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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A CIDADANIA, A HEGEMONIA DA EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE DA ÉTICA

“Tributo ao professor

A criança levanta de manhã, veste seu uniforme, coloca a pasta cuidadosamente arrumada nas costas, carrega a tiracolo a merendeira preparada com carinho pela mãe e dirige-se à escola. O adolescente despensa da cama, ajeita o cabelo e a blusa do colégio, joga a mochila carregada de livros, cadernos escolares e deveres de casa sobre os ombros e vai para a escola. O adulto, depois de um dia extenuante de trabalho, reúne os textos, as anotações e os livros, respira fundo e encara mais uma jornada, certamente prazerosa e sobretudo necessária, nos bancos da escola. Todos eles têm em comum, a figura do professor diariamente presente em suas vidas. Independentemente da classe social, etnia ou credo, sem considerar ganho mensal ou qualquer tipo de predição, o cidadão tem garantido, constitucionalmente, o direito de acesso à educação de qualidade. Nos últimos 10 anos, a sociedade assistiu a um aumento do número de matrículas em cursos de ensino superior em instituições privadas de ensino, de estudantes pertencentes às classes menos favorecidas.

Todos têm um anseio: aprender. O professor é, em todas essas histórias, o protagonista. É o professor que se propõe, a despeito de toda a tecnologia que permite o acesso a bilhões de terabytes de informação, a desfazer o emaranhado de conceitos e de ideias pertencentes ao senso comum nas mentes de estudantes. É o professor que divide com uma turma repleta de pessoas de todos os tipos, suas crenças e convicções, certezas e, acima de tudo, incertezas sobre o que passou e o que está ainda por vir. É o professor que se compraz em assistir, diariamente, ao momento mágico de insight do aluno, instante em que o olho brilha, a dúvida se desfaz e a aprendizagem acontece. É o professor que tem o privilégio de ver nascer um conceito, uma ideia que faça sentido, que tenha significado para aquele que aprende. É o professor que tem a alegria de poder cativar diariamente crianças, jovens e adultos sedentos por conhecimento e, muitas vezes, carentes de modelos de conduta e retidão. O professor tem o dever de ensinar ao aluno que fazer perguntas é mais valioso do que saber respostas, pois são as perguntas que fazem o mundo evoluir.

Acima de tudo, o professor deve conscientizar-se da importância do seu papel de educador na formação de seres humanos. O professor tem uma vantagem ímpar: estar cercado, diariamente, de mentalidades absolutamente novas e arejadas e, por isso, poder renovar-se a cada ano. Estar conectado com o que há de mais atual no gênero humano é fabuloso. Compartilhar o que se sabe é humanizar-se à medida que se humaniza o outro. Faz-se necessário, portanto, enaltecer a figura daquele que contribui, invariavelmente, para o aprimoramento de pessoas, nos âmbitos cognitivo, emocional e relacional. É preciso valorizar quem tem a nobre missão de formar a futura parcela economicamente ativa de um país que almeja ingressar no concerto das nações desenvolvidas. É imperioso reconhecer o professor como agente de transformação da sociedade que queremos um dia”
(JOÍSA DE ABREU, Coordenadora pedagógica do Colégio Magnum Cidade Nova, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A prioridade da ética

Dois tipos de manifestações estão surgindo no coração da sociedade como reclamações urgentes. De um lado, estão se encorpando os protestos contra a corrupção. Não se pode calar diante de desmandos e de atos que corroem o bem de todos. Por outro lado, cresce a reclamação diante da avalanche legislativa enlouquecedora. Noticia-se que, nas últimas duas décadas, 4,2 milhões de leis foram criadas no Brasil. O grande número, junto com as dificuldades de interpretação que podem ser explicadas pela predominância de um texto excessivamente rebuscado, prejudica o usufruto da legislação. Também dificulta o próprio respeito às regras pelos cidadãos.

Apesar de todo esse arcabouço legislativo, sente-se falta de procedimentos legais que regulamentem esferas de grande importância para a vida em sociedade e possam garantir a indispensável transparência, remédio contra a corrupção. Por exemplo, pergunta-se por que está para a tramitação da lei de transparência que obriga o governo a divulgar as informações sobre a execução de contratos com empresas privadas. Sem uma resposta, é possível concluir que o sistema tem leis em abundância, mas, ao mesmo tempo, carece de regulamentação. Uma necessidade evidente ao se considerar a complexa e múltipla realidade contemporânea, com suas marcas globais e com suas múltiplas possibilidades de intercâmbio e participação.

Voltando, no entanto, ao movimento de combate à corrupção, contracenando com a avalanche legislativa, um desafio para a interpretação e a prática, parece sempre oportuno remeter a reflexão à questão da ética. Ora, não se pode dispensar o foro privilegiado da consciência presidindo condutas, garantindo respeito aos direitos, o sentido de legalidade e a exigência primeira de fidelidade à verdade, à justiça e ao amor. Não se pode pensar que toda a estrutura legislativa por si só será suficiente para a conquista da transparência e o combate à corrupção. É preciso priorizar a dimensão ética. A relativização dessa prioridade nos processos formativos, de diferentes níveis e para os diversos públicos, certamente compromete o exercício da cidadania.

O raciocínio é que a formação técnica, por exemplo, para atender demandas do mercado de trabalho, com suas diferentes expertises –, possibilidades interessantes e indispensáveis – não pode ser considerada como suficiente. A ética é uma aprendizagem necessária que precisa ser priorizada no contexto sociopolítico contemporâneo. É composição insubstituível na configuração dos processos educativos. Não se consegue manter o controle apenas porque existe uma lei. As leis são muitas, mas o respeito à legislação não tem sido proporcional à conta amarga que se paga pelos atentados contra o erário e a vida, não raramente de modo irreversível.

Há um núcleo que precisa ser cuidado. É o núcleo recôndito da consciência. A formação da consciência é uma demanda fundamental. Do contrário, mesmo com as leis – tantas gerando dificuldades de interpretação, execução e, consequentemente, respeito – se legislará sempre mais e se avançará sempre muito pouco. Será mais difícil a conquista da dignidade, do decoro ético e do apreço a uma conduta pautada pela verdade, fiel à palavra dada, aos valores e princípios básicos.

O sucateamento da educação – particularmente no âmbito da escola pública –, que ocorre junto com o avanço da dependência química, da violência, do atentado contra a vida – entre outros horrores –, assim como a crise na vida familiar e profissional, não será revertido sem que a ética se torne prioridade. Não se trata apenas de apresentação de narrativas sobre valores e princípios. O investimento se refere à opção fundamental de cada indivíduo.

Uma decisão que brota do centro da personalidade, do coração – com força de condicionar todos os outros atos, com uma densidade tal que, abrangendo totalmente a pessoa, orienta e dá sentido à sua vida. Essa opção fundamental é a expressão básica da moralidade, que se aprende e se cultiva. Não se localiza simplesmente do lado de fora, na objetividade legislativa ou nos indispensáveis mecanismos de controle. Há uma vida moral que precisa ser sempre almejada e pode ser conquistada, quando a ética torna-se prioridade.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES, que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma profunda TRANSFORMAÇÃO nos pensamentos e práticas transmitidos até agora, buscando a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores da vida nacional, numa ESPÚRIA parceria DINHEIRO PÚBLICO x INTERESSE PRIVADO;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, consumindo, a título de ENCARGOS, o montante ASTRONÔMICO que já ultrapassa os R$ 200 BILHÕES nos últimos DOZE meses...

E, pela frente, DESAFIOS GIGANTESCOS para a transposição para o mundo dos DESENVOLVIDOS, que exigem VULTOSAS somas dos já PARCOS recursos disponíveis: INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), EDUCAÇÃO, SAÚDE, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESPORTE, LAZER, MEIO AMBIENTE, MOBILIDADE URBANA, LOGÍSTICA, SEGURANÇA PÚBLICA, ENERGIA, SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, macrodrenagem urbana), ABASTECIMENTO, RENDA, TRABALHO e EMPREGO...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...