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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A CIDADANIA, A FORÇA DA MÚSICA E A SOLIDARIEDADE MUNDIAL

“A força redentora da música

Frequentemente, a informação veiculada na mídia provoca um travo na alma. Violência, crise, trânsito caótico e péssima qualidade da educação e da saúde, pautas recorrentes nos cadernos de cidade, compõem um mosaico com pouca luz e muitas sombras. A sociedade desenhada no noticiário parece refém do vírus da morbidez. Crimes, aberrações e desvios de conduta desfilam na passarela da imprensa. A notícia positiva, tão verdadeira quanto a informação negativa, é uma surpresa, quase um fato inusitado. Redescobri, no entanto, que a sociedade violenta não inibe comoventes iniciativas de solidariedade. Foi o que pude constatar em recente apresentação da Camerata Bachiana do maestro João Carlos Martins em evento em comemoração aos 40 anos da Escola de Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) em São Paulo.

Jovens nascidos nas zonas sombrias da exclusão, mas carregados de talento e esperança, mostraram que a solidariedade pode virar o jogo e transformar a vida. O jovem tenor Jean Willian, criados pelos avós, ele boia-fria e ela faxineira, foi aplaudido de pé. Descoberto pela Fundação Bachiana, apoiado e estimulado pelo maestro João Carlos Martins, Willian está estudando em Milão. Seu nome, estou certo, ocupará lugar de destaque no cenário da música erudita mundial.

A Fundação Bachiana apostou na música como instrumento de inclusão social. E os resultados comovem e impressionam. A Bachiana Filarmônica Sesi é uma formidável ferramenta de democratização da música clássica. Recebida calorosamente pela crítica e pelo público no Carnegie Hall e no Lincoln Center, no coração de Nova York, a Bachiana é um belo exemplo da força redentora da música. Jovens infratores da Fundação Casa escreveram, recentemente, uma carta ao maestro João Carlos Martins. Conheceram, todos, o fundo do poço das drogas e da criminalidade, mas foram tocados pela magia da música. “A música venceu o crime”. Assim terminava o recado dos adolescentes ao maestro. Impressionante!

Iniciativas, inúmeras, algumas quase anônimas e cimentadas na força da solidariedade, comprovam o papel redentor da arte. Basta pensar no magnífico trabalho de resgate social desenvolvido pela Fundação Bachiana. Favelas, frequentemente, ocupam a crônica policial. A música, no entanto, transportou o universo das periferias esquecidas para as páginas da cultura. Jovens, abandonados pelos governos e teoricamente predestinados para uma vida de crime, drogas, prostituição, miséria e dor, encontraram na música o passaporte para o resgate da dignidade e da esperança.

Jornais, frequentemente dominados pelo noticiário enfadonho do país oficial e pautados pela síndrome do negativismo, não têm “olhos de ver”. Iniciativas que mereceriam manchetes sucumbem à força do declaratório. Reportagens brilhantes, iluminadoras de iniciativas que constroem o país real, morrem na burocracia de um jornalismo que se distancia da vida e, consequentemente, dos seus leitores. O negativismo gratuito é, sem dúvida, uma das deformações da nossa profissão. “O rabo abana o cachorro” – o comentário, frequentemente esgrimido em seminários e debates sobre a imprensa, esconde uma tentativa de ocultar algo que nos incomoda: nossa enorme incapacidade de trabalhar em tempos de normalidade.

“Quando nada acontece”, dizia Guimarães Rosa, “há um milagre que não estamos vendo”. O jornalista de talento sabe descobrir a grande matéria que se esconde no aparente lusco-fusco do dia a dia. A mídia, argumentam os aguerridos defensores do jornalismo realidade, retrata a vida como ela é. Teria, contudo, o cotidiano do brasileiro médio nada além de tamanhas e tão freqüentes manifestações de violência e de tristeza? Penso que não.

Por mais que a sociedade tenha mudado, tenho a certeza de que o pretenso realismo que se alardeia para sustentar o excesso de violência e mau gosto que, diariamente, desaba sobre leitores e telespectadores não retrata a realidade vivida pela maioria esmagadora da população. Na verdade, ainda há muita gente que cultua os valores éticos, os quais dão sentido e dignidade ao ato de viver. A grandeza humana bem vale uma matéria.”

(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de outubro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de outubro de 2012, Caderno INTERNACIONAL, página 23, de autoria de PAULO DELGADO, sociólogo, foi deputado federal por seis mandatos, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Uma agenda inevitável

Falar da sociedade atual desprezando a visível melhoria de vida e a constante e natural necessidade das pessoas é um dos esportes preferidos dos pessimistas em todos os países. Se o mundo desaparecesse, é difícil saber se fanáticos liberais, ecologistas, banqueiros e políticos dariam conta de perceber. Completamente tomados pela ideia de curto prazo, os defensores do mercado livre, da natureza intocável, da especulação financeira e do “quero tudo” seguem sua rotina de propagar o medo e a angústia diante do futuro. Mas “nada disso acorda o gato do alto de seu salto”, recorro aos versos de Iacyr Anderson Freitas para festejar as inesgotáveis possibilidades contidas na rotina democrática e no papel criador da liberdade.

Algumas tendências no embate entre regulação e desregulação nas sociedades atuais têm aproximado, paradoxalmente, esquerda e direita. Tanto a questão da defesa do mercado totalmente livre para a atividade econômica quanto o discurso do controle total da intervenção sobre a natureza convergem para a paralisia. Liberalismo e ecologismo enfrentam de maneira errada a questão da vida boa para todos. E se aproximam, de um lado, quando liberais santificam a a livre concorrência e a associam à liberdade individual; de outro, quando ambientalistas submetem os seres humanos à ecologia estática, condenando a inovação e o progresso material. Os dois, mesmo de boa fé, contribuem para impedir a eficiência razoável do Estado como parte “auxiliar” na condução da vida em sociedade e como regrador “essencial” do desenvolvimento em tempos de globalização.

Felizmente a evolução da sociedade e da concepção universalista dos direitos humanos tornou cada vez mais difíceis e diluídas as distinções ideológicas, diminuindo o espaço para as experiências radicais. E hoje é possível ver a maioria da sociedade ser claramente progressista em alguns aspectos: é defensora do mercado desde que crie empregos e prosperidade; é apoiadora das políticas protecionistas sociais, desde que um direito transitório que vise a ascensão social não se transforme em lei permanente que remunere a distinção; é entusiasta da democracia quando esta não descamba para a plutocracia egoísta ou a tecnocracia excludente; e é cada vez mais republicana, desde que haja justiça, igualdade perante a lei e interesse pelo futuro.

Como o mundo é cada vez mais uma coisa só, não dá para pensar em protecionismo, providência estatal ou qualidade de vida sem levar em conta o que China e Índia, com seus mais de 2 bilhões e meio de habitantes, um terço da população da Terra, andam fazendo. Assim, lutar por uma boa regulação mundial, através de instituições multilaterais respeitadas, é um dos desafios para quem faz questão de liberdade, responsabilidade e conforto. Nenhum setor econômico ou intelectual, nenhum movimento político ou espiritual pode se considerar o guarda do templo da qualidade de vida e dos mais elevados valores humanos.

Não há mais monopólio político na análise das dificuldades pelas quais passam os países, seus habitantes e os recursos do planeta. A grande questão é saber integrar as ambições do mercado e do sistema financeiro às necessidades cotidianas das pessoas, fazendo a vida mais previsível, acessível e barata. É também necessário aceitar a ideia de que a ecologia deve dialogar com a economia para que o crescimento possa tornar-se sustentável, levando em conta os limites da natureza, mas principalmente não impedindo a ação da ciência e da inteligência, que é sem limites nos seres humanos.

A política tem sempre um papel destacado para hierarquizar os diversos interesses e sentidos que nascem da vida em sociedade. No entanto, tem se recusado a enfrentar os dilemas principais, filosóficos e históricos, de nossa história. Especialmente em relação à balizada intervenção do Estado na vida social. O que se vê é o sistema político incentivar a formação de guetos, diminuir o espaço do diálogo, descrer do universalismo de certos procedimentos. Em todos os países, quase sem exceção, predomina a vertente negativa da política, quando a preferência quase exclusiva pelo controle de clientelas se sobrepõe à falta de fundamentos econômicos que possam gerir o poder da globalização. Não é de se espantar que muitas das situações no mundo da delinquência em geral, de ricos e pobres transgressores, ainda escapem à lei.

Os países autoritários sempre terão mais dificuldade de se adaptar à velocidade do progresso. Mas os mais democráticos não poderão continuar fingindo que não têm nada com isso. É hora de repensar a solidariedade mundial e adotar outro tipo de ética na política internacional. Ninguém deve imaginar que poderá se salvar sozinho.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens que acenam, em meio à MAIOR crise de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO da modernidade de matricularmos nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO) –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas modalidades, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e intolerável desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já frágil DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais grave ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUTIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes NECESSIDADES de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como a GESTÃO PÚBLICA; a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos); a SAÚDE; a EDUCAÇÃO; o SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS; MACRODRENAGEM urbana; logística REVERSA); MEIO AMBIENTE; MOBILIDADE URBANA (trânsito, transporte, acessibilidade); HABITAÇÃO; ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; SEGURANÇA PÚBLICA; DEFESA CIVIL; FORÇAS ARMADAS; POLÍCIA FEDERAL; COMUNICAÇÕES; TURISMO; AGREGAÇÃO DE VALOR ÀS COMMODITIES; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; MINAS e ENERGIA; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; CIÊNCIA, TECNOLOGIA e INOVAÇÃO); ESPORTE, CULTURA e LAZER; QUALIDADE (planejamento, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade), entre outros...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, SOBERANA, CIVILIZADA, EDUCADA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS e abundantes RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA do MUNCO de 2014; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...