concordam que o maior correlato da desigualdade de renda no país são as diferenças em educação. Sem educação, é difícil conseguir emprego e, na ausência de uma população educada, poucos empregos de qualidade são criados. Com a escassez da educação, seu valor de mercado aumenta, e esta é uma das grandes causas da desigualdade de renda observada no país.

Entretanto, não é verdade que nada pode ser feito em relação à pobreza enquanto a situação educacional da população não se alterar de forma mais substancial. Mesmo com as limitações de recursos existentes, deve haver espaço para políticas mais efetivas, sem aumentos mais significativos de custos; segundo, os programas podem ser mais bem focalizados, atendendo prioritariamente aos mais necessitados; terceiro, discriminações sociais, quando existem, podem ser reduzidas ou eliminadas; quarto, deve haver espaço para políticas redistributivas, dentro de certos limites”.
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA POBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 35).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2164 – ano 43 – nº 19, de 12 de maio de 2010, página 170, de autoria de J. R. GUZZO, que merece INTEGRAL transcrição:

“A metade do caminho

Está entre os maus hábitos permanentes do Brasil a ilusão de achar que é possível conviver, sem maiores prejuízos, com a combinação com a qual tem convivido até hoje – uma geleia geral que junta a incompetência da máquina pública na execução dos seus deveres, a indiferença de um eleitorado sem interesse, paciência ou informação para acompanhar o que os políticos fazem com o seu dinheiro e os vícios de um sistema político que está entre os piores do mundo. O sentimento da maioria é que não compensa esquentar a cabeça com esse vale de lágrimas, quando o dia a dia tem assuntos mais urgentes para o cidadão resolver. Mas o pouco-caso com a realidade, infelizmente, sempre cobra um preço alto. Não se trata de uma cobrança que vai ficar para o futuro, como frequentemente se imagina. O preço já está sendo pago há muito tempo, e tende a ficar cada vez mais alto. Basta ver tudo de o que o Brasil de hoje precisa com urgência, e não tem – e tudo o que tem de sobra, e de que não precisa.

Há um bocado de esperança, diante dos avanços reais que o país tem feito, de que, com perseverança, paciência e uma atitude mental afirmativa, dá para ir tocando as coisas; um dia, lá na frente, o grosso dos problemas estará resolvido. Existem fatos de sobra para demonstrar que o Brasil , neste momento, está muito melhor do que já foi em qualquer outra época do passado. Está melhor em questões essenciais, não em aparências, e está melhor de verdade, não porque quem diz isso é a propaganda boçal dos governos – até porque boa parte desse progresso não foi feita pelas autoridades constituídas, mas apesar delas. O problema é outro. Podemos ter crescimento de 6% ao ano, reservas de 250 bilhões de dólares e mais uma promoção no rating das agências internacionais que avaliam nossa capacidade de pagar dívidas. Podemos entregar, como acaba de ocorrer, 25 milhões de declarações de renda à Receita Federal. Podemos nos firmar como a sétima ou a oitava economia do mundo. Podemos ter e ser uma porção de coisas, mas vamos continuar sendo um país subdesenvolvido enquanto se mantiver essa situação em que tão pouca gente, na população brasileira, tem acesso real a uma vida efetivamente melhor.

Basta pensar durante cinco minutos sobre certas realidades para constatar o disparate que é considerar o Brasil atual um país bem-sucedido, quando 50% da população, por exemplo, não é servida por rede de esgotos – e, principalmente, quando uma calamidade desse tamanho é tratada com a maior naturalidade do mundo pelos outros 50%, em especial os que a obrigação de resolver o problema. O assunto, na verdade, é visto como uma tremenda chatice. Nem poderia mesmo ser diferente, quando se verifica que ainda não apareceu, em toda a história política do Brasil, um único homem público bem-sucedido que tenha elegido como prioridade em sua carreira a luta por instalação e tratamento de esgotos. Só um débil mental seria capaz de agir assim; pela sabedoria política em vigor, obra que se vê é obra que não existe. Estamos avançando, é claro. Em 510 anos já se conseguiu chegar à metade do caminho; um dia, se Deus quiser, todos estarão atendidos. Mas a única pergunta que interessa, nessa e em outras questões do mesmo tipo, é: quando? Para os quase 100 milhões de brasileiros que não têm esgoto, faz toda a diferença.

Não se trata de uma questão isolada. Recentemente, num artigo que escreveu para VEJA, o professor Gustavo Ioschpe observou que só 25% da população brasileira alfabetizada está em condições de entender um texto como aquele. Não lidava, ali, com nenhum ponto de trigonometria avançada; era apenas uma página de revista, escrita em português corrente e que deveria ser acessível a todos os que completaram os primeiros oito anos de escola. É uma excelente notícia para os políticos, a começar pelos que mandam no atual governo – vivem se gabando de que o “povão” não lê nada do que a imprensa escreve e, portanto, as críticas que recebem não têm efeito nenhum. Mas, para os 75% que não conseguem entender o artigo do professor Ioschpe, essa situação é um desastre. É para eles que estão reservados, no Brasil que cresce a 6% e tem “grau de investimento”, os empregos com trabalho mais pesado, os piores salários e, em vez de carreiras profissionais, ocupações sem futuro algum – isso quando conseguem emprego, num mercado em que competem em desvantagem cada vez maior.

Dá para ir levando assim, é claro. Mas, como informa o artigo que tão poucos brasileiros conseguem ler, não existe nenhum país desenvolvido no mundo com o abismo social do Brasil.”

Eis, pois, um sagrado DESAFIO: ERRADICAR o “abismo social do Brasil” para TORNÁ-LO um PAÍS DESENVOLVIDO. São estas contribuições que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE – DESENVOLVIDA – e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com os eventos da COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 17 de março de 2010

A CIDADANIA E O CONHECIMENTO NECESSÁRIO

“[...] A visão expandida do papel da educação, formulada no início dos anos 1990 pela iniciativa Educação para Todos, é ainda uma excelente formulação a respeito do que devemos almejar para o futuro, em contraste com os sistemas escolares tradicionais que ainda predominam. Estudantes diferentes – diferentes idades, culturas e condições econômicas – requisitarão diferentes tipos de escola e ambientes de aprendizagem, e diferentes sociedades, comunidades e instituições educacionais buscarão implementar seus modelos a respeito de como crêem que as escolas deveriam ser. Se a economia não consegue proporcionar aos jovens os valores e os modelos de vida que necessitam, se os governos não conseguem reunir os recursos materiais e imateriais para apoiar a educação, então é improvável que as escolas, por si mesmas, sejam capazes de substituir a todos. Mas as escolas não desaparecerão, os jovens continuarão a passar a maior parte de seus dias entre suas paredes, e os professores continuarão a ser o principal vínculo entre os estudantes e o mundo maior. Tudo que possamos fazer para melhorar as escolas, e fortalecer a competência e o compromisso dos professores com seu trabalho, valerá o esforço despendido.”
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA POBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, páginas 172 e 173).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de EDUARDO POCETTI, Auditor, que merece INTEGRAL transcrição:

“Conhecimento necessário

Foi amplamente noticiado o fato de o Brasil não ter alcançado as metas traçadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no tocante à educação. Ficamos aquém dos nossos objetivos em qualidade de ensino, erradicação do analfabetismo e diminuição da repetência e da evasão escolar. Nessas horas, procede-se a uma espécie de caça às bruxas. Pedagogos, secretários de Educação dos municípios e dos estados, professores, empresários são instados a se manifestar sobre o problema, a apontar culpados e sugerir soluções. Não sou da área da educação, por isso não vou me aventurar a discutir esses aspectos. Porém, considero fundamental salientar que essa dificuldade em suprir lacunas na educação vem impactando diretamente a vida do país.

O Brasil tem plenas condições de se tornar uma das maiores economias do mundo em menos de quatro décadas. Mas, para chegar a esse patamar, vai depender basicamente da produtividade da sua força de trabalho. Hoje, é comum os empresários se queixarem da falta de mão de obra qualificada. Há um verdadeiro “apagão” de engenheiros, geólogos, estatísticos e outros profissionais com alta especialização, sobretudo na área de exatas, para atender às necessidades do país. Essa deficiência afeta justamente as áreas em que nós temos mais potencial para crescer, tais como a construção civil, a exploração de minérios e hidrocarbonetos e o agronegócio com viés autossustentável.

Além de faltar profissionais, muitos daqueles que já são diplomados têm uma preparação insuficiente para as necessidades do mundo dinâmico e globalizado no qual estamos inseridos. No Brasil, a média de tempo de estudo da população economicamente ativa é de apenas 3,5 anos, contra 10 na China, 11 anos no Japão e 12 nos Estados Unidos. Como resultado dessa falta de qualificação, metade dos brasileiros trabalha na informalidade, dos quais 20% recebem menos de um salário mínimo por mês e mais de 50% cumprem jornada integral de trabalho.

Não basta que as pessoas obtenham certificados. É preciso que seu conhecimento seja compatível com os padrões internacionais de qualidade e desempenho. Se há 20 anos o fato de uma pessoa saber escrever o próprio nome bastava para classificá-la como “alfabetizada”, hoje ela só será considerada não analfabeta se for capaz de ler e entender um manual de instruções e de produzir textos coerentes. Essa elevação do patamar de exigência se replica, de forma proporcionalmente igual, em todas as outras esferas de formação e conhecimento.

É indispensável fortalecer a base, para que a educação se construa sobre alicerces sólidos. É no ciclo básico e no ensino médio que se estrutura o profissional apto e competente para dar conta dos desafios futuros. A matemática dos bancos de colégio é o ponto de partida para a formação de um grande físico, geólogo, programador, engenheiro etc. E a pedagogia moderna deve valer-se de seus instrumentos para ajudar a formar pessoas curiosas, criativas e abertas ao aprendizado constante. Somente assim teremos como acompanhar as novas tecnologias e, quem sabe um dia, nos antecipar a elas.”

E mais ainda, quando evocamos a advertência de ALVIN TOFFLER: “Os analfabetos do século XXI serão todos aqueles que não desenvolverem a capacidade de aprender, desaprender e reaprender.”

São mais páginas que nos MOTIVAM e nosFORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a EDUCAÇÃO, CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, inserindo o PAÍS definitivamente no século das NOVAS TECNOLOGIAS, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, da GLOBALIZAÇÃO e, como queremos, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO

“Para um grupo de participantes, o importante não é ensinar valores e cultura na forma tradicional, mas desenvolver nos estudantes a capacidade de olhar sociedade de forma independente e crítica. Nessa perspectiva, a educação não deveria ser uma linha de mão única de transmissão de conhecimentos e valores estabelecidos, e sim um processo criativo através do qual os estudantes, junto com os professores, pudessem desenvolver suas mentes, a habilidade de pensar por conta própria e de transformar sua sociedade. Se as escolas pudessem funcionar conforme esse modelo, elas deixariam de ser instrumentos de reprodução de diferenças e hierarquias sociais estabelecidas e se transformariam, em si mesmas, em poderosos instrumentos de mudança. O problema é que, na prática, os professores raramente têm os recursos pedagógicos e culturais para desenvolver esse tipo de trabalho, e a perspectiva “construtivista” acaba por deixar os estudantes sem aprender os conteúdos mínimos de competência de leitura, escrita e matemática, sem os quais educação não pode avançar.”
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA PROBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 151).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOSÉ NAZARENO ATAÍDE, Professor universitário, filósofo, teólogo, advogado, mestre em direito, tradutor público juramentado, que merece INTEGRAL transcrição:

“Informação e conhecimento

Alguém disse que, se vivo estivesse, Karl Marx não mais escreveria O , capital, mas O conhecimento. Realmente, conhecimento é hoje o maior capital. É sempre bom estar atento à etimologia da palavra, pois nenhuma palavra existe à toa. Sua raiz traz sempre um significado. Na língua grega, conhecer é gnósko; lá está gn, de gênese, dar origem, gerar. No latim, conhecer é cognoscere; veja a persistência do gn. Em português, deu conhecer; em francês, connaître. Etimologicamente, em todas essas línguas, conhecer é exatamente conascer, nascer com. Quando conheço você, você nasce para mim, e eu nasço para você. Nascemos juntos (conascemos) um para o outro. Existe nisso algo simples, mas profundo, não é preciso ser complexo (complicado). No ato de conhecer, existe um nascimento, uma geração, uma nova vida. Quando adquiro um conhecimento, não sou mais o mesmo.

Conhecimento é mais do que uma simples informação, aquela que se dá, por exemplo, por um noticiário lido ou ouvido. O conhecimento pode, sim, partir de uma informação. Alguma informação é recebida, introjetada, assimilada, isto é, torna-se semelhante a mim, passa a circular no meu sangue, fazendo parte de mim. Ali, ela germina, cresce em mim e comigo. Isso é conhecimento. Das informações, algumas se perdem, vão com o vento; outras se plantam em mim e viram conhecimento. Quando você chega a saborear o conhecimento, sentir prazer nele, a ponto de colocá-lo a serviço do próprio crescimento e do crescimento dos outros, aí já é sabedoria. Sabedoria, sapientia, do verbo latino sapere, saborear, degustar. Veja como saber se parece com sabor. Saber com sabor; isso é sabedoria. Existe, portanto, uma dinâmica progressiva: informação... conhecimento... sabedoria. Ao que parece, existe hoje uma avalanche, uma superprodução de informações, mas pouco conhecimento; sabedoria, menos ainda. Ouve-se muito, muito se informa, muito se pega na internet. Obviamente, é útil, mas não basta. Fica um saber fragmentado, disperso. Pouco se retém, pouco se reflete, pouco se assimila e se aproveita em benefício próprio e em benefício dos outros. Dá para pensar. E redirecionar. De que vale o meu conhecimento, se ele simplesmente vai ser sepultado comigo? Não podemos fazer diferente? Saber para quê?

Busquemos, pois, um país melhor com o conhecimento sustentado em embasamento concreto do seu povo. Só assim poderemos um dia alardear que somos realmente uma nação desenvolvida social e economicamente, como se espera de um país de Primeiro Mundo.”

Eis, nessas páginas, mais uma PROFUNDA MOTIVAÇÃO para a grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que coloque TODO o seu POTENCIAL – de que natureza for – efetivamente em BENEFÍCIO de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS, “como se espera de um País de Primeiro Mundo”, e mais ainda, quando se considera os BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS para a COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e dos recursos originados do PRÉ-SAL.

É o nosso SONHO, a nossa LUTA...

O BRASIL TEM JEITO!...